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História Behind The Secrets - Your last chance


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura meninas!

Capítulo 27 - Your last chance


- Como assim? - Continuei olhando para ele, me segurando para não questioná-lo agora. Como ele pôde me dizer que era órfão, sendo que ele tem pai?
- Como assim, o que Mellanie? - Minha mãe interferiu, e ele beslicou minha perna para que eu ficasse quieta. Como ele quer que eu fiquei quieta, depois de dizer na minha frente para a minha mãe que ele tem pai?
- Nada mãe... Eu confundi as coisas. - Desviei o olhar do dela, e fiquei esperando a explicação dele.
- Então... Ele não sabe de nada? Você mora sozinho aqui? - Tornou a falar sobre o mesmo assunto.
- Eu até prefiro que ele não saiba. Sim. Eu sou canadense, e moro aqui, mas o meu pai mora em Moscou, na Rússia. - Creio que ele acabou falando demais. Então foi por isso que ele foi para a Rússia naquele fim de semana, sem ao menos me dar explicações? Ele foi se encontrar com o pai dele, e mentiu, ao dizer que trabalha com tudo até agora... Será que foi tudo mais uma grande mentira? Não sabia o que fazer, e levantei-me rápido, indo até a cozinha. Ele permaneceu sentado, e apoiei com as costas no balcão, para que eles me perdessem de vista.
- Pegue a sobremesa Mellanie. - Falou alto, para que eu fosse rápida. Eu não vim aqui para pegar a sobremesa. Eu precisava sair daquela mesa, antes que eu acabasse discutindo com ele ali, e não posso acabar com todo esse jantar agora.
Peguei a sobremesa, e mesmo irritada e nervosa, coloquei um sorriso falso no rosto e levei tudo para a mesa.
Ele olhou-me torto, ao obviamente perceber que eu estava irritada, e voltou a conversar com a minha mãe, sobre ele estar morando aqui por pouco tempo. Servi a todos, inclusive ele, e sentei-me ao seu lado, empurrando pouco minha cadeira para o lado oposto, tentando desencostar dele, que puxou-me de volta para perto.
- E você já teve outras namoradas? - Eles estavam se dando tão bem um com o outro, que ele não estava mais tão constrangido ao responder as perguntas. Mas isso não importa agora. Eu estava furiosa com ele, a ponto de gritar agora mesmo. Esse jantar tem que acabar logo.
- Digamos que não, mas eu já namorei. - Falou enquanto movia sua cabeça, tentando explicar a situação. - Eu sempre fui muito... do tipo de que gosta de se divertir com várias pessoas, sabe? Então, eu tomei um rumo depois que conheci a Mel. - Falou todo carismático, o que só me deixou ainda mais brava com ele.
Finalmente, todos terminaram de comer o mousse de limão da minha mãe, e os dois levaram tudo para a cozinha.
- Muito obrigado pelo jantar, Anne. Você cozinha muito bem. - Elogiou-a ao levantar-se.
- Que isso. Muito obrigada Jason. - Antes que eles pudessem falar mais alguma coisa, puxei-o pelas mãos com força, parando na ponta da escada.
- O que significa isso? - Falei baixo, já na intenção de me desestressar.
- Depois conversamos sobre isso. - Falou no mesmo tom que eu.
- Depois? Como você nunca me disse que tem um pai? Eu sempre achei que você era órfão, e até você mesmo já havia dito isso. Que história é essa Justin? - Comecei a falar sem parar, para que ele não tentasse mudar de assunto.
- Eu te disse que praticamente sou, o que não deixa de ser verdade. Já disse que depois conversamos sobre isso. Não quero brigar agora, que está indo tudo tão bem. - Falou olhando para a cozinha, e, por sorte, eles não estavam nos olhando.
- Então você não quer brigar agora? Se você diz isso, é porque sabe que errou. E não, não está nada bem. - Bufei.
- Agora não. - Afastou-se, e foi até a minha mãe, provavelmente para oferecer ajuda.
- Jason! - Falei seguindo-o, que me ignorou. Como eu detesto ser ignorada!
Fui até a cozinha, e ele conversava com minha mãe e com o Paul.
- Podemos assistir a um filme, ou se você e a Mellanie quiserem ficar por ai. - Deu a entender namorar.
- Assistir a um filme.
- Ficar por ai. - Falamos ao mesmo tempo, e nos olhamos sem reação alguma.
- Não entendo. - Falou enquanto lavava a louça com o Paul.
- Nós vamos conversar um pouco lá no quarto, e daqui a pouco voltaremos. - Falei sorridente, e ela assentiu. Estranhei não ter dito "juízo", ou questionado algo. Ele demorou, mas seguiu-me indo até o meu quarto. Fechei a porta, e ele sentou-se na minha cama.
- Sua mãe me amou. - Falou convencido.
- Eu não acredito que você me escondeu mais uma mentira. Não consigo mais ficar com você, vivendo à base de mentiras inacabáveis. Por que tudo isso? Eu não entendo. Não quero mais ficar descobrindo as coisas que você me esconde sem querer. Eu não suporto mentiras, e às vezes parece que você não entende isso. Eu não vou mais te desculpar, e me sinto ofendida com tudo isso. Iria doer, se você dissesse que tem um pai? Por que mentir? Por que me esconder isso? Você não trabalha porra nenhuma. Sempre que diz isso, tem que falar com o seu pai. Não acredito que caí em mais uma das suas mentiras. Você disse que não iria mais mentir pra mim. - Bufei furiosa, enquanto andava de um lado para o outro no quarto.
- Babe. Posso falar agora? - Ele fala tão calmo, que me dá mais raiva ainda.
- Não. - Olhei para a janela, e ele continuou sentado na minha cama.
- Eu não menti pra você. Eu só... só deixei esse assunto de lado. Não vale a pena sea irritar por isso. Eu já te disse que não irei mais mentir. Não tenho o quê mentir. Eu só acho indiferente você saber que eu tenho pai. - Olhei para ele enquanto falava, que deu os ombros.
- É claro que você mentiu. Você disse para mim que era praticamente órfão. Como poderia ser indiferente? É o seu pai! Não acredito que você fez isso comigo, de novo. - Suspirei mexendo nos cabelos, deixando-os para trás.
- Fique calma Mellanie. Você fala como se fosse o fim do mundo. Meu pai mora em Moscou sim, e nós trabalhamos juntos. Ele é chefe do Ryan e do Greg. Ele não quer que eu me envolva com ninguém aqui, a não ser por diversão. Ele não faz ideia que eu me apaixonei por você, e não pode saber de jeito algum. - Ele só confundiu ainda mais a minha cabeça.
- Não muda o fato que não passa de um mentiroso. Primeiro você mentiu a sua identidade, segundo, você usa lentes completamente diferentes dos seus olhos, e terceiro, você pintou o seu cabelo para combinar com as lentes, e quarto, você me disse que era órfão, e do nada fala para a minha mãe que tem um pai? O que mais? Vai dizer que você não tem 17 anos? - Falei a primeira coisa que me veio a cabeça, e ele franziu a testa surpreso.
- Já acabou seu show Mellanie? Eu te disse milhares de vezes que não vou mais mentir pra você. Poxa, você é minha namorada, e eu não teria porquê te chatear. - Levantou-se inquieto, e cruzou os braços.
- Você fala como se eu estivesse exagerando, e como se estivesse certo. - Aumentei o tom de voz.
- Mellanie, para de ficar procurando por uma briga. Você quer brigar agora? - Falou me desafiando.
- Eu não estou pedindo qualquer briga. Eu só estou cansada de você ficar mentindo pra mim. - Gritei.
- O que você vai fazer então? - Ele realmente estava pedindo para que eu me exaltasse ainda mais.
Preferi não respondê-lo, e sentei-me na cadeira perto da janela. Minha mãe deve ter ouvido parte da nossa discussão, então achei melhor ficar um pouco quieta.
- Eu vou voltar para a sala, porque não quero que a sua mãe tenha uma má impressão de mim, só porque você está na defensiva. - Ele levantou-se e logo saiu do quarto. As vezes ele me irrita, pelo simples fato de não se irritar como eu. Mas quando ele chama pela discussão, quase arranca os fios do cabelo em uma pilha de nervos.
Fiquei olhando para a janela, e a lua estava tão distante e pequena. Fechei os olhos para pensar nas coisas que ele disse, e não adiantou de nada. Eu não estou confusa ou chateada. Fiquei brava mesmo. Eu juro que por tudo que há de mais sagrado, que essa foi a última mentira dele que eu deixei passar. A última! Espero que ele esteja completamente ciente disso.
Retoquei meu rímel e saí do quarto mexendo no celular. Olhei do primeiro degrau da escada, e ele estava sentado na poltrona, falando com o Paul, enquanto minha mãe passeava pela sala, falando ao celular.
Desci as escadas e passei por ela, que parecia estar falando com alguém do Hospital. Sentei-me no sofá ao lado do Paul que me encarando, como se ele e o Justin tivessem conversado sobre algo ao meu respeito.
- Bom. Agradeço muito pelo jantar Anne, mas eu preciso ir. - Falou assim que ela desligou o telefone, e levantou-se.
- Mas já? Ainda é cedo! - Falou olhando para ele, e me levantei.
- Sim. Obrigado pelo jantar. Adorei conhecer vocês. - Ele cumprimentou o Paul, e abraçou minha mãe. Peguei em sua mão e levei-o até a porta.
- Pode vir aqui sempre que quiser. - Falou simpática.
- Você ainda está brava? - Falou ao passar pela porta.
- Sim. - Falei ao ir com ele até seu carro.
- Amanhã eu te explico melhor isso. - Falou ao apoiar com as costas no carro.
- Não quero amanhã. Eu quero agora. - Falei ao franzir a resta.
- Detesto discutir com você, principalmente quando está de tpm e irritada. - Falou apo esconder as mãos no bolso.
- Não estou de tpm. - Falei ainda brava. - Se você não falar agora, eu não vou mais querer saber.
- Então você não quer mais saber? - Falou gracioso, em um completo sarcasmo.
- Eu estou falando sério. - Cruzei os braços, e ele dobrou seu lábio debaixo. Ele me puxou pela cintura, tentando me beijar nos lábios, e impedi-o, ao empurrá-lo com as mãos em seu peitoral. - Para.
- Quer saber? Tchau Mellanie. - Falou mudando sua expressão de uma hora para a outra. - Depois de um jantar incrível, você ainda faz questão de discutir comigo. - Entrou em seu carro, e logo foi embora. É sério que ele foi embora sem ao menos se despedir?
Não posso admitir que ele tem razão, porque eu só gerei essa discussão porque ele teve coragem de dizer para a minha mãe, na minha frente, tudo aquilo sobre o pai dele, sem que eu soubesse a menos que ele tem um pai. Fiquei parada na calçada igual uma idiota, com os braços cruzados, olhando para o fim da rua. Não acredito que ele foi embora!
Entrei novamente em casa, e minha mãe estava sentada no sofá com o Paul.
- Ah! Que raiva. - Falei sozinha e subi as escadas correndo.
- Mellanie. Vocês estavam discutindo, foi isso que eu ouvi? - Era só o que me faltava.
- Sim mãe. Estávamos discutindo, e aquele viado foi embora. - Parei no meio da escada e olhei para ela, que se levantou e veio em minha direção. Entrei no quarto e tirei a blusa, procurando por um pijama.
- O que aconteceu? Queria conversar com você sobre esse jantar, mas pelo jeito hoje será impossível. - Entrou no quarto e parou perto da porta.
- Eu me irritei com ele, e ele simplesmente foi embora. Nada demais. O que você quer me falar? - Vesti o shorts do pijama e calcei um chinelo mais confortável, prendendo o cabelo em um coque. Transformação total, só porque ele foi embora.
- Quando ele ficou sozinho com o Paul, nós conversamos várias vezes, e o Paul também falou com ele. - Falou aos poucos, e sentou-se na minha cama.
- Onde você quer chegar mãe? - Falei intrigada com o assunto complexo dela.
- Ele tem um jeito muito misterioso. Muito mesmo, mas eu gostei dele. E, na minha opinião, ele te ama muito. - Falou sincera, e esperou que eu me sentasse de frente pra ela.
- Você acha mesmo? Eu sei... Ele tem esse jeito mesmo, mas com o tempo você vai perceber que não é tanto assim. - Falei ao esconder os lábios pensativa.
- Sim. O Paul disse que não gostou muito dele, mas isso deve ser ciúmes de você. Ele foi sincero, e disse que no começo não se importava com nada, mas depois que ele te conheceu, foi como se ele tivesse mudado de uma hora para a outra. - Falou olhando nos meus olhos, me deixando completamente sem reação. - Ele também disse que uma das coisas mais difíceis desde que vocês se conheceram, foi admitir que ele te ama. Confesso que eu fiquei muito surpresa com tudo o que ele disse, porque ele me conheceu hoje, e não fazia ideia das perguntas que eu iria fazer, eu acho. - Falou ao encostar no travesseiro, ficando quase deitada. Eu não sabia o que dizer. Eu só sei que, meus olhos brilharam no momento em que ela começou a dizer todas essas coisas sobre mim, e eu acabei discutindo com ele, depois desse jantar incrível, e acabei com tudo.
- Não acredito... E eu ainda discuti com ele na hora em que ele foi embora. - Escondi o rosto com as mãos. - Como eu sou burra.
- Não se culpe por uma discussão boba. Você sabe que, essa é uma de muitas, e não será a última. - Falou rindo para descontrair a conversa.
- Eu sei disso, mas eu me sinto mal. Porque ele não é tão fácil assim de demonstrar um sentimento. Você percebeu? - Falei esperando que ela concordasse, já que disse que ele me ama.
- Eu percebi que o olhar dele é diferente. Ele te olha de uma maneira diferente. Esse foi um dos motivos que me fez concluir que ele te ama, fora ouvir isso da boca dele. - Falou enquanto balança a cabeça em concordância.
- Você não está ajudando. - Ri. - Eu estou me sentindo culpada por ter acabado com tudo. Nós mal conversamos. - Abaixei o olhar, e ela deu os ombros.
- Ele falou muito sobre tudo o que eu perguntei, e foi sincero. Eu acho que você deveria pensar mais no que ele sente por você. Porque se você realmente o ama, dê valor. - Levantou-se e foi até a porta, após dar-me um beijo na testa. Apenas assenti, e sorri em agradecimento.
Ela fechou a porta, e liguei a tevê, para não ficar em um completo silêncio. Estava passando Dexter, e como eu assisto às vezes, deixei passando para tentar me distrair. Fiz minhas higienes, e voltei a organizar minha mala para a viagem. Peguei mais de 15 conjuntos de lingerie, sempre com várias reservas, e foi aí que passei a lembrar do Justin, do nada. Era como se a minha consciência estivesse me intimando a ligar para ele, mas eu não quer me redimir tanto assim, apenas por uma discussão boba. Quem errou foi ele, e não eu. Então, por que eu tenho que ligar para ele?

- Amor...
- Mel? É você?
- Engraçado você.
- Acho que alguém ficou com a consciência pesada.
- Para.
- Mas eu não fiz nada.
- Você ficou bravo comigo? Por eu ter sido grosseira...
- Na hora eu até fiquei irritado, mas foi tão bom estar aí que agora eu estou tranquilo.
- Mesmo?
- Sim. E amanhã cedo, conversaremos sobre o que você quer saber.
- Não sei se você está falando sério.
- Está me ouvindo rir?
- Você entendeu o que eu quis dizer Justin.
- riu- Eu entendi babe. Fique tranquila.
- Tudo bem. Boa noite, Jay.
- Boa noite babe.

Desliguei o celular com ele, e suspirei aliviada. Eu praticamente liguei para nada, mas me sinto mais tranquila assim. Ele me pareceu tão tranquilo com esse assunto, que deve ter uma boa, ou ao menos, lógica explicação para mim. Estou contando com isso.
Deitei-me na minha cama, e logo acabei dormindo, de tão cansada que estava.

...


Cheguei no colégio um pouco mais cedo que o normal, por motivos de não ter visto a hora quando saí de casa.
Deixei minha bolsa em cima da carteira, e não havia quase ninguém sentado. Decidi colocar meu fone e fiquei jogando um jogo enquanto ouvia músicas lentas.
- Psiu. - Falou perto do meu ouvido para que eu me desconcentrasse, e antes qe pudesse olhá-lo, deu-me um selinho. - Bom dia.
- Bom dia Jay. - Sorri e tirei um dos fones, olhando para ele. - Podemos conversar agora?
- Sim. Mas não aqui. - Fez um sinal para que eu me levantasse, e saímos da sala de mãos dadas. Fomos para a quadra, que estava vazia e nos sentamos nos bancos atrás de tudo, para que ninguém nos visse com facilidade.
- Por que você não me disse que tem um pai? Eu achei que você era sozinho. - Falei tentando manter uma conversa civilizada.
- Você nunca perguntou se eu tenho um pai. Eu tenho pouquíssimas pessoas da minha família, assim como você. - Passou a balançar sua perna inquieto.
- Não é preciso perguntar. Você nunca sequer citou o nome dele, ou se referiu a alguma coisa que o dissesse respeito. Por que ele não pode saber de nada? - Falei curiosa.
- Eu não tenho costume de citá-lo muito, por conta da identidade. O Jason é uma pessoa para ele, e o Justin é outra. Mas eu não me vejo tão diferente assim. Ele me proibiu completamente de me envolver com qualquer garota daqui, ou de qualquer outro lugar. É claro que eu não reclamei, até porque, eu nunca tinha me apaixonado de uma maneira tão intensa antes... E se, se eu acabar falando sobre você para ele, não será uma boa ideia. Por isso eu fiquei bravo quando o Greg acabou com tudo naquela ligação. Uma coisa não pode estar ligada a outra. Você namora o Justin, e o Jason é apenas uma imagem que o meu pai criou, para fazer o que ele quiser. - Terminou a frase de uma manera fria, me assustando.
- Isso tudo parece ser bem confuso. - Falei olhando para ele. - Ele é o seu chefe? Por que você o deixa te usar como Jason, sendo que essa pessoa não existe? Deve ser complicado para você, tentar agir como duas pessoas ao mesmo tempo.
- É bem complicado. Mas agora eu estou começando a me acostumar. Ele não é meu chefe, mas é meu pai, então, tenta mandar em mim de qualquer jeito. Eu só não comentei antes com você, porque eu acho desnecessário perder tempo tentando entender isso. - Assenti processando o que ele disse, e acariciei sua mão.
- Tudo Bem. Mas eu não quero mais mentiras, ta? Eu juro, juro por tudo que se eu ficar sabendo de mais alguma coisa, paramos por aqui. - Falei olhando nos olhos dele, que piscou lentamente e assentiu. Dei um selinho nele, que apoiou sua mão esquerda em minha nuca, puxando-me para um beijo ainda mais intenso. Nos afastamos para ver se havia algum inspetor por perto e, por sorte, não há ninguém.
- O que a sua mãe achou de mim? - Falou sorridente.
- Quer mesmo saber? - Assentiu. - Ela adorou você. - Lambeu os lábios ao segurar minha mão novamente, e deu-me um selinho.
- Isso é incrível. - Falou alegre. - Eu estava preocupado com isso.
- Você estava nervoso que eu sei. - Falei brincalhona e ele riu.
- Não estava. - Falou risonho.
- Mas você já tinha conhecido alguma mãe de alguma ex sua, não? De ir jantar na casa.... - Gesticulei para que ele entendesse a minha pergunta.
- É, não. - Negou rapidamente com a cabeça e riu. - Já cheguei a conhecer, mas nada formal, e muito menos divertido. Eu não amava aquelas garotas, então não foi algo marcante pra mim. - Sorriu e deu-me um beijo nos lábios. Dei um selinho nele e ouvimos o barulho do sinal.
- Bom saber disso. - Levantei-me e seguros suas mãos, para que ficasse de pé.
- Temos aula do que agora? - Falou todo preguiçoso.
- Inglês. - Fiz careta, e ele me puxou para perto novamente.
- Você é boa em inglês? - Perguntou.
- Sim e você? - Assenti e ele fez o mesmo em resposta.
- O que acha de ficarmos aqui? Podemos entrar na segunda aula, e dizer que fomos na padaria e perdemos a hora. - Sorriu arteiro.
- Por mim está ótimo. - Saímos da quadra, e o colégio já estava fiado vazio, e os alunos terminando de entrar nas salas.
- Onde nós podemos ir para ninguém nos ver? - Falou olhando ao redor. Eu nunca fui de matar aula por diversão, mas eu sei que tem um lugar perto do parque das crianças, em que nunca fica ninguém durante a manhã, porque os inspetores ficam nos prédios.
- Siga-me. - Falei com a voz baixa, e passamos rapidamente para o lado infantil do colégio. Os prédios das crianças estavam tão vazios quanto o parquinho. Não havia sequer uma pessoa por lá. Segurei sua mão novamente e fomos até o fim do parque, e havia uma casinha em cima da árvore, que escondia uma enorme árvore ao lado, com um tipo de banco todo rebocado. Abaixei minha cabeça para que ele se sentasse, e sentei-me em seu colo.
- Não sabia que existia esse lugar. Pelo jeito você já é experiente em matar aula. - Falou risonho.
- Não sou. Mas eu sei que todos vem para cá, e ninguém descobre. - Dei os ombros, e ele passou seus braços em volta da minha barriga, parando suas mãos nas minhas coxas. - Temos quase uma hora, até voltar para a segunda aula.
- Garota esperta. - Falou assentindo.
Como minhas pernas estavam dobradas para o lado esquerdo, dobrei-as ainda mais, deixando enganchada nas suas pernas, e passei o braço direito em volta de seus ombros, acariciando seu cabelo com a mão direita. Ele passou a ponta de seus lábios na minha bochecha, dando-me um beijo e virei o rosto para ele, beijando-o nos lábios, que pressionou meu corpo contra o seu, mesmo que eu estivesse sentada toda torta. Ele subiu uma das mãos no meu rosto e escondeu a mesma entre meus cabelos, acariciando-me. Ele passou a acelerar o ritmo do nosso beijo e inclinei-me um pouco, para que ele se apoiasse no tronco da árvore. Justin tentou me virar em seu colo, e ficamos e uma completa sombra, o que deve ter tornado ainda mais difícil alguém nos ver aqui. Passamos um tempo aos beijos, até que ele conseguiuc que eu me sentasse de frente para ele, ainda em seu colo, com uma perna para cada lado.
Só paramos de nos beijar quando eu perdi o fôlego por completo. Sentei com a cabeça em seu ombro direito, e aproveitei para dar um beijo pouco abaixo de sua nuca, logo mordendo. Foi automático, no momento em que o mordi naquela região, seus pêlos da nuca levantaram, mostrando que ele estava arrepiado.
- Você gosta? - Falei ao beijá-lo lentamente na nuca. Ele apenas assentiu devagar.
- Não comece com essas coisas, porque estamos em um colégio, e não seria nada legal. - Falou pausadamente, e com a voz baixa.
- Mas eu não estou fazendo nada demais. - Sussurrei e ele desviou seu rosto, ficando de frente para o meu, e fitou meus lábios sem dizer nada. - Estou?
- Estou tão animado para essa viagem... Você não está? - Tentou mudar o assunto, e ficou mexendo no meu cabelo.
- Estou, e muito. Mal posso esperar para passar uma semana fora. - Falei empolgada.
- Nem fale! É tudo o que eu preciso. - Tirou o celular de seu bolso com dificuldade, já que eu ainda estava sentada em seu colo.
- Seu pai não reclamou dessa viagem? Por conta do seu trabalho? - É claro que foi uma perguna besta, mas eu queria que ele falasse mais um pouco sobre a sua relação com o seu pai.
- Ele não se atreve. - Riu. - Mas vamos parar de falar dele, porque eu não de ficar falando dele com você. - Falou ficando sério novamente.
- Por que não? - Falei curiosa.

SPOILER

- Esse viado do seu namorado quer ficar com a cama de casal. E as outras três são de solteiro. - John disse invocado, e apenas ri.
- Viado é o teu cu. Eu tenho namorada, e você não. - Retrucou impaciente.
- Isso não quer dizer nada. - Respondeu de volta, pedindo uma discussão ainda maior. Eles pareciam crianças de oito anos, brigando por um doce.
- Você só quer a cama de casal pra ficar transando com a Mellanie todas as noites. - Logan falou de uma vez e todos nós rimos juntos. Não acredito que ele gritou isso no meio do corredor.
- E se for? - Revidou arrogante.
- Não muda o fato de que você não tem privilégio nenhum, cara.


Notas Finais


Estou amando os comentários como sempre. Espero que estejam gostando. Beijo.


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