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História Beijando que se aprende - Beijar é melhor que comer!


Escrita por: batsu

Notas do Autor


Minha segunda lunami ever, reescrita em 11/08/2019.

Capítulo 1 - Beijar é melhor que comer!


— Ei Sanji, por que as mulheres são tão importantes para você? — o mais novo perguntou curioso.

Era madrugada e Zoro estava de folga de sua vigília da noite, Luffy fora o escolhido para ocupar seu lugar. Mas tê-lo cuidando do navio enquanto todos estavam de guarda baixa não trouxe o sentimento de segurança que esperavam, então Nami pediu que Sanji ficasse junto dele, para o caso do garoto dormir em pé e cair na água ou quem sabe coisa pior.

A noite escura deixava que poucas estrelas clareassem o mar da Grand Line, com a conversa gradual deles, o sono que os abrangia se tornava tão distante quanto a lua no céu. O loiro recostava-se à amurada do navio, ao mesmo tempo em que o capitão permanecia deitado sobre a cabeça de seu fiel Merry. Eles haviam trocado poucas palavras até o momento.

— As mulheres — começou ele e acendeu um cigarro para acompanhar as sábias palavras que diria ao menino em seguida. — costumam ser mais fracas no quesito de força física.

— Isso vale para a Nami também?! — Lembrou-se da última vez que apanhara da companheira, antes da janta por motivos óbvios, acariciou o calombo ainda dolorido na cabeça e teve certeza de que ela não tinha nenhuma fraqueza como Sanji sugeria. O cozinheiro riu como resposta, sua adorada Nami-san era certamente diferente.

— A verdade é que, por serem fracas neste aspecto, procuram distribuir suas forças em outras áreas, elas são um poço de sabedoria e determinação, resolvem problemas com uma visão estratégica que nós, homens, só saberíamos lidar com o braço. Não acho que exista um sexo frágil, somos iguais, homens e mulheres. O que um não suporta, o outro resiste e vice versa. — Brincava com o cigarro entre os dedos, saboreando os vestígios que seu vício deixara em sua boca. — Eu faço minha parte e protejo uma dama em seu aspecto mais fraco, é isto.

— Pensei que você ganhava alguma coisa em troca por ficar sempre atrás delas! Como um pedaço de carne ou uma refeição paga, aí seria mais interessante... — Luffy salivou apenas de imaginar.

— Huh?! E por que eu iria querer um pedaço de carne, idiota? — Sentiu uma veia saltar. — Mas às vezes, na maioria das vezes, sou recompensado, sim! Principalmente por mulheres mais indefesas, é normal agradecer com um beijo ou um abraço, algumas fazem até mais... — Sanji abraçava seu próprio corpo sussurrando coisas que o garoto não era capaz de compreender.

O capitão fez cara feia ao imaginar um beijo. Claro que nunca havia provado, mas o que poderia ter demais em duas bocas se encostarem? Simplesmente não entendia.

Continuou observando o loiro falar coisas sem sentido, citando Nami e Robin, seus olhos ganharam a forma de corações.

— Sanji — disse esticando o braço e cutucou-o de leve. —, como é beijar? — Pendeu a cabeça, esperando uma resposta.

O cozinheiro trocou um olhar confuso com Luffy, até ver o quão sério estava sobre aquele assunto. Ele era assim, tão inocente mesmo? Não aguentou e riu-se de lacrimejar, incrédulo que o mais novo ainda não tivesse tido uma experiência própria.

— Luffy... — Inspirava procurando fôlego para continuar. — Você tem que aprender sozinho! — Enxugou algumas lágrimas com os dedos, parando de rir aos poucos.

— Como assim?! — perguntou nervoso, não imaginava que sua dúvida seria tão ridícula assim.

— Oras, você precisa beijar alguém e descobrir!

— Me ensina?! — Pulou do seu assento especial, parando de frente ao amigo.

— Tá me estranhando?! — Sanji o empurrou e saiu de perto. — Isso não é algo que pode ser ensinado! Posso no mínimo te contar como é.

Luffy fitou o chão por alguns instantes. Ele estava determinado a aprender mais sobre isto, todos os homens do navio pareciam ter beijado antes, inclusive Usopp! Nas poucas vezes que eles ficaram sozinhos, sem a companhia de Nami ou Robin por perto, os companheiros comentavam coisas íntimas, coisas que o capitão sempre ficava de fora por não entender. E o atirador da tripulação contara que em uma de suas viagens ao mar, salvara uma donzela e ela o beijara contra sua vontade. Zoro era muito reservado para falar suas próprias histórias, mas Chopper sabia que ele era interessado em uma mulher inteligentíssima e Sanji até perdera as contas de com quantas mulheres havia ficado. E todos esses casos estavam estranhamente irritando o dono do chapéu de palha, logo ele que nunca tinha tido algo do tipo.

— Certo, então como é a sensação? — Encarou o companheiro esperando que ele continuasse.

— Beijar não é como você simplesmente juntar sua boca com a de uma mulher, é um misto de emoções. Presta atenção! — Puxou Luffy pelo ombro de forma que ele ficasse atento as suas instruções. — Nós usamos a boca para nos alimentar, então ela se torna o principal sentido que temos, com ela podemos degustar comidas e bebidas. Você gosta de comer, não é? — O garoto assentiu com a cabeça. — Beijar é melhor que comer. Porque ao mesmo tempo em que degustamos o gosto de uma dama, temos a oportunidade de saciar nossa, hã... fome — terminou largando o capitão sozinho, não tinha muito mais o que ensiná-lo esperava que suas palavras o servissem de algo.

Luffy acompanhou com o olhar Sanji deixá-lo, sua mente poderia explodir nos próximos minutos e não teria ninguém para socorrê-lo.

Beijar é melhor que comer. Esta frase martelava incessantemente sua cabeça, repetiu-se sem fim pela próxima hora inteira e não tinha o que o fizesse esquecê-las. Ele confiava nas palavras do cozinheiro, Sanji entendia de mulheres como ninguém, sua explicação fora clara e por incrível que parecesse, o mais novo havia mesmo compreendido. Mas algo o intrigava nisso tudo, o companheiro citou que os beijos saciavam a fome. A única fome que parecia lhe fazer sentido ali, seria fome de beijo de uma mulher. Se Luffy sentia fome de beijo, fome de mulher, como poderia sentir fome de algo que nunca provou antes? Seus pensamentos o levaram à conclusão que estava com desejo de provar um beijo, igual como quando se sente vontade de comer alguma refeição específica. E esse então desejo só aumentava com as palavras que Sanji usara para descrevê-lo: melhor que comer.

Ainda confuso com todo o papo de comer e beijar, continuou, no beijo de quem estaria com fome?

Ouviu uma porta ranger, foi aberta no deque principal. Nami saiu do dormitório feminino coçando os olhos e bocejando sonolenta. Seus olhos encontraram a ruiva e ele não teve mais dúvidas.

— Tá olhando o quê? — questionou em tom ríspido, arisca como era, olhá-la por tempo demais era motivo para multas.

O sol nascia tímido no horizonte, lançando raios de luz no rosto de Luffy, mas não parecia o incomodar, quando tudo agora fazia-lhe algum sentido, as peças estavam completas e a madrugada que perdeu para montar este quebra-cabeça havia valido a pena.

Não demorou em que Robin saísse do quarto com alguns livros e uma xícara vazia, indo em direção a cozinha. E ela era outra que não dormira de noite, mas havia sido por uma boa causa. Luffy ignorou seu sono, parando-a antes de entrar e Sanji roubar sua atenção.

— Robin! — Saltou até a arqueóloga, desesperado. — Posso fazer uma pergunta?

— Mas é claro.

— Você já beijou alguém? — A pergunta repentina fez a mulher surpreender-se. Seu capitão tinha um quê de curiosidade nos olhos, não se incomodou com o que lhe fora questionado, mas sim com quem, não esperava algo assim dele.

— Sim, já beijei antes. — Sorriu vendo-o suspirar aliviado. — O que te incomoda?

— Estou com fome de beijo. — Ele não foi capaz de encará-la com medo de uma reação parecida com a de Sanji, o chão era-lhe muito mais atrativo.

— Interessante. — Robin riu sem maldade do embaraço de Luffy, não entendia ao certo o que aquela frase significava, mas certamente viu como divertir-se com aquilo. — Andou conversando com o cozinheiro-san, não foi? — Ele não precisou responder, ela logo continuou a falar. — Se está com fome, deveria comer algo para saciá-la, não acha? — Esperou o menino assentir com a cabeça. — Procure a navegadora-san, talvez ela possa te ajudar! — dito isto, retirou-se deixando o companheiro mais uma vez afogado nos pensamentos.

Robin estava louca! Não tinha como pedir uma coisa daquelas para Nami, ela sem dúvidas acabaria com ele em questão de minutos. Luffy sentiu sua mente esvaziar-se mais uma vez, não era acostumado a pensar demais e já havia batido seu recorde pessoal naquele ponto. Bufou e jogou-se no chão. Ficou deitado sem saber o que fazer por alguns minutos, esperando que algo simplesmente lhe atingisse e trouxesse o entendimento do que Robin lhe falara.

E foi exatamente isso que aconteceu.

Ele deitara-se no caminho para a cozinha, de onde Nami voltava e sem o ver, pisou sem querer no capitão.

— Idiota! — berrou pulando para o outro lado que o corpo dele estava. — Por que você está aqui?

— Namiiiii! — resmungou se contorcendo com a dor de ter um salto cravado nas costas.

— Levanta! — Ela o puxou para cima agora preocupada. — Deixa eu ver... — Virou o mais novo de costas, levantando em seguida sua camisa vermelha sem cerimônias.

As costas do garoto estavam mesmo machucadas, a ruiva sentiu uma pitada de culpa por aquilo. Apesar de não ter visto o companheiro deitado ali, fora o seu pé que causou aquilo a ele.

— Dói? — Tocou o ferimento de leve com os dedos, vendo-o estremecer com aquilo. — Desculpa, não foi de propósito. Espere o Chopper acordar e peça pra ele fazer um curativo aí depois.

Nami virou-se, pronta para sair e procurar Robin.

Nos poucos segundos que a ruiva tocou Luffy, ele lembrou-se que a arqueóloga dissera para procurar ajuda com ela. Nami era sempre tão agressiva e nervosa, no entanto não tinha dúvidas de que era uma mulher e eram momentos assim que mostrava o quanto ela era especial para Luffy. Ele alargou um sorriso, correndo para alcançá-la ainda no convés.

— Nami! — gritou fazendo-a se virar, ela estranhou aquele enorme sorriso. — Eu estou com fome!

— Vá comer, a cozinha está logo ali. — Revirou os olhos, Luffy era estranho assim todos os dias.

— Não. — Diminuiu o ritmo da corrida até parar em frente a sua navegadora. — Sanji me disse que tenho que beijar alguém para aprender como se faz, eu pedi ajuda a Robin, mas ela me ajudou a entender que não era uma mulher qualquer que eu estava procurando! — A ruiva entrou em alerta assim que escutou beijar nas frases confusas que seu capitão dizia. Notou-o dar um passo, tentando se aproximar, ela tratou logo de recuar. Mais uma vez ele fez o mesmo, mas Nami continuava a se afastar. — Fica parada! — Grudou nos ombros dela. — Eu quero te beijar!

Luffy tinha poucas lembranças de Shanks e Makino juntos, mas depois da conversa com Sanji na madrugada passada, tinha certeza que eles se beijavam sempre que se viam. Eles pareciam gostar de fazer aquilo e aquelas poucas vezes que os flagrou se beijando, pôde entender o básico para fazer igual. Ou pelo menos ele pensava assim.

Com as mãos dominando o corpo da navegadora, exerceu sua força puxando-a para si e grudando seus lábios no dela. Luffy mordeu a boca de Nami sem qualquer aviso prévio.

— Imbecil! — Ela gritou e o bateu em seguida, cobriu os lábios com as duas mãos. — Por que fez isso?! — Ela sentiu o rosto arder e não soube dizer se era só raiva ou embaraço. Não que se importasse com seu capitão a ponto de se envergonhar por um ato assim, não era isso, é claro que não era isso. Mas por que sentiu-se acuada e quis afastar-se ao tê-lo tão próximo de si?

— Eu só queria te beijar... — Fez um beicinho, agora acariciando o novo calombo que ganhara.

— Você me mordeu! — Nami tirou a mão da boca, revelando seus lábios levemente inchados e vermelhos. — Você não sabe beijar, não?! — perguntou ainda brava.

— Não! O Sanji disse que é beijando que se aprende! — Apoiou-se com as mãos, pegando impulso para se levantar e ficando mais uma vez de frente a ruiva. — Posso tentar de novo? Juro que não vou te morder, vou te beijar de verdade!

— Não! — Nami correu para longe dele, adentrando a cozinha.

Luffy ficou parado, assistiu sua navegadora entrar e bater a porta. Ele não entendeu o que fizera de errado. Quando via Shanks e Makino, tinha a impressão deles estarem se comendo. E para comer tem que se mastigar, ou estaria ele errado?

— Que gritaria é essa logo de manhã? — Zoro apareceu com Chopper no ombro. — Aquela bruxa já acordou, não é? — Bocejou colocando a rena de nariz azul no chão.

— Ah, é que eu beijei ela.

— Heh?! — Ambos compartilharam do mesmo susto momentâneo, desejaram ter ouvido errado.

— É, mas acho que não se morde alguém enquanto se beija, shi shi shi — Coçou a cabeça sem graça.

— Vou ver como ela está! — Chopper correu de volta para o quarto, saindo em seguida com sua mochila de primeiros-socorros e dirigiu-se a cozinha.

Zoro cruzou os braços, encarando seriamente Luffy por poucos instantes, até não se aguentar e cair na gargalhada, ele era mesmo tão estúpido quanto sempre imaginou.

O beijo, melhor dizendo, a mordida de Luffy em Nami foi o assunto principal da manhã para a tripulação. Sanji descobriu e proibiu que o capitão comesse naquele dia, por ter se aproveitado de sua Nami-san e ainda tê-la machucado. A ruiva se enfiou no quarto dizendo que queria desenhar alguns mapas, mas era apenas uma desculpa para não ter de lidar com as piadas que a envolviam.

Em uma conversa mais tarde, Usopp aconselhou Luffy a segurá-la pela cintura e tocá-la romanticamente nos lábios. Zoro dissera que o atirador não sabia o que estava fazendo, porque sequer conseguia beijar com aquele nariz, então o aconselhou a agarrá-la a força. Robin pediu que ele esquecesse aquelas dicas e seguisse seus próprios instintos, mas é claro, sem mordê-la ou fazer qualquer coisa que a machucasse.

Luffy desistiu e foi esconder-se encolhido num canto entre as laranjas de Bellemere.

Aquela mulher que tão pouco sabia e sequer havia conhecido, mas pelo o que ouvia Nami contar, fora uma ótima mãe. Suspirou lembrando-se daqueles dias que passara na vila Cocoyashi, onde derrotou Arlong e pode chamar Nami de sua companheira pela primeira vez. O choro da menina que se forçava mais do que era capaz de suportar para transparecer confiança a toda uma vila, encontrá-la ferindo a si mesma de ódio, Luffy presenciou o quão forte e infeliz ela era, sua certeza era que aquele dia que verdadeiramente a conhecera estaria pra sempre em sua memória. Mas muito antes disso, ela havia o conquistado com aquele jeito ganancioso e mesquinho de ser, era única e era ela que desejava ter como navegadora.

Balançou a cabeça desvencilhando-se daqueles pensamentos, aquele cheiro de laranja estava ludibriando o pouco de sua inteligência.

Estava decidido, tinha um assunto a resolver e ainda precisava matar o que estava lhe matando.

Não se importou em bater na porta, simplesmente abriu-a e adentrou o dormitório feminino. Nami não havia mentido, realmente estava desenhando. A ruiva pulou com a chegada súbita do capitão, mas logo voltou-se para a escrivaninha, visivelmente irritada.

— Não vou te beijar — disse sem esperar pela pronúncia do garoto, sua atenção era voltada ao papel.

— Me desculpa por hoje cedo! Por favor... — Arrastou-se até ela, esfregando sua cabeça na costa da navegadora como um gatinho manhoso. — Um beijo só, Namiiiii... — Ele abaixou e envolveu a cintura da ruiva, estando ajoelhado e ela sentada. — Eu quero saber como é, Nami! — Ela estava se sentindo desconfortável com ele se esfregando em sua perna descoberta, mas não conseguia se livrar do capitão de maneira alguma.

— Luffy, me solta! — Empurrou sua cabeça, lutando contra os olhos pidões dele, era insensato da parte dele sequer cogitar a ideia de conversar com ela, mas agora ele voltou a envolvê-la naquele assunto sem pé e nem cabeça.

— Eu não vou te morder, juro! Estou com fome, quero saber como é beijar, precisa ser você, Nami! — Ele a escalou e subiu em si, apoiou-se no colo dela. — Posso? — Aproximou-se perigosamente do rosto de Nami, mas uma frase anterior dele havia a tirado a consciência.

Nami sempre fora especial para Luffy, a tripulação inteira sabia disso, inclusive ele mesmo fazia questão de falar e demonstrar a ela de todas as maneiras possíveis sempre que necessário. O único problema nisto era que o capitão não parecia compreender o real significado de beijar, haviam lhe explicado mal e ele entendera de um jeito ainda pior. Havia enfiado em sua cabeça que estava com fome de um beijo de uma mulher, mas tratava aquilo como um simples prato de comida que nunca provou. Não se interessava pelo o que isso poderia representar para ambos, tanto que não entendia o porquê seus companheiros riram tanto quando disse que havia beijado Nami e que queria tentar de uma melhor forma. Luffy era inocente demais para entender a verdadeira definição de um beijo.

A única coisa que tinha certeza sobre esse tal beijo, é que desejava aprender com Nami. Ele queria ela para lhe ensinar, como a queria como navegadora antes. Única e exclusivamente ela.

— Sai de cima de mim primeiro — falou tensa sem trocar contato visual, estavam tão próximos que sentia a respiração quente do capitão bater em seu rosto.

Nami o direcionou para a cama, sentando-se e batendo levemente ao seu lado com a mão, fez um convite para que a acompanhasse.

— Você sabe como se beija, Luffy? — perguntou imaginando a resposta. Ele apenas negou com a cabeça, envergonhado de dizer que nunca fizera algo tão simples a seu ver. — Primeiro, molhe seus lábios assim — Nami passou a língua sutilmente pela sua boca, deixando um rastro úmido pela extensão dela. Ele a imitou. — Agora, chegue mais perto. — Levantou a mão, chamando-o com o dedo indicador.

O moreno não chegou mais perto, não aguentava mais esperar, ele jogou-se em cima da navegadora, atacando-a com seus lábios. Foi desastroso e molhado demais, ele mal sabia controlar sua língua. Nami só conseguia o xingar mentalmente, menino impaciente! Era verdade que quando Luffy queria algo, ele se tornava inconsequentemente irritante, a ansiedade o tomava e agia feito uma criança incômoda, ela devia esperar algo assim do capitão.

Nami sofreu com os primeiros instantes, mas aos poucos contornou-o tomando o controle da situação, levantando e sentando-o na cama, sem se separarem. Ela passou suas pernas ao redor do rapaz, ficando assim sobre suas ele, diminuindo o ritmo do beijo.

O que era voraz tornou-se suave e cheio de sentimento. Nami o dominou, como domina o clima e o faz frio ou quente diante de seu querer.

Guiou as mãos do capitão até sua cintura, em seguida levando suas mãos a nuca dele, brincando com seu cabelo escuro, o qual tanto tinha a vontade de tocar antes.

Luffy a seguia pacientemente, fazia o movimento oposto ao dela, percebeu sozinho que não era agradável quando os dentes se chocavam. Depois de ter tido a permissão de tocá-la, sentiu a vontade de passear pela costa da companheira com as mãos, explorou aquela região sem ir além dos limites, mas sequer pensou em ir além daquilo mesmo. Não pensava em nada melhor que aquela cintura curvilínea, apertava-a contra si sem querer soltá-la.

A ruiva diminuiu aquele ritmo ainda mais, até conseguir parar e se afastar sem assustá-lo.

Ao abrir os olhos, Luffy permaneceu com os seus fechados. Ela notou o menino passar diversas vezes sua língua pela boca, se deliciava com o restinho do gosto da navegadora que ainda restava em seus lábios.

— Ei — despertou-o rindo, ainda com os últimos instantes em mente. — É assim que se beija.

— Obrigado, Nami! — Agarrou-a outra vez, desajeitado, mas carinhoso, colocou-se entre o busto da companheira e não pode deixar de pensar o quão quente e confortável era ali, estava agora alinhado a suas batidas cardíacas. Nami sentiu-se quente, seu capitão trazia-lhe a cor rósea vezes demais a face, ela não via isso como um bom sinal.

Acariciou Luffy, sem se importar com a posição em que estavam. Ele não era do tipo que fazia coisas assim para se aproveitar, mas também não negava que aquela parte do corpo de Nami era extremamente macia e que desejava fazer isso mais vezes.

Nami saciou Luffy naquela tarde, beijaram-se até ele dizer que estava com fome de carne e não mais de mulher.

Ela acabou não pedindo para que ele mantivesse isso em segredo, acreditando mesmo que Luffy não seria idiota demais para contar tão abertamente aos outros o que tiveram. E foi essa sua falta de cuidado que levou ele a acreditar que poderiam se agarrar sempre em público. E naquela mesma tarde, Luffy se viciou em Nami da mesma forma que era viciado em carne, provou também, com sua própria boca, que beijar era infinitamente melhor que comer.


Notas Finais


Prefiro comer que beijar, mas enfim,,,,,,,,,,
Obrigada por tudo, é isso aí, até uma próxima!


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