1. Spirit Fanfics >
  2. Behind The Secrets - third season >
  3. Sickness

História Behind The Secrets - third season - Sickness


Escrita por: featollg

Capítulo 64 - Sickness


- Pausa nada. - Eu me levanto. - Nós estamos no meio de uma conversa super séria. Como assim três viagens?

- Nós iríamos passar 9 dias fora.

- Três viagens em oito dias?

- Nós iríamos a Paris, depois eu te levaria para mais dois lugares... Que droga, Mellanie. - Ele resmunga e eu o seguro pelo pescoço por trás. Ele engasga.

- Perdão. - Digo sentida.

- Sua louca. - Ele diz ao colocar a mão em meus pulsos e me afasta. - Sai.

- Foi sem querer... Volta aqui. Você não vai beber água agora.

- Então eu vou mijar.

- Para de fugir!

- Eu quero mijar. - Ele volta para o quarto e vai ao banheiro. Paris? Nós iríamos a Paris?

- Paris?

- Sim.

- Por que você não me explica isso direito?

- Eu não quero. - Ele abre a porta do banheiro. - Estou de saco cheio por hoje.

- Nós precisamos resolver isso ai... - Justin passa por mim, pega seu celular e ajeita o despertador.

- Você tem que parar de ser mimada e fresca. Que porra. Eu não vou cancelar três viagens da noite para o dia. - Ele diz bravo. - As coisas não são do seu jeito.

- Justin, para com isso.

- Para você de ser mimada! As coisas não são como você quer que elas sejam, ainda mais quando falamos de 60 mil reais! Eu não vou cancelar.

- Então você vai sozinho.

- Você está dizendo para eu ir sozinho?

- Sim, mas sem casamento. Não dá.

- Ah, não dá? Ok. Eu vou levar alguém comigo. - Ele abre a porta do quarto. - Obrigado por desistir.

- Justin, que saco!!! - Levanto reclamona. - Você sabe que eu não falo sério.

- O que você disse agora não foi em tom de brincadeira. - Ele responde. - Você é um chata. Essa é a verdade. Eu te amo mas você é chata e mimada. Até quando você vai agir assim? Você acha que dinheiro cai do céu para cancelarmos um casamento e três viagens?

- VOCÊ NÃO ME CONSULTOU ANTES.

- COMO SE VOCÊ TIVESSE ME DADO OPORTUNIDADES. - Ele grita.

- Você vai acabar acordando as crianças com essa gritaria.

- Então vamos gritar lá embaixo. - Ele desce as escadas. - Porque você não cansa de ser chata.

- Você que é chato. Eu não quis brigar. - Termino de descer os degraus e saímos na sala.

- Você não quis brigar? Caralho, o que é briga pra você? Só sair de casa e ir para aquela droga de apartamento ficar chorando?

- Para de falar assim comigo. - Choramingo. - Eu nunca faço isso de propósito. Você me magoa quando fala essas coisas.

- Como se você não me magoasse nunca. - Ele diz. - Aprenda a pensar antes de falar! Quantas vezes eu já te disse isso? Eu tenho certeza de que você não quer mais cancelar o casamento agora como você queria há cinco minutos.

- EU SÓ QUERO ADIAR.

- Você quer adiar um casamento como se fosse uma festinha de aniversário que você não está mais a fim de ter.

- Não é assim! Você me trata como criança.

- Você está agindo como tal!

- EU NÃO ESTOU. Você que nunca ouve o que eu tenho a dizer. Que saco. - Reclamo. - Para com isso. - Eu o empurro no peitoral. Ele me segura pelos pulsos.

- Você acha que me empurrar vai mudar alguma coisa? Você não sabe brigar sem me empurrar ou bater.

- Eu nunca bato sério em você.

- Quer saber, fica quieta.

- Você quer terminar essa conversa sem resolver nada?

- Isso não é só uma conversa. - Ele diz. - Eu não vou cancelar a viagem. O casamento nós até podemos adiar, mas a viagem vai continuar de pé. Se você não quiser, eu arrumo alguém para ir comigo.

- E você vai querer outra viagem para a lua de mel?

- Não vai ter outra. Você é muito mal acostumada.

- Eu não sou!!! Você que me acostuma.

- Você não é mas eu te acostumo? Olha, vai dormir. Amanhã estaremos de volta ao trabalho. - Ele me olha. - Eu não estou com saco para mais irritações agora.

- Nós ainda não nos resolvemos.

- Você não quer se casar em duas semanas? Ok, adiamos para dezembro na igreja. Você vai avisar toda a sua família e a minha também. - Ele fala bravo. - Mas eu não vou cancelar a lua de mel. Eu vou viajar nem que seja com outra pessoa.

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VAI VIAJAR COM OUTRA MULHER, JUSTIN! PORRA. - Grito com raiva e choramingo. Minha garganta estava tentando engolir o choro que estava por vir.

- EU FALEI MULHER? EU NÃO FALEI. - Ele grita e se aproxima muito de mim. - Que caralho. Você tira a minha paciência com essas atitudes ridículas. Você não aprende nunca. Tem momentos em que eu não sei como posso te amar tanto sendo que você é mimada, chata - ele conta nos dedos -, mandona e acha que tudo tem que ser como você quiser. Você já tem 21 anos! - Bufo e ele estava realmente muito bravo.

- Para de ficar falando que eu sou mimada. Eu não sou!

- E você ainda não aceita críticas. Se fosse um estranho te dizendo isso, ok, tudo bem. Mas eu convivo com você há anos. Eu sei o que estou dizendo. Eu vou viajar e você vai ficar. - Ele aponta para mim e estava muito, muito bravo.

- E com quem você vai? - cruzo os braços e deixo com que uma única lágrima escorra minha bochecha sem querer.

- Eu não sei. Eu vou levar alguém da empresa.

- Por que você não liga para a Grace então? Você com certeza ainda deve ter o número dela. - Falo da boca para fora, é claro. Eu me arrependo quando vejo a feição de seu rosto diante da minha pergunta ridiculamente ciumenta.

- Eu não tinha pensado nela. - Ele aponta para mim. - E não, eu não tenho o número dela.

- Oh, legal.

- Mellanie, quer saber... Sobe, vai deitar. Você está cansada, eu também. Amanhã será um longo dia.

- PARA DE FICAR ME MANDANDO IR DEITAR. VOCÊ COMEÇA A DISCUTIR COMIGO, ME XINGA E QUER RESOLVER AS COISAS ASSIM? - Digo chorona e passo os dedos debaixo dos olhos.

- Agora eu estou com raiva. Eu não quero falar sobre nada. - Ele se aproxima ainda mais e para em minha frente. - E por que você está chorando agora? - Ele diz ainda bravo e tento parar de chorar, mas não consigo.

- Porque eu não me sinto bem com essa situação. Eu não sei o que fazer. Você fica me insultando quando estamos discutindo e eu não vou te contrariar. - Falo com intervalos curtos de respiração carregada. Justin grita para si mesmo com as mãos no rosto e parece ainda tão bravo.

- Para de chorar, por favor. Isso não ajuda. - Ele diz ainda com o rosto coberto e vou até a cozinha. Tipo um copo d'água e tento me acalmar. Olho para ele distante e volto a chorar baixinho. Por que tudo tem que ser tão complicado?

Saio da cozinha ainda chorando um pouco e subo as escadas direto. Eu mal o encaro. Vou até o meu quarto e encosto a porta. Sento-me no meu lado da cama e reflito por poucos minutos. Justin entra no quarto quando estou mais calma e já estava parando de chorar. Escondo o rosto com o travesseiro assim que ele se aproxima e suspiro baixinho. Justin encosta sua perna na minha e passa a mão em minha coxa.

- Você parou de chorar? - Ele pergunta com a voz baixinha.

- Uhum. - respondo e ele aperta minha coxa.

- Olhe para mim então. - Olho para ele bem devagar e passo as mãos no rosto.

- Se tem uma coisa que eu não suporto de quando estamos discutindo é ver você chorando. - Ele me faz chorar de novo. - Para de chorar. - Ele me abraça forte e deixa minha cabeça debaixo de seu queixo. Ele beija meu cabelo. - Eu sei que te falei coisas pesadas... Mas poxa, não é tão fácil assim. - Ele me acaricia todo fofo. - Não dá pra ser tudo do seu jeito. Você precisa entender isso.

- Eu sei. - Puxo a inspiro. - Desculpa. - Falo olhando para ele e Justin passa os polegares debaixo dos meus olhos. - É que eu acho que está muito em cima da hora. Eu fico nervosa. Eu sei que sou chata... Eu sei que sou mandona. Mas eu não sou mimada. Isso eu não sou. - Ele acaricia meu cabelo.

- Ok, Mel. - Ele responde me olhando. - Você realmente quer resolver isso ainda hoje?

- Eu quero! Precisamos resolver o quanto antes.

- Tá. - Ele diz ao arrumar sua cueca na cintura. - Mas pode ser daqui a pouco? Eu ainda estou um pouco pilhado...

- Sim. - Concordo e ele deita ao meu lado. - Eu vou tomar um banho para relaxar... - Eu me levanto e vou direto para o banheiro. Eu ainda estava com raiva da situação, da discussão, de tudo. Eu detesto quando discutimos. Seco meu cabelo ainda no banheiro com o secador ligado na tomada ao lado do espelho e faço minhas higienes. Começo a sentir um pouco de cólica. Que droga. Abro a porta do banheiro com a toalha enrolada no busto e vou até o closet. Visto uma lingerie qualquer e uma camisola rosa. Justin ainda estava na cama... Abro a porta do quarto e estava um silêncio só. Olho no relógio da parede e já são 22h40. Vou até a cama e me deito ao lado dele.

Justin respira fundo diversas vezes e olha para o espelho no teto. Eu faço o mesmo e nos vemos distantes, numa mesma dimensão. Seguro a mão dele, que apertada meus dedos. Enquanto ele me olha através do enorme espelho, aproximo meu rosto e beijo seu ombro de leve. Coloco minha mão direita em sua barriga e ele se arrepia completamente conforme passeio com a mão ali. Arranho-o com as unhas e ele estava cada vez mais arrepiado. Eu só queria acalmá-lo. Desço a mão até o início de sua cueca e paro ali. Justin fecha os olhos e continuo fazendo carinho nele. Beijo seu peitoral, na região da tatuagem de coroa, e ele fica ainda mais arrepiado. Toco seu rosto e ele abre os olhos lento, me olha e permanece sério. - Eu sei que nós sempre discutimos, eu digo coisas idiotas, você também... Mas faz parte, por incrível que pareça. - Ele concorda conforme eu falo e apoio com o cotovelo na cama. Justin fecha os olhos e lambe os lábios.

- Eu sei. - Ele responde. - Mas é foda. - Ele diz baixinho e bufa.

- Mesmo assim, você continua essencial na minha vida. - Falo ao beijar sua testa e mexo em seu cabelo.

- Você também. - Ele responde e coloca a mão esquerda em cima da cueca, com a outra, sobe em minha nuca e me puxa para perto. Nos beijamos pela primeira vez desde que começamos a conversar e mordo seu lábio debaixo lenta. Ele ergue os joelhos e fico toda torta em cima dele. Logo dou um selinho nele. Justin coloca meu cabelo para o lado e me da um forte beijo na nuca.

- Agora nos podemos terminar a conversa de antes... - Ele diz.

- Eu não queria brigar de novo. - Falo. - Você pode me ouvir? - Ele assente e fecha os olhos com os lábios escondidos pelos dentes. - Eu não quero cancelar nada... Eu quero que você tente adiar nossa lua de mel para dezembro. Na verdade, eu gostaria muito de poder escolher nossa lua de mel e te surpreender.

- Nós vamos passar o Natal em lua de mel?

- Então... eu não vou passar o Natal longe das crianças.

- Olha, se você quer passar o Natal em família, como eu também quero, temos que estar de volta até o dia 24.

- Não... Nós podemos, sei lá, tentar marcar o casamento para o dia 12 de dezembro... Temos que estar de volta, pelo menos, até o dia 22.

- E se nós viajássemos no Natal com eles? Teremos nossa Lua de Mel e podemos ir para qualquer lugar que você quiser no Natal, só passar quatro dias. - Assinto pensativa.

- É uma ótima ideia... Mas você vai conseguir mudar a data da viagem?

- Provavelmente, mas os preços serão muito maiores... Época de Natal. - Eu me sento de frente para ele e subo o cobertor até o meio da barriga. Minha cólica estava aumentando.

- Sim... Desculpa. Eu não sei o que podemos fazer. - Coço a cabeça. - É porque 20 de outubro já está aí... Um casamento não pode se programado em duas semanas. Tem que ser tudo muito bem feito, organizado e tem que ser lindo. É um sonho meu. - Ele afirma com a cabeça conforme falo.

- Tudo bem. Pensando por esse lado, você está certa... Mas é complicado mudar tudo da noite para o dia.

- Então, por isso mesmo. Primeiro nós precisamos ir à igreja desmarcar a data e falar com as nossas famílias. A minha é mais tranquila... Eu nem falo com os irmãos do meu pai.

- Que droga. - Ele reclama. - Eu vou ter que ligar para muitos lugares a respeito da viagem. Quer saber, você vai fazer isso.

- É só você me passar os contatos. - Digo como se fosse óbvio.

- Vai dar muito trabalho... Você também vai ligar na gráfica, para os meu avós.

- Ei, eu não vou fazer tudo sozinha.

- Quem está querendo desmarcar tudo é você! - Ele retruca.

- Mas nós somos um casal.

- Ah, agora você pensa como um casal? Legal isso. Antes tudo era sobre você.

- Jay... - Digo.

- Mel, eu realmente não estou com vontade de discutir com você mais uma vez. Amanhã cedo nós passamos na igreja, cancelamos o dia 20 de outubro e eu falo com a minha família... Uma coisa de cada vez. - Ele dá um basta na conversa e assinto.

- Ok. - Ele lambe os lábios e sorri para mim. - Obrigada... - Dou um selinho nele, que sorri entre o mesmo e me da um beijo lento, intenso. Eu mordo seu lábio debaixo e sorrio.

- Podemos dormir então? - Ele diz.

- Pode dormir. Eu não estou com sono.

- Não está?

- Não. Na verdade, estou com cólica. - Faço careta.

- Huh... Eu estava aqui pensando e eu acho que essa droga de menstruação foi inventada para evitar os 30 dias consecutivos de sexo no mês.

- Essa foi a maior besteira que você falou. Dorme. - Dou um tapinha na cabeça dele, que ri e deita.

- É uma droga termos que dormir, assim... Sem nada...

- Você fala como se toda noite fosse festa. - Ele dá os ombros e me olha todo fofo. - Boa noite. - Dou um beijo na testa dele. - Eu vou descer tomar remédio... Estou com muita dor.

- Tem algo que eu possa fazer? - Ele diz todo sonolento.

- Não... Eu só estou com dor.

- O sexo não quebra essa dor?

- Não. - Olho para ele com vontade de rir.

- Não?

- Acredito que não.

- Que droga. Eu quero muito transar agora. Muito mesmo. - Ele diz pidonho e eu me levanto. - Acho que é porque discutimos tanto que isso me deixa com ainda mais vontade.

- Dorme que passa... - Saio do quarto e ando devagar até a cozinha. Vou até a dispensa e pego um atroveran. Depois de anos nessa vida, não sei o que é pior: a cólica ou o remédio em si. Isso porque meu ciclo dura três dias.

Tomo 40 gotas e logo masco uma bala para tirar o gosto. Volto para o corredor e entro no quarto das crianças. Dou um beijo na cabeça de cada um deles e aciono as câmeras assim que volto para o nosso quarto.

- Eu perdi o sono. - Ele diz com as mãos no rosto.

- Se nós nunca mais transássemos, você continuaria comigo? Tipo, continuaríamos juntos?

- Óbvio que sim. - Ele responde sem pensar. - Eu amo você. - Ele me olha. - Eu amo sexo. Mas, por incrível que pareça, você sempre fica em primeiro lugar. - Eu o abraço.

- Você é fofo. - Dou um beijo na testa dele. Justin suspira. - Mas eu sei que o sexo está em primeiro lugar.

- Na verdade, eu não tenho um pódio assim... Mas, você com certeza lideraria se eu tivesse. - Ele diz sorridente.

- Você ainda está com sono?

- Mais ou menos... E você?

- Não... Eu ainda estou com muita dor. - Encolho o corpo ao me deitar de costas para ele e grudo o cobertor no minha barriga. Justin me abraça por trás e beija meu ombro esquerdo.

- Eu preciso ficar com o ventre quente... Se não essa droga não melhora nem com remédio. - Justin coloca as mãos em minha barriga por dentro do cobertor, por cima da minha camisola. Ele começa a me acariciar. - Obrigada.

- É como se você estivesse grávida. - Ele me faz rir. - Sério.

- Vai demorar...

- Quanto tempo? Você não quer mais engravidar tão cedo?

- Não... Eu quero esperar pelo menos mais dois ou três anos. As crianças estarão maiores, nós estaremos numa boa idade. O que você acha? - falo baixo, ainda morrendo de dor.

- Eu não tinha pensado por esse lado... Eu queria mais um bebê agora, mas tudo bem. Eu espero.

- Você fala como uma criança que aguarda um irmão. - Ele sorri com os dentes colados em meu ombro e me aperta.

- É. Eu amo crianças.

- Eu sei. - Respondo. - Mas a Vally e o Bran ainda têm três... Eles são muito pequenos. Eu acho melhor curtimos eles crescerem sozinhos até, pelo menos, cinco anos... Nunca se sabe.

- É. - ele responde. - Podemos pensar sobre isso. - Suspiro e fecho os olhos pensativa. Eu ainda estou com muita, muita dor.

- Está doendo demais. - Falo mole. - Fazia tempo que eu não tinha tanta cólica.

- Não tem nada que melhore?

- Eu já estou deitada, já tomei remédio... Eu vou fazer um chá... - Falo ao esticar o corpo. - Você pode fazer para mim?

- Agora? - Ele diz preguiçoso. - Posso.

- Pode ser qualquer um... Os sachês ficam no armário em cima da pia.

- Ok. Eu vou lá. Fique deitada, quieta. - Concordo conforme ele fala e me encolho novamente. Justin fica de pé e sai do quarto sem que eu perceba. Tento relaxar durante alguns minutos e parede doer cada vez mais. Há tempos eu não sentia tanta cólica... Esse remédio tinha que fazer efeito rápido.

- Eu fiz de hortelã com gengibre. É bom pra tudo.

- Eca.

- Não reclama. - Ele encosta a porta do quarto e dá a volta na cama, sentando-se ao meu lado e me entrega a xícara quente. Quase queimo os dedos. - Está bem quente, então espere... Eu provei e ficou bom.

- Tá. - Fico um pouco sentada e mantenho o cobertor quente em minha barriga. Assopro a xícara algumas vezes e tento tomar um gole. Estava bem quente, super ardida por conta do gengibre, mas não vou mentir, era boa. - É bem forte.

- Sim... - Ele me olha de lado e passa o braço direito nas minhas costas, mantendo-me colada dele. Encosto a cabeça na sua e trocamos um selinho.

- Você não tem ideia do quanto cólica doi.

- Eu convivo com você há quatro anos. Eu sei que é foda... Tome isso e durma. - Tomo mais alguns goles e Justin reduz o volume da TV. Ele deixa em um programa de comédia e se diverte com as piadas todas de pessoas russas. Eu estava um pouco perdida. Terminei o chá e deixei a xícara no criado-mudo. Peguei meu celular e comecei a mexer nas minhas redes sociais.

- Eu acho que está melhorando um pouco. - Levanto-me e vou ao banheiro. Escovo os dentes novamente e solto completamente meu cabelo. Conforme volto para a cama, Justin puxa a coberta e me cobre. Ele volta a me abraçar por trás e eu o abraço na barriga. Deito-me completamente e ele beija meu cabelo.

- Você pode subir esse decote da sua camisola? - Ele fala baixo.

- Não tem decote. Eu estou coberta. - Falo ainda com os olhos fechados e ele mexe no meu cabelo.

- Sobe isso, por favor... - Ele diz baixinho e eu escondo minha camisola no cobertor.

- Pronto. - Respondo e suspiro. - Está melhorando... - Ele me aconchega um pouco mais e eu acaricio sua barriga.

- Boa noite. - Eu ergo minha cabeça para beijá-lo, que me agarra por completo impulso. Justin fica com parte do corpo em cima do meu e meu coração dispara como se fosse explodir.

- Agora está sendo um momento em que eu nunca senti tanta, mas tanta vontade de transar com você como eu sinto nesse exato segundo. - Ele diz num suspiro. - É sério. Eu vou... Eu vou deitar na sala um pouco.

- Na sala? Mas por que? Fique aqui, vamos dormir... - Dou um beijo em sua bochecha e ele respira fundo. - Isso é psicológico, só porque você sabe que não pode.

- Também. - Ele se afasta um pouco. - Eu vou descer um pouco.

- O que você vai fazer?

- O que os homens fazem quando não tem sexo.

- Que ridículo. Dorme, vai. Já está tarde, você estava com sono. - Falo mole e viro-me de costas para ele. Puxo seu braço esquerdo para que me abrace e ele cola seu corpo no meu. Já estávamos bem quentes... A dor estava indo embora. Ele coloca meu cabelo para o lado e distribui beijos em meus ombros, logo no meu pescoço. Justin realmente está incontrolável.

- Eu não vou conseguir dormir, você não compreende! Agora eu preciso muito. - Ele enfatiza a última palavra e beija meu pescoço mais uma vez.

- Jay... Você sabe se controlar. A vida não é tão fácil assim. Uma noite não faz diferença. - Digo ao me encolher ainda mais e suspiro. Justin para com os lábios em minha nuca e estremeço completamente.

- Eu vou tentar relaxar... - Meu coração disparava a cada segundo e meus músculos do estômago estavam retraídos. - Eu só preciso... - Ele diz conforme beija meu pescoço. - Te beijar um pouco. - Ele diz com a voz mole e eu deixo minha mão em cima da sua, debaixo do cobertor, em minha barriga. Conforme ele me beija no ombro e na bochecha, eu passo minha mão direita por baixo do meu corpo e tento tocar nele. Justin geme.

- Caralho, não faz isso, cacete! - Ele fala bravo. - Para.

- Por que toda essa braveza?

- Você ainda me pergunta por que? - Ele fala ao se afastar um pouco. - Porra, se eu estou com um tesão do caralho e não vamos transar, o mínimo que você tem que fazer é não me provocar. - Ele argumenta impaciente. - Que porra. Você faz essas coisas como se fosse só uma provocação boba. - Ele se afasta de mim e viro de frente para ele.

- Justin! Qual é... Calma. Eu só queria testar você.

- Testar o caralho. - Ele fala bravo. Sorrio.

- Ele mesmo. - Justin suspira e passo a mão em seu rosto. - Está tarde... Vamos só dormir. - Sorrio para ele. Justin assente e me puxa para perto. - Eu amo você. Obrigada pelo chá e pela sua atenção.

- Eu também amo você. - Ele responde e me abraça forte. Dou um beijo em seu peitoral. Ele respira fundo. Ergo a cabeça e dou um selinho nele. Justin me pega nas costas com a mão firme e estremeço de imediato.

- Jay...

- Qual é? Eu não posso mais pegar você? Que legal. - Ele reclama e me faz rir.

- Pode, amor. Pode pegar, só não se altere.

- Mais do que eu já estou? - Ele pergunta.

- Relaxa. - Mordo seus lábios e dou um beijo lento nele. - Você leva isso numa boa mensalmente...

- Mas agora é diferente. Eu realmente preciso de sexo.

- Justin! Tira isso da sua cabeça. - Falo olhando para ele e estávamos tão próximos. Ele me encara por um segundo e se aproxima aos poucos. Devagar, ele toca minha boca na sua. Passo a língua por seus lábios e percebo que ele se segura para não me puxar para perto com força. Sorrio durante os beijos e acabo deitada em cima dele, com as pernas divididas. Eu o sentia completamente ereto. Minha respiração já estava um tanto irregular. A dele então... Oh meu Deus. Meu cabelo cai em nosso rosto e movo meu corpo em cima do seu.

- Mellanie, pelo amor de Deus... - Ele diz com a respiração em falta. - Eu não ligo. Eu preciso transar com você agora. - Eu estava enlouquecendo com o que ele dizia. Continuamos nos beijando intensamente. Justin apalpa minha bunda por baixo da minha camisola e estávamos muito, muito quentes debaixo da coberta. - Eu só vou deixar você ficar por cima, porque... Se não eu... Eu não vou aguentar. - Acaricio seu cabelo e beijo sua testa, logo seu nariz, seu maxilar. Ele respirava fundo a cada segundo e há tempos ele não ficava assim por sexo. Deve ser por conta da discussão cansativa que tivemos há pouco tempo.

- Tudo bem, Jay... - Rebolo meu quadril em cima dele, que geme baixo.

- Eu não acredito que não vamos transar agora. - Meu estômago corroía, ardia, estava se fechando assim como a minha respiração. Eu estava completamente frágil. Essa época do mês me deixa absurdamente vulnerável. Absurdamente.

- Shh... - Digo a ele e então começo a subir minha camisola. Ele sorri com os olhos fechados e sobe as mãos pela mesma juntamente comigo. Ainda debaixo do cobertor, ele para com a camisola em meu pescoço e toco meus seios em seu tórax. Ele beija meu pescoço e estávamos completamente fora de nós. Justin desliza as mãos pelo meu quadril e sobe nas laterais da minha barriga.

- Eu te amo infinitamente. - Sussurro para ele. Justin me vira na cama de imediato e fico por baixo. Justin beija meu seio esquerdo e começa a chupá-lo com todo gosto do mundo. Era perceptível que ele estava com muito desejo. Eu estava bem sensível, porém vulnerável demais. Gemo baixo e já não sentia mais cólica. Ele chupa minha auréola com os lábios leves.

Justin morde de leve e gemo ainda mais... Oh meu Deus... Onde isso irá parar?

- Justin... Não esquece... - Ele ignora o que eu digo e continua se divertindo nas preliminares... - Tá?

- Eu sei, babe. - Ele responde quase sem fôlego. Justin dá a volta com a língua no bico de ambos os meus seios enquanto aperta as laterais da minha coluna com os dedos. - Eu amo você. - Sorrio e dou um beijo em seu rosto. Justin se equilibra na cama com os joelhos e aperta meus seios com as mãos quentes. O cobertor já estava em suas costas, cobrindo minhas pernas, apenas. - É tão difícil... - Ele diz e eu murmuro cada vez mais.

- Ahhh.... Ai... Jay... - gemo baixinho e coloco as mãos em seus pulsos. Eu o arranho com as unhas nos braços. - Por favor... Não vamos conseguir parar. - Ele faz movimentos com o corpo como se já estivéssemos nus. Ele me faz gemer alto. - Jay!!! - Ele segura meus pulsos e não tira os olhos dos meus seios enquanto move seu corpo. Ele pisca para mim.

- Nós não vamos transar. Calma. - Ele diz com as mãos paradas em minha barriga e chega até minha calcinha. - Mas eu não me importaria. Não mesmo. - Eu nego com a cabeça e ele morde o próprio lábio. Justin beija meus seios diversas vezes e desce até meu estômago. Eu estremeço ainda mais. Coloco as mãos em suas coxas e toco seu membro. Ele perde completamente o equilibro e a concentração.

- Paramos por aqui. - Ele geme. - Ok? - Justin geme mais uma vez e fecha os olhos.

- Tira a mão então. - Ele respira fundo e coloca a própria mão por dentro da cueca. Ele continuava absurdamente ereto. Eu o aperto com força, usando as duas mãos, e ele geme de dor. Justin se levanta e arrumo toda a coberta. Conforme ele anda pelo quatro todo inquieto, volto minha camisola no lugar.

- Vem dormir... Braveza. - Falo ao me deitar completamente na cama. - Se você reclamar... - Eu o cerro com os olhos. Ele vem até mim recuperando o fôlego e senta ao meu lado na cama. Eu programo a tevê para desligar em meia hora e ele me dá um beijo na bochecha.

- Eu não vou reclamar. - Ele sussurra. - Obrigado, babe. - Justin me da um beijo na cabeça e deito-me na cama. - Sua dor melhorou?

- Sim... - Deito-me e apago.

 

...

Acordamos cedo demais da conta e saímos de casa por volta das 8h. Isso porque, antes de tudo, acordei minha mãe, avisei que sairíamos mais cedo e a Anna chegaria por volta das 10h. Dei um beijo nas crianças, alimentei os cachorros e Justin fez meia hora de academia.

- Marcado para o dia 10 de dezembro! É o único dia disponível antes do Natal.

- Oh, por mim está ótimo. - Falo.

- É... Amor. - Ele me chama para que possamos falar a sós. - Iremos passar praticamente 10 dias fora. Tudo bem para você? Voltamos no dia 20 e viajaremos com as crianças para onde você escolher.

- Pode ser.... Mas eu bem queria que eles fossem na lua de mel, você sabe.

- Dia 10 está ótimo. - Justin concorda.

Saímos da igreja e entramos juntos no carro.

- Você sabe que eles não vão, certo?

- Eu quero que eles vão com a gente... Sabe a conversa que tivemos ontem? A história de que eu queria programar nossa viagem. - Justin ri

- Não, você não vai.

- Eu vou sim.

- Você não sabe resolver essas coisas.

- Isso e o que você pensa. Hoje eu vou ligar para adiar a lua de mel e ver se está disponível para os dias em que pretendemos ir.

- Mellanie, para. Você sabe muito bem que essa conversa não vai terminar a seu favor.

- Você vai voltar com o machismo?

- Eu não falei sobre machismo.

- Você sempre que jogar as coisas para o seu lado. Isso não tem nada a ver! - Ele ri como se quisesse parar com a conversa.

- Ah, Mellanie...

 

SPOILER

- NÃO VAI. - Ryan tenta pegar meu celular e eu o empurro.

- Eu estou muito nervoso.

- Justin... É a Anne.

- Anne, eu to muito nervoso. Eu não sei o que eu faço.

- A Mellanie também está muito nervosa... tenta se acalmar. Eu sei que não é fácil, mas tenta.
 


Notas Finais


Tem muita gente com medo dessa fic acabar com os dois separados... Nunca se sabe o que pode acontecer. To com uma tristeza enorme por estar acabando, vocês não tem ideia do quanto essa história é marcante pra mim :( tudo o que eu faço ou vejo diariamente me dá ideias pra colocar nessa história... Tenho tantas coisas escritas aleatórias que vocês nem imaginam!!!
Não vai mais rolar tantos momentos assim deles nos próximos capítulos... Enfim.
Obrigada por cada uma que tira um tempinho pra ler os capítulos e ainda mais pra comentar xingando a Mellanie hahahaha.
Se vocês tiverem qualquer pergunta a me fazer, só deixem aí nos comentários que eu respondo. Beijo!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...