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História Behind The Secrets - It hurts too much


Escrita por: featollg

Notas do Autor


Boa leitura meninassss

Capítulo 42 - It hurts too much


Coloquei os óculos 3D e comecei o jogo. Era tão surreal que eu comecei a me perder nos movimentos, e quado estava prestes a passa a face desequilibrei e caí quase em cima do simulador, que automaticamente pausou o jogo.

- MELLANIE. - Gritou olhando para mim, e meu tornozelo latejou como nunca. Era uma dor imensa, mas deve ter sido apenas porque eu torci, creio eu. Coloquei a mão no mesmo e Justin rapidamente veio até mim, olhando para onde eu estava com a mão, e já estava completamente vermelho. - Saia dai já. - Carregou-me no colo e me soltou no maior sofá para que pudesse esticar os pés. - O que você está sentindo? Será que foi luxação? Ai meu Deus!

- Eu só... Está doendo muito. - Falei fraca.

- MABEL!!!!! - Gritou ainda olhando o meu tornozelo e estava mais aflito do que eu. - Precisamos te levar para o hospital! - Disse ainda perdido por não saber se deveria se levantar para chamar a empregada ou ficar aqui comigo. - PEGUE UMA BOLSA DE GELO URGENTE. - Continuou gritando desesperado.

- Calma. Foi só uma torção. Minha mãe é dona de um hospital.

- Ela é? - falou surpreso. - Vamos para lá agora.

- Sim, mas ela... ela está de férias. - Falei ainda com dificuldade por conta da dor.

A empregada logo entrou no quarto com a bolsa de gelo e entregou nas mãos do Justin, que sorriu em agradecimento.

- Precisam de mais alguma coisa? Meu Deus! - Falou tentando ver com o que eu havia me machucado.

- Não, obrigado. - Falou ao colocar a bolsa de gelo no meu tornozelo esquerdo e fechei os olhos de tanta dor.

- Tira isso, está doendo. - Falei tentando tirá-lo e ele insistiu.

- Não mecha o seu pé Mellanie! Fique imóvel. - Falou ainda segurando a bolsa de gelo em cima do mesmo, e colocou duas almofadas na batata da minha perna para que eu tivesse algum apoio. - Fique assim. - eu até pensei em reclamar, mas ele está tão preocupado eu estou com tanta dor que não sei o que fazer.

- Deixe que eu seguro o gelo aqui até passar a dor. Pode voltar a jogar. - Falei olhando para ele, que logo negou com a cabeça.

- Você só pode estar brincando. Eu vou te levar para o hospital agora. Liga para a sua mãe. - Falou procurando meu celular e pegou-o no meu bolso antes que eu o pegasse. - Deixe que eu ligo. 

Começou a falar com ela no telefone todo preocupado, e pelo que eu bem conheço a minha mãe, ela deve estar toda aflita. A verdade é que eu não estou aguentando de tanta dor. Senti uma enorme vontade de chorar, mas eu estava com mais medo só de pensar que eu posso ter quebrado a perna, porque eu torci um pouco acima do tornozelo, e se eu realmente o tivesse quebrado, não estaria conseguindo me mexer direito, o que está praticamente acontecendo.

- Ela me disse como chegar no Hospital, e já está indo para lá. - Falou ao guardar meu celular em seu bolso. 

- Antes eu preciso ir ao banheiro. - Falei ainda deitada, enquanto segurava a bolsa de gelo no meu tornozelo com o braço esticado.

- Então vamos. - Falou ao se inclinar para me carregar no colo.

- Não, eu vou. - Falei rápida. 

- Você não pode nem pensar em tocar esse pé no chão, Mellanie. - Falou autoritário e desligou a tevê. 

- Tá, mas eu preciso ir ao banheiro. - Insisti e ele lambeu os lábios pensativo.

- Eu te deixo na porta, e enquanto isso pego sua sapatilha e coloco as lentes para irmos, pode ser? - Falou esperando minha resposta.

- Tá. - Assenti e ele colocou o braço direito debaixo das minhas pernas, na curvatura do meu joelho e com o outro braço em minha nuca. Peguei a bolsa de gelo e fechei os olhos novamente, devido tamanha dor que estava sentindo. Ele me levou até a porta do banheiro e me colocou no chão bem devagar. Apoiei com a mão na maçaneta e fui pulando apenas com o pé direito para dentro do banheiro. Tranquei a porta e ele saiu de perto.

Logo que abri a mesma, ele estava falando ao celular com alguém, e segurando as chaves de seu carro com a outra mão.

- Podemos ir? - Falou olhando para mim, que afirmei com a cabeça. Ele veio até mim e me carregou novamente, desta vez com o braço esquerdo quase em minha coluna, para que eu não ficasse tão deitada. - Até que você não é tão pesada.

- Obrigada?! - falei na dúvida e ele riu. 

- O que você está sentindo? - Falou assim que passamos pela porta e me colocou praticamente deitada no banco de trás.

- Muita dor, só. - Falei sentida e ele ficou me olhando. Deixou a bolsa de gelo em cima do meu tornozelo e olhou o mesmo, que deve estar quase roxo.

- Você já deve saber que eu estou com a consciência pesada.

- Por que?

- Porque eu te avisei que você iria se machucar e você não me ouviu.

- Ah, mas agora já foi. - Falei ao encolher as pernas bem devagar para que pudesse alcançar o gelo.

- Não se mexa Mel! - Olhou-me ao entortar seu pescoço e logo ligou o carro. - Sua mãe disse que você tem que ficar com a perna imóvel até ser examinada.

- Não acha que... - resmunguei de dor. - está exagerando?

- Não. - disse em um resmungo, tentando me imitar, e riu. - Sua mãe é médica geral?

- Ela é cardiologista. Mas o Paul é médico geral. - Fechei os olhos para tentar abstrair a dor e acabou piorando ainda mais. Sentia toda a minha perna latejar como se a tivesse martelado há segundos. Sentei-me aos poucos, ainda com as pernas pouco esticadas e percebi que ele ficou me observando através do espelho. - Relaxe Jay.

Assim que chegamos ao hospital, ele estacionou quase na entrada e tirou o boné.

- Espere. - Falou antes que eu descesse o carro sozinha. 

- Tire esses óculos. - Encarei-o, que jogou o mesmo no banco da frente e veio até mim. Coloquei a sapatilha apenas no pé direito para poder pisar no chão e segurei a outra, junto com a bolsa de gelo. Ele se fez de apoio para que eu pudesse me levantar e fui mancando com apenas um pé até a entrada. Todos me conhecem mesmo, então não iriam nos barrar.

- Eu ainda acho melhor te levar no colo. - Falou olhando-me pelo canto dos olhos, e fui apontando para onde ele deveria ir. 

- Não precisa. - Entramos no consultório da minha mãe, e sentei-me na poltrona de dois lugares para descansar a perna. A secretária dela não estava aqui, provavelmente porque também tirou uma semana de férias, então estávamos sozinhos. Ele sentou-se ao meu lado e colocou minhas pernas em cima de seu corpo, voltando a deixar o gelo que estava praticamente derretido em cima do meu tornozelo. - Está doendo tanto.

- E está ficando roxo... - Falou preocupado e colocou o braço esquerdo em volta do meu pescoço. Não demorou muito para que a minha mãe e o Paul entrassem, e ela jogou sua bolsa na poltrona do lado da salinha de exames.

- Mellanie, o que aconteceu? - Falou vindo até mim, enquanto Paul ajeitou seu jaleco e ligou a tevê.

- Eu torci o tornozelo em um simulador de snowboard. - Falei desviando o olhar para o Justin.

- Precisamos examinar isso ai agora, dona Mellanie. - Paul falou pegando os acessórios necessários para me examinar. - Deite-se aqui na maca, por favor.

- Não tenho como andar até ai. - Falei impaciente e o Justin logo me pegou no colo, mais uma vez e me deitou na maca. Eu quase nunca venho no Hospital da minha mãe, e quando venho é porque eu mesma me machuco. Só assim mesmo...

- Faz quanto tempo que você torceu? - Minha mãe falou ao ligar para alguém pelo interfone da área de exames.

- Uns 30 minutos, eu acho. - Falei meio perdida no tempo e o Justin assentiu.

 - Ela quebrou o tornozelo? - Ficou do lado oposto esperando a resposta do Paul, que passou a me examinar com um aparelho à laser, para poder ver como estão minhas veias por dentro da pele.

- Bem... Foi uma grande luxação, mas você não quebrou nada, Mellanie. - Falou aliviado e Justin suspirou instantaneamente. - Se tivesse quebrado teria que operar imediatamente.

- Ai ai ai ai ai. - Passei a falar rapidamente para que ele parasse de tocar na região dolorida. - Está doendo.

- É óbvio que está doendo, você torceu bem forte. - Falou ao pegar um spray e passou em volta de todo o meu tornozelo, até o começo do meu pé. - Fique com a perna parada até que pare de arder.

- Paul, está doendo. - Falei brava.

- O que que posso fazer? - Cruzou os braços.

- Tudo. Você é médico. - Falei como se fosse óbvio.

- Vou passar uma pomada também, e você irá tirar um raio-x, tá? 

- Tinha que ser você para conseguir torcer o tornozelo em um simples simulador.

- Para mãe. - Olhei-a que riu, e logo parou o olhar na minha aliança. 

- Meu Deus! Vocês estão usando aliança. Que coisa linda. - Disse animada e parou ao lado do Justin, que sorriu sem saber o que dizer.

- Estamos... - Falei olhando para ela, e o Paul forçou uma tosse ao se afastar.

O celular do Justin começou a tocar, e ele logo tirou-o do bolso, gesticulando para que eu entendesse que era o Ryan e ele iria atender lá fora. Pisquei lenta e ele logo saiu do consultório.

- Ele parece bem preocupado, não? - Falou baixo para que ele não nos ouvisse.

- Até demais. - Concordei com ela. - Ele agiu como se eu estivesse em um caso grave.

- Estou tão feliz que vocês se acertaram. Ele se importa muito de você.

- Eu sei, e eu também me importo demais com ele. - Suspirei por ainda estar com muita dor e ela ficou olhando meu tornozelo.

- Você precisa passar o resto do dia de repouso, para poder se levantar amanhã cedo.

- Bem que eu poderia pegar um atestado de ao menos dois ou três dias... Faz um para mim mãe?

- Não comece. - negou com a cabeça. - Até amanhã você estará bem.

- Sem graça. - Escondi o rosto com as mãos e continuei resmungando de dor, pelo efeio do spray e da pomada. Justin logo entrou no consultório e cochichou algo com a minha mãe.

Pouco tempo depois já fiz o raio-x e por sorte não quebrei nada mesmo, apenas está com luxação. O Paul fez uma faixa em volta da minha canela com o tornozelo e pediu para que eu não tocasse o pé no chão até segunda ordem. 

Saímos do hospital quase no fim da tarde, e o Justin disse que me levaria para casa, e depois eu poderia pegar o meu carro, já que estou proibida de dirigir no momento.

- Eu vou ficar com você, tá? - Falou assim que paramos no semáforo vermelho.

- Não precisa, amor. Você já passou a tarde toda naquele hospital só para que eu tomasse um remédio e fizesse uns exames.

- Não importa. Eu vou ficar com você.

- É por isso que eu te amo. - Acariciei seu rosto com o polegar, que deu um beijo em minha mão e disparou com o carro.

 Ele estacionou em frente à minha casa e desceu do carro. Me ajudou a chegar até a porta e entramos junto com a minha mãe e o Paul, que ligaram a tevê e abriram todas as portas para circular o ar.

- Você está se sentindo melhor filha? - Falou olhando para mim, que estava tentando subir as escadas.

- Sim mãe, pode ficar tranquila. - Sorri para ela.

- Então eu vou no mercado e já volto, ok? O Paul precisa voltar para o hospital mesmo. - Não respondi e ela logo foi embora.

- Pare de ficar se esforçando, porque eu posso muito bem te carregar. Carregou-me no colo mais uma vez e me levou até o meu quarto. Deitou-me em minha cama e ficou sentado ao meu lado, olhando para mim.

- Não aguento ficar deitada aqui pelo resto do dia.

- Aguenta sim. - disse rindo. - Eu vou te distrair, e você vai até esquecer que está com o pé roxo.

- Nossa, obrigada. - Falei sarcástica.

- Sabe aquela hora em que eu fui atender o Ryan? - assenti. - Então, ele queria começar com o nosso trabalho hoje, mas eu expliquei que estava cuidando de você, então vamos amanhã.

- Não acredito que você adiou seu trabalho por nada!

- Até parece que eu iria te deixar sozinha morrendo de dor.

- O que você tem que fazer nesse trabalho?

- É uma investigação importantíssima para o meu pai. Não sei muito bem por onde começar.

- Huh. - murmurei e voltei a resmungar de dor. - Por que dói tanto? 

- Quer que eu passe o spray novamente? Seu padrasto disse que tem vários guardados aqui e você pode passar várias vezes até trocar a faixa.

- Por favor. - Ele afastou-se e começou a procurá-lo pelo meu quarto.

- Deve ter um debaixo da pia do meu banheiro. - Ele foi até onde ue falei e voltou com o mesmo nas mãos. Escondeu parte do rosto com a camisa e espirrou em volta da faixa para que a dor fosse amizando aos poucos. - Obrigada. Eu só quero te pedir mais uma coisa... 

- O que? - Colocou o boné na cabeça e ficou acariciando minha perna, sentado de frente para mim.

- Amenize a minha dor. - Falei ao morder o lábio e ele logo entendeu o recado. Aproximou-se e deu-me um selinho, seguido por um beijo calmo e prazeroso.

- Assim? - Disse entre selinhos.

- Está começando a melhorar... - Voltei a beijá-lo com ainda mais ternura e ele ficou quase deitado ao meu lado, procurando uma posição mais confortável para me beijar.

- Até eu estou melhorando. - Disse ao esconder seu rosto no travesseiro, tocando os lábios em meu pescoço.

- Hã? - Falei sem entender.

- Seu beijo sempre me deixa melhor. Sempre. - Sorriu e nos beijamos novamente. Ele parou com as mãos em meu rosto, posicionando-me para olhar em seus olhos e fomos nos afastando aos poucos. 

- Bem melhor. - Acariciei os curtos fios de seu cabelo e ele deu-me vários selinhos pausados, dando um beijo mas costas da minha mão direita. - Senta aqui. - Bati ao meu lado da cama e ele sentou-se, puxando-me lentamente para perto. 

- Quer assistir um filme para se distrair ainda mais? - Falou passando os canais.

- Pode ser. - Dei os ombros e peguei meu celular. Ele sentou-se novamente na cama e pegou um travesseiro, colocando-o bem devagar debaixo do meu tornozelo, para que ficasse elevado para o sangue circular. Nunca o vi tão preocupado e atencioso como agora.

- Justin, você está bem? - repeti a mesma pergunta que o fiz ontem e hoje. 

- Eu que deveria estar te perguntando isso, babe. - disse risonho e segurou minha mão, apertando-a forte. - Ainda está doendo muito?

- Muito. - falei lenta e ele deu um beijo no canto da minha boca. Abracei-o forte em volta da costela, que me aconchegou em seus braços. Eu precisava tentar esquecer essa dor de alguma maneira, porque não estava mais aguentando.

- Não se acostume tanto assim com o meu humor esses dias, tá? - falou segurando o riso. - Acabo de perceber que isso só acontecerá, praticamente, quase nunca. - rimos ao mesmo tempo e logo parei por conta da dor.

- Imaginei... Mas eu gosto desse seu jeito.

- Minha mudança de humor, você quer dizer?

- Sim. - olhei para ele. - Eu gosto disso, porque você não é chato de propósito, na maioria das vezes, mas sim porque é o seu jeito.

- Isso é bom? - falou confuso, comparando nossas alianças.

- É. - olhei para a faixa no meu tornozelo e sentei-me, para tentar ver como estava. Parecia bem inchado e com uma vermelhidão em volta até o começo do meu pé e minha canela. - Ahh - resmunguei novamente de tanta dor e ele passou a mão em minhas costas, na ponta do meu cabelo e deu a volta com a mão em minha barriga, para que eu voltasse a me deitar.

- Se você não ficar parada, não irá melhorar.

- Mas eu não vou aguentar ficar imóvel até anoitecer.

- Vai sim.

- Eu preciso fazer alguma coisa... Vamos sair um pouco?

- riu. - Seus miolos não estão funcionando, babe. Você está com uma torção no tornozelo, e quer sair para passear?

- Melhor do que ficar aqui.

- Melhor do que ficar aqui, comigo? - Olhou-me ao sentar-se.

- Não Justin... Eu só quero sair um pouco.

- Você não pode nem ficar levantando, quem dera sair por aí.

- Como você é chato. - bufei ao cruzar os braços e deitei-me novamente.

- Eu sou chato? Depois de tudo eu sou chato? - Falou assentindo e suspirou.

- Vamos parar. - Acariciei seu cabelo, que continuou sentado de frente para mim. - Obrigada por estar aqui comigo. - ele logo sorriu e voltou a se deitar.

Passamos a mexer em nossos celulares ao mesmo tempo, e eu tentei espiar o que ele estava fazendo. Exclui algumas fotos e passei a ver todas que tirei da viagem. Passou as fotos com o Daniel e os meninos, e ele murmurou incomodado.

- Não acredito que você tirou foto com esse imbecil. Apaga isso.

- Ele se tornou meu amigo.

- Vou fingir que não ouvi o que você disse. - Desviou o olhar. - Apague essas fotos com ele.

- Qual o problema? Eu estou aqui com você e não com ele. 

- O problema é que você esteve com ele quando deveria estar comigo.

- Você realmente quer falar sobre isso agora? - Olhei para ele que franziu a testa.

- Não. - Falou bravo. - Só quero que você esqueça que ele existe.

- Vem cá, você chegou a ficar com a Lissy?

- Por que você está me perguntando isso agora?

- Porque você entrou nesse assunto. Custa me responder?

- Custa.

- Ótimo, já entendi.

- Não, você não entendeu.

- Então fala. - insisti olhando para a tela do celular, e ele deixou o seu de lado.

- Falar o quê?

- Como você é irritante.

- Agora eu sou irritante? Ah, chega. - Reclamou e deitou-se de costas para mim, procurando uma posição confortável.

- Se você não tivesse reclamado, não estaríamos discutindo.

- Quem aqui está discutindo? - disse sarcástico.

- Você ficou com a Lissy ou não? - Cruzei os braços já estressada com ele.

- Você realmente acha, que se eu tivesse pego aquela garota, o mundo todo já não saberia? Não vale a pena. - Falou tentando dormir e suspirei aliviada.

- Ótimo.

- Por quê a pergunta?   

- Na viagem ela... ela me perguntou se eu me importaria se vocês ficassem.

- Uau. - riu. - E o que você disse?

- Falei que vocês não iriam ficar. - Falei rápida e aumentei o tom de voz sem querer.

- Aw. - Virou-se de frente para mim e sorriu.

- Não é fofo. Eu fiquei brava.

- Essa sua carinha de quando está brava é tão linda.

- Para. - Ele segurou meu queixo me apertando nas bochechas.

- Eu passo o dia todo com você, preocupado, atencioso, amoroso e você só reclama de mim. Eu mereço isso? É claro que não. - disse todo dramático.

- Como você é dramático. - revirei os olhos. - Mas tudo bem, eu reconheço que às vezes sou chata com você.

- Às vezes?

- Sim. - falei certa. - Você também não pode falar nada.

- Eu posso sim. 

- O que?

- O que o que?

- O que você disse?

- Eu disse, 'O que o que'. - falou tentando me confundir.

- Antes disso.

- Antes do que? - riu.

- Ai Justin. - ri. Estava tão bem conversando com ele aqui, apenas rindo e nos desentendendo por bobeiras que eu percebi o quanto era nulo me irritar de verdade com tudo isso. Eu queria que ele me desculpasse por ter sido sempre tão grosseira quando não deveria, mas eu não sou muito de ficar me lamentando e me redimindo de algo que quase não faz diferença, ao menos para mim. 

Ele segurou minha mão novamente e ouvi o barulho do carro da minha mãe entrando na garagem. Como ela deve estar sozinha, precisará de ajuda e passará um tempo fazendo o jantar.

- Jason? Você pode me ajudar com as compras? - Falou ao provavelmente entrar na sala.

- Claro. - Respondeu rápido e levantou-se. - Nem pense em sair da cama. - Apontou o dedo e deu-me um selinho. Ele estava mais para um pai do que um namorado, e creio que isso seja, bom?! 

Não sei quantas vezes já o perguntei se ele está bem com tudo isso, porque desde que apareceu em casa ontem está tão mais carinhoso, atencioso e amoroso, como ele mesmo disse, que eu estou estranhando demais. De onde surgiu tanto amor e afeto de uma única vez? Estávamos precisando passar ao menos um dia assim, e conseguimos. Pode ser considerado um estranho e grande avanço.

Passei os canais e conversei por mensagens com a Alice e a Adriele, que contaram as novidades da tarde e eu acabei falando que estou com o tornozelo completamente torcido. Coloquei meu celular para carregar e deitei-me mais para baixo, encolhendo a perna direita enquanto procurava uma posição confortável para tirar um cochilo. Meu pé ainda dói tanto, que não consigo esquecer, porque dói toda a região em volta do tornozelo, e isso é péssimo.

- Voltei. - Entrou novamente no quarto com um copo d'água nas mãos e me entregou. Tomei um gole e dei novametne para ele, que deu a volta na cama e sentou-se ao meu lado. - Sua mãe disse que irá nos fazer um lanche, e perguntou se você está melhor.

- Estou, um pouco. - Falei sonolenta e ele ficou acariciando meu cabelo, e depositou um beijo em minha nuca, logo me estremeci. - Jay...

- Sim.

- Você me desculpa? - falei após tanto pensar no que dizer.

- Hã? - Falou sem entender.   

 

SPOILER

- Quem é você, cara? - falou intrigada com o meu jeito estranho de agir. - Por que quer saber essas coisas sobre mim?

- Responda. - falei sério e ela me pareceu surpresa com o meu tom.

- Sou de Manhattan.

- Estou fazendo uma pesquisa sobre garotas atiradas. Você entrou para o pódio em segundo lugar, obrigado. - falei em um completo sarcasmo e afastei-me, voltando para o carro.


Notas Finais


Amando o fato de vocês terem voltado a comentar. Provavelmente começarei a 2º season semana que vem #uhu. Beijos


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