História Bela dama - Castelo de gelo

Sinto sua falta quando não consigo dormir ou depois do café ou quando não tenho fome.  Sinto sua falta ao meu lado no carro. Sente a minha falta igual eu sinto a sua? Dormimos juntos e me apeguei a você.

                                                           Caissy Jones P.O.V


Tem quem fale que a dor é o sofrimento natural proveniente do amor, como as ervas daninhas que insistem em nascer ali no meio da grama verdinha depois da chuva de verão. É para eles que eu digo: não é, não. Por que banalizamos isso? Por que achamos tão comum, como se fosse uma característica obrigatória do sentimento em questão?
 

Todo mundo já quebrou a cara pelo menos uma vez e, com isso, aprendeu que este é o grande ônus de amar. Certo, relacionamentos vêm e vão e, términos, por exemplo, são momentos em que a tristeza se torna um tanto inevitável. Mas será que a gente não acaba sofrendo muito mais porque sabemos que é a hora de sofrer?

Digo, e se fôssemos cada um para um lado, restabelecendo uma nova rotina, procurando por outras pessoas e, embora sabendo que sentiríamos o pesar da falta um do outro, conseguíssemos superar essa fase com muito mais naturalidade? Eu sei, você conhece pessoas que são capazes de tal proeza. Mas nem todas. Algumas ficam, sentam, choram e se acabam naquele pote gigante de sorvete assistindo a séries. Tipo eu. Hehe.
 

Todas as vezes que sofri por amor, esse tipo de dor entrou para a lista dos piores sentimentos que já senti. É tão carregado, tão difícil… ainda mais na adolescência: parecia que o meu mundo sempre estava prestes a ruir. Nada mais importava.

É a dor do amor não correspondido, a dor de ver aquele cara de quem eu gostava com a garota da outra sala, de perceber que a pessoa que você sempre curtiu é, na verdade, um tremendo babaca, de ficar sabendo que ele fez alguma coisa sem necessidade pelas suas costas, a dor das brigas e discussões sem fim num relacionamento que parece estar fadado ao ponto final ou a tristeza de ter que se mudar para longe da pessoa que você tanto ama… São tantos os motivos para a sofrência, né?
 

Na verdade, como em qualquer outra coisa na vida, se a gente for listar motivos para a chateação sobre algo relacionado a amizades, família, problemas pessoais e dificuldades de autoestima, por exemplo, a lista também seria extensa. O que acontece é que, pense, quando é por amor, a gente se permite exagerar. A dor não vem e passa, muito pelo contrário, quando toca aquela música triste do Ed Sheeran na playlist aleatória do Spotify, as lágrimas já começam a cair novamente. Mas espero que isso já tenha passado, espero mesmo.


Faz uma semana que não falo com o Justin depois do que aconteceu, também eu disse adeus, depois de falar isso eu não posso voltar lá. E também nem tem porque, eu tenho que seguir a minha vida e ele a ele, simples.
 

O bordel estava cheio hoje, lotado mesmo e minhas garotas estão dando um belo show de dança enquanto eu bebo o liquido em meu copo e balançando meu corpo no ritmo da música que tocava.

- Que popo é esse, que popo gigante – Lucy ri chegando perto de mim

- Falar em bunda, preciso ir pra academia pra ficar mais gostosa.

- Caissy – ela riu -  você é muito gostosa por natureza, não precisa


Começo a ri junto com ela, mas logo vejo ela ficar seria e olho na direção que a dela e vejo ninguém menos que o Justin vindo na nossa direção e meu coração começar a disparar, quase sai pela boca.

- Senhorita Jones

- Bieber – falo seria

- Quanto é uma dança? – perguntou

- Como é? – ri

- Eu quero uma dança, sua. – disse ele

- Justin – suspiro

- Eu sou apenas um cliente senhorita Jones! –ele diz

balanço a cabeça e entrego meu copo pra Lucy ao meu lado e seguro sua mão o levando pra uma poltrona e o coloco sentando e mando mudarem a musica pra Trey Songz - Slow Motion, uma que eu adoro a dançar, é tão sexy que meu corpo apenas vai no ritmo da música. E de vagar viro de costas e começo a dançar rebolando a bunda quase em câmera lenta, viro a cabeça pro lado e vejo o Justin com um sorriso safado no rosto, adoro o efeito que tenho nele, não só nele, mas em todos os homens que olham pra mim. Continuo dançando até virar de frente pra ele e começar a rebolar em seu colo, segurei no seu ombro subi e desci de vagar fazendo ele segura na minha bunda e morder meu pescoço

- Sem encostar seu Bieber – sussurro

- não faz isso, estou sentindo tanta falta do seu corpo

um sorrisinho se formou nos meus lábios enquanto eu me afastava dele e começava a dançar jogando a cabeça pro lado, subi e desci no chão com a bunda me empina. Dei meia volta ficando atrás dele e passando a mão no seu peitoral até chegar no seu pau, dei um leve apertada fazendo ele arfar e voltei pra sua frente e comecei a rebolar sem parar, joguei minha cabeça pra baixo e depois subi com tudo jogando meus cabelos pra trás e novamente rebolei em seu colo até a musica acabar. Arrumei meu cabelo e encarei

- Só pagar pra Lucy depois! – pisco pra ele e saio andando

não demorou muito pra escutar seus paços atrás de mim igual um cachorrinho sem dono, não tive como não ri dele.

- Caissy espera, volta com o nosso acordo – ele segura meu braço

- Me solta Bieber! E não, não vou voltar nada entendeu? Acabou tudo o que tinha entre a gente.

- Há, qual é .. nos divertíamos tanto. – disse ele

- Sim, até eu começar a levar as coisas a serias demais. Não da pra mim Justin, não da pra receber dinheiro do cara que eu gosto e depois vê você saindo com outras.

- Eu não estou saindo com ninguém – o olho serio – não mais, eu juro.

- Não importa mais, esquece! – falo

Volto até o bar me sentando novamente e vendo ele parar ao meu lado. Bufo mostrando que eu realmente não queria continuar aquela conversa. Não queria mesmo, pra quê? Pra ele me convencer a continuar e no final eu sobre igual esses apaixonados idiotas? Não mesmo!

- Caissy, eu sinto sua falta.

- Do meu corpo!

- Da sua chatice também!  - ele solta um riso

- Não iria dar certo Justin, eu realmente gosto de você, eu gosto de você, eu ..eu te amo. E não suportaria vê você agindo igual antes. Se eu não posso se correspondida eu prefiro me afastar beleza? Segue seu rumo que eu sigo o meu. Simples!

- O que eu posso fazer pra você mudar de ideia? O que eu posso fazer pra mostrar que não é do modo como você pensa?

- Diz o que você sente por mim! – falo

- Caissy – ele suspira olhando pra baixo

- Vai pra sua casa, não precisa pagar a dançar. – falo

- Jenny também sente a sua falta – ele diz

- Eu sei, falo com ela por mensagem todos os dias! – sorri

- Nossa, só eu que não recebo mensagem! – ele diz

- Justin, é serio. Vai pra sua casa, vai ficar com a Jenny.

- Caissy, eu sinto ..eu sinto sabe? Mas é tão complicado. Principalmente o seu trabalho

- Não está comigo por causa do meu trabalho sendo que eu estava apenas cuidado no meu negocio e ficando só com você?

- Você acha mesmo que eu queira namorar uma prostituta Caissy? Imagina como eu iria ficar vendo você vestida assim vindo trabalhar? Não da!

- Como você é ridículo, eu não iria te trair Justin, se estou com você, estou com você.

- Eu não consigo, desculpa. – ele diz

- Então tchau! – falo

- O problema não é você, é essa merda do seu trabalho. – ele reclama

- Eu gosto! – dou de ombro

- Se você se esforçasse pra sair desse trabalho, ai eu poderia pensar em ter alguma coisa com você, amizade colorida talvez. – ele diz

gargalho na sua cara o deixando confusa

- Vai se foder Bieber, vai tomar no olho do seu cu babaca. Agora saia daqui e vai comer uma buceta, quem sabe uma dessas ai você acaba virando homem de verdade. Mete o pé Bieber porque não sou segunda opção de ninguém não entendeu? Eu te amo, mas não vou ficar atrás de você esperando a sua boa vontade. Agora vaza! – falo o encarando

- Piranha! – ele fiz e se afasta

eu estava com tanta raiva com tanta raiva que quando ele passou pela porta eu fui correndo atrás, assim que ele estava prestes a entrar no carro eu gritei seu nome.

- VOCÊ É UM CASTELO DE GELO– grito

- O que você quer agora? Vai dar o cu vagabunda

- Da reclamando que eu faço isso? Você comeu e não reclamou.

- Eu paguei baby, você tinha que fazer! – ele pisca

- Você é o cara mais IDIOTA que eu conheço!

- E você a mais piranha! – ele dar de ombro

- Faz minutos que você disse que sente falta da piranha aqui, não é? Seja homem Bieber, vem falar na minha cara as coisas que você sente. Você ridículo sabia? Uma hora você sente a minha falta e me pede pra voltar com você igual um cachorrinho, agora vem me chamar de piranha? – ri – sabe de uma coisa Bieber, é por essa piranha aqui que você está apaixonado e eu vou comer o seu coração, palhaço. Deve ser por isso que a sua ex quis roubar o seu dinheiro, porque você é babaca, seu merda.

ele caminha até a mim e fica centímetros perto do meu rosto

- Como é que sua prostituta barata? – ele segura o meu braço

- Eu mesmo que você ouviu. Aposto que não dei o que ela queira, carinho. 

- Me diz você Caissy, me diz você se eu não dou carinho, me diz se eu não cuidei de você bêbada, me diz se eu não te defendi no meu pai, me diz ..me diz você.

- Isso não justifica todas as vezes que me magoou, quem e machucou com as suas palavras.

- Não era pra você ter se apaixonado por mim! –ele diz

- Mas eu me apaixonei ta legal? Eu me apaixonei por você, Justin.

- Por quê? – ele grita

- Eu não sei porra! – grito de volta

em minutos eu estava chorando de cabeça baixa e quando ele segura o meu queixo pra olha-lo eu fico completamente tonta, muito tanta mesmo. Droga de bebida, estou bebendo deis de cedo, caralho.

- Você está bem? – ele segura o meu rosto me avaliando  

- Você é um problemático bipolar! – falo tentando me afastar dele e limpo meu rosto

- Se eu me tornei um bipolar foi a parti do momento que você entrou na minha vida Caissy. Maldita hora que eu inventar essa porra toda.

- Maldita hora, concordo! Mas não vem jogar a culpa em mim não ok? Você não pode vim dizendo que sou importante pra você, depois eu falar que te amo e você agi friamente e depois vim aqui pedir pra voltar pra você e segundos depois dizer que sou piranha. Talvez eu seja por causa do eu trabalho, mas .. não com você, nunca fui com você. Eu amava está com você!

- Eu te xinguei porque você me xingou primeiro! – disse ele

- Que infantilidade! – ri ironicamente

- Quer sabe? Você estava certo, melhor ir eu ficar com a Jenny.

- Isso Bieber, foge mais um vez, vai. – bato palma

- Porra o que você quer que fale? – ele segura o meu braço

novamente eu fico tanta, vejo tudo rodando, principalmente o Justin na minha frente que estava começando a ficar embaçando.

- Justin – coloco a mão no seu ombro

- O que? – perguntou

- Acho que vou desmaiar! – falo

- Agora? – ele pergunta

E isso foi a ultima coisa que eu ouvir antes de apagar de vez.

[....]

Acordo com a claridade me incomodando, enquanto tento abrir os olhos percebo que não estou no meu quarto e só no do Justin.  Sento na cama fazendo um coque no meu cabelo vendo o quanto minha cabeça estava latejando, céus está doendo demais.

- Bom dia, vejo que alguém está com muita dor de cabeça pela sua cara – escuto voz do Justin entrar no quarto

- bastante! – falo

percebo que ele está com um copo de água e remédio na mão, ele me entrega, engulo o remédio fazendo careta ele ri guardando o resto da água e senta na ponta da cama.

- Está se sentindo bem? Tirando a dor de cabeça é claro – ele ri

- É, acho que sim! – olho em volta do quarto e vejo nossas roupas espalhadas pelo chão, ou agora que percebi que estou com a camisa dele

- Que foi? – perguntou

- Nos.. se sabe

- Se nos transamos? Não, não – disse ele

- Há, que bom, pois não me lembro de quase nada. – falo rindo

- Como assim? – perguntou

- Ué, não lembro de muita coisa, se de você indo lá no Bordel, a gente brincando e só.

- Só disso? Não lembra de mais nada? – perguntou surpreso

- Não! Só realmente lembro disso que eu te falei, há lembro de eu correndo atrás de você, mas depois eu não lembro de nada. O que aconteceu? – pergunto a ele

- Nada demais! – ele levanta da cama irritado

Ele está bravo? Pois ele parece realmente bem bravo por eu não lembrar do resto das coisas. O que aconteceu demais?

- O que você tem? – perguntei

- O que eu tenho? Nada não Caissy, não é nada, eu sou um castelo de gelo mesmo – deu de ombro

- Do que você está falando? Qual é o seu problema? – pergunto começando a ficar irritada fazendo minha cabeça doer mais

- O meu problema Caissy? O meu problema é você NÃO lembrar do que aconteceu ontem. Pior, não lembrar do que eu te disse ontem.

- Porra para de complicar e me conta o que eu tenho tanto que lembrar. – falo

- Esquece, não vale a pena eu tenho que ir trabalhar! – ele suspira

- Justin, fala o que eu tenho que lembrar, falar porra. Por que não vale a pena? Por quê?

- Porque se fosse importante pra você, você se lembraria.

- há, por favor Justin, eu estava bêbada, você já percebeu isso. Menos drama! – ele me olha feio quando falo isso

- Vai se foder Caissy! – ele bufa passando a mão no cabelo

- Nossa! – ri ironicamente

- Do que é importante você não lembra, não lembra porra! – ele diz

- É diferente beleza?  Ok, desculpa, desculpa não lembrar das coisas que você quer, desculpa Justin.

- Não, eu não desculpo. 

- Não desculpa? Eu sempre desculpei você todas as vezes que pediu desculpa. Quer saber, que bom que a gente não transou, assim você não precisa me pagar e eu vou pra casa tranquila – falo levantado na cama

- aaarh, que sabe? Que se foda, que se foda o tudo, o que eu disse, o que você pensa de mim, o qu você sente, que se fodaaaa! – ele diz

- Há, como eu odeio você! – falo

- Você disse isso no caminho pra cá milhões de vezes! – ele diz

- Ótimo!

batem na porta do quarto, Justin abre e vejo a Jenny, quando ela percebe a minha presença sorrir.

- Caissy, ai meu Deus é bom te vê .. com a camisa do Justin – Jenny riu

- Oi gatinha, bom te vê também! – sorri

- Jenny, você não tem que ir pra escola? – perguntou Justin

- Eu só vim dizer tchau irritadinho, tchau pra você também Caissy.

- Tchau gatinha! –falo

Justin da um beijo na testa dela e ela saia, Justin fecha a porta e se olha no espelho arrumando o cabelo.

- tenho que ir, se arruma que vou te deixar em casa! – disse ele

- Eu vou ligar pra Lucy vim me buscar! – falo de braços cruzados.

- Para entendeu? Vamos embora que não quero chegar atrasado.

- Justin eu não vou com você, eu não quero ter contato nem um com você. Acabou já disse!

- Você fala como se eu fosse seu ex namorado e olha que não foi isso que você falou ontem a noite- ele diz

- Porra, fala logo o que aconteceu ontem a noite, o que tem de tão importante pra eu lembrar. O que você falou pra mim?

- Se fosse importante pra você, lembraria, já disse! – diz ele

- Como você é chato, maluco, bipolar, caralho! – reclamo

- Você me deixa maluco, você. Pois se você fizesse um mínimo de esforço pra lembrar o que eu te falei, o que aconteceu entre a gente eu não estaria tão irritado, tão maluco. - ele diz

- Eu não quero me lembrar de nada então, se quiser fala e quiser não fala.  Que se foda também. Não quero lembrar de nada que tem a ver com você, quero te esquecer – altero minha voz

agora que eu percebo o quanto o Justin está perto de mim, consigo vê claramente a cor do seus olhos, que são cor de mel que me encaravam profundamente procurando alguma resposta em mim. Mas porra, o que será que ele falou que eu preciso realmente lembrar? O que é tão importante? O que aconteceu entre a gente?

Céus, por quê ele não fala de uma vez? Caralho!

- Ninguém deseja esquece mais ontem a noite do que eu. Ainda mais sobre o que eu disse pra você. Mas não precisa se preocupar, eu sou um castelo de gelo – ele se afasta

- Por quê fica dizendo isso? – pergunto

- Vamos esquecer tudo ok? – ele me encara

- ótimo Bieber, assim não teremos mais problema! – falo

- Ótimo! –ele diz abrindo a porta do quarto e sai batendo com força

O que será que aconteceu entre nos dois? O que ele falou? O que eu falei? Céus, por que não lembro de nada que importa? Que droga, talvez a Lucy posso me ajudar a lembrar dessa merda toda.

Preciso ir pra casa e pensar em algum modo de derreter o castelo de gelo do Justin, já que ele diz que é um.