História Bel Air - Pra você guardei o amor

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Quando à noite chegou as duas saíram para jantar, no início a ideia era um jantar a duas mas no caminho encontraram Flávia e Vanessa e resolveram ter uma noite como quando se conheceram. Assim que terminaram o jantar foram em direção a sua balada preferida Pink Elephant, fazia tempo que as quatro não saiam juntas e dessa vez não tinham preocupações com a hora de voltar. Chegaram ao hotel o sol já estava nascendo.

Acordaram e foram direto para o aeroporto pegar o vôo de volta para o Brasil. Marina não precisava mais estar na galeria já que a exposição seguiria para Amsterdã e depois voltaria para Nova York.

MARINA POV

Estava muito cansada para dirigir até Santa Tereza, segui direto para o apartamento da Clarinha, estava no banho enquanto ela preparava o jantar.

Terminei meu banho e fui ao seu encontro.

M: Eu adoro ficar aqui com você sabia?!

C: Mas não fica nunca.

M: Eu fico sempre que dá. - Ela veio em minha direção.

C: Eu Também gosto muito. - Selou nossos lábios.

M: Amor vamos assistir um filme?

C: Qual você quer?

M: Não sei, você escolhe pode ser? - Perguntei indo em direção ao meu celular que tocava.

CLARA POV

Na verdade eu estava exausta desde que chegamos pedi pra gente ficar em casa e jantar aqui mesmo, vontade zero de sair. Enquanto a Mari tomava banho eu fiz o nosso jantar, combinamos de assistir um filme, pelo menos eu acho.

M: Amor não vai dar pra assistir mais, tenho que voltar pra Santa Tereza. - Ela falou e vi que estava com raiva só pela sua voz.

C: Por que? O que aconteceu?

M: Acredita que eu vou ter que ir pra Amsterdã?

C: Não amor, a gente acabou de chegar.  - Não acredito que ela tem que viajar de novo.

M: Eu sei, mas eu tenho que ir. A Van disse que aconteceu um problema com as telas e só eu posso resolver.

C: Você vai quando?

M: Agora.

C: QUE??!!

M:  Isso mesmo a Van até fez minha mala já, a Flavinha está me esperando pra me levar pro aeroporto.

C: Eu vou com você.

M: Sério?

C: Pra Santa Tereza.

M: Ahh, então vamos. - Peguei a chave do carro e seguimos, ela foi o caminho inteiro calada, sabia o quanto ela odiava ter que viajar em cima da hora, e eu também não gostava muito disso, mas não podíamos fazer nada.

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Uma semana depois….

Clara já tinha resolvido tudo na agência para ficar livre quando Marina chegasse. Tinha ido com Flávia ao shopping para pegar as alianças, já tinha checado tudo que tinha haver com os preparativos, estava tudo certo.

Fez uma pequena mala para ela e outra para Marina, ficou combinado que Flávia a levaria até o aeroporto para pegar Marina e de lá elas seguiriam direto para Angra.

C: Aí Flavinha você acha que ela vai aceitar?

F: É claro… A Mari é louca por você, agora vamos mudar de assunto que ela já está vindo pra cá. - Mal ela falou e a Marina apareceu na minha frente.

C: Oi amor.. - A Abracei forte e depois beijei.

M: Nossa!! Com uma recepção dessas acho que vou viajar mais vezes.

C: Nem pense nisso. - Soltei e ela foi abraçar a Flavinha.

M: Cuidou bem da minha morena?

F: Cuidei sim. Tirando umas modelos que estavam atrás dela, tudo tranquilo.

M: Como é Clara?

C: Mentira dela amor. Flávia olha as enrascadas que você me coloca.

F: Brincadeira foi tudo tranquilo por aqui. E sem modelos. Okay?! Agora está na hora de vocês irem.

M: Vocês?! Irem pra onde? Que eu não estou sabendo de nada.

C: Amor é que eu estava conversando com a Flavinha e ela me deu uma ótima ideia. - Falei passando meus braços pela sua cintura e ela consequentemente passando os seus pelo meu pescoço.

M: Qual?

C: Como a gente tem viajado muito essas semanas e quase mal temos tempo pra gente, vamos tirar uma mini férias tipo uma semana.

M: Mentira! Até que eu estou precisando mesmo. Mas a gente vai pra onde?

C: Segredo, pelo menos por enquanto.

F: Bom já que vocês esqueceram total que eu estou aqui acho que é hora de ir embora.

C: Desculpa.

M: Tchau Fla.

F: Tchau meninas. Ahh e Clara eu te aviso na hora Ok?

C: Ok.

M: Agora me diz o que a senhorita está aprontando?

C: Amor deixa de ser curiosa.

M: Desculpa mas não dá.

C: Eu sei, mas você pode espera até a gente chegar, fechado?

M: Uhum.. - Caminhamos até o heliporto.

C: Amor eu sei que faz tempo que você não vai lá, e por isso decidi por esse lugar. Don Diogo que cedeu as chaves da casa.

M: Amor você está falando o que eu acho que está?

C: E o que você acha?

M: A casa de Angra?! - Não respondi apenas confirmei com a cabeça. - Clara eu não acredito, meu Deus amor! Eu não vou lá desde criança. Eu sinto tanta falta.

C: Por isso que eu quis ir pra lá também fazia tempo que eu não ia.

M: Incrível a gente não ter se encontrado antes.

C: Também acho. Olha que lindo o pôr do sol amor.

M: Agora fiquei em dúvida.

C: O que?

M: Se eu olho pro pôr do sol ou pra você. - Sorri dando língua pra ela e franzindo o nariz.

C: Te amo.

M: Amo você.

MARINA POV

Passei uma semana em Amsterdã de uma coisa eu não podia reclama a exposição estava sendo um sucesso e expus em mais lugares do que eu pensei. Mas eu queria mesmo era voltar pra casa e curti um tempo com a Clarinha, cheguei de viajem ela já estava me esperando com a Flavinha, eu pensei que iríamos para casa porém ela disse que nós iríamos passa uns dias em Angra. Nem acreditei fazia tantos anos que não ia lá, desde criança pra fala a verdade, vinha passar as férias aqui com meu velho, éramos só eu e ele. E agora estava de volta junto com o meu amor. Chegamos na casa era noite já e estava tudo escuro. Entrei dentro da casa e a Clara sumiu, chamei por ela e escutei uma música baixa vindo de onde ficava a piscina, segui pra lá e quando abri a porta, estava tudo lindo.

As velas aromatizadas enfeitavam tudo envolta, e tinha tantas que parecia uma constelação inteira de estrelas perdidas. Pétalas de rosas que pelo que eu pude ver eram azuis formando um caminho até uma mesa linda, e a música era cantada por Nando Reis e Ana.

C: Eu posso ter tido mil e uma paixões, mas será sempre você o meu amor. - Disse ela surgindo do nada, com as mãos no bolso caminhando em direção a mim. -  É o que eu tenho de mais bonito, profundo, e não é exagero se eu disser que daria a minha vida por você, é a verdade, por que a minha vida não faria sentido sem a sua, eu te amo como nunca amei ninguém… eu já amei, mas é a primeira vez que é assim, incondicional. Eu te amo de todas as formas que possa amar uma pessoa, e não importa o tempo que passar, vai ser amor, talvez ele mude se transforme, mas será amor, lindo, e por ser amor, ele é livre, o meu maior conforto é a sua felicidade. - Disse fazendo uma pausa, com uma lágrima escorrendo também, sorrindo ao me ver se desmanchando em lágrimas. - Eu não sei quando eu comecei a te amar assim, eu nem sabia que era amor, mas aconteceu… e foi difícil, foi muito difícil, passamos por poucas e boas, só nos sabemos. Mas não tem problema, está tudo bem, eu acho que tudo tem uma razão de ser ou acontecer, não vai ser nada em vão, eu sei disso. -  Continua a dizer Clara sorrindo, agora se aproximando mais de mim. - Eu vou estar aqui quando ninguém mais estiver, e você sabe disso, vou te deixar sem mim quando me pedir isso, e mesmo assim vou procurar saber como você está, como eu já disse, é amor, não importa se estou perto ou longe, se você me ama ou odeia, é e sempre vai ser amor. - Completa sorrindo e acariciando meus cabelos agora. - É ao teu corpo que eu quero me agarrar para passar o frio… é a tua respiração que eu quero sentir no meu pescoço me acordando todos os dias. É a tua voz que quero ouvir me chamar, quando eu estiver com preguiça. É a tua mão que eu quero segurar para passar por cima de toda e qualquer dificuldade. E é em você que eu quero pensar antes de dormir, e quando eu acordar também. Marina o que eu realmente quero saber é se Você aceita casar comigo? - Disse Clara ajoelhando enquanto abria a caixinha e tirava as alianças.

M: Desde a primeira vez que eu te vi eu pensei é ela. Eu encontrei. - Disse ainda chorando. - Eu quero passar a minha vida ao seu lado, eu aceito. -Disse e a beijei.

CLARA POV

Quando chegamos na casa eu esperei que a Marina entrasse e corri pra piscina, estava muito nervosa quando fiz o pedido e pra falar a verdade um pouco insegura, tinha medo que ela não aceitasse porém ela aceitou. Amém senhor!!

C: Hm..Amor tem uma coisa escrito aí. - Disse apontando para aliança que tinha colocado no seu dedo.

M: O que?

C: A sua tem escrito Minha Morena, e a minha tem Minha branquinha.

M: São lindas amor, aliás tudo aqui é lindo, quando você fez tudo isso? - Disse ela colocando as mãos na minha cintura enquanto fiz o mesmo com ela.

C: Desde quando eu estava viajando pra São Paulo. - Fechei os olhos esperando o tapa que com certeza viria e veio.

M: Não acredito que você está me escondendo isso a praticamente um mês e eu não desconfiei.

C: Vamos ressaltar que eu tive uma grande ajuda da Flavinha. - Falei levando ela até a mesa. - Espero que goste do nosso jantar.

M: Você ainda tem dúvidas amor.

C: Então me conta como foi a exposição?

M: Aí amor, foi o máximo. Consegui vender todas as telas, as críticas foram ótimas, e a exposição vai dura mais uns 4 meses por aí.

C: Eu sabia que você ia conseguir.

M: Mas Foi só você chegar mais perto, que tudo se iluminou, né coisinha.

C: Eu adoro ver você empolgada assim, sabe.

Passaram mais algum tempo jantando entre uma conversa e outra, Clara decidiu que era hora de subir, estava com saudades de Marina sim, mas hoje ela queria que tudo fosse com calma, carinho, queria fazer amor com ela como nunca antes. Subiram para o quarto entre beijos, tirando uma peça de roupa de cada vez, Marina deitou-se por cima de Clara. Colocou sua perna entre as pernas da Morena, começando um vai e vem lento enquanto trocavam beijos e palavras carinhosas, terminaram a noite quando o sol já dava seus sinais pelo quarto.
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