Konohamaru acordou primeiro, olhou para o lado e viu Hanabi aninhada em seu peito e sem roupa. Um sorriso brotou em seus lábios, tudo havia sido extremamente mágico. E claro que eles repetiram por várias vezes naquela noite, consequentemente mal dormiram.
Mas isso definitivamente não estava importando para ele.
Levantou sem acordá-la, pegou sua calça que estava no chão e colocou. Foi até o banheiro, fez sua higiene e assim que ia caminhando até a cozinha, ouviu uma reclamação vinda do quarto. Instantaneamente começou a rir e foi até o cômodo.
Encontrou uma Hanabi sentada na cama, com apenas o lençol cobrindo seu corpo e de braços cruzados.
- O que foi, mandona? – Um sorriso bobo brotou nos lábios dele.
- Posso saber por que você me deixou dormindo sozinha, Sarutobi? – Ela fez um bico tão bonito, que Konohamaru não aguentou, chegou perto e a beijou.
- Eu ia fazer café para nós, mandona.
- Nesse momento preferia dormir, bom...você sabe...nós...- Ela sorriu abaixando a cabeça e mordendo os lábios.
- Nós não dormimos muito essa noite...e eu não me arrependo por isso, Hanabi. – O sensei a puxou pela cintura, causando um gritinho espantado da namorada. – Mas você é folgada e mandona, não me deixa te surpreender! – Ele passou a fazer cócegas nela que ria cada vez mais.
- Tudo bem, você ganhou! – A Hyuuga ria cada vez mais. – Kono...- Chamou assim que ele parou. – Você...quer tomar um banho comigo? – Teve certeza que estava corada, mas não custava nada perguntar.
O sensei corou, mas sorriu em seguida.
- Quero...- Viu a namorada sorrindo, se levantando já sem roupa e sentiu um arrepio percorrer sua espinha.
Estava ficando com vontade novamente?
Infelizmente a hora não era muito favorável para ambos e tiveram que se apressar, aparentemente já estavam tão envolvidos um com o outro, que se sentiam extremamente confortáveis.
Assim que acabaram, se arrumaram rapidamente e foram para a cozinha.
Sarutobi fez algumas coisas para os dois, que comeram fartamente enquanto conversavam sobre a noite, o namoro e principalmente em relação ao pai de Hanabi. Aquela definitivamente era a parte mais complicada, mas no fundo sentia que tudo daria certo.
Assim que acabaram, apressadamente saíram da casa e foram para a rua.
- Irá aonde, amor? – Hanabi perguntou pegando nas mãos dele e enlaçando seus dedos.
- Vou para a academia. – Sarutobi falou. – Se você não tiver nada para fazer e quiser me acompanhar...
- Claro! Será um prazer. – Ela sorriu.
No percurso, notaram algumas pessoas olhando para ambos espantados. Bem, ele era o neto do terceiro hokage e ela a herdeira do clã hyuuga; não eram um casal qualquer, além de tudo isso: Os dois definitivamente combinavam.
Assim que chegaram aos portões, notaram alguns alunos curiosos; não sabiam que o sensei namorava.
- Tia! – Boruto gritou e a abraçou.
- Boruto! – Ela o abraçou. E percebeu Shikadai, Sarada, Inojin, Cho-Cho e Mitsuki se aproximando.
- Sensei, por que vocês estavam de mãos dadas? – O garoto perguntou, fazendo os dois se entreolharem.
- Isso me parece um ato de quem está namorando. – Mitsuki olhou para ambos com semblante de dúvida.
- NAMORANDO? – O garoto gritou, fazendo os dois mais velhos rirem.
- Sim, eu estou namorando a sua tia, Boruto. – Konohamaru respondeu e abraçou a Hyuuga.
- AH, ISSO É NOJENTO! – O Uzumaki parecia indignado.
- Não fale isso, Boruto. – Hanabi se abaixou e o puxou para um abraço apertado que o fez morrer de vergonha. – Vou embora, Kono. Preciso ver a Hinata. – Soltou o sobrinho e sorriu. – Te vejo depois? – Perguntou.
- Sim. – Assim que o sensei respondeu, a morena o puxou para um pequeno beijo que apenas foi interrompido após a reclamação das crianças. – Até depois, Hana.
- Até, Kono. – Ela o soltou e passou a caminhar em direção vila.
Aqueles dois dias definitivamente foram maravilhosos, não sabia como explicar ou se quer dizer como tudo estava perfeito. Seu pai ainda a preocupava, mas não iria abrir mão de sua felicidade por causa de regras das quais não concordava.
Não era justo, merecia ser feliz com quem escolheu amar.
Chegou a casa da irmã e bateu, esperou Hinata vir a porta e então, completamente corada adentrou a casa, retirando os sapatos.
- Bom dia, mana. – Disse a mais nova sorrindo.
- Bom dia, já tomou café?
- Tomei sim, obrigada. – A mais velha foi até a sala onde sentou e a mais nova a acompanhou.
- E então, como foi? – Disse Hinata não contendo mais a curiosidade e Hanabi suspirou.
- Foi incrível! – Disse ela abrindo um grande sorriso. – Eu não sei que espécies de dicas os homens deram a ele, mas foi magnifico e extremamente perfeito. – A mais velha sorriu.
- E as dicas que nós demos foram uteis? – Hanabi ficou vermelha e olhou para as mãos.
- Sim, foram de grande... proveito. – Hinata soltou uma gargalhada, mas em seguida o semblante mudou, ficando sério.
- Hana, precisamos conversar com o otou-sama. Ele deve estar preocupado e os acontecidos do jantar devem ter se espalhado. Ele não deve nem estar sonhando que você passou uma noite sequer fora daqui mas precisamos resolver essa situação o quanto antes.
- Entendo e já conversei com Konohamaru. Ele está disposto a ir hoje ao meio dia, no intervalo do almoço da academia. – Hinata maneou com a cabeça.
- Ótimo, você sabe o quanto Hyuuga Hiashi odeia que as coisas se alonguem. – Hanabi concordou e então fitou a irmã.
- Estou preocupada. E se ele não aceitar? Como foi com você e o Hokage-sama?
- Você irá ter a batalha mais longa da sua vida hoje Hana, não vou mentir, pois não será fácil abrir mãos de anos de tradição! Nosso pai cresceu assim e mesmo Naruto sendo um herói de guerra e Neji ter morrido por ele... Bem, ele não queria aceitar. Naruto precisou ser muito consistente e eu persistente nas afirmações. Hoje ele adora Naruto e os netos, mas nem sempre foram flores. – A mais velha suspirou. – Se prepare irmã.
~ ~
Perto do meio dia Hanabi e Hinata seguiram para a vila do clã Hyuuga na aldeia.
Hanabi estava muito nervosa, principalmente por que chegaria antes de Konohamaru a casa.
Ao avistar os portões, sentiu o coração bater pesado com a culpa. Virar as costas para o pai daquela maneira não havia sido certo, mas ela precisava seguir os desejos de seu coração.
Assim que o portão fechou atrás de si, as irmãs encontraram Hiashi de braços cruzados na porta, com o Byakugan ativo e extremamente intimidador.
- Espero que o que chegou aos meus ouvidos nos últimos dias seja algum tipo de piada, Hyuuga Hanabi. – Seu tom foi lascivo e cortante. Ele não estava de bom humor e muito menos para brincadeira.
- E eu espero que o senhor esteja flexível a levar a sério os boatos. – Respondeu a mais nova de imediato enquanto Hinata se interpunha entre ambos.
- Eu não vim aqui separar uma briga! – Disse a mais velha com voz firme. – Vim aqui para conversarmos civilizadamente como deve ser e ver se coloco um pouco de juízo em ambos, pois nenhum está parecendo com o líder que os Hyuuga merecem. – Hiashi olhou para a filha mais velha um tanto quanto cabisbaixo retomando a pose serena, desarmando o Byakugan. Hanabi fez o mesmo e fitou o pai.
- Tudo bem iremos conversar, mas já adianto que minha opinião a respeito não irá mudar. – Disse descruzando os braços e fazendo sinal. – Por favor, entrem.
As irmãs adentraram a casa seguindo o patriarca e sentaram-se na sala, frente a frente.
- Otou-sama... – Chamou Hanabi de maneira mais suave dessa vez. – Sei que foi errado sair daqui daquela maneira, mas eu preciso de seu apoio.
- Hanabi, minha filha, você é a futura líder desse clã. Será o cérebro a comandar os Hyuuga no momento em que eu morrer. Você deve manter nossa linhagem pura, não deve se casar com ninguém de fora, é a nossa tradição e você a nossa princesa.
- Então seguir a tradição é mais importante que eu amar ou não meu marido? – Estreitou os olhos de maneira desgostosa para o pai, mas não ergueu o tom de voz. Estava tentando manter a conversa civilizada.
- Eu também não amava a mãe de vocês, amor se constrói.
- Otou-sama, com todo respeito... Não é mais assim que as coisas são regidas. – Disse Hinata entrando no assunto. – E o maior exemplo que podemos dar é o meu próprio.
- É diferente Hinata, não queira comparar. – Disse Hiashi cruzando os braços e fechando os olhos. – Naruto é o herói da guerra e o sétimo Hokage, é um homem com feitos e bom coração.
- Me desculpe senhor Hiashi, tanto por entrar assim em sua residência, tanto por ouvir a conversa sem permissão, tanto por ter me apaixonado por sua filha quando criança e isso ser reciproco... – Disse Konohamaru adentrando a sala e indo cumprimentar o Hyuuga com uma saudação para então sentar ao lado de Hanabi. – E tanto por ser muito novo no decorrer da guerra ninja para conseguir grandes feitos quanto o Naruto, mas isso não faz de mim um homem sem boas intenções e coração. – Hiashi estreitou os olhos e o Byakugan novamente apareceu. O Hyuuga não gostou nada da intromissão do Sarutobi e sua irritação era nítida.
- Com que direito adentra minha propriedade seu moleque e me confronta dessa maneira? Posso estar velho mas isso não impede que eu te chute para fora daqui. – Hinata segurou o braço do pai antes que ele pudesse fazer qualquer movimento.
- Otou-sama! Prometemos uma conversa civilizada e nada mais justo que Konohamaru vir reivindicar Hanabi. – Aos poucos o Hyuuga baixou o braço.
- Sei que não sou nem de longe sua opção para marido de Hanabi, mas eu realmente a amo com todo meu coração.
- Isso é algum tipo de piada? – Perguntou Hiashi com tom de deboche. – Não é assim que o amor funciona.
- Otou-sama, com todo respeito... Você sabe muito bem que amei Naruto desde pequena.
- Vocês são diferentes.
- Diferentes em que? – Perguntou Hanabi, começando a se exaltar. – Em não ser o herói de uma guerra ou um Hokage ainda? Isso não diminui o que sinto por ele, e se é o clã que te preocupa... Otou-sama, não pretendo fugir de minhas obrigações.
- Hanabi não é você fugir de suas obrigações que me preocupa, é o clã inteiro que me preocupa.
- Papai eles têm todo o direito de ser contra ou a favor, mas os tempos são outros.
- Nós temos uma linhagem. – A voz de Hiashi endureceu. – E nós não podemos a romper por meros caprichos Hanabi, não importa quanto amor de ambas as partes estejam envolvidas minha resposta continua sendo não.
- Senhor Hyuuga, eu quero casar com Hanabi, quero um compromisso! – O olhar de Hiashi para o Sarutobi foi mortal.
- E eu quero você bem longe do meu clã. – Ele levantou. – A conversa está encerrada.
- Tudo bem então, Otou-sama. - Hanabi falou segurando as lágrimas. - Vou pegar as minhas coisas e procurar outro lugar para morar. - Se levantou.
- Você o que? - Hiashi falou em um tom nervoso.
- Se o clã é mais importante que a felicidade da sua própria filha, se manter uma "linhagem" é mais digno do que se casar por amor a alguém... não quero isso para mim. - Ela se virou e passou a caminhar para fora. - E não ouse colocar a culpa disso no Konohamaru. O único culpado é o senhor.
- Hanabi, você não precisa fazer isso. - O sensei disse preocupado.
- Sim meu amor, eu preciso. Essa história de manter a linhagem caiu por terra no momento que a Himawari ativou o Byakugan no dia que o Naruto virou Hokage. E ele sabe disso. - Sua voz saiu em tom amargo. - Vem, Konohamaru. - Ela pegou nas mãos do namorado e passou a puxá-lo para fora.
- Otou-Sama. - Hinata começou a falar, observando o casal a frente. - Ela o ama. E o que ela disse sobre Himawari é verdadeiro.
- Eu não irei ceder, Hinata. Se ela quer assim, que seja. A partir do momento que Hanabi sair por essa porta, pode esquecer que é minha filha.
Hanabi pegou o resto de suas coisas em seu quarto, colocou tudo dentro de uma mala maior e saiu juntamente com Konohamaru.
O sensei sabia que ela não estava bem, mas não podia fazer nada a respeito. As palavras de seu sogro não foram apenas duras com a Hyuuga, mas com ele também.
Tinha esperança que as coisas iriam dar certo, Naruto já havia alertado a ele que Hiashi não cederia tão facilmente.
- Eu posso ficar na sua casa? Quer dizer, até encontrar algum lugar para morar? - Hanabi perguntou o tirando de seus pensamentos.
- Não só pode, como deve. Minha casa é a sua casa. - Sarutobi apertou as mãos dela mais forte. - Porém não quero que você abandone seu clã e sua família por minha causa. - A morena parou em frente a ele.
- Não é só por nós. É pelo Neji, por tudo que passamos. Não vou seguir uma tradição horrível que obriga mulheres a se casar sem amor, Kono. Isso não faz parte do que eu sou.
- Você é incrível. - Um sorriso brotou nos lábios dele. - Mas eu Tenho certeza que uma hora ele irá ceder.
- Eu espero. - Ela respondeu se jogando nos braços dele.
Enquanto isso, Naruto chegou a casa de seu sogro. Hinata estava parada na porta se preparando para sair, até sentir as mãos do marido em sua cintura.
- E então? - Ele perguntou a beijando no rosto.
- Um desastre. Hanabi disse que ia sair de casa. E ele foi extremamente duro com o Konohamaru.
- Vou entrar, vem. - O loiro puxou a esposa pela mão.
Estava decidido a falar com Hiashi para inverter a situação.
Assim que Konohamaru colocou os pés dentro da academia, Shino o avisou que Naruto o estava convocando para conversar.
Conseguiu deixar uma turma com outro professor e saiu em direção ao prédio do Hokage. Alguns minutos depois, se encontrava subindo a grande escada que havia ali.
Entrou na sala de Naruto e deu de cara com Sai e Shikamaru.
- Me chamou, Naruto? - Konohamaru sorriu e sentou-se em frente ao loiro.
- Hoje iremos falar com Hiashi, tudo bem? - Naruto começou.
- Sim - O Sarutobi respondeu de pronto. – Mas não sei como ele irá reagir, foi péssimo Naruto, péssimo!
- Eu sei Dattebayo, mas se acalme que se existe alguém que sabe lidar com Hiashi Hyuuga esse alguém sou eu. – Konohamaru suspirou e então o silencio se abateu sobre a sala.
- E então, Konohamaru? - O Nara encostou em uma mesa e sorriu de canto.
- E então o que, Shikamaru? - Ele rebateu com um sorriso no rosto.
- Queremos saber da missão. - Sai disse sorrindo.
- Diferente da do almoço, essa em questão foi um verdadeiro sucesso. - O sensei Respondeu tranquilamente, fazendo os três ficarem chocados. Não imaginavam que ele aprenderia tão rápido.
- Finalmente. - O Uzumaki começou a rir.
- Naruto, agora é sério... Existe a possibilidade de o Hiashi não aceitar meu namoro com a Hanabi? – Naruto escorou-se na cadeira e começou a pensar.
- Existe Konohamaru, mas lembre-se que temos um aliado importante do nosso lado.
- E qual é?
- A minha arte mais poderosa. – O Hokage abriu um grande sorriso. – Discurso no Jutsu.
~ ~
Era noite quando o Hokage e sua esposa, seguidos por Konohamaru e Hanabi adentraram os portões da casa do patriarca Hyuuga. Com certeza Hiashi não estava feliz e fazia questão de demonstrar o quanto a presença do Sarutobi era inconveniente.
Mesmo assim, cumprimentou a todos e os chamou para entrar. Quando todos estavam sentados na sala o clima se tornou tenso.
- Hiashi-sama, vim aqui pessoalmente por que acho que algumas coisas não ficaram bem esclarecidas hoje pelo meio dia. – Começou Naruto de maneira firme mas logo foi cortado por Hiashi.
- Hokage-sama, eu já disse tudo que tinha para dizer.
- Mas escutou tudo que tinha para escutar? – Perguntou o loiro cruzando os braços. – Você parou para ouvir Konohamaru e Hanabi?
- E por que isso seria necessário?
- Por que você precisa saber como eles se sentem, afinal, é deles que estamos falando. – Hiashi ponderou alguns segundos e em seguida se voltou para os mais novos.
- Tudo bem então, eu vou ouvir. – Konohamaru apertou a mão de Hanabi.
- Senhor Hyuuga, com todo respeito... Sei que começamos da maneira errada e não me orgulho disso, mas quero que saiba que o que sinto por sua filha é real e vem de longa data. O senhor lembra que na infância nos separou por ter medo de que Hanabi e eu convivêssemos demais, e mesmo assim o destino deu um jeito de nos enviar juntos para uma missão.
- Papai, eu tive certeza do que sentia naquela missão, do que eu queria... E foi nela que decidi o que seria daqui em diante... Decidi que lutaria pelo que tenho com o Konohamaru.
- Eu sei que não sou um herói de guerra ou o Hokage, que sou apenas um sensei, mas eu prometo respeitar a Hanabi, torna-la minha esposa o quanto antes e fazer tudo que estiver ao meu alcance para a ver feliz. Jamais me colocaria entre ela e o clã, sei que será uma líder incrível e jamais pediria que fosse o contrário. – Hiashi pela primeira vez escutava tudo com atenção.
- Sogro, eu cresci com o Konohamaru. Ele foi o meu irmão por muitos anos e hoje me sinto responsável por ele como um pai. Ele tem o coração muito puro e jamais faria algo para te desrespeitar, porém ele ama Hanabi desde criança e os dois tem uma história, assim como eu tive com Hinata. Tenho certeza que ele será o próximo Hokage, principalmente por se esforçar da maneira que faz. Por favor, aceite ele na família, ele não irá barrar os planos de Hanabi e tenho certeza que os dois serão muito felizes.
- Senhor Hiashi, eu pretendo viver os meus dias em nome de sua filha. – Konohamaru suspirou. – Sei o quanto foi difícil lidar com a morte de Neji, com a Hinata casando e saindo... Sei que o Senhor deve estar pensando que estou tentando toma-la daqui, de suas obrigações e se fosse eu no seu lugar, pensaria o mesmo. Mas tudo que estou pedindo é uma única chance de provar o quanto amo sua filha.
- Papai... – Hanabi se aproximou e pegou a mão de Hiashi. – Você depositava o futuro do clã em Neji e sei o quanto foi difícil para você o perder, mas eu estou aqui papai, eu não irei embora. Eu sou uma Hyuuga, sou o futuro desse clã e darei o melhor de mim como o senhor me ensinou todos esses anos. – Ela suspirou. – Mas papai, é necessário se desprender do nosso passado, uma vez o senhor me disse que a nova geração supera a velha, que somos revolucionários e tocaremos para frente o mundo ninja, seguindo o passado sem esquecer de deixarmos nossa própria marca.... Papai, estou lutando para deixar a minha. Por mim, por Neji... Pela segunda família... Pela mamãe.
- Hanabi, essa decisão não é fácil. – Hiashi suspirou e apertou a mão da filha contra a sua. – Olhe para mim, eu passei por muita coisa, eu cresci em um tempo de guerra onde regras e tradições eram os elos para formar a paz... É difícil te soltar, é difícil ver a mudança...
- Eu sei papai e eu entendo perfeitamente, mas assim como você pensou na felicidade de Hinata, por favor, tente pensar na minha. – Hiashi deu um longo suspiro.
- Hanabi, você ama esse homem?
- Amo com todo meu coração.
- Sarutobi, você ama minha filha?
- Com todo meu coração. – Hiashi voltou a ponderar.
- Eu busquei separar vocês quando pequenos, mas vocês me deram juntos um golpe mais forte do que qualquer um que sofri na guerra. – Ele se voltou para a filha mais velha e o marido. – Hokage-sama, antes de dizer qualquer coisa, você me promete uma coisa? – Naruto assentiu prontamente.
- Qualquer coisa, Hiashi-sama.
- Estou velho, logo não estarei mais entre vocês, então deixo em suas mãos a responsabilidade de matar Sarutobi Konohamaru caso ele quebre o coração de um dos meus bens mais preciosos. – Hiashi sorriu de maneira leve e Konohamaru engoliu em seco. – Posso confiar essa missão a você?
- Oh! Mas é claro Hiashi-sama! Se Konohamaru pisar fora da linha e eu sonhar com isso, meu rasengan encontrará o caminho de seu coração e isso é uma promessa não do Hokage, e sim de Uzumaki Naruto. – Naruto sorriu de maneira confiante e Konohamaru estava começando a sentir que aquela promessa não era brincadeira.
- Nesse caso, então... Vocês tem minha benção, filha... – Hiashi suspirou. – Genro.
Hanabi travou e fitou o pai por um tempo indeterminado assimilando o que foi dito. Em seguida se voltou a Konohamaru e viu que o mesmo sorria, prendendo... Lagrimas?
- Papai.. Você... Eu.. – Hiashi a envolveu em um abraço e Hanabi retribuiu, deixando as lágrimas rolarem por seu rosto. – Oh! Otou...
- Hana, tradições e regras sempre serão importante... – Ele apertou mais a filha contra o peito. – Mas a sua felicidade e a de sua irmã estão além disso.
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