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História Beijos - DRARRY - 5.


Escrita por: eusouluna

Notas do Autor


LEITORES MAIS LINDOS DESSE MUNDO!!!!

Primeiramente eu gostaria de agradecer pelos comentários do capítulo passado, eles aumentaram e alguns de vocês que nunca tinha falado comigo apareceram lskskdksks então obrigada mesmo! Isso realmente me motiva e vocês são uns fofos, os comentários de deixam muito feliz!

Como eu tinha dito em alguns dos comentários que eu respondi, eu pretendia postar um novo capitulo hoje. Acontece que no final não ia dar tempo, mas eu arranjei uma maneira de colocar o capitulo pra vocês, porque vocês merecem! ❤️

Então, sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 5 - 5.


Draco não falou com Harry nenhuma vez durante o próximo dia. 

O moreno já estava começando a ficar frustrado quando saiu da aula de Runas Antigas e tentou se aproximar de Draco, mas o loiro apenas virou a cara e começou a andar mais rápido, saindo de perto dele. A frustração obviamente não vinha somente do fato de Draco não estar falando com ele, mas também dele não ter conseguido beijá-lo quando teve a oportunidade. Na noite do dia anterior, Harry quase não conseguiu dormir, seus pensamentos presos na boca fina do outro, na proximidade que eles tinham compartilhado, no fato de que Harry queria beijá-lo. E agora, mais uma vez, ele não conseguia mais controlar o seu desejo quase que impulsivo de estar perto de Draco, de conversar com dele, de só fazer companhia, se fosse isso que Draco quisesse. 

Harry não podia deixar de perceber uma certa pontada em seu coração sempre que pensava nessa ultima opção. E se Draco estivesse tão incomodado com ele por causa dos beijos que não quisesse mais ficar perto dele? E se Draco não gostasse dele do mesmo jeito que ele gostava? Antes de ontem, Harry tinha certeza que Draco não sentia nada em relação a ele, mas ficou confuso depois do ataque que o loiro teve quando contou que Cho tentava agarrá-lo. Uma parte do coração de Harry queria muito pensar que Draco sentira ciúmes dele, só esse pensamento já fazia com que o moreno sentisse um zumbido estranho e a vontade de sorrir feito um idiota. Mas... ele não podia se iludir, certo?

- Harry, você tá legal?

Harry desviou os olhos do livro que estava tentando ler e encarou Hermione na sua frente. Rony estava ao seu lado, fazendo não-sei-o-que com um pergaminho. 

- Oi? To, to sim, por quê?

Eles estavam no Salão Comunal dos alunos do sétimo ano. O local estava razoavelmente vazio, vários estudantes ainda estavam na aula de adivinhação, mas nenhum dos três resolveu continuar com essas aulas naquele ano. 

- Não sei... – Hermione franziu a testa – Você me parece um pouco... distraído ultimamente. 

- Ah... – Harry não soube o que dizer.

- Alguma coisa aconteceu, cara? – Rony desviou os olhos do pergaminho para encarar o amigo com um semblante preocupado nos olhos. 

- Você e Draco brigaram? 

- Quê? – O coração de Harry deu um salto na menção do nome de Draco – Por que acha isso?

- Bom, vocês não estão se falando, não é mesmo? Percebemos na hora do café da manhã. 

Harry suspirou. Não faria mal contar aos seus melhores amigos, certo?

- Nós dois... é complicado.

- Você e Malfoy não tem uma briga propriamente dita desde o sexto ano – Apontou Rony – A não ser que você conte disputar pelo suco de laranja no Salão Principal uma briga.

O rosto de Harry esquentou.

- Nós não disputamos.

Rony e Hermione trocaram um olhar rápido.

- Quê? – Harry perguntou ao perceber o olhar entre os seus dois amigos – Gente.

- Não é nada, Harry. – Disse Hermione, mas o seu tom de voz indicava completamente o oposto. No fim, foi Rony que continuou o assunto.

- Você e o Malfoy.

Harry olhou os amigos aturdido.

- O que sobre eu e Malfoy?

Os dois trocaram mais um olhar antes de Hermione se virar para Harry com olhos bondosos e não julgadores. 

- Nós vemos o jeito que você olha para ele.

- E o jeito que ele olha para você. – Rony completou esquecendo-se completamente da tarefa que estava fazendo antes disso.

Harry sentiu o coração dar um solavanco.

- E-eu não sei do que vocês estão falando.

- Cara – Rony deu-lhe um olhar severo, um olhar que pareceu completamente fora de contexto e estranho, um olhar que Harry não tinha visto desde a guerra. – Você gosta dele.

- Não é nada disso, somos só amigos. – Harry não sabia exatamente o por quê de estar agindo daquele maneira defensiva na frente dos seus amigos. Talvez o fato de que nem ele mesmo sabia lidar com os seus sentimentos o assustasse um pouco. Ele sentiu suas bochechas corarem ao perceber o olhar descrente de Hermione e Rony.

Depois de um tempo, Hermione riu.

- Está tudo bem, Harry, você não precisa mais esconder isso da gente.

Harry se acomodou mais em sua poltrona. Ele não esperava essa reação dos seus amigos, não esperava que eles fossem tão abertos em relação a isso. Draco obviamente tinha mudado e era uma pessoa diferente agora, uma pessoa melhor, que não estava mais sobre influência das artes das trevas ou da Marca Negra que carregava no braço. O novo Draco era maravilhoso, inteligente, ainda um pouco arrogante, mas com um senso de humor incrível. Um novo ser humano que aos poucos deixava seu orgulho para trás e arranjava amizades nos lugares mais improváveis, como por exemplo, jogar xadrez bruxo com Rony de vez em quando ou andar com Luna Lovegood pelo corredores às vezes (Harry já tinha visto os dois juntos). 

- Eu vi vocês dois na aula de poções. – Disse Hermione e Harry, se possível, ficou mais vermelho ainda. Ele abaixou os olhos, constrangido, e evitou encarar a garota na sua frente.

- N-não foi nada. Ele fala muito palavrão, eu só estou tentando ajudar.

Rony revirou os olhos. 

- Qual é, Harry, existem muitas outras maneiras que podem fazer com que as pessoas parem de dizer palavrões. No caso de Malfoy, bastava só roubar o gel de cabelo dele e dizer que só iria devolver depois que ele parasse.

Hermione assentiu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Nós podíamos intervir. Tem algo que possamos fazer para ajudar?

Uma certa onda de possessividade passou por Harry. 

- Não. Isso é algo que eu tenho que fazer sozinho. – Disse ao levantar a cabeça; Hermione e Rony se encararam de novo e Harry começou a se irritar. – Não é desse jeito. Somos só amigos.

- Uhum. – Os dois disseram juntos ao observar a forma recuada de Harry na poltrona. O moreno sabia que não aguentaria mais ficar sob o interrogatório dos amigos e resolveu subir as escadas até o seu quarto, deitando-se logo em seguida na sua cama e fechando as cortinas. Não era como se ele não fosse grato aos amigos por estarem sendo compreensivos, era só que... tudo isso ainda era meio novo para ele. Quer dizer, Harry sabia que gostava de Draco, claro que sabia, mas ele percebeu que, até aquele momento, nunca tinha realmente parado para pensar no que poderia acontecer caso Draco gostasse dele também e eles resolvessem levar isso a diante.

As coisas podiam dar extremamente erradas ou extremamente certas.

E, por incrível que pareça, as duas opções pareciam preocupá-lo.

XXX

O dia seguinte era véspera do passeio a Hogsmeade e Harry não podia estar mais cansado. Ele quase não tinha conseguido pregar o olho na noite anterior, seus sonhos sendo inundados pelas mais bizarras situações. Draco dizendo que o amava. Draco dizendo que o odiava. Harry beijando Draco. Draco beijando Harry. Rony e Hermione no casamento dos dois, e a garota chorando ao discursar sobre como eles se conheceram. Harry e Draco na noite de núpcias... 

Quando acordou, o moreno teve que visitar o banheiro antes de descer para o café da manhã. 

E ali estava ele, de mal humor, com sono e com dor de cabeça. 

A gritaria no Salão Principal estava insuportável. Todos estavam muito animados com o passeio do dia seguinte que não conseguiam parar de falar, um segundo sequer, sobre o evento. Harry observou Rony e Hermione sentarem-se ao seu lado, quietos, como se soubessem de algo que ele não sabia. O moreno estranhou a atitude dos amigos, mas não disse nada, totalmente absorto em desfrutar da torta de frango que estava comendo e tentando bloquear qualquer ruído que as pessoas ao lado estivessem fazendo. 

Alguns minutos se passaram e Harry levantou os olhos até a mesa da Sonserina. Por Merlim, estava tão irritado que até se esquecera de checar como Draco estava. Depois do quase beijo de verdade dos dois, eles não trocaram uma palavra sequer. Dois dias. Apenas dois dias. Era um período muito curto de tempo para que Harry estivesse sentindo aquele aperto no peito sempre que via o loiro passar pelo corredor e não olhar para ele. E então, numa súbita epifania, Harry admitiu a si mesmo que estava com saudades.

Saudades.

Não era uma palavra estranha no vocabulário de Harry, mas ao mesmo tempo parecia totalmente nova e intrusa. Ele sentia saudade de Sirius, de Remo, de seus pais que mal conheceu, de Tonks, de Fred... Mas esse tipo de saudade, a saudade que sentia em relação a Draco, era diferente. Não era apenas um amor fraternal. Era mais forte que isso, tão forte que arrebentava todas as veias e artérias de Harry, preenchendo-os com um líquido quente e com uma sensação eufórica, seguido de batimentos cardíacos acelerados e nervosismo crescente. 

Era amor

O único sentimento maior que o medo, raiva, inveja, vaidade... Um sentimento puro e honesto; e, por mais que Harry já soubesse disso, não conseguiu deixar de sentir um embrulho do estômago e até mesmo um certo enjoo. Quando se deu conta, estava chorando. De uma maneira tão silenciosa que nem mesmo Hermione e Rony, que estavam ao seu lado, perceberam. Ele fingiu uma tosse e se levantou o mais discretamente que conseguiu, seus pés movendo-se de maneira robótica até a porta do Salão Principal. 

Ele precisava de ar, precisava ficar sozinho, precisava controlar os seus sentimentos. 

Nem o vento frio da manhã foi capaz de acalmar o coração acelerado de Harry. O garoto sentia como se não conseguisse respirar, como se as paredes estivessem se fechando ao seu redor. Ele queria gritar, mas não queria chamar atenção. Foi quando ouviu passos atrás de si e congelou no local. 

- Harry?

Era ele. 

- Draco. – Disse sem se virar, não queria que o loiro o visse chorando feito uma criança, mas, é claro que isso não adiantou, já que Draco moveu-se ficando na sua frente.

- Por que você está chorando?

Harry percebeu um semblante preocupado na voz do loiro e, por um minuto, sentiu-se aquecido por dentro. 

- N-não é nada. – Gaguejou e desviou o olhar, mas Draco colocou as mãos nas bochechas de Harry, obrigando-o a olhar para ele. 

Verde contra prata. 

Um choque eletrizante percorreu a espinha de Harry e o garoto tinha certeza que não era por conta do vento que soprava ao seu redor. 

- O que aconteceu? Alguém fez algo contra você? Você se machucou? Alguém te machucou? – Draco disparou uma pergunta atrás da outra e Harry não podia se importar menos com a sua dor de cabeça, pois Draco Malfoy estava preocupado. Com ele. Harry teve que reprimir um sorriso bobo que teimava em nascer.

- Não aconteceu nada. 

- Não minta pra mim.

- É verdade. – Harry mordeu a língua. 

Bom, quase verdade, o que aconteceu mesmo foi que eu finalmente percebi que estou completamente apaixonado por você. 

- Eu já disse que você é um péssimo mentiroso. – Advertiu Draco, suas mãos ainda estavam nas bochechas de Harry e o loiro corou ao percebeu tal fato, logo tirando-as de lá. 

- Às vezes eu queria saber vestir uma máscara como você. 

Draco arqueou as sobrancelhas em surpresa, não estava esperando isso de Harry. 

- Como é que é?

- Você sabe... todo esse lance de não demonstrar os verdadeiros sentimentos. 

Harry percebeu que Draco o encarava como se não estivesse entendo nada, então decidiu continuar. 

- Como você faz. Você é controlado, preciso. Eu queria ser assim.

Uma luz passou pelos olhos de Draco e ele balançou a cabeça. 

- Não, você não pode ser assim. 

Harry franziu a testa.

- Por que não?

- Porque você é Harry Potter. O grifinório metido a herói que quer ajudar todo mundo não importando as consequências. O garoto sarcástico, sensível e teimoso. – Draco pontuou – Se você vestisse uma máscara, não teria me ajudado naquele corredor. Você não devia querer ser como eu. Tudo o que eu faço é fugir das coisas que eu realmente sinto. Você é muito mais corajoso ao enfrentar os seus sentimentos. 

Harry ficou muito quieto. O único som era o uivo do vento que serpenteava por entre as janelas. Se não fosse Draco na sua frente, com uma expressão doída no rosto e olhos desfocados, Harry poderia jurar que estava morto. Seu coração pareceu parar e ele prendeu a respiração, não dizendo uma palavra sequer. Não confiaria na própria voz e, mais do que tudo, não confiaria no que poderia dizer caso tentasse. Esse foi um dos momentos tão únicos que Harry preferiu não estragar, então apenas assentiu e murmurou um “obrigado”.

Draco sorriu minimamente. O silêncio era reconfortante e nenhum dos dois aparentemente queria quebrá-lo. Harry viu o loiro morder o lábios nervosamente.

- O que foi? – Perguntou, pois, caso não o fizesse, seria capaz de beijar Draco naquele instante.

O loiro parecia estar lutando internamente contra um dragão, a testa franzida, os olhos cerrados.

- Você quer ir a Hogsmeade comigo amanhã? 

Harry engasgou-se com a própria saliva, algumas lágrimas teimosas ainda insistindo em cair.

- Com você?

Draco pareceu ligeiramente nervoso e desviou o olhar para o chão. 

- É, bom... eu pensei que seria um boa ideia e... eu... claro, se você não quiser, tudo bem, eu vou entender. 

Dessa vez, Harry abriu um sorriso. Draco Malfoy gaguejando na sua frente não era uma coisa que se via todo dia. 

- Eu iria adorar. 

O loiro pareceu realmente surpreso num primeiro momento, mas em seguida também sorriu. 

- Bom... eu vou me limpar – Disse Harry – Te vejo na aula, sim? – E começou a se afastar, ainda sorrindo levemente. Quando estava prestes a virar o corredor, ouviu Draco mais uma vez.

- Ei! Você não me beijou. 

Harry virou-se bruscamente, a feição no rosto de Draco era impagável, uma mistura de decepção, frustração e desejo. Harry quase riu.

- Você não disse nenhum palavrão. 

Draco aproximou-se com uma expressão de quem teve a ideia mais brilhante do mundo. 

- Vai tomar no cu, Potter. 

Harry, sorrindo, com o coração novamente à mil, borboletas no estômago e uma tontura incrivelmente boa, levantou-se nas pontas dos pés, enlaçando suas mãos no pescoço pálido de Draco e depositando ali um selinho. Ele queria aprofundar o beijo, claro que queria, e sentia como se Draco quisesse isso também. Mas não o fez.

Eles teriam bastante tempo amanhã. 

 


Notas Finais


E ENTÃO??? O que vocês acharam??? A opinião de vocês é muito importante e eu iria adorar lê-las!

Enfim, o próximo capítulo provavelmente vai sair semana que vem (prometo tentar não demorar muito). Tem ENEM nesse final de semana então vai realmente ficar corrido, mas vou tentar.

Não esqueçam de comentar! Beijos seus lindos!


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