1. Spirit Fanfics >
  2. Beijos - DRARRY >
  3. 2.

História Beijos - DRARRY - 2.


Escrita por: eusouluna

Notas do Autor


Oi! Obrigada pelos comentários iniciais, galera, vocês são uns lindos!

Boa leitura!

Capítulo 2 - 2.


A segunda e a terceira vez aconteceram no dia seguinte do trabalho de poções. 

Draco não comentara nada sobre o pequeno incidente com Harry, o que, de certa maneira, fazia Harry rir silenciosamente com a ideia de Malfoy estar desconfortável e até mesmo um pouco envergonhado. O moreno, por outro lado, estava mais feliz que o normal. O beijo (que não podia ser considerado um beijo, já que línguas não foram envolvidas) não tinha durado mais do que três segundos, mas Harry sentia um embrulho curioso no estômago sempre que se lembrava do que tinha feito. 

Hermione até mesmo perguntara ao garoto qual era o motivo de tanta animação durante a aula de Feitiços, no que Harry respondeu apenas com um sorriso gigantesco no rosto e voltou a prestar atenção à aula. Quer dizer, voltou a tentar prestar atenção à aula, já que um certo loiro de olhos cinzentos sempre acabava por penetrar em sua mente.

Durante o almoço, a felicidade de Harry ainda não tinha passado e até mesmo Rony tinha percebido a súbita mudança de comportamento do amigo. 

- Você está muito estranho. – Ele comentou enquanto escolhia um pedaço de batata assada.

- Eu estou perfeitamente normal. – Cantarolou Harry, batucando os dedos na mesa de madeira.

- Não está, não. – Hermione apontou franzindo a testa. – Desde ontem à noite.

- Eu não posso estar feliz? 

- Claro que pode, isso só não é muito...

- Normal. – Rony completou a frase da amiga. 

- Que quer dizer? – Harry desviou os olhos do prato para encarar os amigos. – Então eu estar feliz não é uma coisa normal?

- Não foi isso que Rony quis dizer. – Apressou Hermione. – É só que... não é normal você estar tão feliz assim.

Harry pareceu desconcertado por uns minutos. 

- Ah, eu... bom... 

- Tudo bem, não precisa explicar – Hermione disse gentilmente. – Uma hora vamos acabar descobrindo de qualquer maneira.

O moreno soltou uma risadinha abafada, mas logo seu olhar caiu sobre a mesa da Sonserina. Ele não tinha reparado em Draco ainda. O loiro estava sentado num canto mais afastado da mesa comendo seu empadão de frango tranquilamente. Uma cena que para muitos poderia parecer extremamente normal, mas não para Harry. Os olhos esmeraldas do garoto rapidamente esquadrinharam Malfoy. Ele estava vestindo sua típica camiseta social branca dobrada até o cotovelo, os cabelos não estavam presos num coque e sim soltos de maneira desleixada, caindo sobre os ombros largos. 

Harry não sabia quanto tempo tinha ficado olhando para Draco, mas, em algum momento, o loiro o encarou de volta. Quer dizer, Harry achou que ele estava olhando para ele, mas, ao franzir a testa, percebeu que Draco observava um ponto atrás dele

- Harry, Harry, Harry – Uma voz estridente o chamou às suas costas. Harry piscou várias vezes antes de virar o rosto e olhar para a garota de cabelos negros lisos que estava de pé atrás dele. 

- Cho? 

O choque de ver Cho Chang, sua primeira paixão, logo na sua frente, fez uma parte do cérebro de Harry derreter. 

- Oi! – A asiática respondeu animadamente. 

- Hã... oi. – Ele respondeu sorrindo amarelo. Fazia muito tempo que os dois não se falavam.

- Então... eu gostaria de saber se você podia me dar umas aulas particulares de feitiços qualquer dia desses. – Cho mordeu os lábios aparentemente meio nervosa. – Sabe? Eu estou tendo umas dificuldades e você foi realmente um bom professor com a AD, então eu pensei que...

- Ah, claro, claro que posso. – Harry, mais uma vez, sorriu forçadamente. Não era como se ele não gostasse de Cho, claro que gostava, mas não tinha mais uma queda por ela. Não mais. Não desde que Draco Malfoy passou a ser mais recorrente em sua vida.

- Obrigada! – Ela soltou um gritinho animado e pulou no seu pescoço, deixando Harry completamente sem reação e depois andou até a mesa da Corvinal quase que saltitando.

- Acho que ela ainda gosta de você, hein, cara. – Rony riu da cara de pastel de Harry. Ele piscou antes de responder.

- Que nada.

- Até parece, Harry. Ela ainda está caidinha por você. – Hermione interveio, mas Harry não estava mais prestando atenção. Seus olhos caíram novamente sobre a mesa da Sonserina, mais especificamente sobre Draco, que mantinha uma expressão no rosto que Harry não conseguiu decifrar. O moreno podia jurar que tinha visto Draco bufar antes de voltar a comer, mas achou que aquilo só poderia ter sido coisa da sua cabeça. 

O resto do dia passou estupidamente lento. Harry já estava se arrastando pelos cantos depois que saiu da aula de Transfiguração em direção aos dormitórios dos alunos do sétimo ano. Uma novidade daquele ano era que todos os estudantes que tinham retornado para terminarem os estudos tinham ficado num mesmo salão comunal, ou seja, Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa todos no mesmo salão comunal. A ideia de juntar as casas saiu de Minerva McGonagall, de acordo com ela “os alunos devem se juntar nesse momento de difícil de lidar com as perdas.” e ninguém a contestou. 

Quando Harry entrou no salão, encontrou-o completamente vazio, exceto por Rony, Hermione e Draco que estavam sentados nos sofás perto de uma lareira. O garoto se aproximou lentamente, não tinha falado com Draco desde o momento em que haviam se beijado. 

- Oi, Harry! – Hermione saudou animada.

- Olá. – Ele disse se sentando numa poltrona. – O que estão fazendo?

Mas ninguém precisava responder. Harry viu que Rony e Draco estavam jogando uma partida de xadrez bruxo e Hermione estava terminando um dever de Aritmancia. 

- Não! – Rony berrou depois de um tempo. – Você está roubando, Malfoy!

Draco abriu um sorriso de lado e deu de ombros.

- Não estou. 

- Está sim! 

- Ora, Weasley, aceite que perdeu pela quinta vez. – Draco gargalhou. Um som contagiante que entrou pelos ouvidos de Harry fazendo-o sorrir também. 

- Não, isso está errado! Mione, o que você acha? – Rony virou-se de forma teatral para a garota que olhava tudo com uma expressão que indicava que queria rir também. 

- Acho que você já jogou demais por hoje. – Disse se levantando. – Vamos dormir. – Ela começou a arrumar os pergaminhos que estavam espalhados e estendeu a mão para Rony.

- Eu quero uma revanche! – Ele praticamente gritou, mas, logo que seus olhos se repousaram sobre Hermione, tratou de continuar: - Mas amanhã. 

Hermione sorriu e o puxou pela mão. 

- Boa noite, Harry, Draco. – Ela disse abraçando-se a Rony e colocando sua cabeça em seu tórax, juntos, eles subiram as escadas.

Draco olhou para o casal com a testa franzida.

- Eles sabem que nós aqui nessa sala somos solteiros, não sabem?

Harry chutou o braço de Malfoy levemente, fazendo o loiro olhar para ele.

- Eles estão apaixonados. – Disse com a voz meio rouca e um brilho indecifrável nos olhos.

- É nojento. – Draco respondeu enquanto guardava suas peças de xadrez. 

Harry pareceu surpreso.

- Você nunca se apaixonou?

Draco hesitou por um momento, mas sorriu de maneira descrente.

- Olha pra minha cara de quem já se apaixonou, Potter.

- Harry. 

- O quê? – O loiro desviou os olhos das peças de xadrez pela primeira vez.

- Você pode me chamar de Harry. 

Draco deitou a cabeça para o lado.

- Não sei não... Potter me soa mais legal.

Harry riu e esticou as pernas, deixando-as sobre o colo de Draco que ainda estava separando as peças do jogo. Se o loiro se incomodou ou não, Harry nunca ficou sabendo. Isso era uma das coisas que mais chegava a intrigar o moreno: o fato de Draco, quase cem porcento do tempo, vestir uma máscara de indiferença e ser capaz de esconder todos os seus sentimentos. Às vezes Harry ficava extremamente irritado por causa disso, já que ele queria ser capaz de entender Malfoy, cada parte de seu ser, queria descobrir quais eram os seus pensamentos mais obscuros, assim como seus sonhos e desejos. 

- O que você está olhando? 

Harry piscou uma, duas, três vezes antes de focalizar seus olhos em Draco. Ele se perdera em pensamentos de novo, um evento recorrente que já vinha acontecendo há meses.

- Nada. 

Draco franziu a testa.

- Você é um péssimo mentiroso. – Disse empurrando os pés de Harry para o chão e se levantando em seguida, as peças de xadrez já guardadas. – Você não vai dormir?

Harry balançou a cabeça, ainda sem tirar os olhos do loiro. 

- Não, prometi que ajudaria Cho com feitiços ainda hoje. 

Draco, de repente, ficou com a postura mais rígida. Se Harry não o conhecesse o suficiente, poderia dizer que o rapaz estava tentando se mostrar indiferente de novo. Ele virou-se bruscamente para as escadas, sem dizer nenhuma palavra. 

- Draco? Você tá legal?

- Hã? To, to ótimo. Perfeito. Tá tudo magnífico. 

Harry não estava entendo. Em qualquer outra situação o moreno acharia que Draco estava com ciúmes dele, mas isso era impossível, certo? Draco não gostava dele desse jeito e, por mais que isso quebrasse o coração do garoto que sobreviveu, ele não podia se iludir achando que o Príncipe da Sonserina daria bola para ele. 

- Acho que eu vou falar com ela para dar essas aulas outro dia, eu estou realmente cansado e-

- Vai se foder, Potter, eu não quero saber da sua vida amorosa. 

Harry arregalou os olhos em surpresa. Estava comprovado, Draco Malfoy era a pessoa mais instável emocionalmente do planeta Terra. Como alguém conseguia ser tão bipolar desse jeito? E então, como um flash, Harry lembrou-se do seu plano de fazer com que Draco parasse de dizer palavrões. O moreno levantou-se num pulo da poltrona em que estava sentado, andou até Draco, que ainda estava de costas, colocou uma das suas mãos na nuca do rapaz e o puxou. Draco virou-se assustado, uma pergunta praticamente pulando dos seus lábios, mas que nunca chegou a ser dita, já que Harry colou sua boca na do loiro e, tão rápido quanto, o soltou.

Draco arregalou os olhos. 

- Mas o quê? É a segunda vez que você faz isso! Qual é a porra do seu problema?

Seu pescoço, normalmente pálido, estava vermelho e seus olhos cinzentos estavam espremidos numa careta. 

Harry, na menção do segundo palavrão, puxou Draco novamente para ele, beijando-o. O loiro estava completamente confuso. O que diabos Harry estava fazendo? Mas, antes que conseguisse perguntar qual era o problema do garoto, Harry virou-se de costas e subiu as escadas em direção ao seu quarto mais rápido que um raio, deixando Draco Malfoy completamente frustrado para trás. 

 


Notas Finais


E então? O que acharam? Tentarei ser o mais rápida possível com os próximos capítulos. Comentem, é de graça e indolor! ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...