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História Behind the smile - Início


Escrita por: RayssaHinata

Notas do Autor


Primeiramente gostaria de me desculpar com todos os que leram, favoritaram e comentaram na antiga versão da história. Eu sinto muito pelo transtorno aqui pessoal. Agradeço imensamente por terem favoritado e comentado, me deixou muito feliz mas oque não estava me deixando feliz era o andamento da história. Como eu disse antes, eu já tinha um final pronto para a história e ainda pretendo usá-lo, porém, de forma diferente. O que aconteceu foi que eu fiquei descontente com o rumo da história, achei que estava infantil, chata e um tanto cliché. Por isso resolvi recomeçar.
Novamente, me perdoem por ter apagado tudo.
Aos novos por aqui, seja bem-vindos e espero que gostem da minha pequena história.

Capítulo 1 - Início


Fanfic / Fanfiction Behind the smile - Início

Capítulo 1 – Novo Começo

Começar uma vida nova nunca é fácil, principalmente quando você é uma menina de 18 anos, sozinha em outro estado, sem ter nem onde dormir. Minha vida nunca foi fácil, desde o início, sendo uma criança indesejada. Minha mãe engravidou aos 17 anos e com 18 eu já havia nascido e, por conta disso, ela parou de estudar, virou dona de casa, foi morar com meu pai em um barraco com quarto, cozinha e banheiro que alagava toda vez que chovia.

Acho que, por conta de eu ter vindo ao mundo em um momento inoportuno, minha mãe tomou certa raiva de mim. Não acredito que ela me odeie, mas a nossa relação é complicada porque ela sempre teve o hábito de dizer que eu destruí a vida dela. Acho que talvez seja apenas uma raiva por ter tido que parar a própria vida no auge da juventude para cuidar de mim. Enfim, com o passar dos anos, várias coisas aconteceram. Aos 8 anos ela se separou do meu pai, fomos morar com a minha avó e foi um inferno. Aos 9 ela conheceu meu padrasto Kakashi e fomos morar em outra cidade, fomos do Rio para Nova Iguaçu. Aos 15 tudo começou a desandar no relacionamento deles e Kakashi ficou doente, minha mãe foi embora e me deixou lá, sozinha, na casa de uma amiga. Aos 16 voltei a morar com ela, fui para o Rio de novo e foi quando tudo chegou ao estopim, seu novo namorado, Hiruzen Sarutobi, é um verdadeiro louco desgovernado e foi por culpa dele que sai de casa assim que terminei o ensino médio. Minha formatura foi linda e também foi a minha despedida. Me despedi dos meus amigos, da minha família, de todos, peguei minhas coisas e fui embora.

Fiz minhas malas na velocidade da luz e, enquanto todos dormiam, peguei minha câmera, meus livros favoritos e fui direto para a rodoviária. Durante o último ano do ensino médio eu trabalhei em tudo que pude, fiz bico de ajudante de fotógrafo com um amigo em festas, casamentos, etc. Vendi docinhos no colégio, nas ruas do bairro, até para a minha própria família. Então com isso consegui juntar um dinheirinho que não é muito, mas, foi o suficiente para me trazer para São Paulo. Tenho o suficiente para me manter por uns 15 dias, portanto, vou ter que dar um jeito e arrumar um emprego e um lugar fixo para ficar. Aliás, eu fiz ENEM e estou esperando o resultado, espero passar para pelo menos uma aqui de SP.

Neste momento acabei de desembarcar na rodoviária, não faço ideia de para onde ir mas anotei alguns nomes de hotéis baratos para eu pelo menos passar a noite hoje e amanhã eu vejo o que fazer com a minha vida.

Fui até um segurança que estava por ali rodando e perguntei qual ônibus eu poderia pegar para ir até um dos hotéis da lista, ele me indicou alguns que eu poderia pegar e me direcionei a um deles, perguntei ao motorista se ele realmente passava nos lugares que eu precisava ir e ele me confirmou e disse que era para eu sentar na frente para que ele me avisasse quando estivesse perto.

Como sai do Rio de madrugada, cheguei aqui de manhã bem cedo e agradeço a todos que me trataram bem nesta manhã de segunda-feira. Apenas sentei e relaxei, estou cansada da viajem porque, embora tenha dormido em grande parte do caminho, dormir num banco de ônibus não é muito confortável. Consegui minha passagem numa promoção online e estou fazendo o máximo possível para gastar o mínimo. Trouxe lanche na mochila e estou me alimentando disso até conseguir um lugar fixo. Já tenho alguns planos para o que fazer quando conseguir me estabelecer. Primeiro, arrumar um emprego. Segundo, conseguir uma casa e arruma-la aos poucos. Terceiro, entrar na faculdade e me formar.

Acabei indo parar num bairro chamado República. É um bairro pequeno, porém, cheio de galerias, o que é ótimo para mim que admiro fotografia. Consegui um quartinho numa rua perto da Praça da República e até que não foi tão caro quanto achei que seria. Entretanto, não está barato e se eu continuar por aqui, meu dinheiro vai durar metade do planejado.

Estou tão cansada que a única coisa que consigo pensar é em deitar e dormir por umas 12 horas. Mas não posso, preciso resolver a minha vida o mais rápido possível. Deixo minhas malas no quarto e tranco tudo antes de sair, pego minha pasta com meus currículos e saio em busca de um emprego. Não sou antiquada, antes de vir, enviei e-mails com meu currículo para todas as empresas que disponibilizam este serviço online e tem filial em São Paulo. Mas é aquilo né, não posso simplesmente sentar e esperar a vaga cair do céu. Se alguma empresa me chamar, ótimo! Mas se não, o jeito é ir atrás, só não posso ficar parada.

Vou de loja em loja entregando onde aceitam, já passa das 15h e ainda não almocei, acho que é hora de dar uma pausa. Avisto uma lanchonete do outro lado da rua e vou até lá, arrumo um lugar e faço meu pedido. Sei que não deveria estar aqui porque vou gastar o que não devo, mas não pude evitar, eu amo hambúrguer. Quando a garçonete me entrega meu lanche, pergunto a ela se eles estão aceitando currículos aqui e por um milagre, eles precisam de uma menina pois a outra garçonete se demitiu ontem. Não perdi tempo e pedi para falar com o gerente, ele foi muito gentil e, advinha só, eu consegui. Meu turno vai de 7h ás 13h e, embora não seja o que eu queria, está perfeito e vai servir para me ajudar a organizar a minha vida aqui. Eu só tenho o diploma do ensino médio e inglês intermediário, enquanto não conseguir entrar na faculdade ou começar algum curso não vou subir de cargo então o foco agora é subir de nível!

Pego minha bolsa e minha pasta e sigo de volta para meu quartinho. Não tinha percebido que andei tanto e não faço ideia de onde estou, para ajudar mais ainda, meu celular descarregou. Fazer o que? Na minha vida, dez coisas ruins acontecem para que uma dê certo.

Começo a pedir informações e descubro que estou muito, mas muito mesmo, longe do meu quartinho. Está começando a anoitecer e eu não conheço essa cidade, tenho medo de ficar na rua á noite sozinha. Paro vários ônibus, mas nenhum deles vai para onde eu devo ir. Até que, um anjo aparece na minha vida. Esbarro nela sem querer quando ela está saindo de uma loja e acabo derrubando tudo.

 - Me desculpa! Foi sem querer eu juro! – Digo já me abaixando e pegando tudo que foi espalhado pela calçada.

 - Tudo bem, sem problemas. – Ela diz e me ajuda a catar as coisas do chão.

 - É.… eu sei que acabei de derrubar suas coisas, mas, você poderia por favor me ajudar? Eu cheguei hoje na cidade e estou completamente perdida. – Ela me olha e dá um sorriso.

 - Claro florzinha, eu moro em São Paulo desde que nasci, conheço tudo por aqui, me diz onde você quer ir que te levo, não tenho nada para fazer agora mesmo então não vai ser problema.

 - Seria ótimo! Muito obrigada mesmo! – Parece que as coisas estão voltando a dar certo outra vez, continue assim vida!

 - A propósito, meu nome é Ino e você é?

 - Hinata. Prazer em conhece-la Ino. – Digo sorrindo. Gostei dela, ela é simpática e tem um sorriso sincero e radiante.

 - Vamos, meu carro está naquele estacionamento. – Ela aponta para um portão perto da esquina e seguimos andando até lá.

 - Então, Hinata, como você veio parar aqui? – Ela me pergunta enquanto abre a porta do carro.

 - Fugi de casa no meio da madrugada porque não aguentava mais ser xingada pela minha mãe. – Digo e não quero dizer mais do que isso. Já é uma explicação bem razoável.

 - Meu Deus! Sério? Você veio de onde? Provavelmente uma cidade vizinha, certo? – Ela pergunta com curiosidade.

 - Na verdade, eu vim do Rio. – Respondo e explico para ela para onde eu preciso ir.

 - É sério mesmo? Você só pode estar me zoando! Não acredito! Como veio parar tão longe? Você tem onde ficar? Tem parentes aqui ou coisa do tipo? – Ela manda uma rajada de perguntas tão rápido que tenho dificuldades para acompanhar.

 - Ah ok, devagar. – Ela sorri envergonhada e murmura um “desculpe” bem baixo, prossigo – Bom, não tenho parentes ou conhecidos aqui. Vim sozinha, de ônibus com um dinheiro que juntei durante um ano trabalhando enquanto estudava para me formar. E sim, eu tenho onde ficar. Aluguei um quartinho no bairro República, mas não vou poder ficar por muito tempo lá. Consegui um emprego hoje á tarde mas receberei muito pouco e o aluguel do quartinho é diário e um tanto caro. Então preciso encontrar outro lugar. – Digo devagar e com calma. Estamos quase chegando na minha rua.

 - Gente que loucura! Você é muito corajosa de encarar tudo isso sozinha. Olha, se precisar de ajuda, me liga. Vou deixar meu número com você. Eu moro aqui nas redondezas, posso vir te ajudar sem problemas.

 - Muito obrigada mesmo Ino, você foi um anjo no meu caminho.

 - Me sinto lisonjeada – damos risadas e ela estaciona em frente ao prédio onde está localizado meu quartinho.

 - Novamente, obrigada por tudo. – Digo já saindo do carro porem ela me chama novamente.

 - Hina espera! Amanhã vai ter uma festa na casa de um amigo meu. Seria bom para você conhecer novas pessoas e se habituar aos paulistanos. E ai, topa? – Ela diz animada e, pensando bem, isso pode ser divertido. Quando morava no Rio eu raramente saia de casa. Vai ser interessante conhecer gente nova.

 - Ok, eu aceito. Me passa o endereço e o horário por mensagem.

 - Ah que isso, eu te busco aqui. Minhas amigas também vão de carona comigo. Amanhã as 19h. Tchau Hina. – Ela se despede e vai embora. Acho que acabei de fazer uma amiga.

Entro e tomo um banho bem relaxante, fico quase uma hora embaixo do chuveiro tentando digerir tudo que aconteceu nas ultimas 48h. Coloco meu celular para carregar e veja que há mais de 50 chamadas perdidas. Algumas são da minha mãe, duas do meu pai. As outras são amigos meus preocupados com meu sumiço. Há também uma tonelada de mensagens de todo mundo, inclusive gente que eu não conheço.

Quando fui embora, deixei uma carta em cima da minha cama. A carta explicava meus motivos e o porquê de eu ter saído na calada da noite. Também dizia que eu não entraria em contato com a minha família pelo menos pelas próximas duas semanas. Depois eu decido o que vou fazer e se vou responder a eles ou não. Acho cômico ninguém me dar atenção quando estou perto, mas é só eu ir para longe que viro o centro das atenções e preocupações. Sinceramente, não acho todas essas pessoas se importam de verdade comigo. Algumas eu sei que sim, por exemplo, Ten Ten, eu sei que ela deve estar pirando agora e amanhã mesmo pretendo ligar para ela. Mas ela é uma exceção, aposto que todos os outros só estão curiosos e não preocupados. Nunca se importaram, não é agora que vão, de repente, mudar de ideia.

Melhor eu ir dormir que amanhã acordo cedo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, volto na próxima sexta e novamente, perdão a todos que já estavam por aqui antes de eu apagar tudo.


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