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História Behind your ocean eyes - Resolvendo antigos conflitos


Escrita por: LeeDidi

Notas do Autor


Olá.................esse chap é meio aleatório, mas faz parte..... tenham uma boa leitura e até as notas finais, espero que gostem!! <3

Capítulo 25 - Resolvendo antigos conflitos


Fanfic / Fanfiction Behind your ocean eyes - Resolvendo antigos conflitos

 

●Di POV●
•••

Entrei na sala e a cadeira de John estava vazia… Murilo estava deitado sob os próprios braços, então decidi não incomodá-lo. 
Andei até o fundo da sala e me sentei no mesmo lugar de sempre. Logo Peppa chegou também… parecia um tanto irritado com algo. Entrou sem falar com ninguém e também se sentou no fundo, por um acaso, na carteira ao lado da minha. 
Prendi a respiração por alguns instantes e apertei os olhos já esperando pela bomba que viria, mas para minha surpresa, ele apenas ignorou minha presença ali e pude respirar aliviado.

–Bom dia, bando de preguiçosos.– O professor de história entrou no mesmo “bom humor” de sempre. Se nós somos a turma “A” e ele nos chama de preguiçosos, eu nem consigo imaginar como ele trata as turmas “B” e “C”. –Eu quero que formem duplas. Entregarei uma lista que eu quero pronta na hora em que o segundo sino tocar. Por favor, poupem-me de arrastar carteiras, vocês farão com quem estiver ao lado e se eu ouvir reclamação, já sabem.–

Olhei para o lado e Pedro Paulo apenas revirou os olhos antes de se levantar e se sentar ao meu lado. Engoli em seco.
Ele não abriu a boca por um segundo sequer e apenas pegou uma das listas quando chegaram até nós.
–P-posso dar u-uma olhada?– Murmurei sem olhá-lo. Ele deixou a folha sob minha mesa e abriu o caderno enquanto eu lia os exercícios. Eram 40 no total.
–Cada um responde 20, certo?– Falou simples.
–Tá be-bem.–
–Af, para de gaguejar, isso está me irritando.–
–Fo-foi mal.– Ele semicerrou os olhos para mim e bufou baixo, voltando a atenção ao caderno. –Desculpa..–
E outra vez ele semicerrou os olhos para mim antes de voltá-los à lista, murmurando um “idiota”.

Uns dez minutos depois, decidi tomar coragem para perguntar algo que me remoía há tempos.
–Pedro…posso te fazer uma pergunta?–
–Achei que você fosse o sabe-tudo. Pergunte ao professor.– Ele respondeu seco.
–Não é sobre a lista.–
–Então fala logo, porra.–
–O que foi que eu te fiz?– Logo que acabei a pergunta, ele parou de escrever e apenas encarou a folha
–Você….você…. Eu nasci pra bater e você nasceu pra apanhar. Faça sua parte da lista e me deixe fazer a minha.–
–Está falando sério?! Eu nasci pra apanhar?! Quem foi que determinou isso?!–
–Eu. Viado nasceu pra apanhar.–
–Quem foi que te disse isso?! Você nem me conhece!–
–Há… não deve ser muito difícil adivinhar. Você é filho único, mimado, bicha, aposto que assiste desenho japonês e é tão medroso que sequer consegue falar sem parecer mais bicha ainda. Já eu… eu preciso de um otário pra descontar minha raiva e fui obrigado a arrumar outro nerd anão, já que você arrumou um namoradinho pra proteger vossa senhoria.–
–Não sou filho único… nem mimado. Mesmo que eu fosse, não te dá o direito de me tratar assim.– 
Ele riu baixo em resposta.
–Vai fazer o quê? Contar pro seu namoradinho?–
–Eu sei me defender sozinho.–
–Sim, sabe… por isso eu bato e você apanha.–
–Fala sério… eu só quero entender… o que foi que eu fiz?–
Ele suspirou chateado e se ajeitou no lugar.
–Tá vendo aquela menina ali?– Ele olhou de canto para a loirinha mais distante de nós.
–A Aninha?–
–É.–
–O que tem ela?–
–Se você contar isso pra alguém… eu te mato. Eu… eu gosto dela.– Por um instante tive a impressão de ver o rosto dele corar… o mais estranho é que não foi só impressão.
–E eu com isso? Não estou entendendo nada.–
–Eu soube que… ela gosta de você.–
–Ela o quê?!– Alguém nessa sala não me odeia?! Ainda mais alguém como a Aninha. Eu não esperava que ela me odiasse, óbvio, mas também não esperava que ela gostasse de mim. Ela é toda fofa… e pequena… e delicada… e sinceramente, a ultima pessoa que eu pensei que fosse gostar dela era Pedro Paulo.
–Não sei se você se lembra de uma vez em que ela tentou se aproximar de você.–
–Não me lembro…–
–Eu lembro, você não foi muito simpático.–
–Quando foi isso?–
–Logo que você entrou nessa escola. Você agiu tão estranho… Parecia que estava fazendo pouco caso dela. Você não falava olhando nos olhos, na verdade você não falava, só mexia a cabeça.–
–Escuta, eu não estava sendo grosso ou antipático. Não sei se você ainda não notou que eu tenho um certo problema com comunicação. Eu tinha acabado de me mudar e não conhecia ninguém, parecer grosso era minha última intenção.–
–Parece que não deu certo. Todo mundo achou que você era metido e cheio de não me toque. Até que apareceu o Johnatan.–
E todo esse tempo eu fiquei sozinho porquê as pessoas me achavam metido. Se metido for outra palavra pra “travado”, então concordo que sou metido. 
–Mas segundo sua lógica maluca, me bater faria com que ela gostasse de você?–
–Não… mas faz com que eu me sinta melhor, você foi mau com ela.–
Olhei-o incrédulo e ele deu de ombros. Então esse tempo todo eu apanhei porque alguém gostava de mim e eu nem sabia disso.
Eu nem tinha parado pra pensar que posso ter chateado muito uma pessoa que veio até mim na intenção de me conhecer. Ela deve me achar um idiota. Talvez eu seja.

•••

O sino do intervalo acaba de tocar e Pedro Paulo levou nossa folha ao professor, depois saiu da sala. Nós não falamos mais nada depois que ele disse que me odiava porque a Aninha gostava de mim. Os outros alunos ainda saiam e eu fui até ela um tanto envergonhado. Uma de suas amigas esperava por ela em frente à sala.

–O-oi..– Cocei a nuca. Ela virou para mim e seus olhos saltaram descaradamente. Também era azuis, quase como os meus, eram mais claros. Os lábios rosados e fartos se entreabriram, mas nenhuma voz saiu. –Será que podemos conversar?–
Ela assentiu levemente, dando um sinal com a mão para a amiga que esperava por ela.
–E-eu posso te chamar de Aninha?–
–Pode… todo mundo me chama assim.– Suas bochechas enrubesceram rapidamente.
–Antes de tudo… eu queria me desculpar por parecer grosso naquela vez em que você foi conversar comigo… não foi minha intenção, eu não era muito bom em conversar com as pessoas… na verdade, ainda não sou.– Sorri forçado. 
–Ah… Está tudo bem, eu apenas fiquei um pouco… sem ação. Já passou.–
–Você deve estar achando que eu sou um idiota..–
–Não, tudo bem. Apenas pareceu que eu estava sendo um incomodo.–
–Desculpa… então… eu não sei bem como dizer isso… é verdade que… você gosta de mim?–
–Quem te disse isso??–
–Não importa. Olha… não sei se você sabe que eu namoro…–
–Não… não sabia.– Ela abaixou os olhos levemente, fazendo os fios loiros cobrirem parte do rosto.
–Pois é… mas a questão é que eu conheço alguém que gosta muito de você…–
–Quem? O John? Ele é bonito….–
–Não, não é o John.– Senti meu rosto corar.
–Então quem?–
–Bom… está mais perto do que você pensa.–
–Di.. você só veio falar comigo pra dizer que não gosta de mim?–
–N-não! Não é isso… é só que… não perca seu tempo comigo. Sabe… você é legal e eu gosto de você… mas não desse jeito… se você quiser ser minha amiga, eu vou ficar muito feliz.–
–"Sabe… você é legal e eu gosto de você… mas não desse jeito.“ Não é a primeira vez que ouço isso, o que será que tem de errado comigo?–
–Não há nada de errado com você… eu te disse que eu namoro.–
–Tudo bem.–
–Posso te dar um abraço?– Estendi os braços e ela assentiu. –Vou ficar muito feliz se você quiser ser minha amiga.–
–Tá bem..– Ela riu. O sino tocou anunciando o fim do intervalo e eu abracei a menina da mesma altura que eu.

Logo voltei ao meu lugar e Pedro Paulo voltou com a mesma cara de poucos amigos.
–Ei, Peppa..– Sorri e ele me olhou de canto.
–Não te dei intimidade pra me chamar assim.–
–O que aconteceu pra te deixar tão irritado?–
–Não te interessa.–
–Acho que sei de algo que vai te animar.–
–Duvido.–
–Chama ela pra sair..– Olhei de canto para Ana.
–Por que eu faria isso?–
–Porque você gosta dela, ué.–
–De que adianta se ela gosta de você?–
–Eu falei com ela.– Os olhos dele saltaram e seu rosto empalideceu.
–Falou o quê?–
–Não falei de você, relaxa. Bom, agora o caminho está livre.–
–Mas eu não sei o que fazer.–
–Você nunca saiu com alguém?–
–Já, né! Mas com ela é diferente… ela não é qualquer coisa.–
–Convida ela pra sair.–
–Por que ela sairia comigo?–
–Porque você vai convidá-la, ué.–
–E se…–
–Ah, não me venha com "e se”. O máximo que pode acontecer é ela recusar.–
Como foi estranho vê-lo naquele estado…ele era sempre grosso e sério…e agora…agora estava com medo. Quem diria! Peppa também tem um coração.
–Eu vou pensar em alguma coisa…–

•••

“Por que não foi à aula hoje?”
“Fui ver a Ally.”
“Devo me preocupar com isso?”
“Não, eu só fui dar uma força…”
“Como ela está?”
“Não muito bem..”
“Tomara que ela fique numa boa..”
“Espero que fique..”

•••

No outro dia, eu estava distraído no celular e Aninha chamou minha atenção logo que entrou na sala.
–Oi..– Ela sorriu.
–Oi… bom dia.– Sorri de volta e desliguei o aparelho.
–Posso me sentar aqui?– Ela apontou a carteira vazia.
–Claro, senta aí.– 
Ela tirou a mochila das costas e se sentou.
–O John não vem hoje de novo?–
–Acho que ele vem sim, daqui a pouco ele deve chegar. Fomos nós que chegamos cedo hoje..–
–Você não sabe o que aconteceu…– 
–O que aconteceu?–
–Pedro Paulo me mandou uma mensagem ontem, acredita?– Riu.
–Sério? – Me fiz de desentendido. –O que ele queria?–
–Sair comigo….– 
–E o que você respondeu?–
–Eu não quis ser grossa… eu disse que ia pensar. Mas não sei..ele não é uma pessoa muito legal…principalmente com você.–
–É… ele realmente não é muito legal comigo. Mas eu acho que você devia dar uma chance à ele…afinal, você não tem nada à perder.–
–É…. vendo desse modo… Olha, o John chegou.– 
Olhei para frente e John estava andando até nós. Ele largou a mochila na carteira que estava na frente da minha e acenou para Aninha.

–Bom dia, amor.– John sorriu e se curvou rapidamente sob mim sem que eu estivesse esperando, deixando um breve estalo em meus lábios.
–Tá ficando maluco?!– Sussurrei. Olhei para Aninha e ela parecia um tanto surpresa, mas não disse nada. Graças à Kami Sama, não haviam muitas pessoas na sala e os que estavam provavelmente não viram.. pelo menos espero que não.
–O que foi?– Ele piscou sem entender.
–Estamos na escola.– Torci o nariz. –E Aninha está aqui, não vê?–
–Foi só um beijinho… eu estou vendo ela aqui, qual o problema?–
–Já falei que não quero ninguém comentando sobre isso..–
–Ah, tá com vergonha de mim de novo.– Ele sentou emburrado.
–Também já falei que não é isso. Você sabe como as coisas funcionam. Não me venha com drama.–
–Tá bom.– Disse seco.
Mantive os olhos nele… parecia estar chateado, mas cinco segundos depois ele mirou os olhos para mim com um sorriso de canto.
–Então vamos pra minha casa depois da aula.– Senti meu rosto corar quando ele me fitou malicioso. Olhei para Aninha e ela mantinha a mesma expressão. Johnatan, eu te odeio.
–Ué, achei que seu pai tinha voltado..– Engoli em seco.
–E daí?– E daí?! Como assim “E daí”?! Encarei-o pasmo.
–Di…ele sabe como as coisas funcionam…sabe?–
–E o que isso tem a ver?! Você está me achando com cara de quê?!–
–Mas eu estou com saudades…..– 
Eu acho incrível como ele consegue fazer essa cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.
–Ah, olha…– Limpei a garganta. –Depois falamos sobre isso..–
–Tá…– Ele se virou para frente. 
Olhei para Aninha outra vez e ela sorriu forçado.
–Olha… não conta isso pra ninguém, por favor…–
–Você é realmente…gay? Achei que era implicância de Pedro Paulo.–
–Olha…eu disse que namorava, lembra? Mas não disse que era com uma menina…–


Notas Finais


Fim do chap !! Obgd por ler até aqui!! Bom, como eu disse nas notas do chap anterior, esse chap ainda terá algumas continuações. Espero que ainda estejam gostando. Não me abandonem <//3
~Bjs de luz


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