-Buu-Ouviu-se uma voz ecoando pelo lugar.
-Aah-Crac,era som de um galho se quebrando. Paft foi o barulho de alguém batendo contra o chão.
Desesperado, Bakugou apenas pulou em direção do esverdeado, sua preocupação foi tão imensa que por um momento esqueceu que estava em cima duma árvore, quase caiu, por sorte um galho o segurou, trepou na árvore e foi ao chão, ouviu o menor soltar um grunhido de dor.
- Grrr - gemeu - Não sinto o meu braço esquerdo.
- Calma, eu te ajudo.
Quando tentou levantar o menino pelos braços um grito ardente de dor saiu de sua boca, Putz, estava quebrado.
-Ai Meu Deus - Bakugou se pegou desesperado, não sabia o que fazer - Por que você tinha que cair hein Deku?!
- A culpa é sua Kacchan - fez beiço.
- Eu sei, eu sei, não precisa ficar lembrando.
Ajudou o amigo a se levantar e foram correndo, ou melhor tentando correr pra casa. A senhora Midoriya e a Senhora Katsuki que conversavam tranquilamente foram interrompida por um loirinho afobado.
- Lapedomanheodakuquevrouobrafo.
O menino estava tão afobado, que sua fala sai toda confusa, numa mistura de árabe com japonês.
- Fala direito menino - pediu a Sra Katsuki.
- Isso - disse apontando para o braço do Midoriya.
- Aí meu Deus o que você fez Baku- baka.
- Ei - a olhou indignado - como pode ter tanta certeza que fui eu e não ele que caiu sozinho?
- Quer mesmo que eu responda?
- Não.
As duas mulheres entraram no carro, a Sra Katsuki dirigiu como se tivesse fugindo da polícia.
- Vá com calma Mitsuki, ou vamos todos morrer antes de curar o braço do Izu-kun.
- Desculpa Inko não me aguentei.
Eles chegam no hospital, a Sra Inko leva apurada Izuku para dentro nos braços, a recepcionista nota que o rapaz estava com o braço deslocado e a encaminha para sala 3 onde o doutor estava. Depois de alguns minutos a Sra Inko volta dizendo que já estava tudo bem, e que Izuku acabou dormindo e iria ficar mais algumas horas ali e então poderia ir embora.
Os Katsuki respiraram aliviados, principalmente Bakugou.
- Será que eu posso ver ele?
-Claro.
- Só não vai quebrar o outro braço dele.
- Mãe - ele fez bico.
O jovenzinho abriu a porta lentamente e entrou no quarto tentando ao máximo não fazer barulho, o que descobriu ter sido em vão.
- Kacchan, eu estou acordado.
- Ah! Ufa, pelo menos agora não preciso ficar nas pontinhas do pé - riu fraco.
- É - fez bico.
- Escuta não tá mais doendo né?
- Não.
- Que bom.
- Claro, não foi você que se espatifou no chão. - entortou o nariz e virou a cabeça pro lado, estava zangado.
- Escuta Deku me desculpa. Eu não queria.
- Não sei se devo.
- Eu faço qualquer coisa.
- Qualquer coisa? - o garoto o aprontou com um olhar um pouco malicioso.
- Ei no que está pensando, espero que não seja nenhuma bobagem, aliás você já está grandinho pra ficar com essas chantagens, nós já temos onze anos huh.
- Então sem perdão.
- Tá, tá, qualquer coisa.
- Euquero...um beijo.
- O QUE? Não.
- Tá bom.
- Oush, tá, só um.
O loirinho então deu um beijinho estalado na testa do esverdeado que bufou de reprovação.
- Uai, já te dei o beijo.
- Não gostei, foi seco.
Então Bakugou deixou um colete de saliva sair da sua boca.
- Eca.
- Você disse que foi seco.
- Não era isso.
- Tá.
Novamente, o loiro voltou a beija-lo, primeiro na testa, Deku negou, depois na bochecha, o menor voltou a negar. Então sem mais opção, num ato ousado, O loirinho deu um selinho rápido nos lábios fininhos do esverdeado.
-Hmm...Bakugou por que fez isso? - não sabia o por quê do maior ter feito aquilo, mas tinha que admitir que havia gostado.
- Não sei, você não gostou dos outros lugares em que beijei. Mas e agora tô perdoado?
A verdade era que Izuku já havia perdoado o loiro há um tempão atrás, mas aquilo era bom demais pra deixar passar, resolveu aproveitar um pouquinho.
- Talvez se você me der mais um.
- Hunf - o loirinho bufou.
- Só mais um.
Com um biquinho cravado nos lábios e os olhinhos fechados, Katsuki deu mais um selinho no menino. Sentiu aqueles lábios fininhos friccionar o seu, era uma sensação boa.
- Deku...- ficou receoso - sabe, eu acho que não foi o suficiente, ainda me sinto culpado.
Assim que terminou a fala deu outro selinho no menor.
Hmm...Quer saber, acho que precisa de mais um só pra ter certeza.
- É só mais um não faz mal - respondeu o esverdeado.
E lá se vai mais um selinho.
- Acho que só mais um não mata ninguém...- indagou Bakugou dando mais um selinho.
- Agora só falta noventa e cinco... - Midoriya falou.
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