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História Beijo técnico - Capítulo único


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos.
Continuo aqui na missão de postar todas as Wontaeks que já escrevi, e essa é a última. Amém.
Espero que gostem~

Capítulo 1 - Capítulo único


Ravi estava sozinho no quarto quando Leo adentrou o ambiente.

O rapaz entrou sem bater na porta, olhou em volta ostentando sua típica face inexpressiva para averiguar se o amigo estaria ou não acompanhado do colega de quarto. Por sorte Hyuk não estava lá, embora não se importasse nem um pouco. Trazia entre as mãos o script do musical de Mata Hari e sequer precisou dizer uma palavra para que o outro percebesse que precisava de ajuda com algo. Ravi nunca lhe negaria nada.

- O que precisa, hyung? – questionou, enquanto observava o outro fechar a porta e se aproximar. Reparou que ele usava roupas de frio, até mesmo um pesado casaco marrom, indicando que logo sairia com os outros membros do grupo para ir ao mercado. Já haviam lhe chamado, mas ele recusou justamente para fugir do dito cujo que foi lhe procurar naquele momento. Estava cada vez mais difícil se conter perto de Leo.

Ravi nunca imaginou que se veria apaixonado por um dos integrantes de seu grupo, com tantas fãs bonitas ao redor e até mesmo outras k-idols, mas simplesmente se viu pensando em Jung Taekwoon quase todo o tempo de seu dia. Talvez fosse o fato de ser mais velho, mais experiente, ou por ser tão calado e misterioso, simplesmente não pôde se impedir de cair completamente por ele. Tinha certeza de que os outros membros já sabiam, Ken havia lhe sugerido se declarar logo, e desconfiava que até mesmo ele sabia, mas era ético o suficiente para se manter calado.

Leo se sentou na cama em frente ao rapaz que tinha expressão sonolenta, estava prestes a tirar um cochilo da tarde quando chegou. Entregou os papéis para ele e indicou com o dedo uma linha específica no centro da página superior. “Os atores devem se beijar”, estava escrito ali e até mesmo destacado com uma caneta verde fluorescente.

- Você está com medo de beijar Sophie? – o mais novo questionou, em referência a atriz que vai ser o par de Leo no musical. Não entendeu qual era o problema, já que fizeram coisas muito mais impudicas nos MVs, como em Chained Up.

Observou-o inflar as bochechas, coisa que só fazia quando estava indeciso ou receoso com algo. Passou a mão pelos fios negros de cabelo, vendo a face se tornar avermelhada.

- Como se beija alguém por quem não sente nada? – ele questionou e abaixou a cabeça, no mais puro constrangimento. Manteve o ar dentro das bochechas, mexendo as mãos para tentar desviar a atenção de seu rosto.

Ravi inevitavelmente sorriu com a sentença. Já havia notado que o mais velho é extremamente sensível e cuidadoso com coisas que dizem respeito ao coração, mas nunca pensou que levaria uma simples atuação a um nível tão importante. Isso significava que teve envolvimento com todas as pessoas que beijou?

- Ainda não sei como posso te ajudar – respondeu, imaginando que poderia dizer inúmeros daqueles clichés motivacionais para ele. Algo como “isso não é real” ou “é o Armand quem vai beijar e não você” – Você quer me dar um beijo técnico ou o quê? – brincou, numa tentativa de fazê-lo não ficar mais tão envergonhado.

- Quero – foi tudo que Leo respondeu, ao erguer de volta as íris para o rosto do amigo. Ficou ainda mais vermelho ao ver a face surpresa dele.

O mais novo não soube como responder. Colocou os papéis de lado na cama, sendo sua vez de tentar desviar o foco das íris castanhas de seu rosto profundamente constrangido. Não achou que ele fosse levar sua piada a sério, e a simples ideia de realmente fazerem aquilo já faz suas pernas tremerem. Por vezes sonhara em beijá-lo e nunca imaginou que seria dessa forma, mas isso seria melhor que nada, não? Melhor um beijo sem envolvimento do que beijo nenhum.

Quando voltou a olhar para ele viu que ele se levantou e começou a abrir os botões do casaco, logo o jogando sobre a cama junto com o script quando o tirou. Sinalizou com a cabeça para que Ravi também se levantasse e ele o fez, posicionando-se a sua frente.

- Beijo técnico – disse baixinho, como se informasse a si mesmo.

Leo sabia que era ele quem deveria beijar, já que no roteiro estava claro que era Armand quem iniciava o toque com Mata Hari, mas o outro não sabia disso. Deixou que ele agisse, por não ter lido o restante da cena além da linha destacada. Sentiu a mão dele em sua nuca e fechou os olhos, esperando pelo toque.

Seus lábios se encostaram no instante seguinte. Ambos com as pálpebras baixas, prendendo a respiração e projetando os lábios para frente, se beijaram por alguns instantes. Ambos os corações batendo forte no peito, as mãos tremendo e uma vontade imensa de aprofundar o ósculo.

Mas não o fizeram. Apenas sustentaram o toque por mais alguns segundos, até que se afastaram e se olharam ainda mais envergonhados do que estavam anteriormente. Permaneceram próximos, a ponto de sentirem a respiração um do outro, por instantes a fio. Até que Ravi tentou se afastar.

Tentou dar um passo atrás, mas as mãos de Leo agarraram sua cintura com certa força. Ouviu um simples “de novo” e logo a boca estava colada a sua novamente sem que sequer tivesse tempo para pensar. Não se conteve ao afundar os dedos de ambas as mãos nos cabelos dele, sentindo que o ósculo dessa vez impunha um pouco mais de força.

Mas o momento seguinte seria ainda mais incrível. Sentiu a língua do mais velho em seus lábios e logo tocou seus dentes, pedindo passagem para aprofundar o toque. Consentiu sem pensar duas vezes, levando sua própria língua dele e sentindo o sabor. Aquilo se tornou maravilhoso, e nem um pouco técnico.

Se aproximaram ainda mais, colando seus troncos conforme se beijavam com lentidão. Exploravam a boca um do outro com desejo, sem restrições, provando da maravilhosa sensação de estarem unidos num ato tão simples.

As mãos de Leo seguraram as costas do mais novo com firmeza, por vezes lhe acariciando sobre o tecido da blusa que trajava. Queria mantê-lo perto de si, não queria nunca mais deixa-lo se afastar, ainda mais depois de saber que tem um beijo tão doce. Por vezes pensou em fazê-lo, principalmente depois de ouvir os comentários dos outros integrantes do grupo a respeito de uma suposta paixão que ele sentiria por si, mas até aquele momento não teve coragem o suficiente. Repreendeu-se por não ter feito antes.

Ravi estava em êxtase. Era só um beijo, um simples toque que pode definir como o melhor momento que teve na sua vida. Não pensava em mais nada além dele. Apenas sentia a textura macia dos fios de cabelo em seus dedos, o corpo tão próximo ao seu movimentando-se com a respiração leve, o sabor de sua boca. Poderia permanecer ali para sempre, apenas beijando-o, mas ouviu o som da porta de abrindo.

Separou seus lábios dos dele e tentou dar um passo atrás, mas as incisivas mãos em suas costas não o permitiram novamente. Olhou em direção a porta, vendo Hongbin ali ostentando uma face extremamente surpresa. Agradeceu aos céus por ser alguém tão calmo quanto ele, os outros rapazes provavelmente fariam um escândalo dizendo coisas constrangedoras.

- O que vocês estão fazendo? – ele questiona, então assumindo um rosto sorridente. “Finalmente os dois pararam de esconder oque sentem”, pensou. Quase se juntou a eles para dar pulos de alegria, mas preferiu se conter e dar espaço ao casal.

- Nos beijando – Leo respondeu com naturalidade, recebendo um olhar surpreso de Ravi por ter dito de forma tão direta. Continuou observando Hongbin, deixando evidente em seu olhar que queria que ele saísse logo dali.

- Estamos indo ao mercado. Se cuidem – o rapaz disse antes de sair e fechar a porta de volta, deixando-os sozinhos de novo.

Ravi fitou o rosto do outro sem saber o que fazer. Queria beijá-lo novamente e também queria perguntar o que era tudo aquilo, não era pra ser apenas um “beijo falso”? Já não havia mais volta, teria que admitir o que sente, não havia como justificar a intensidade dos toques que trocaram há pouco.

- Esse beijo não foi técnico – comentou, levando as mãos os ombros dele. Não entendia o porquê de ainda estar sendo mantido perto, e muito menos de ter respondido de forma tão clara a Ken. Sempre foi tão reservado e de repente simplesmente disse que estava beijando um amigo com uma naturalidade admirável.

- Não – foi tudo que Leo respondeu, fitando profundamente os olhos do mais novo. Nunca havia reparado no quanto era bonito e inevitavelmente seu olhar caiu sobre os lábios dele, queria beija-lo mais uma vez. E não só mais uma vez, queria muito mais. Queria retribuir tudo que sabia que ele sentia por si.

- Vai beijar Sophie desta forma também? – ouviu-o questionar, num tom de voz baixo e relutante. Tentou disfarçar, mas ficou evidente que está com medo do que tudo isso poderia significar. De que o fizeram há pouco não passou de um simples toque não envolve sentimento algum, que apenas foi usado.

- Você é o único que pretendo beijar assim daqui pra frente – respondeu com rapidez, voltando a ficar constrangido, embora sorrisse. Numa tentativa de esconder seu rubor, uniu seus lábios aos dele mais uma vez.

Ravi retribuiu ao toque de forma apaixonada, não precisando mais se conter. As palavras dele o deixaram tão feliz, e não precisava de muito mais para saber que seus sentimentos são retribuídos. Notou que só precisavam de uma deixa para se entregarem ao que sentem, e ela havia sido um simples detalhe da atuação de um deles.

Finalmente Ravi e Leo haviam se beijado.


Notas Finais


Entããão, o que acharam?
Falem comigo nos comentários, vou adorar ler.
Beijinhos açucarados~


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