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História Behind your ocean eyes - 2 Temporada


Escrita por: LeeDidi

Notas do Autor


I'm back gyus!! senti saudades!
Tenham uma boa leitura e até as notas finais.

Capítulo 24 - 2 Temporada


Fanfic / Fanfiction Behind your ocean eyes - 2 Temporada

                                                             ●Narrador POV●

 

Era bem cedo quando alguns pequenos feixes de raios solares ultrapassaram a cortina e invadiram o cômodo silencioso, batendo diretamente nos olhos quase cobertos pelos fios negros e bagunçados do mais velho dos dois que ainda dormiam tranquilamente.
John apertou os olhos e os abriu levemente, erguendo a mão e bloqueando a luz que o incomodava.
Sua cabeça doía de maneira que parecia que ia rachar ao meio, talvez tivesse exagerado na bebida. Às vezes perdia o controle pela dificuldade que o álcool tinha em mostrar seus efeitos em seu corpo... só quando as coisas começavam a dobrar... só então percebia que já tinha bebido demais. Mas, quanto a noite passada, sequer se lembrava quando ou se as coisas começaram a dobrar para ele.

Esfregou o rosto um pouco irritado por despertar daquele jeito e sentou-se bruscamente no colchão, arrependendo-se amargamente ao sentir a dor fina tomar conta de si. Que porra é essa?! Eu não me lembro de ter caído no...chão.
A breve lembrança da noite anterior invadiu sua mente. 
"Eu quero ser seme"
Aaah não... Ah sim. Merda! Como foi que deixei isso acontecer?! 

Bem... podia ter sido pior...Diogo podia ser "maior". Ou, podia ser como na ultima vez em que se sujeitara à aquilo... quando ficara no meio de dois por um curto tempo...curto, mas infelizmente para si, o outro seme de uma das "brincadeiras" que já participara era ligeiramente dotado e se recusara a ficar no meio, não deixando muita escolha ao moreno.
 

John se levantou devagar, movendo-se o mais lentamente que podia, indo até o banheiro.
Olhou-se no espelho e lavou o rosto, molhando alguns fios que lhe cobriam a testa.
–John...– Ouviu a voz baixa e rouca murmurar seu nome do lado de fora do banheiro.
–Hum?–
–Vem aqui..– A voz manhosa pedia por ele. Não havia como negar que adorara ouvir aquilo.
–Espera.–

Pouco depois ouviu-se o som da descarga e o maior saiu após lavar as mãos.
Diogo mantinha os olhos cerrados, respirava tranquilo, seu peito subia e descia devagar embaixo do lençol fino que o cobria parcialmente. Andou até ele e se curvou deixando um leve estalo na bochecha esquerda. Outra vez sentiu saudade dos fios antes compridos do menor.
–Você já vai levantar?– Diogo murmurou baixo, sua voz estava rouca por ter despertado há pouco.
–Acho que vou...tô com uma puta ressaca e...dor.– Diogo sorriu ainda com os olhos fechados após ouvir aquilo. –Tá rindo de quê? Toquinho de amarrar jegue.–
O menor ainda sorria, ergueu os braços e abraçou o pescoço maior, fazendo-o se curvar sob ele.
–Se fudeu, otário.– Estalou os lábios na bochecha maior.
–Vai tomar no seu cu, Diogo.– John bufou irritado, arrancando uma gargalhada satisfeita de Di, que se sentia devidamente vingado.
–Fica deitado aqui comigo.– 

 

•••

 

Estavam os dois largados no sofá da sala, faltava pouco para Thiago chegar e levar o irmão consigo.
Diogo tinha a cabeça deitada sob as coxas de John, este acariciava os fios negros agora curtos. Por alguns segundos mergulhou no azul daqueles olhos. Como eram lindos. Como ficavam perfeitos no rosto fino com algumas pintinhas pequenas. Curvou-se de modo que apenas tocaram os narizes.
John olhou para o próprio tronco  ainda despido e percebeu que tinha ficado marcado.
–Olha só o que você fez! Parece que fui espancado.– Apontou para si.
–Mordidinha de amor.–
–Vai ter volta.–
–Não, você já me mordeu.–
–Eu mordi uma vez, você me mordeu cinco! Aliás, você estava bem atacado ontem.–
–Não importa.–
–Me aguarde.–
–Meu celular...meu irmão deve ter chegado.– Diogo se levantou e  foi em direção à porta.

–Ei!–
–Hum?–
–Você não fala tchau?!–
–Tchau.– Brincou. John arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços. Diogo voltou até ele, ficando mais alto por John estar sentado. Pousou os braços sob os ombros do maior e brincou com seus cabelos. John, por sua vez, envolveu o menor pela cintura, trazendo-o para mais perto de si.
–Até amanhã.–
–Até.–

O maior o puxou para si, mordendo-lhe o lábio inferior com certa força, arrancando palavrões do menor.
–Porra, por que fez isso?!– Grunhiu sofrido.
–Porque te amo.– Sorriu provocante. –Eu disse que ia ter volta.–
–Se ficar marcado, você pode se considerar morto.– 

 

                                                                                            ●Di POV●

 

–Oi, mano.– Entrei no carro e fechei a porta.
–Oi, a mãe está chateada com você.– Thiago saiu com o carro enquanto eu colocava o cinto.
–Por quê?–
–Porque você não vai lá.....o que houve?– Ele me encarou com o cenho franzido.
–Hum?–
–Já viu o tamanho da sua beiçola?!– Riu.
Peguei o celular e me olhei no visor apagado. Eu vou matar o John. Onde ele mordeu estava simplesmente enorme pelo inchaço.
–É... não sei.– Menti. –Eu vou vê-la amanhã depois da aula.–
–Ah, me lembrei de uma coisa. Acho que está na hora de colocar a mão na consciência.–
–Eu?–
–Não, o cachorro que está ali na rua.– Ironizou.
–O que eu fiz?–
–Se não sabe beber, não beba. Ontem chegou a ser ridículo.–
–Ah...– Talvez eu tenha exagerado um pouco. Thiago não havia imposto muitas condições à mim quando fui morar com ele. Apenas pediu que eu mantivesse minhas coisas no lugar, nada que eu já não fizesse.Não seria legal deixá-lo irritado. –Desculpa.–
–Tranquilo, estou dizendo o que é melhor pra você, sabe que me importo.–
–Sim..eu sei.– Thiago sempre foi meu melhor amigo, além disso, foi o primeiro. Ele nunca fez o tipo implicante ou malvado. Pelo contrário, sempre foi um ótimo irmão mais velho. Na verdade, acho que só existo pela insistência dele em querer ter um irmão para brincar e desde então ele cuida de mim. Acho que quando for a hora, ele também será um ótimo pai.

–Você nem me contou como foi a festa..–
–Foi boa.–
–Só isso?–
–Acho que sim.–
–A noite deve ter sido mais interessante, não?– Eu estava distraído olhando a rua lá fora e meu coração quase pulou pra fora quando senti a mão dele tocar a curvatura do meu pescoço. Eu já tinha me esquecido da outra mordida do John, então nem me preocupei em tentar esconder. Rapidamente ajeitei a camisa.
–E-eu....– Sorri forçado. Tentei controlar a respiração, mas foi completamente falho.
–Rhum...– Ele sorriu de canto. –Achei que tinha mandado vocês dormirem.–
–O-olha, de repente lembrei que baixei um jogo novo no celular. Quer jogar comigo depois?–
–Não, arrume uma mentira melhor pra tentar mudar de assunto. Tá tudo certo com seu material escolar ou falta algo?–
–Não está faltando nada.–
–Hum...escuta, eu estava comprando uns mangás e vi um que me fez lembrar de você.É algo com...yaoi eu acho.–
–Y-yaoi?– Engoli em seco. Eu sabia do que se tratava, já li e assisti alguns, mas eu ainda não tinha falado disso com alguém.
–Acho que era isso, você sabe o que é?–
–Devo ter visto algo sobre... nada muito aprofundado.–
–Hum... eu comprei um pra você, está aí na sacola.– Estiquei o braço e tirei um dos mangás que estava nela.
–Caramba! Já fazia tempo que eu estava esperando por esse! Onde foi que você achou?!– Ditei animado  sem nem mesmo pensar, quando me liguei já estava eufórico e falando mais do que devia. Parei de repente e notei Thiago rir.
–"Nada muito aprofundado", é?– Murmurou.
–É.....obrigado.–

  •••
~Dia seguinte

 

Andava pelos corredores tranquilamente, até sentir meus joelhos irem de encontro ao chão.
–Seja bem-vindo de volta, "Toquinho".– Olhei pra cima e Peppa sorria cinicamente para mim. Em uma fração de segundo o suor desceu frio e me veio a necessidade de correr.

–Di! Você está bem?!– Murilo estendeu a mão para mim e me puxou para que eu me levantasse.
–Eu..eu...– Eu estava me cagando de medo de falar qualquer coisa que desagradasse Pedro Paulo.
–Ele está ótimo, não está? Só é um pouco atrapalhado.–
–Eu perguntei à ele.– Murilo encarou Pedro Paulo com certo desdenho.
–Estou bem.– Murmurei. –Vamos, o sino vai tocar daqui a pouco.– Segurei-lhe o pulso.

Murilo apoiou um dos braços em meu ombro e seguimos até a sala, John já estava lá, usava o celular, mas desviou a atenção para mim e para Murilo logo que entramos, voltando sua atenção ao aparelho. Estranho, achei que ele teria um ataque de ciumes. Andei até ele e deixei  minha mochila ao seu lado.
–Bom dia.– Sorri e me sentei.
–Bom dia.– Ele continuou encarando a tela.
–O que está fazendo?–
–Nada demais, Victor está me atualizando das novidades.–
–E quais são as novidades? Você parece sério...–
–Não sei se você se lembra da Ally..–
–Aquela que te beijou na minha cara?–
–É...parece que ela está passando por umas barras...parece que é anorexia.–
–Ah...entendi. Isso é realmente triste.– Abaixei os olhos
–Vou falar com ela depois..–

•••

Ouvia atentamente enquanto a professora explicava a estrutura de um vírus, mas sentia John me olhando rapidamente a cada cinco segundos, o que tirou minha atenção da aula.
–O que está fazendo?– Ele tampava o caderno com um dos braços e riscava algo na folha. Curvei me para tentar ver, mas ele o fechou rapidamente, voltando a abri-lo em seguida, quando me ajeitei no lugar.
–Não é da sua conta.– Ele disse simples, sequer me olhou, o que confesso que me deixou irritado.
–Nossaaa... idiota.– Franzi o cenho e voltei a atenção à aula.
–Ficou bravinho?– Ele sorriu de canto. –É assim que eu me sinto, sabia?! Olha só como é bom quando alguém é grosso.–
–Cala a boca, não quero falar com você.–
–Se ficar com essa chatice, vou te beijar aqui no meio de todo mundo.–
–Se você tocar em mim, te dou um chute no meio das bolas.– À essa altura meu rosto estava queimando.
–Você não alcançaria com essas perninhas curtas.–
–Johnatan! Vai tomar no seu cu!– Nossa, como eu queria matá-lo.
–Ui, agora o gnomo ficou irritado.– Ele sorria encarando a folha. Aquilo estava fazendo meu sangue ferver. Decidi ignorar, ridículo. Vai tomar no meio do cu...Af.

Não demorou muito e o sino tocou, eu o olhei de canto. John sorria satisfeito olhando o que quer que estivesse naquela folha.
–Di, fiz uma coisa pra você.–
–Não tô nem aí.–
–Amor, para com isso...–
–Vá à merda.– Bufei.
–Vou fazer você passar vergonha se não olhar...– Ele destacou a folha e me entregou.
Peguei o papel dobrado ao meio e quando abri, havia um desenho de mim.
–Que bonito. Mas...meu cabelo não é mais assim.–
–Infelizmente...mas você vai deixar crescer outra vez.–
–Não sabia que você desenhava bem.–
–Tem várias coisa sobre mim que você ainda não sabe.–
–Wooow, você é um agente duplo? Criminoso?– Ironizei.
–Tsh... você faz questão de estragar esses momentos "fofos", não?–
–Adoro...vivo pra isso.Escuta... por que eu pareço triste?– Apontei à folha.
–Porque eu não estou aí também.– Sorriu.
–Fico impressionado com o quão convencido você é... toma, o troféu de egocêntrico do ano.– Brinquei.
–Você gostou?–
–Gostei, obrigado.–
–Agora devolve.–
–Ué, achei que era pra mim.–
–Mas ficou muito bom, quero ficar com ele.–
–Não, agora é meu.– Dobrei a folha e guardei no meio do caderno. Vi um sorriso satisfeito se formar em seu rosto. John manteve o mesmo sorriso enquanto me fitava com os olhos.

~Aula de matemática.

–Alguém tem alguma duvida? Não? Bom, então agora vamos aplicar os cálculos de média. moda e mediana usando altura e idade de vocês. Eu trouxe uma trena. Podem vir uma fileira por vez, começando com essa do canto. Antes de checar a altura, vocês vão colocar o primeiro nome no quadro e a idade de vocês. Ao final vocês farão os cálculos e anotarão as respostas no livro, página 298. Pode vir, Marcelo.–
(...)

 

Logo foi a vez de John e ele se levantou. Foi até o quadro e anotou seu nome ao lado do número 17. Em seguida, encostou-se na parede.
–Johnatan, se lembra quanto tinha na ultima vez?–
–Acho que 1,79.–
–Agora tem 1,82. Pode voltar ao seu lugar.–
Depois era minha vez de ir até lá...e eu fui arrastando os pés. Não podia existir nada mais frustrante do que divulgar minha altura para a sala toda.
–Diogo...se lembra quanto tinha na ultima vez?–
–1,60...– Murmurei quase inaudível. Acho que só eu mesmo ouvi o que eu disse. Confirmado.
–O quê?–
–1,60!– Bufei irritado, arrancando um riso uníssono da sala, o que me deixou mais irritado ainda.
–Ei, não precisa ficar assim... você cresceu um pouco, vê? Tem 1,65 agora. Pode voltar ao seu lugar.–
 

Sorri internamente e voltei ao meu lugar me sentindo completamente vitorioso. Finalmente eu estava crescendo?! Eu sabia que aconteceria mais cedo ou mais tarde...sabia!
Me sentei e John me fitou com meio sorriso.
–Ainda é meu Toquinho, hum?–
–Não. Nunca fui.–
–É sim.– Ele sorriu e voltou a atenção ao livro.

~Final da aula.

–Vou ver minha mãe hoje.–
–Então você vai comigo?–
–Sim.–
–Estava sentindo falta disso.– Ele sorriu e entrelaçou os dedos nos meus. Encarei-o torcendo o nariz. –Af...já sei, já sei.–
–Quer ir comigo?–
–Seu pai não está lá?–
–Acho que não.–
–Então eu vou, sua mãe é legal.–
 

[...]

 

Fomos juntos até minha casa, ou ex casa... Bati no bolso da mochila e não senti a chave ali, lembrando também  que não a tinha mais. John estava um tanto aéreo usando o celular.
Toquei o interfone e o portão foi destrancado, em pouco tempo minha mãe apareceu na porta e eu acenei para ela.
–Oi, mãe.–
–Finalmente lembrou que tem mãe. Oi Johnatan, você também sumiu, mas é assim mesmo, né? A gente vai ficando velho e abandonado.– Ela fez uma expressão sofrida enquanto entrávamos. Que drama.
–Oi, tia Chris, senti saudades.–
 –Já almoçaram?–
–Ainda não, mãe.–
–Então deixem as mochilas e vão comer.–
(...)

 

–E então, filho, como está sendo morar com seu irmão? Já quer voltar pra cá?–
–Na verdade está bem tranquilo e a senhora sabe que não posso voltar, não depois do que meu pai disse.–
–O que seu pai disse?– John pareceu chateado por trás da expressão neutra.
–Que eu posso voltar pra casa quando voltar a ser homem.–
–Diogo, sabe que seu pai não falava sério, ele apenas...não está sabendo lidar direito.–
–Ah, mãe, tenha dó.– Bufei.
John não disse nada... apenas se ajeitou na cadeira. Acho que até minha mãe notou como o ambiente pesou nessa hora.
–Não fique assim, meu bem, sabe que não é sua culpa.– Ela colocou uma mão no ombro dele e deixou dois leves tapinhas ali.
–A senhora é a mãe mais legal que já conheci.– 
–Eu? Acho que sua mãe não gostaria que você dissesse algo assim.– Porra, mãe.
–Acho que ela não liga muito pra isso.– Sorriu coçando a nuca.
–Mãe...– Interrompi. Ela me olhou sem entender e eu torci o nariz para ela.
–Tá tudo bem, amor. Eu não tenho mãe, tia Chris. Minha avó foi minha mãe e agora meu pai é minha mãe.–
–O que houve com sua mãe?–
–Ela só me largou.– Depois disso minha mãe pareceu entender que era hora de ficar calada. John nunca tocava no assunto "mãe" quando se tratava dele mesmo. Eu também nunca me senti confortável pra perguntar... mas confesso que eu queria que ele se abrisse comigo.


Notas Finais


Desculpem qualquer erro, mais tarde eu reviso e conserto.
Talvez vocês tenham notado que esse bonus vai ter uma continuação, uma continuação bem longa k e quando esse bônus acabar aí sim será o fim da fic. serão uns 3 ou 4 chaps no máximo e um aleatório que me pediram de Victor e Murilo.
~até o próximo e Bjs de luz


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