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História Behind The Secrets - Nice to meet you, Anne


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura <3

Capítulo 26 - Nice to meet you, Anne


 - Eu posso não conseguir demonstrar isso agora, assim como você, mas eu posso tentar. Porque eu nunca fui assim. Quero dizer, eu sempre deixei claro quando amo alguém, mas com você está sendo diferente. Eu vou tentar fazer isso da maneira mais natural possível, tá? - Voltei a olhar para ele, que tornou a sorrir, mas desta vez mostrando seus dentes, logo desfazendo o sorriso. Eu estava esperando que ele dissesse algo, porque até agora, não falou sequer uma palavra. 

Ele apenas deu-me um forte e lento beijo, seguido por um abraço. Era tudo o que eu precisava para que ficasse tudo bem. Eu sou orgulhosa até demais, então se eu realmente falei isso para ele, é porque eu fiquei com um enorme peso na consciência. 

- Está tudo bem, babe. - Deu-me um selinho, e o sinal tocou alto. Os amigos dele passaram por nós, e ficaram me encarando, falando todos ao mesmo tempo. - Agora você não tem mais como esconder.

- Não tenho por que esconder. - Sorri para ele, que passou seu braço direito em volta dos meus ombros, segurando a minha mão, para que ficássemos juntos, e fomos até a sala. Entramos ainda abraçados, e fui para o meu lugar. Todos ficaram nos observando, sem dizer qualquer palavra, e preferi ficar quieta.

- Deu certo? - Adriele sussurrou, esperando minha resposta.

- Sim. - Sussurrei de volta. - Obrigada, Dri. - Ela sorriu, e a Lissy tentou ouvir o que estávamos conversando.

O professor estava entregando as notas, e, para variar, tirei 7 em Geografia. Pelo menos não estou abaixo da média. Já é um avanço. Quase todos da sala tiraram a mesma nota que eu, inclusive o Jay, que mostrou-me sua prova, e se disse esperto na matéria.

Passamos as últimas aulas sem conversar, já que ele não senta tão perto de mim. Assim que tocou o último sinal, fomos os primeiros a sair, e fui para o meu armário. Ele me seguiu, e ficou parado esperando. 

- Vamos? - Falou ao dar-me um selinho. Assenti e fomos até a saída. Olhei para trás, e o Luy estava parado nos olhando. Confesso que senti um aperto no coração, pelo olhar vago e sem vida dele. 

- Para de olhar para ele. - Resmungou e fomos até o carro. Fivelei o cinto e cruzei uma das pernas, deixando o pé para fora.

- Ele parece tão triste. - Falei sentida.

- Ele veio falar comigo. - Tirou os óculos no segundo em que revirou os olhos. - Veio me perguntar se estamos realmente namorando, e disse mais umas coisas desagradáveis.

- O que você respondeu? O que mais ele disse? - Falei curiosa e olhei para ele.

- Por que você quer tanto saber? - Retrucou rápido.

- Porque se você começou, tem que terminar. - Falei como se fosse óbvio.

- Eu disse que estamos juntos sim, e ele ficou falando merda, coisas de homem. - Falou lento. - Eu acabei me irritando e saí de perto, antes que acabasse socando a cara dele.

- Eu bateria em você, se fizesse isso. - Falei severa, para que ele percebesse que eu ficaria chateada.

- Não muda o fato de que eu tenho vontade de socar a cara dele. - Falou ao dar os ombros, dando a mínima importância para o assunto.

- O que ele tem de ruim para você o detestar tanto? - Soltei o cinto, e ele estacionou em frente à minha casa.

- Ele teve você. - Encarou-me, e dei os ombros desviando o olhar dele, sem saber o que dizer. - Já não é motivo o bastante? - Insistiu para que eu o respondesse.

- Eu não acho. - Dei um selinho nele, que puxou-me para um beijo e virou-se mais de frente para mim. Ele desceu sua mão direita pelas minhas costas, e apertou minha cintura. - Desce do carro. - Falei ao pausar o beijo.

- Tenho que passar na casa do Ryan para resolver umas coisas. - Tornou a colocar os óculos. - Depois eu te ligo. - Sorri e assenti.

- Tudo bem, até mais. - Peguei minha bolsa e desci do carro. Entrei em casa, e minha mãe estava deitada no maior sofá, aparentemente cochilando. Passei por ela e subi as escadas, indo até o meu quarto.

- Foi o Jason que te trouxe? - Falou curiosa. Joguei a bolsa em cima da minha cama e voltei para o corredor.

- Sim mãe. - Desci as escadas e ela abaixou o volume da tevê. - Por que?

- Ele passou te buscar de manhã? Por que você não foi com o seu carro? 

- Como ele já est... - Parei no meio da frase, ao lembrar que ela não pode nem fazer ideia que o Justin passou a noite aqui. - Ele passou aqui sem me avisar, aí eu fui com ele . - Falei indo para a cozinha, tentando parecer descontraída. 

- E vocês ainda estão nessa enrolação toda? - Era a hora de dizer para ela que ele me pediu em namoro, mas como eu conheço a minha mãe, ela não vai gostar da ideia, e não fará muita questão de conhecê-lo agora. 

- É... Ele me pediu em namoro ontem à noite, mãe. Se declarou, disse que me ama e que podemos manter um relacionamento sério. - Falei toda boba, enquanto colocava a mesa para o almoço.

- Sério? - Levantou-se e falou vindo em minha direção. - Quando você o chamará para jantar aqui, e me conhecer? - Não quero que ela o conheça tão cedo. Eu tinha certeza que ela não daria a mínima para ele.

- Você realmente quer conhecê-lo, ou só quer saber se ele é bom para mim? - Falei sorridente e ela riu.

- Os dois, mas eu quero saber como vocês estão, sabe, um com o outro. - Ajudou-me e nos sentamos na mesa.

- Eu quero que você goste dele. - Falei na esperança dela concordar.

- Não posso prometer nada. - Serviu seu prato e fiz o mesmo. - Quando você irá convidá-lo para vir aqui? - Perguntou descontraída.

- Quando ele pode vir? 

- Amanhã à noite, que tal? - Falou sorrindo. Mas por que ela quer conhecê-lo tão breve?

- Mas já? - Falei surpresa. 

- Algum problema? - Falou duvidosa. 

- Nenhum. Eu falo com ele então. - Sorri. - Só não quero você e o Paul interrogando ele. - Falei tentando parecer autoritária, o que eu estou longe de ser nesta casa. 

- Só perguntarei o que eu achar necessário. - Falou convencida. - Você sabe que o Paul não interfere muito na sua vida. 

- Eu sei, mas não quero que ele fiquei envergonhado aqui. - Revirei os olhos e ela riu. 

- Qual é filha, eu sou sua mãe. É claro que eu irei envergonhá-lo, mas não é nada demais. - Sorriu forçado e me fez desfazer o sorriso. Apenas resmunguei, e terminamos o almoço, enquanto ela contava sobre como andam as coisas no Hospital, e que, ela irá tirar férias por uma semana depois que eu voltar da viagem. Já que ela é a dona, manda em todos mesmo. 

Levei os pratos até a pia, e ela terminou de tirar a mesa. 

- Deixe que hoje eu lavo a louça. - Falou me expulsando da cozinha. Saí sorridente e fui para o quintal. Há um tempo não venho aqui. Sentei-me no banco de frente para a piscina, e fechei os olhos em direção ao sol, pensando um pouco em tudo.

Obviamente, o Justin me veio a cabeça, me trazendo as boas lembranças da noite de ontem, e principalmente da declaração dele. Mesmo que eu esteja feliz de que vamos tentar algo sério, eu continuo boquiaberta com a declaração dele. Não que eu achasse que ele não saberia como se declarar, mas... na verdade, eu achei que ele não fazia ideia de como dizer um 'eu te amo' de uma maneira mais bonita, melhor explicada. Ele conseguiu, e ainda fez com que eu ficasse radiante. Queria que ele soubesse que o que sinto por ele é tão diferente do normal, que nem eu mesma consigo definir o que é, além de um forte amor. 

Quando nós discutimos, eu penso que tudo pode acabar de uma hora para a outra, mas aí, eu lembro que, as brigas simbolizam a união repentina entre pessoas diferentes, que estão aprendendo a conviver de uma só maneira. Não é fácil fazer tudo do jeito dele, como ele também não gosta de fazer tudo como eu faço. É uma maneira equivocada de se pensar, mas é a verdade. 

Escondi o rosto com as mãos, tentando afastá-lo dos meus pensamentos, e o Logan e Tiffany me vieram à cabeça. Passei a lembrar da conversa que tivemos, em que ele disse estar feliz com ela, o que eu espero que seja verdade, e não apenas uma ilusão da parte dele, já que, essa garota não presta, penso eu. Voltei a tentar não pensar em nada, o que estava ficando cada vez mais difícil, porque era como se a minha mente não descansasse nem por um segundo, de pensamentos inacabáveis a cada segundo. Meu celular vibrou no bolso, e era o Justin. O que será que ele quer, logo no meio da tarde? Atendi ao fechar os olhos novamente, devido o forte sol queimando meu rosto.

 

- Babe?!

- Oi Jay.

- Você está ocupada?

- Não, por que?

- Queria conversar com você.

- Aconteceu alguma coisa? Pode falar...

- Não, está tudo tranquilo. Eu só queria conversar com você mesmo, sabe?! Você já começou a arrumar sua mala?

- Então... eu pensei em começar hoje, mas estou morrendo de preguiça. E você?

- Mais ou menos. Não tenho paciência de ficar organizando nada antes. 

- Mas não é antes. Sábado já está aí! 

- Não é assim também. Até lá eu arrumo tudo. Iremos sair que horas daqui?

- Até onde eu sei, às 2h da manhã! Porque, segundo os guias turísticos, é melhor passar a noite viajando para descansar. 

- Verdade.

.- Você não parece tão animado para viajar.

- Mas eu estou, e muito! - riu-  Principalmente, porque estaremos juntos por uma semana.

- Sim, essa é uma das melhores partes.

- Por que não a melhor? 

- Porque não sabemos o que irá acontecer lá.

- O que você quer dizer com isso, Mel?

- Nada, ué. - ri- O que você acha que eu quis dizer?

- Tudo bem... O que você está fazendo?

- No momento, deitada no quintal, tomando sol no rosto e você?

- Qual a lógica? Estou no meu quintal também, mas deitado na rede, mexendo no mackbook.

- Vida boa a sua. 

- Nem tanto.

- Ah, eu preciso falar antes que eu esqueça.

- O que?

- Minha mãe quer te conhecer. Você virá jantar aqui amanhã, ok?

- ...

- Jay?

- É... eu não acho que ela irá gostar de mim.

- Você não pode concluir algo que ainda não aconteceu. 

- Mesmo assim... Ela realmente quer me conhecer?

- Sim. Mas fique tranquilo. Você vem?

- Claro. Só não se esqueça que, ela não pode saber de nada sobre Justin, tá?

- Eu sei, eu sei. 

- Você contou a ela que estamos namorando?

- Sim.

- E o que ela disse?

 

                               ...

 Foi uma manhã tediante como todas as outras, porém o pessoal da minha sala continuou comentando sobre a tão esperada viagem de formatura. Confesso que mesmo não parecendo, eu estou muito animada, e já comecei a arrumar minhas coisas, começando pelas roupas, que na minha opinião é o mais fácil. Minha mãe me aconselhou a levar duas malas, mas como serão oito dias, estou pensando em levar uma a mais, fora a minha bolsa com acessórios necessários durante o voo.

Com relação aos quartos, a Amy não vai ficar no nosso porque ela tem as amigas da outra sala, então a Brandy, que é uma das melhores amigas da Lissy, vai ficar no quarto com a gente, sendo assim quatro garotas. No do Justin será junto com o Logan, o John, e acho que o Chris. Já o pessoal da outra sala eu não faço ideia.

Assim que a minha mãe chegou em casa, corri tomar banho para me arrumar, já que o Justin chegará daqui a pouco. Preciso ficar apresentável.

Vesti um shorts jeans escuro rasgado na coxa esquerda, e uma blusa caída nos ombros, dando um ar mais jovem à roupa. Fiz uma escova demorada, e calcei uma sapatilha discreta. Minha mãe entrou no quarto, e olhou-me através do espelho.

- Nossa, você está se arrumando há quase uma hora? - Falou impressionada, e assenti ao me dar conta de que passei muito tempo enrolando nesse quarto.

- É, sim. - Ri. - Ele deve chegar em 20 minutos. - Falei ao guardar o secador no lugar de sempre.

- O Paul acabou de chegar. Só vou terminar o jantar, e assim que ele chegar, poderemos conversar. - Falou autoritária.

- Como assim, poderemos conversar? - Olhei-a rapidamente. - O que você vai querer falar com ele?

- Calma filha. - Sorriu e passou pelo corredor, provavelmente procurando pelo amado dela.

Se ela me envergonhar, ou falar algo desagradável para ele, minha vontade será de esconder a cabeça em um buraco.

Meu coração palpitou dispirado, só de pensar que ele estava para chegar. Passei rímel incolor, apenas para erguer os cílios com um brilho, e passei um gloss rosa claro, só para não ficar sem nada. Passei meu perfume de rosas bem suave, e a campainha tocou. Meu Deus! É ele. 

- EU ATENDO MÃE. - Gritei e saí do quarto correndo, enquanto arrumava o comprimento da minha blusa, para que não ficasse caindo. Será que o meu cabelo está bom? Cadê os dois para me analisar quando eu preciso? Corri até a porta e guardei meu celular no bolso. Assim que abri-a, ele vestia uma calça jeans bem escura, camisa azul marinho e uma jaqueta escura. Duas correntes de prata, e, por um milagre, ele não usava óculos ou um boné na cabeça. Sim, estava com aquelas lentes terríveis, mas ele estava bem estiloso, e sem nada muito obscuro. Sorriu assim que me viu e lambeu os lábios. Sorri de volta, e dei-lhe um selinho, que entrou andando devagar.

- Pode parecer estranho, mas eu estou morrendo de vergonha. - Cochicou e logo riu. - Você é linda, como sempre. - Dei mais um selinho nele, e mexi em seu cabelo, que estava arrumado em um belo topete.

- Relaxe. - Guiei-o até o meio da sala e nos sentamos no sofá. Ele segurou minha mão, e com a outra arrumou sua jaqueta. Logo os dois desceram as escadas nos encarando. Ele apertou minha mão forte, e parecia aflito. É sério que ele está tão inseguro assim? São apenas ''meus pais'' - em termos, porque o Paul não interfere tanto. 

Por sorte, a Anne sorriu assim que o viu mais de perto, e parou em nossa frente. Já o Paul, permaneceu com uma pose de sério.

- Essa é a minha mãe, Jay. - Apontei para ela ao me levantar, e ele a cumprimentou sorridente. 

- Sou a Anne. Muito prazer, Jason. - Não sei o que estava acontecendo, mas ela realmente estava sendo simpática de um jeito espontâneo, sem estar forçando a situação.

- Muito prazer, Anne. A Mellanie fala muito de você! A propósito, se me permite dizer, sua filha é tão bonita quanto você. - Tudo bem, tem algo de errado aqui. Ele pareceu estar mais tranquilo, ainda segurando minha mão, mas sem apertá-la. 

- Muito obrigada! - Sorriu de volta.

- E esse é o meu padrasto, o Paul. - Olhei para os dois, que se cumprimentaram.

- Muito prazer, cara. - Paul disse sem muita enrolação. Justin apenas sorriu sem graça, e parou novamente ao meu lado.

- Vocês querem jantar agora, ou daqui a pouco? - Questionou ao sentar-se no outro sofá, ao lado do Paul.

- Não sei... Você está com fome Jay? Por mim, pode ser agora. - Olhei para ele, que parecia estar pensativo, sem ter prestado atenção no que eu disse.

- O que você disse? Desculpe babe, eu estava pensando. - Falou baixo, e sorri ao ouví-lo me chamar assim, mesmo que eu já tenha me acostumado, eu acho.

- Você quer jantar agora? - Ele acariciou as costas da minha mão com leveza.

- O que você quiser. - Falou descontraído, e minha mãe logo se levantou. 

- Venha aqui um pouco, Mellanie. Preciso que me ajude com o jantar. - Falou indo para a cozinha, e moveu os dedos para que eu a seguisse.

- Precisa de ajuda, amor? - Falou todo carinhoso, e fingi não estar surpresa. Levantei-me e dei um selinho nele.

- Não precisa Jay, obrigada. - Deixei-o sozinho na sala com o Paul, e fui até a cozinha com a minha mãe.

- Ele está com vergonha. - Sussurrei, e tirei a lasanha do forno. - Não o envergonhe.

- Ele é sempre tão simpático assim? - Falou curiosa, e foi até a mesa do jantar. Apenas dei os ombros e resmunguei em resposta. Não posso dizer que ele não é assim, e muito menos afirmar que ele é. - Além de tudo, é lindo de morrer. - Quem ainda fala lindo de morrer? Revirei os olhos ao ouví-la falar, e espiei os dois pelo canto da parede, que dava para a sala. Justin batia com um dos pés no chão, impaciente e ativo, enquanto Paul parecia estar relaxado, no meio de uma conversa.

Terminamos de colocar todo o jantar, e fui até eles, enquanto minha mãe ficou lá.

- Vem, Jay. - Peguei em sua mão, que se levantou e suspirou. Paul passou em nossa frente, e ele e minha mãe ficaram de costas para nós. Ele aproveitou para dar-me um rápido beijo nos lábios, e insisti em mais um. - Fica tranquilo.

- Eu estou. - Mentiroso. Era notável que ele ainda estava inseguro. 

- Não está não. - Sorriu de lado, como se não fosse mais negar, e fomos até a mesa. Ele sentou-se ao meu lado de frente para a minha mãe, enquanto eu estava olhando para o Paul. Ele permaneceu sério, e parecia estar nos observando.

Nos servimos, e ele parecia não querer dizer nada. 

- Então... Vocês se conhecem há mais de um mês, certo? - Ela disse que não iria deixá-lo envergonhado. Se essa foi a primeira pergunta, ainda terão várias por vir.

- Sim, mãe. - Falei com a mínima vontade.

- Eu perguntei para o Jason. - Falou grosseira, e ele riu discreto.

- Sim, senhora Schnaider. Faz um mês e alguns dias. - Assentiu.

- Quanta formalidade. Pode me chamar apenas de Anne. - Ele assentiu. - E vocês conhecem bastante um ao outro? Ou ainda não sabem nada demais? - Onde ela quer chegar com essas perguntas? Ele olhou-me pelo canto dos olhos, sem saber o que dizer.

- Não posso dizer que sei tudo sobre a sua filha, mas o suficiente para que eu me apaixonasse. - Não sei como, mas ele escolheu as melhoras palavras, no momento certo.

- Incrível! - Estava mais para um interrogatório, do que uma conversa casual. - Sei que estou parecendo chata te fazendo essas perguntas, mas eu quero saber se vocês se amam o suficiente, para ter ideia de que um relacionamento sério nessa idade, é mais genuíno, porque vocês estão perto dos 18 anos. - Assentimos ao mesmo tempo, e ele não disse nada, por não saber o que dizer.

- Você é vizinho da Alice? - Agora foi a vez do Paul começar a questioná-lo. Estou começando a achar que eles combinaram quais e como iriam fazer essas perguntas a ele.

- Sim. Moramos literalmente na casa um ao lado do outro. - Falou mais tranquilo, ao mencionar esse assunto.

- E você já viu minha irmã por lá? - Me segurei para não revirar os olhos, e ela ficou esperando a resposta.

- Até agora, não. Mas a Alice sempre me cumprimenta, e espero poder um dia conhecê-la. É Nine, não? - Falou gracioso, porque ele diz que o nome dela parece apelido de babá.

- É sim amor. - Falei olhando para ele, que tornou a sorrir.

- E com relação ao namoro de vocês, seus pais sabem? Eles apoiaram? - Não acredito que ela fez essa pergunta a ele. Acho que esqueci completamente de mencionar que ele não tem pais. 

- Mãe... - Olhei para ela, tentando fuzilá-la com os olhos, para que percebesse o que disse.

- Eu só tenho pai... É uma longa história. - Pai? Como assim ele tem um pai, e nunca me disse? Não consegui evitar, e olhei-o perplexa. - Ele não é a favor de que eu me relacione, e também não mora comigo.

- Como assim? - Continuei olhando para ele, me segurando para não questioná-lo agora. Como ele pôde me dizer que era órfão, sendo que ele tem pai? 

 

SPOILER

- Detesto discutir com você, principalmente quando está de tpm e irritada. - Falou ao esconder as mãos no bolso.

- Não estou de tpm. - Falei ainda brava. - Se você não falar agora, eu não vou mais querer saber. 

- Então você não quer mais saber? - Falou gracioso, em um completo sarcasmo.

- Eu estou falando sério. - Cruzei os braços, e ele dobrou seu lábio debaixo. Ele me puxou pela cintura, tentando me beijar nos lábios, e impedi-o, ao empurrá-lo com as mãos em seu peitoral. - Para.

- Quer saber? Tchau Mellanie. - Falou mudando sua expressão de uma hora para a outra.


Notas Finais


Eu esqueci o spoiler no capítulo anterior, e só lembrei depois hehe me desculpem!! Espero que estejam gostando. Beijo.


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