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História Beija-flor - No apartamento dele.


Escrita por: biicoelho_

Notas do Autor


Gente queria agradecer pelos 15 favoritos! Muito obrigada mesmo, isso me deixa muito feliz. ❤️❤️

Capítulo 3 - No apartamento dele.


Fanfic / Fanfiction Beija-flor - No apartamento dele.

Coloque a mochila no chão e desabei na cadeira, me curvando para pegar o laptop na mochila. Quando ergue a cabeça para colocar-lo na mesa, Jungkook se sentou sorrateiramente na cadeira ao lado.

- Que bom. Você pode tomar notas para mim - disse ele, mordendo uma caneta e sorrindo, sem dúvida com o máximo de seu charme.

Meu olhar para ele foi de desprezo.

- Você nem está matriculado nessa aula...

- Claro que tô! Geralmente eu sento lá - Disse ele apontando para a última fileira.

Um pequeno grupo de garotas estava me encarando, percebi que havia uma cadeira vazia bem no meio delas.

- Não vou anotar nada para você. - eu disse, ligando o computador.

Jungkook se inclinou para tão perto de mim que eu podia sentir sua respiração na minha bochecha.

- Me desculpa... Ofendi você de alguma maneira?

Soltei um suspiro e fiz que não com a cabeça.

- Então qual é o problema?

Mantive o tom de voz baixo.

- Não vou transar com você Jeon Jungkook, pode desistir.

Não pedi pra você transar comigo - pensativo, os olhos dele se voltaram para o teto - Ou pedi?

- Não sou uma dessas Barbies gêmeas e muito menos uma de suas fãs malucas ali. - Respondi olhando de relance para as meninas na qual citei. - Não estou impressionada com seu corpo, nem com seu charme de garotinho mimado, nem com a sua indiferença altamente forçada. Pode parar com essas suas gracinhas agora, ok?

- Ok, beija flor.

Ele ficou impassível diante da minha atitude fria e rude, de um jeito que me deixou morrendo de raiva.

- Por que você não passa com a Momo no meu apartamento hoje a noite?

Olhei com desdém para ele que se aproximou ainda mais.

- Não tô tentando te comer amor. Só quero passar um tempo com você.

- Me comer? Como você consegue fazer sexo falando assim?

Jungkook caiu na gargalhada.

- Só vem, ta? Não vou nem dar em cima de você, prometo.

- Ta, vou pensar.

O professor entrou a passos largos, e Jungkook voltou a atenção para a frente da sala. Resquícios de um sorriso permaneciam em seu rosto. Quanto mais ele sorria, mais eu queria odia-lo, e no entanto era esse o motivo pelo qual odia-lo era impossível.

- Quem sabe me dizer qual presidente teve uma esposa vesga e feia de doer? - O professor perguntou.

- Anota isso. - Sussurrou Jungkook.

- Shhh, cala boca. - Falei, digitando cada uma das palavras ditas pelo professor.

Jungkook sorriu e relaxou na cadeira. Conforme a hora passava, ele é alternava entre bocejar e se apoiar no meu braço para olhar o monitor do meu notebook. Eu me concentrei, me esforcei para ignorá-lo, mas a proximidade dele e aqueles músculos nos seus braços tornavam a tarefa difícil. Ele ficou mexendo em uma pulseira que tinha em volta do pulso até o professor nos dispensar.

Eu me apressei porta afora e atravessei o corredor. Justo quando tive certeza de que ele estava a uma distância segura, Jeon Jungkook apareceu do meu lado.

- Já eu sou o assunto? - ele quis saber, colocando os óculos de sol.

Uma menina baixinha parou a nossa frente, ingênua e cheia de esperança, se não me engano seu nome era Chaeyung ou Chaeyeon... Chaeyoung. Isso.

- Oi, Jungkook. - ela disse em um tom meio cantando enquanto mexia com os cabelos.

Parei, exasperada com o tom meloso dela, então desviei da garota, eu já tinha a visto antes, conversando de uma maneira normal com outra garota. O tom que ela usava lá soava muito mais maduro, e eu fiquei me perguntando porque ela achava que a voz de uma criancinha seria atraente para Jungkook. Ela continuou tagarelando com aquela vozinha por mais um tempo, até que ele estava ao meu lado de novo.

Puxando um isqueiro do bolso, ele acendeu um cigarro e sobrou uma espessa nuvem de fumaça.

- Onde eu tava? Ah, é... Você estava pensando.

Fiz uma careta.

- Do que você tá falando?

- Já pensou se vai dar uma passada lá em casa hoje?

- Se eu disser que vou, você para de me seguir?

Ele ponderou sobre a minha condição e então assentiu.

- Sim

- Então eu vou.

- Quando?

Soltei um suspiro.

- Hoje a noite.

- Hoje a noite o que?

- Vou na sua casa. Hoje a noite. As 20:00.

Jungkook sorriu e parou de andar por um instante.

- Legal! A gente se vê depois então, Flor. - Ele disse.

Virei uma esquina e vi Momo parada com Jimin do lado de fora do nosso dormitório. Nós três acabamos ficando na mesma mesa durante a orientação aos calouros, e eu soube na hora que o Jimin seria o terceiro elemento da nossa amizade. Ele não era muito alto, passava por 3 centímetros os meus 1,70. Os olhos fechadinhos equilibravam as feições de seu rosto, e os cabelos eram de dar inveja.

- Jeon Jungkook? Meus Deus, Tzu. Desde quando você começou a pescar nas profundezas do oceano? - Jimin perguntou, com olhar de desaprovação.

Momo puxou o chiclete da boca, fazendo um fio longo.

- Você só está piorando as coisas ao rejeitar o cara. Ele não está acostumado com isso.

- O que sugere que eu faça? Durma com ele?

Momo deu de ombros.

- Vai poupar tempo.

- Eu disse para ele que vou lá hoje à noite.

Jimin e Momo trocaram olhares de relance.

- Que foi? Ele prometeu parar de me encher se eu dissesse que ia. Você vai lá hoje à noite, não é?

- É, eu vou. - Disse Momo. - Você vem mesmo?

Sorri e fui andando. Passei por eles e entrei no dormitório, me perguntando se Jungkook cumpriria a promessa de não flertar comigo. Não era difícil sacar qual era dele, ou ele me via como um desafio, ou como sem graça o bastante para ser apenas uma boa amiga. Eu não tinha certeza de qual das alternativas me incomodava mais.


4 horas depois, Momo bateu à minha porta para me levar até o apartamento do V e do Jungkook. Ela não se conteve quando aparecer no corredor.

- Credo! Que roupa é essa? Você ta parecendo uma mentinga.

- Que bom. - eu disse, sorrindo para o meu visual.

Os meus cabelos estavam bagunçados. Eu estava com pouca maquiagem. Vestindo uma blusinha bem velha e gasta, um shortinho que parecia mais de dormir e ainda me arrastava e um par de chinelos. Era a ideia que me veio a mente horas antes, parecer desinteressante.

Momo abaixou a janela do carro e cuspiu o chiclete.

- Você é óbvia demais. Porque não rolou no cocô de cachorro para completar o visual?

- Não estou tentando impressionar ninguém.

- É óbvio que não.

Paramos o carro no estacionamento do conjunto de apartamentos onde o V morava e segui Momo até a escadaria. Ele abriu a porta, rindo em quando eu entrava.

- O que houve com você?

- Ela está tentando não impressionar. - Disse Momo.

Ela seguiu V em direção ao quarto dele. Eles fecharam a porta e eu fiquei lá parada, sozinha, me sentindo deslocada. Sentei-me na cadeira mais próxima da porta.

Em termos estéticos, o apartamento deles era mais agradável do que um apartamento típico de homens solteiros. Sim, os previsíveis pôsteres de mulheres seminuas e sinais de rua roubados estavam nas paredes, mas o lugar era limpo, os móveis novos, o cheiro de cerveja velha e roupa suja notavelmente não existia.

- Já estava na hora de você aparecer. - Disse Jungkook, se jogando no sofá.



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