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História Believe In The Shield (HIATUS - Em revisão) - Marriage


Escrita por: iam_stark

Notas do Autor


Hey everyone!

Nem demorei dessa vez! Não tanto quanto a última vez, pelo menos…

O capítulo ficou gigante! Peço desculpas por isso! Espero que gostem!
Leiam as notas finais!


(Capítulo revisado em março/2022)

Boa leitura!
Bring It!

Capítulo 26 - Marriage


Fanfic / Fanfiction Believe In The Shield (HIATUS - Em revisão) - Marriage

Lize Rollins:

Após inúmeras cadeiradas brutais e um Spear deferidos em Triple H, Roman finalmente pareceu se dar por satisfeito e voltou para os bastidores. Um caos se instalou após o fim das gravações, com Stephanie xingando aos quatro cantos, enquanto alguns paramédicos ajudavam Hunter e o público ainda aclamava Roman pela atitude.

Comecei a andar rapidamente pelos corredores, a fim de ir ao encontro de Roman, antes que o expulsassem da arena. Não demorou muito e eu o vi caminhando em minha direção, com o colete que vestia no ringue em uma das mãos.

– Roman, o que você fez? – falei preocupada, embora estivesse orgulhosa de sua atitude, sem contar a cara de raiva da Stephanie. Aquilo havia sido impagável.

– Uma coisa que eu devia ter feito há muito tempo. – falou ofegante e passou as mãos pelos cabelos, dando uma risada de satisfação em seguida. 

– Eu entendo, mas… Sabe que eles não vão deixar isso barato.

– Eu não ligo para isso agora, Liz. Fiz o que devia ser feito. – ele disse seguro e eu apenas assenti, antes de abraçá-lo. Ele passou seus braços ao meu redor e eu me manteve ali por longos segundos.

– É melhor a gente ir embora. – falei baixinho e ele concordou. Nos separamos e caminhamos de mãos dadas em direção aos vestiários. 

 

◇◇◇

– Liz, acorda! Eu preciso de você! – acordei no dia seguinte, com Alice literalmente em cima de mim. Que horas eram para ela já estar me enchendo o saco? – Elize!

– Ahn, o que você quer? – resmunguei me virando na cama, quase a derrubando no processo. 

– Hey, cuidado! – ela desceu da cama e me encarou com cara de poucos amigos. – Esqueceu do aniversário da Jojo? E pare de ser preguiçosa, já são onze e meia da manhã!

– Tudo bem, eu já estou indo! – me sentei na cama, passando as mãos pelos cabelos que estavam bagunçados. – Você não devia ter chegado às dez? 

– Bom… sim. Mas eu queria comemorar com Dean por ele ter ganhado o Intercontinental Championship ontem. Então me atrasei. – ela falou rindo, com um tom de malícia na voz, e eu balancei a cabeça. Aqueles dois não tinham jeito.

Alice saiu do quarto e eu me levantei para tomar um banho rápido e fazer minha higiene matinal. Ao sair do banheiro, vesti roupas leves e calcei tênis, já que teria muita coisa para fazer naquela tarde. Deixei meus cabelos soltos e quando fui até a cozinha, Alice estava sentada à mesa ouvindo música no celular. 

Tomei café rapidamente e, em poucos minutos, estávamos saindo em direção a casa de Galina. O caminho foi bem rápido e, quando chegamos, Jojo veio correndo na nossa direção. 

– Tia, Lize! – correu para o meu colo. 

– Oi, meu amor! Feliz aniversário! – a abracei com força e ela sorriu, animada. 

– Obrigada! – a soltei e minha irmã se aproximou. 

– Parabéns, Jojo! – a abraçou também. – Está ficando mais velha hoje. Logo você vai passar de mim. – Alice brincou. 

– Olha, eu tenho certeza de que isso não é possível! – ela rebateu em um tom divertido, fazendo minha irmã rir. Logo em seguida, ela voltou para perto de seus amiguinhos. 

Não havíamos feito uma coisa muito grande, afinal, era segunda-feira. Apenas tínhamos alugado um pula-pula e uma piscina de bolinhas. Fizemos todos os preparativos dos enfeites no sábado e Alice e Galina cuidaram do resto, depois que viajamos para o TLC.

Alguns dos amigos de Joelle estavam ali – no máximo vinte crianças. De adultos, estavam presentes apenas eu, Alice, Dean, Roman, Galina e seu namorado, Steve.

O tema que Galina, Alice e eu preparamos, havia sido do Homem-Aranha. Aparentemente, a Jojo era muito fã do herói.

Com toda a preparação para a festa, qualquer estranheza que eu pudesse imaginar que haveria entre Galina e eu, pelo meu recente relacionamento com Roman, havia desaparecido. Acabamos conversando sobre isso no final de semana e ela havia me dito que estava tudo bem quanto ao nosso namoro, e que estava feliz por nós. 

Aparentemente, era só paranoia minha mesmo.

As crianças brincaram a tarde toda. Após o bolo, minha irmã começou a fazer pintura facial no rosto dos pequenos convidados. A festa foi divertida e assim pude conhecer o Steve melhor. Ele realmente era um cara legal. 

Ao fim da tarde, os pais vieram buscar seus filhos. Jojo foi para a casa de sua melhor amiga para uma festinha do pijama e nós ficamos arrumando toda a bagunça deixada para trás. 

Quando o relógio virou para quatro horas da tarde, Roman, Dean e eu, tivemos que pegar a estrada e dirigir até Connecticut, para o Monday Night Raw

Eu sentia que aquela noite ia ser um grande problema. 

 

◇◇◇

Alice Lopez:

Depois que Roman, Lize e Dean saíram para filmar o show de hoje, ficamos apenas Steve, Galina e eu terminando de limpar a pouca bagunça restante. 

Steve lavava a louça suja, enquanto eu as secava e Galina terminava de juntar o lixo. Juntei uma pilha de pratos e os guardei no armário, quando Galina se sentou à mesa.

– Eu tô morta! Por hoje chega. Terminamos o resto amanhã. Obrigada por ficar e ajudar, Alice. 

– Não se preocupe. Foi um prazer fazer isso pela Jojo. – respondi, pendurando o pano de pratos em um pequeno gancho ao lado da pia.

– Ai, ela tá crescendo tão rápido! Hoje ela faz oito anos e amanhã ela sai de casa para a faculdade. – disse de forma dramática e Steve e eu rimos. 

– Tenho certeza que você está se precipitando um pouco, querida. – Steve disse, passando as mãos pelos ombros da namorada. – Eu vou subir e tomar um banho, depois desço aqui para preparar o jantar pra gente. – se inclinou e a beijou na bochecha, antes de subir as escadas. Olhei para Galina que estava com um sorriso bobo nos lábios. 

– Foi bom conhecer o Steve melhor hoje. Vocês formam um belo casal.

– Eu estou feliz com ele. Estamos juntos há quase um ano, a Jojo adora ele e ele se dá bem com o Roman. Acho que tirei a sorte grande de conhecê-lo.

– Sei bem como se sente. – dessa vez eu que dei um sorriso bobo ao me lembrar de Dean. 

– Tá ansiosa com o casamento? – me perguntou animada.

– Claro! É uma ansiedade boa. Do tipo "não vejo a hora". – respondi na hora, apesar de que ainda havia uma coisa que me incomodava sobre o casamento. – O que me lembra que o casamento está realmente perto e que eu tenho coisas para fazer ainda hoje. – completei ao olhar as horas no celular e apanhei minha bolsa sobre a bancada.

– Espera! Janta com a gente. Você já ficou até agora para ajudar.

– Eu vou ter que recusar. Eu realmente tenho que fazer algumas coisas hoje e eu ainda não estou com fome. Aquele bolo estava realmente bom, comi dois pedaços. – ela riu.

– São coisas da mudança? 

– Sim. São só roupas, basicamente. A maioria das coisas, eu acabei comprando pela internet. O Dean ficou insistindo que eu deixasse a casa dele, mais como nossa casa, então eu passei o final de semana fazendo isso.

– Conseguiu deixar a casa mais com a sua cara?

– É, eu acho que sim. Sabe, com exceção da casa em que eu cresci, eu nunca fiquei muito tempo em algum lugar que eu pudesse deixar com a minha cara.

– Pode fazer isso agora. Mas não precisa ser de uma vez. É tudo questão de adaptação. Primeiro você tem que se sentir em casa.

– Tô trabalhando nisso. – concordei com um largo sorriso. – Agora eu realmente preciso ir.

– Tudo bem. Te acompanho até a porta. – a segui até a sala e ela abriu a porta da frente. – Muito obrigada pela ajuda hoje, Alice! 

– Não precisa agradecer. – falei, antes de abraçá-la. – Avisa ao Steve que eu não pude esperar para me despedir. Eu vejo vocês no sábado. Vou ser a garota de branco no altar.

– Pode deixar. Até lá! – ela se despediu e eu segui para o meu carro.

Dirigi até o apartamento da Lize. Precisava terminar de empacotar as roupas, sapatos e outros itens pessoais para levar para minha nova casa. Enquanto o elevador subia até o décimo primeiro andar, respondi às mensagens de Jeff, que me perguntava algumas coisas sobre o casamento. Ele seria meu padrinho e meu fotógrafo naquele final de semana. Avisei que estava no apartamento da Lize para empacotar algumas coisas e que ligava para ele mais tarde.

Assim que cheguei no apartamento, fui direto para o meu quarto. Deixei a bolsa de lado e coloquei a maior mala que eu havia separado sobre a cama e comecei a dobrar roupas, para guardá-las da forma mais organizada que pude.

Quando terminei de encher a segunda mala, alguém começou a bater na porta da frente. Saí do quarto em direção à sala, para atender. Quando abri a porta, dei de cara com Jeff.

– Tá fazendo o que aqui? – perguntei, confusa.

– Pra que essa grosseria? – disse sentido, levando a mão ao peito.

– Deixa de drama. Entendeu o que eu quis dizer. – dei espaço para ele entrar e depois fechei a porta.

– Tá legal. Estou aqui porque te conheço o suficiente para saber que estava me evitando. Tá chateada com alguma coisa.

– Percebeu isso por mensagem? – perguntei indignada. O que eu tinha falado demais?

– Eu disse: Te conheço muito bem. Não foi por algo que escreveu, mas sim como escreveu. Estava tentando se livrar de mim.

– Talvez porque eu queria ficar sozinha. – cruzei os braços.

– Ou talvez esteja tentando evitar o assunto. – ele rebateu e eu percebi que seria inútil discutir. Apenas passei por ele e voltei ao meu quarto, deixando a porta aberta para que ele entrasse também. Fechei a segunda mala e comecei a separar os calçados. Jeff entrou no quarto e se sentou na beirada da cama, apenas me observando. 

– Não vai falar nada? – perguntei, enquanto contava os pares de sapatos.

– Acho que devia colocar isso em uma caixa. – ele apontou para as caixas de papelão desmontadas na parede oposta à cama. Suspirei e me levantei para pegar uma caixa e ele se aproximou para me ajudar na montagem. – O que foi, baixinha? É o casamento? 

– Mais ou menos, Jeff. 

– Está tendo dúvidas?

– Claro que não! Se eu tivesse dúvidas, não esperaria para dar pra trás tão em cima da hora. – respondi e terminamos de montar a caixa. Comecei a colocar os calçados dentro.

– Então o que é?

– Colby. – falei, depois de um longo suspiro. Parei o que estava fazendo e me sentei na cama. Jeff se sentou ao meu lado. – Achei que poderia fazer isso sem ele, mas parece tão… Incompleto sem ele. 

– Vocês não se falaram mais desde aquele dia?

– Poucas vezes. Mas ele fingiu que nada estava acontecendo. E já faz uns cinco dias que não nos falamos. Eu realmente achei que ele fosse mudar de ideia. Ou que eu não iria me importar tanto. 

– É claro que você iria se importar. Você ama ele, apesar de tudo. 

– Isso é uma droga. Porque o Colby não pode ser menos babaca uma vez na vida? 

– Acho que isso deve ser impossível pra ele. – Jeff respondeu com graça, me fazendo rir.

– Obrigada por ter vindo. É bom saber que você se importa como se eu fosse sua irmã de verdade. 

– Pra mim, você é mesmo. Uma irmãzinha mais nova, que eu nunca tive. – ele sorriu e me abraçou de lado. – Precisa de ajuda aqui?

– Ah, com certeza. – nos separamos e eu apontei para a estante que tinha no quarto. – Preciso colocar os livros em uma caixa. Pode fazer isso? 

– Claro. – ele começou a me ajudar a empacotar o resto das coisas e no final empilhamos as caixas e as malas em um canto, já que só iria levá-los para a casa no dia seguinte, e decidimos ir para a sala assistir ao Raw.

 

◇◇◇

Monday Night Raw 

Autora:

Não foi novidade para ninguém presente na arena, quando o Raw começou com Welcome To The Queendom. Stephanie McMahon desceu a rampa em seus saltos, desfilando toda a sua arrogância até o ringue. Pegou o microfone que estava nos degraus de aço e passou pelas cordas.

Ela aguardou por alguns segundos que a música parasse de tocar, apenas para ser recepcionada por cânticos de “Obrigado, Roman!” do público presente. 

– Ontem à noite, houve um desrespeito com a minha família! Com meu marido e com os nossos filhos! Mas Roman Reigns, você não atacou apenas o meu marido. Você atacou o CEO da WWE. O seu chefe! Então não me deixou outra escolha.

Fez uma pausa dramática, mas antes que dissesse algo, The Truth Reigns tocou, interrompendo-a. Roman desceu a rampa calmamente, cumprimentando os fãs, embora seu olhar demonstrasse certa raiva. O público aumentou os cânticos de "Obrigado, Roman!".

– Eu sou pai também. – Roman disse assim que entrou no ringue – E hoje é aniversário da minha garotinha. – virou-se brevemente para a câmera. – Eu te amo, Jojo. Feliz aniversário. Logo estarei em casa. 

Embora Stephanie estivesse possessa, aguardou pacientemente que Roman continuasse. Logo ele se voltou para ela.

– Eu não me arrependo de ter chutado o traseiro do seu marido. – disse com descaso. – Prefiro ir para casa logo. Não quero ter que ficar ouvindo seu discurso ridículo. – disse o samoano, fazendo Stephanie comprimir os lábios. Fúria saía de seus olhos.

– Como tem coragem de vir aqui? Hoje é o aniversário da sua filha? Se imagina olhando nos olhos da sua garotinha, contando o que está acontecendo aqui? Acha que ela iria ficar feliz? – Roman suspirou com raiva por Stephanie estar usando Jojo para atingi-lo. Mas se manteve quieto. – Você sabe o que eu quero que você faça. Então diga, eu estou esperando!

– Se você quer que eu diga que estou arrependido, isso não vai acontecer, então, por que não me demite logo? Me demita, por favor! – pediu impaciente. 

– Roman, você é um covarde. E essas pessoas ficam dizendo "obrigado, Roman", mas obrigado pelo o quê? Por você ter perdido o cinturão ontem? Essas pessoas não sabem de nada! Mas sabe o que você realmente é? Você é um perdedor! Um perdedor desgraçado!

– Eu sou um desgraçado? – indagou incrédulo. 

– Sim, você é!

– Eu sou um desgraçado? Não, não, Steph. Você é uma desgraçada! – despejou em sua cara, fazendo o público aplaudir em concordância e de forma empolgada. – O seu marido é um desgraçado! Não, não... Toda a sua família é uma desgraça! – novamente a reação do público foi de apoio a Roman. 

Já Stephanie, estava no limite de sua irritação. O que veio a seguir, foi a mão da McMahon de encontro ao rosto de Roman.

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete tapas seguidos. 

– E mais uma coisa! – deu-lhe o oitavo tapa, deixando vermelho o lado esquerdo do rosto do samoano. – Quer saber, Roman? Você não está demitido. Meu marido ainda tem coisas a resolver com você. Mas você não tem que se resolver só comigo e sim com o meu pai, dono dessa companhia! Vincent Kennedy McMahon! – após dizer isso, se retirou do ringue, ainda transbordando de raiva. 

***

Lize e Dean assistiam ao programa através dos televisores de um dos corredores. Eles não estavam tão distantes do corredor de acesso ao ringue, como costumavam ficar. Queriam ficar o mais perto possível, no caso de Roman precisar deles. 

Quando ouviu o nome do dono da WWE, Lize soube que as coisas estavam prestes a ficar muito feias. 

– Mas que merda... Isso não pode ser boa coisa. – resmungou e Dean começou a rir. – Do que está rindo?

– Roman. Depois vocês falam que eu sou o único doido aqui! – respondeu em meios às risadas. Lize revirou os olhos, mas sorriu de lado. Era impressionante para ela como Dean estava quase sempre de bom humor.

Seu sorriso se desmanchou quando Stephanie praticamente brotou ao seu lado.

– Que bom que estava vendo isso! – Stephanie falou, já impondo superioridade. – É bom que saiba das consequências das atitudes do seu namoradinho. Ele vai aprender que não deve enfrentar a Authority novamente!

– Só porque você chamou o seu pai? Escuta aqui, Stephanie... – Lize começou, tentando disfarçar sua preocupação, mas Stephanie a interrompeu.

– Não, não, Lize! Eu não tenho que escutar nada! É melhor não testar minha paciência hoje, se não você vai pelo mesmo caminho que o Reigns! – disse e ao sair trombou, propositalmente, no ombro de Lize. 

– Ah, filha de uma... – resmungou com raiva, já caminhando atrás de Stephanie, porém Dean a segurou pelo pulso. 

– Hey, hey, hey! – a puxou de volta para o lugar. – Acho que hoje não é um bom dia para você criar mais confusão com ela.

– Você fala como se ela já não me odiasse e a Authority já não me visse como uma pedra no sapato.

– Eu sei que a Stephanie já te odeia, mas o Vince está vindo pra cá. Acha que ele vai gostar de saber que você atacou a filha dele justo hoje? – Lize pensou por um segundo e suspirou por fim, se acalmando.

– Tudo bem, você está certo. – ela concordou e Dean a encarou com uma careta estranha, antes de se aproximar um pouco da amiga.

– Você disse que eu estou certo? Poderia repetir? Gostaria de gravar e colocar como toque do meu celular. 

– Retiro o que eu disse! – Lize respondeu, rindo e Dean se afastou com um sorriso divertido. – A minha luta é a próxima. Preciso usar o banheiro antes. Te vejo depois.

– Vai lá. Boa sorte. – Dean falou e ela acenou em agradecimento.

Baron Corbin e Kevin Owens já estavam quase finalizando sua luta. Lize foi até o vestiário, usou o banheiro e tirou a jaqueta que estava usando. Após arrumar suas roupas de luta, voltou para os corredores e caminhou até o acesso ao ringue. 

Após a vitória do Owens e alguns minutos de comerciais e propagandas, a transmissão voltou ao ar e sua oponente da noite, Eva Marie, foi a primeira a entrar no ringue.

Dot Your Eyes tocou logo depois e Lize entrou no ringue, sendo bem recebida pelo público presente. Encarando a ruiva, esperou que o juiz autorizasse o início da luta. 

Quando o gongo soou, Lize partiu para cima de Eva e a empurrou para um dos corners. Aplicou uma sequência de Clothesline, seguido por um Suplex e tentou a contagem. 

– Um…! – o juiz iniciou a contagem, mas Eva descolou o ombro rapidamente.

Lize não perdeu tempo e prendeu sua adversária com uma chave em volta de seu pescoço, porém não demorou muito para que a mesma conseguisse se soltar. Ao se levantarem, Eva empurrou Lize para trás e quando iriam voltar a se atacar, No Chance In Hell começou a tocar e Vince McMahon entrou, seguindo em direção ao ringue. 

– Essa luta acabou! Eva, por favor, nos dê licença! – o Senhor McMahon disse no microfone, ao entrar no ringue. 

A ruiva assentiu e sorriu debochada para Lize, antes de sair correndo quando a morena ameaçou partir para cima, mas se deteve nas cordas, ao se lembrar da presença de seu chefe. 

– Pode ficar tranquila, que meu assunto não é com você. – Vince retomou a palavra, chamando a atenção de Lize. – E sim com o seu namorado, mas faço questão que esteja aqui para ver isso. Então, Roman Reigns, venha aqui! Agora!

The Truth Reigns tocou outra vez. Roman entrou pela rampa e seguiu em direção ao ringue. Ao passar pelas cordas, se aproximou da namorada. 

– Lize, volte para os bastidores. – murmurou baixinho para a morena, que negou com a cabeça. 

– Não, eu vou ficar aqui para você não fazer nenhuma besteira. 

– Lize, por favor, saia do ringue. – pediu outra vez e ela o encarou. Lize suspirou e saiu do ringue, mas não saiu do local. Ficou do lado de fora, próxima à mesa dos comentaristas. 

– Vou ser direto. Roman Reigns, aqui, na frente de toda a Connecticut, peça desculpas. – Vince tomou a palavra e o público começou com cânticos de "No! No! No!". Roman negou com a cabeça. – Eu não quero saber o que eles pensam ou o que eles querem, peça desculpas... Melhor, fique de joelhos e peça perdão! – o samoano negou outra vez. – Essa é a última vez que eu falo: peça desculpas ou eu farei você pedir! 

E então Roman começou a rir, debochado. Lize começou a ficar tensa, quando Vince ficou vermelho de raiva.

– Você acha isso engraçado? Acha que eu não posso fazer isso aqui e agora? – Vince perguntou e então deixou o microfone de lado. Começou a tirar o paletó e afrouxar a gravata. 

"Pronto. Era só o que faltava! Vince McMahon inventar de puxar briga com Roman!", Lize pensou. 

As pessoas nas arquibancadas pareciam empolgadas para ver o velho dono da WWE sair no soco com um cara do tamanho do Roman. Lize também estaria curiosa para saber como seria aquilo, se não soubesse como a família McMahon era traiçoeira e que Roman poderia se dar muito mal por causa daquilo.

Antes que todos pudessem descobrir como aquilo seria, a música Hellfire tocou, interrompendo toda a confusão.

– Não, não, não, não! – Sheamus caminhou até ficar embaixo do enorme telão no início da rampa. – Senhor McMahon, por favor! Desculpe interrompê-lo, mas o senhor não precisa obrigá-lo a pedir desculpas. Eu mesmo quero obrigá-lo a fazer isso! – ofereceu, fazendo o público vaiar fortemente. – Por favor, me deixe desafiá-lo essa noite! Melhor, pode ser uma luta valendo o WWE World Heavyweight Championship! – ele bateu no cinturão, que estava em sua cintura. Dessa vez, os cânticos do público foram de "Yes! Yes! Yes!".

– O que vocês acham de uma luta pelo título principal essa noite? – Vince perguntou para as pessoas nas arquibancadas, onde os cânticos positivos continuaram. – Impressionante como vocês sempre caem nessa... – falou em tom de deboche e depois se virou para o samoano. – No chance in hell! – as pessoas vaiaram por um momento e Lize percebeu como aquilo tudo parecia um circo armado. Sem paciência, Roman tomou o microfone das mãos de Vince. 

– Por que não, velhote? Você prefere tentar me enfrentar? Você tem sessenta e sete anos, o tempo está apenas passando por você! – alfinetou e lhe devolveu o microfone de maneira brusca. 

– Você é um filho da puta! – Vince rebateu, com uma raiva ainda maior. Sheamus e Lize apenas esperavam pela última palavra do McMahon, essa última de maneira apreensiva. – Você conseguiu a sua luta! Mas com uma condição: se você não ganhar o WWE World Heavyweight Championship essa noite, VOCÊ SERÁ DEMITIDO! – anunciou, fazendo múltiplas reações serem despertadas. Roman pareceu satisfeito, para quem estava esperando uma demissão direta; Sheamus não parecia nem um pouco preocupado em lutar naquela noite; Vince parecia mais do que satisfeito em saber que Roman estava na palma da sua mão; E Lize estava quase tendo uma crise nervosa.

Vince estendeu a mão direita para um cumprimento formal, porém sua intenção foi apenas distração para que acertasse um golpe nas "partes baixas" de Roman. 

Esse último, por sua vez, pôs-se de joelhos, diante da dor excruciante que estava sentindo entre as pernas. 

O McMahon saiu do ringue rindo e Lize entrou correndo no ringue preocupada com o namorado. 

Enquanto isso, Sheamus quase rolava no chão de tanto rir. 

 

◇◇◇

Lize Rollins:

Poderia até ser exagero, mas eu tinha quase certeza que eu estava a ponto de ter algum ataque cardíaco. 

Roman continuava lutando com Sheamus, mesmo que a hora do término do Raw já tivesse sido ultrapassada. Eu ainda assistia a luta, embora estivesse quase perdendo as esperanças de que Roman conseguiria ganhar aquele título e salvar sua carreira. 

Ele estava caído do lado de fora do ringue. Seu rosto estava cheio de sangue, por um corte na cabeça e, mesmo assim, estava sendo atacado sem nenhuma piedade por Rusev, enquanto Vince distraía o juiz do lado oposto do ringue. 

Vince McMahon e a League Of Nations estavam conspirando para ajudar Sheamus a manter o cinturão. E, infelizmente, Jimmy, Jey, Dean e até mesmo eu não podíamos fazer nada para ajudar, visto que pouco antes do início da luta, Stephanie fez questão de vir até nós para dizer que se tentássemos ajudar Roman durante a luta, ele seria imediatamente demitido, assim como nós quatro. Confesso que a vontade de arrancar a cabeça de Stephanie foi enorme e agora estava voltando com força total.

Após ser jogado de volta para o ringue, Roman lutou para se colocar de pé e, ao conseguir, aplicou um Superman Punch em Rusev e em seguida, em Sheamus. Na sequência, Vince começou a tentar entrar no ringue e Roman lhe aplicou o mesmo golpe, me fazendo cair na risada e os rapazes comemoraram.

Não tivemos muito tempo para comemorar: Sheamus, de algum jeito, conseguiu se levantar rapidamente e aplicar um Brogue Kick em Roman. Meu namorado caiu com tudo no chão e eu senti que tudo estava perdido. Com um aperto no coração, vi Sheamus fazer o juiz iniciar uma contagem.

– Um, dois, tr… – e antes que o juiz conseguisse bater a palma da mão na lona uma terceira vez, Roman conseguiu tirar o ombro direito da lona, interrompendo a contagem. 

O irlandês o olhou desacreditado e com raiva. Respirou fundo, se levantou e se preparou para um segundo Brogue Kick. Quando Roman se levantou, Sheamus começou a ir em sua direção, mas no último segundo o samoano aplicou um potente e incrível Spear

– Um, dois, três! – o juiz decretou o fim da luta. 

Naquele momento, eu gritei de felicidade igual uma maluca em frente a televisão. Dean e os gêmeos comemoraram também e estávamos parecendo quatro loucos gritando e se abraçando de felicidade. Decidimos invadir o ringue para comemorar com Roman e corremos para à stage.

Quando entrei no ringue, pulei em seus braços e o beijei com muito carinho, enquanto Lilian Garcia anunciava Roman como o novo WWE World Heavyweight Champion. 

 

◇◇◇

Roman Reigns:

– Alice, anda logo! – Lize chamou a irmã pela quinta vez. 

– Lize, eu juro que ainda soco a sua cara essa semana. – ela respondeu irritada e eu comecei a rir. 

Essas duas estavam discutindo a semana inteira. Isso somente porque Lize estava cuidando do casamento da irmã, que estava profundamente irritada por ser obrigada a seguir os costumes e tradições de casamento. 

– Qual o problema de uma simples despedida de solteiro? – e esse era o problema de hoje.

Nem Alice e nem Dean estavam a fim de uma despedida de solteiro, mas Lize insistia em levar a irmã para seu apartamento – para fazer não sei o quê com as outras garotas – e me pediu para levar meu brother, com nossos amigos, em um um bar que nem eu sei onde fica. 

– O problema não é só a despedida de solteiro. Mas tudo no geral! “O noivo não pode ver o vestido da noiva”, “os noivos não podem se ver no dia do casamento, até à hora do mesmo”, “é preciso usar o véu e jogar o buquê”... Você está me deixando louca! – falou num fôlego só.

– São apenas as tradições…

– Se você falar dessas malditas tradições mais uma vez, eu juro que vou…! 

– Já chega, vocês duas! – intervi antes que as duas começassem uma briga corporal ali, já que Dean apenas ficava sentado em seu sofá, rindo de toda a situação. 

– Olha, eu sei que eu exagerei um pouco esses dias... – Lize começou, mas foi interrompida por um resmungo de “Um pouco?” vindo de Dean, que recebeu um olhar de fuzilamento. – Certo, exagerei demais! É porque eu fiquei muito empolgada! E agora não dá mais para cancelar, então vamos logo! – pediu antes de seguir para a porta. Alice revirou os olhos.

– Eu sei que você se esforçou para fazer tudo em pouco tempo e por isso eu vou. Mas você precisa ir com calma, tá legal? Tá me deixando maluca!

– Eu prometo! Agora vamos, estamos mais do que atrasadas! – Lize falou rapidamente, estalando os dedos e Alice respirou fundo.

– Haja paciência… – reclamou baixinho e despediu-se de Dean, antes de vir até mim. – Se você deixar ele bêbado e ele ficar de ressaca amanhã, eu juro que castro vocês dois! – falou para somente eu ouvir, mas tenho certeza de que Dean ouviu também. – De olho nele! – apontou antes de sair atrás da Lize. 

– Vamos também? – perguntei, me levantando e caminhando à porta. 

– Eu não tenho nada melhor para fazer mesmo... – deu de ombros e levantou-se do sofá, me seguindo. Ele trancou a porta da casa e seguimos para o meu carro. Coloquei o endereço do local indicado por Lize no Waze e fui dirigindo por um percurso de quase vinte minutos. 

O local era mesmo um bar. O lugar não estava muito cheio, mas era bastante movimentada. Ao chegarmos à mesa reservada, encontramos com Cesaro, Jimmy, Jey, Bryan, Jeff e Steve. O resto da noite se resumiu a conversas e bebidas, e alguns jogos com o meu brother, que em algumas horas seria um homem casado.

 

◇◇◇

Chácara Connecticut - Casamento de Dean e Alice 

Sábado, 19 de Dezembro 2015, 15h45 pm.

Alice Lopez:

O mês de dezembro parecia estar passando rápido demais. Aquela semana realmente tinha voado por mim. No domingo passado, Dean havia ganhado o Intercontinental Championship e eu não pude assistir à luta, por estar trabalhando como fotógrafa no dia. Na noite seguinte, Roman ganhou o WWE World Heavyweight Championship. Pelo menos eu já havia chegado do trabalho na hora daquela luta e não perdi o maravilhoso Superman Punch que ele acertou no Vince McMahon. Aquilo foi realmente hilário. 

O resto dos dias daquela semana, apenas tive que aturar Lize no meu pé, querendo fazer tudo do casamento do jeito mais tradicional possível. Nada contra quem gosta de seguir esses costumes, mas nada daquilo fazia meu estilo, então, para mim, era tudo muito desnecessário. 

Desde o começo decidi deixá-la fazer as coisas do seu jeito para que eu pudesse me preocupar com a mudança e com o meu trabalho, mas eu já estava muito arrependida àquela altura. 

– Lize, eu já falei milhões de vezes, eu não quero usar isso na cabeça! – reclamei mais uma vez, enquanto ela prendia o maldito véu na minha cabeça. 

Aquilo estava apertando o penteado feito por minha irmã – onde o cabelo estava todo preso e apenas algumas mechas estavam livres. Do jeito que aquilo era apertado, eu tinha quase certeza de que alguns fios de cabelos serão arrancados ao retirá-lo. 

– Você está linda com ele, maninha. – revirou os olhos. 

– Ele é bonito, mas está me incomodando! – apontei indignada e ela riu! Quando eu dizia que ela estava merecendo um soco, eu que era a estressada…

– Você só tem que usar agora, durante a cerimônia. Na hora da festa, eu tiro ele de você. 

– Tá bom, vamos acabar logo com isso. – aceitei com um suspiro de resignação e me virei de frente para minha irmã. – Acho que eu já disse que estou querendo te matar essa semana umas cem vezes. – ela fez uma cara de “o que eu fiz agora?” e eu ri. – Mas muito obrigada. Não sei o que teria feito sem você. 

– Ah, você teria feito tudo errado! Não é fácil fazer um casamento em duas semanas, tá legal? – balancei a cabeça, sem acreditar na idiotice dela. 

– Você não sabe o que é modéstia! – apontei, rindo. 

– É claro que sei! Só não quero usar hoje. Eu realmente fiz milagre aqui. – gargalhei. Me levantei da cadeira e caminhei até a janela do quarto em que estava me arrumando. Me assustei com o que vi. 

– Meu Deus, por que tem repórteres lá fora?

– Cadê? – ela veio até meu lado. – Ah. Não se preocupe, eles não vão entrar. Devem ter ficado sabendo por causa das redes sociais. 

– Merda! Eu odeio ser alvo de atenção! – reclamei. 

– O que você queria? Está se casando com Dean Ambrose. – ela deu de ombros. – Agora saia daí. Não quero que ninguém te veja ainda – me puxou para longe da janela e fechou as cortinas brancas. – E eu quero te entregar um presente. 

– Outro? – perguntei surpresa. Ela já havia me dado o bolo do casamento, telas de pintura, os sapatos que eu estava usando agora e teria me dado o vestido também, se eu não a tivesse impedido.

– Nem foram tantos assim. – revirei os olhos. – Mas esse presente não é meu. Só estou entregando. 

– De quem é então?

– Da mamãe. – a olhei assustada. 

– Como é que é? – perguntei confusa. 

– Bom, um dia antes de... Você sabe. – abaixei o olhar. Sabia que ela estava falando de quando nossa mãe havia falecido.  – Quando ela estava internada, ela me deu isso aqui – Lize tirou uma caixinha preta de dentro de sua bolsa. – E me disse para usarmos nos dias de nossos casamentos. Mas parece que ela sabia que você iria se casar primeiro e por isso ela me entregou, para que lhe desse hoje. – abriu a tampa e lá havia um colar com um pingente de rosa branca banhado a ouro.

– Esse é o... – deixei a frase morrer sem querer.

– É. – ela concordou, sorrindo. 

Peguei o pingente com as pontas dos dedos, analisando o colar. Era o mesmo colar que nossa mãe havia usado no dia do seu casamento, quando já estava grávida de Colby. Ela havia passado a usar ele o tempo todo depois que nosso pai faleceu. 

– Deixe-me colocá-lo. – Lize me colocou de frente ao espelho e colocou o colar em meu pescoço. – Pronto. 

Ela parou, me olhando através do reflexo do espelho e eu olhei fixamente em seus olhos. Aqueles mesmos olhos verdes, como os da nossa mãe. Percebi que havia muito mais da mamãe em Lize, além de apenas os olhos.

Virei-me para Lize e, antes que ela tivesse a chance de falar mais alguma coisa, a puxei para um forte abraço. 

– Obrigada, você é incrível! – falei baixinho e ela correspondeu ao ato de carinho. – Sabe, não sei se faz parte da tradição maluca, mas se queria me fazer chorar, você conseguiu. – disse, já sentindo as lágrimas se acumularem. 

– Primeiro, não me agradeça. Eu faço de tudo por você. – se afastou do abraço, com um sorriso. – E segundo – continuou, assumindo um olhar sério. –, engole esse choro, porque se eu tiver que refazer essa maquiagem, eu soco a sua cara! – gargalhei alto.

– Você é um amor de pessoa! 

– Eu sei disso. – piscou para mim. – Bem, está quase na hora. – falou olhando o relógio. – Tem certeza que não quer que eu peça ao Jeff para entrar com você? – perguntou e eu suspirei pesadamente. 

– Eu amo Jeff com um irmão, mas você sabe que, por mais que eu queira às vezes, não posso substituir o Colby. – falei olhando em seus olhos. 

– Eu sei que não. Bem, eu vou organizar tudo lá fora. Você entra daqui a uns cinco minutos. – me abraçou, antes de sair andando pela porta como uma modelo. Seus cabelos estavam com cachos cuidadosamente definidos e ela usava um vestido vermelho sem mangas, que batia na altura das coxas, e sandálias de saltos prata.

Olhei-me no espelho outra vez, reparando cada detalhe. Meus cabelos estavam presos, mas com algumas mechas caindo ao longo do penteado. O véu – que ainda me incomodava muito – estava preso no topo. A maquiagem era a típica de casamentos, onde claro se misturava com sombra escura para realçar meus olhos, e usava um batom claro rosado, que não faria diferença nenhuma para mim, se meus lábios não vivessem ressecados, por conta dos medicamentos. 

O vestido, obviamente branco, tinha mangas curtas caindo sobre os ombros, com detalhes em renda. Era justo na região do busto e cintura, e a partir da saia era solto e comprido, com um pouco de volume. Achei que por minha altura eu iria ficar parecendo o bolo de casamento, mas minha irmã havia acertado outra vez. Estava tudo perfeito. Até mesmo os sapatos, que não eram visíveis a ninguém, mas eram mais do que lindos. 

Eu estava parecendo uma boneca, coisa que eu odiaria em qualquer outro dia. Mas hoje eu não ligava e fiquei até feliz por isso. Aquele dia seria perfeito, se não houvesse apenas uma coisa que estivesse me deixando mal. 

Alguma coisa não. Alguém

Colby não estava ali e fazia dias que não nos falávamos. Eu já havia passado semanas e até meses sem falar com ele por conta das nossas inúmeras brigas, mas dessa vez parecia muito diferente. Desde que eu havia chegado em Connecticut, estávamos mais próximos do que em muito tempo, apesar de tudo. Porém mesmo com todas as nossas diferenças, sempre achei que poderia contar com meu irmão em momentos importantes. 

Aparentemente, eu estava errada.

Minha mãe me contou uma vez, dias depois da minha briga com Colby por causa do Andrew, que meu pai era um cabeça dura e complicado. Ela dizia que Colby tinha nascido com a mesma vocação. Porém ela me disse também, que meu pai amadureceu com o tempo. Novas responsabilidades surgiram, como trabalho, faculdade, o início do relacionamento entre os dois e logo depois que descobriu que seriam pais. 

Meu irmão tinha muitas responsabilidades hoje, mas parecia que nunca iria mudar aquele jeito arrogante.

Resolvi deixar o Colby de lado. Afinal do que adiantava eu ficar me lamentando? Era o dia do meu casamento e eu não queria ficar pensando em coisas que pudessem me deixar mal e estragar o dia mais feliz da minha vida. 

Sentei-me em um sofá claro que havia ali no quarto, enquanto esperava o retorno de minha irmã. Fiquei olhando as redes sociais por longos minutos, alheia ao barulho dos convidados um andar abaixo. Eu não estava nervosa, mas estava um pouco ansiosa. Os dias passaram tão rápido, que eu mal tive tempo de prestar atenção nos meus sentimentos. E eu sentia tanta coisa, que sequer poderia explicar. Eu estava muito feliz. E feliz de verdade. 

Ouvi a porta do quarto ser aberta, de repente. Como ninguém havia batido antes, constatei que fosse a Lize.

– Já está na hora? – perguntei para ela, deixando o celular de lado e me levantei. Ao virar o olhar para frente, dei de cara com o reflexo de um homem alto, de terno escuro e cabelos molhados na altura dos ombros, onde metade de uma mecha loira ainda se destacava. Ele estava me olhando de volta, apoiado às muletas. – Colby? – indaguei de maneira estúpida, pois eu sabia que não estava vendo coisas, mesmo que nem eu pudesse acreditar. Desviei o olhar do espelho e finalmente me virei para ele.

– Estou atrasado? – andou até mim. Neguei com a cabeça, ainda sem encontrar as palavras. – Trouxe uma companheira. Espero que não se importe. 

– Não tem problema. – respondi, ainda desacreditada com sua presença.

– Ainda posso acompanhar a noiva? – sinceramente eu não sabia o que estava acontecendo. 

– Você quer…? – comecei, mas acabei mudando a pergunta. – Você mudou de ideia? Por que mudou de ideia?

– Não posso simplesmente ter pensado melhor? – bufei, revirando os olhos. 

– Fala sério, eu te conheço bem. 

– Tudo bem. – levantou as mãos brevemente as mãos, dando-se por vencido. – Eu só… Eu lembrei que o seu casamento era hoje e acordei me sentindo mal por não estar do seu lado. De qualquer forma, não queria dar o braço a torcer e aparecer aqui do nada, mas uma pessoa muito especial me fez ver que eu me arrependeria dessa decisão depois. Não importa se eu odeio o Ambrose. O importante é que você está feliz. 

– Foi exatamente o que eu te disse dias atrás! – apontei revoltada e ele abaixou o olhar, dando um breve sorriso de arrependimento. Um pedido silencioso de desculpas. 

– Eu sei. – aquelas duas palavras, quase me deixaram sem reação. 

– Quem é você e o que fez com o meu irmão? – perguntei em tom de brincadeira e ele olhou para mim novamente, com um sorriso mais descontraído. 

– Nem vem. Eu sou único, okay? – falou de maneira convencida e eu ri. – Você está linda. 

– Valeu. – eu estava sorrindo como uma boba, ainda sem acreditar que ele estava realmente ali.

– Olha, você sabe que eu ainda não estou muito confortável com isso, então não me peça para cumprimentar o noivo e nem... – ele parou de falar quando eu avancei sobre ele e o abracei fortemente. Não foi uma ideia muito boa, pois nos desequilibramos e quase fomos ao chão, mas ele conseguiu evitar a queda. – Hey, cuidado! – começamos a rir. 

– Alice, acho que... – Lize apareceu na porta, mas parou petrificada quando viu o Colby ali. – Você veio... – caminhou até nós e o abraçou também. Ao se separarem ela deu um soco em seu ombro. 

– Ai! Por que diabos fez isso? – questionou, indignado. 

– Por que não me atendeu quando eu te liguei inúmeras vezes?! – a olhei com um olhar acusatório. Eu havia lhe pedido para não entrar em contato com ele, mas parece que ela só me ignorou. 

– O que importa é que eu estou aqui, não é? – Colby apontou. 

– Tudo bem, depois conversamos sobre isso. – Lize se virou para mim. – Está na hora. – assenti. 

– Pegue isto. – meu irmão entregou uma das muletas para ela. Lize pegou e a colocou em um canto do quarto, e depois me entregou o buquê. 

– Os dois, lá embaixo, em um minuto! Só entrem depois que a Marcha Nupcial começar. A Alice sabe qual é a deixa, então só acompanha ela, tá legal? – ela esperou meu irmão concordar e então saiu andando rapidamente pela porta. 

– Vamos lá. – segurei em seu braço esquerdo, já que com o direito ele caminhava com uma muleta por conta da recente cirurgia. – Se parecer que vamos cair – apontou para o joelho com a cabeça. – é porque vamos. – comecei a rir. 

Descemos os poucos degraus devagar, já que eu estava com um vestido gigante e o Colby usava apenas uma perna. Ao chegarmos no andar de baixo, caminhamos para a parte externa. Alguns segundos depois, a Marcha Nupcial começou e os convidados presentes colocaram-se de pé. 

 

◇◇◇

Dean Ambrose:

O dia do casamento enfim tinha chegado. Eu odiava esperar e agora tinha que ficar esperando os vários convidados chegarem. Precisava cumprimentar um por um e nem podia ver Alice até a hora do casamento.

Malditas tradições que a Lize nos obrigou a seguir.

Percebi que o Rollins realmente não havia dado as caras. Eu não fazia questão de que ele estivesse presente, mas sabia como Alice precisava dele aqui. Se era importante para ela, era importante para mim. Por isso, minha vontade era de ir até à casa daquele babaca e arrastá-lo pela perna lesionada até aqui. 

Mas Roman não deixou que eu fosse.

Honestamente, eu apenas não fui, porque eu sabia que a Lize tentaria me matar. E dela eu tinha medo. Tanto que havia deixado ela arrumar um terno super chique para mim e ainda estava usando uma gravata preta, que estava praticamente me enforcando.

Afrouxei um pouco a gravata, antes que morresse sufocado sem ao menos conseguir me casar. Odiava ternos, mas tenho certeza de que se eu aparecesse aqui de regata e jeans, Lize me matar apenas com um olhar.

– Dean – dei um pulo ao ouvir Lize me chamar. Será que ela podia ouvir meus pensamentos? – Está tudo pronto, vou chamar a Alice e você pode esperar no altar.

– Tá legal. – assenti e ela saiu andando em direção a parte interna da chácara. 

Caminhei para o altar incrivelmente enfeitado por rosas brancas, onde o juiz de paz já se encontrava. Roman veio até mim, em seguida. 

– Preparado, brother? – indagou, tocando meu ombro. 

 

– Há muito tempo. Pessoal enrolado... – resmunguei revirando os olhos e ele riu. 

– Relaxa. Já está na hora. – apontou para frente, onde Lize andava o mais rápido que seus saltos lhe permitiam. 

– Comporte-se! – falou para mim e se colocou ao lado de Roman. A olhei um pouco confuso. Por que eu não me comportaria?

E a resposta veio junto com a Marcha Nupcial e Alice, que entrou caminhando com o Rollins traidor. Agora que esse imbecil aparece?! A vontade de partir para cima dele, veio tão natural como sempre, mas fiquei parado no altar quando meu olhar cruzou com os de Alice. Ela estava linda e mais feliz do que nunca. E eu sabia que ela estava mais feliz agora, por causa da presença do babaca do irmão. Jamais me atreveria a estragar isso.

O que eu não fazia por aquela mulher?

Quando chegaram até o altar, peguei a mão direita de Alice e o Rollins olhou para mim. Pude sentir os olhares de todos presentes sobre nós, como se esperassem o início de alguma briga. Eu praticamente podia sentir a tensão vinda de Lize atrás de mim.

– Se magoá-la, Ambrose, eu quebro a sua cara. – murmurou baixinho para mim. Como se ele me assustasse…

– Se não calar a boca, eu quebro a sua cara depois da festa. Que tal? – rebati. 

– Rapazes, qual é? Querem mesmo fazer isso agora? – Alice chamou nossa atenção e eu neguei com um pequeno sorriso. O Rollins a encarou por um segundo e então respirou fundo. 

– Claro que não. Podem começar a cerimônia. – todo mundo ouviu isso ou alguém colocou alguma coisa no meu champanhe? 

Alice sorriu para o irmão, que lhe deu um beijo na bochecha, antes de se afastar e se sentar em uma cadeira da primeira fileira. O acompanhei com o olhar, ainda desacreditado do que via. 

– Acho que você devia prestar atenção no casamento e não no meu irmão. – Alice falou, rindo. Voltei meu olhar para ela e levei minha mão carinhosamente até seu rosto.

– Você está linda. – disse a olhando nos olhos. Ela sorriu. 

– Você também, senhor Good. – sorri de volta e nos viramos para o juiz. Ele nos olhava ansioso e tenso como todos os outros convidados. Lize fez um sinal de joinha para gente e Alice acenou para que o juiz de paz, começasse a cerimônia. 

– Senhoras e senhores, estamos aqui reunidos para celebrar o amor e união desse belo e jovem casal… – ele começou. Mais enrolação, para variar! Por que não podiam pular logo para os votos e para a pergunta do sim e não? Maldita hora em que eu apenas ficava rindo das loucuras que Lize organizava. 

Apenas fiquei olhando para Alice durante toda a cerimônia. Tudo parecia apenas tão banal quando eu estava com ela. Era como se nada mais importasse, além daquele sorriso doce que ela dava sempre que eu contava alguma piada estúpida. 

Ela tinha um sorriso lindo, olhos lindos, um rosto lindo. Era talentosa, inteligente e corajosa. 

Como eu pude ter tanta sorte?

– Alice, pode fazer os seus votos. – o juiz apontou e pela primeira vez, me senti nervoso naquele dia. Meus votos estavam prontos, mas eu teria que dizer tudo na frente de todos. Nunca fui a melhor pessoa em expor sentimentos, mas…

– Jon, nos conhecemos na copa de um hospital depois que minha irmã se arrebentou em um show do SmackDown. – Alice começou, fazendo todas as pessoas presentes rirem e me fazendo esquecer qualquer preocupação que eu tinha em ter que falar os meus votos depois. – Quando pisei os pés nessa cidade, eu não imaginei que iria encontrar alguém tão especial na minha vida. Eu nunca me vi como a garota que se apaixonaria por alguém, teria um relacionamento longo, ficaria noiva e depois se casaria com alguém que seria o amor da minha vida. Mas então eu te conheci naquele dia e nos tornamos grandes amigos. E eu percebi que quanto mais tempo nós passamos juntos, mais eu me encantava por quem você é. Não só um cara alto, fortão e bonito, mas também um cara gentil, inteligente, sensível e amoroso. Um cara que faz piadas muito boas ou muito ruins, mas com o único objetivo de substituir as minhas lágrimas por um sorriso. Me apaixonei por você, antes mesmo que pudesse ao menos perceber. E quando ficamos juntos, você me fez perceber que eu merecia ser feliz, que eu merecia me entregar a aventuras que eu já tinha descartado da minha vida. Pulamos a parte do relacionamento longo, mas hoje eu tenho a certeza que estou me casando com o homem da minha vida. Eu amo você, Jonathan.

Já podia beijar a noiva? Porque era tudo o que eu conseguia pensar agora.

– Jonathan, pode fazer os seus votos.

– Quando eu escrevi os meus votos semanas atrás, eu sabia que nada do que eu fizesse seria o suficiente para explicar ou demonstrar o que eu sinto todas as vezes que estou com você. Todas as vezes que você abre os olhos de manhã e sorri para mim, é o suficiente para fazer o meu dia feliz. Eu também pensei que nunca conheceria alguém que eu pudesse amar, confiar e me entregar de verdade. E se eu tivesse a sorte de conhecer essa pessoa, sempre achei que não seria digno do privilégio de que ela me visse da mesma forma. Mas quando percebi que estava apaixonado por você, eu não só soube que tirei a sorte grande de o sentimento ser recíproco, como decidi que lutaria até o fim do mundo por você. Não achei que era possível amar alguém tanto quanto eu te amo, mas a cada dia parece que te amo ainda mais, Alice. Eu sempre vou fazer de tudo para que no seu rosto tenha sempre um sorriso. Porque sua felicidade é a minha felicidade. – conclui satisfeito ao ver seu sorriso aumentando mais e mais, mesmo que algumas lágrimas de emoção se juntassem em seus olhos.

– Os anéis, por favor. – o juiz pediu e Jojo se aproximou com uma almofada vermelha, onde as duas alianças estavam. Peguei a menor e encaixei no anelar esquerdo de Alice, junto com a aliança de noivado. – Alice Michelli Lopez, você aceita Jonathan como o seu legítimo esposo?

– Aceito. – ela confirmou e eu beijei sua mão esquerda, após o anel estar em seu devido lugar.

– Jonathan David Good – continuou o juiz. –, você aceita Alice como sua legítima esposa?

– Aceito. – respondi imediatamente e foi a vez de Alice pegar a aliança maior e colocar em meu dedo. 

– Eu os declaro agora casados! Pode beijar a noiva. – me falou e eu não perdi tempo em juntar nossos lábios para dar o beijo que eu queria ter dado desde que a vi. Os convidados se levantaram e começaram a aplaudir.

Caminhamos pelo tapete, agora nos afastando do altar, já que, aparentemente, ainda teria uma chuva de arroz. Quem inventou essas bizarrices do casamento?

Eu só esperava que a Lize não soltasse alguma pomba branca no meio da foto, porque aquilo sim seria passar dos limites.

 

◇◇◇

Alice Lopez:

Agora Dean e eu estávamos oficialmente casados. Depois de quase uma hora e meia tirando fotos em todos os cantos possíveis do local, eu finalmente pude tirar o maldito véu da cabeça. Já era noite e estávamos no meio da festa, onde passava música alta. 

A noite estava calma. Nada de chuva, o céu estava limpo e estrelado. Também não estava muito calor e uma brisa leve deixava tudo equilibradamente perfeito.

– Você está com frio? – Dean perguntou, depois de passar a mão direita em meu braço. 

– Não. O clima está ótimo. O que é perfeito, porque se estivesse frio, a Lize ia dizer que um casaco por cima do vestido, estragaria as fotos. – apontei com um revirar de olhos. 

– Ela me ameaçou, caso eu tirasse o terno. – comecei a rir. Aquela semana inteira, Dean e eu reclamamos de alguma exigência da minha irmã. – E eu já estou começando a ficar com calor com toda essa gente por perto.

Enlacei meus braços em sua cintura. Estávamos no meio da pista de dança, onde apenas balançávamos de um lado para o outro. Nenhum de nós gostamos de dançar, mas nem preciso dizer o porquê de estarmos aqui, certo?

– Aguenta só mais um pouquinho. Pelo que vi daqui, a Lize já está no terceiro drink. Depois do quinto, ela já não vai ligar mais pra nada. – avisei. Minha irmã estava conversando com meu irmão e Cesaro, enquanto virava um copo.

– A Lize bêbada é bem divertida! Da última vez que ela ficou bêbada, ela…

– Ela e você me deram um puta trabalho para levar vocês para casa. Quase passei o carro por cima de vocês. 

– Me lembra de nunca deixar você irritada. – disse rindo. – Mas eu não estava falando dessa vez. Eu estava muito bêbado para lembrar de qualquer coisa. Me refiro à última vez, antes de te conhecer. O Shield ainda existia e saímos todos, incluindo o babaca do seu irmão, para um bar em Chicago. A Lize ficou bêbada muito rápido e depois de meia hora que estávamos lá, ela subiu na mesa para cantar It's Tricky, do Run DMC.

– O quê? Como eu não sabia disso? – falei boquiaberta, enquanto morria de rir ao tentar imaginar a cena.

– A gente prometeu que não ia contar isso para ninguém. E o Roman evitou que ela passasse uma vergonha maior, tirando ela de cima da mesa antes que alguém a filmasse. 

– É uma pena, eu adoraria ver o vídeo. – brinquei e Dean sorriu.

– Eu também! Por isso tentei gravar tudo. Mas eu já estava um pouco bêbado e gravei tudo na minha câmera frontal. No final, só consegui as imagens da minha testa! – começamos a gargalhar alto, como dois idiotas. Isso era umas das coisas que completavam a gente: a compatibilidade de humor, opiniões, gostos. Tudo parecia tão certo e fácil com ele.

– Desculpa por atrapalhar os pombinhos, mas nós viemos roubar o noivo por um minuto, se importa? – Roman perguntou para mim, ao brotar do nosso lado com Jimmy e Jey.

– Me importo! Sabe quanto tempo eu esperei hoje para ficar sozinha com meu marido? – eles negaram rindo. 

– Qual é, vocês vão ter o resto da noite para aproveitar! – Jey falou de maneira sugestiva, enquanto cutucava o gêmeo. 

– É! Aliás, vocês vão ter o resto das suas vidas para isso. – Jimmy completou. 

– Tá bom, vocês tem um ponto no argumento. Não demorem. – beijei Dean.

– Volto já já. – ele falou, antes de sair com os samoanos.

Sozinha na pista de dança, olhei em volta para verificar com quem ainda não tinha falado naquela noite. Haviam vários outros lutadores ali, como Cesaro, Sami Zayn, Finn Bálor, Nikki e Brie, Daniel Bryan, John Cena, Bayley... 

Eu não tinha amigos na cidade, além dos que havia conhecido recentemente, com exceção de Jeff, Beth e Matt, que também tinha aparecido. 

Percebi que ainda não havia falado com alguns daqueles lutadores, então comecei a caminhar em direção a Bayley, quando localizei uma pessoa que eu tinha certeza que não viria. Caminhei até ele, sem desviar o olhar. Ele vestia um terno preto e estava sentado nos bancos altos do bar.

– Dylan? – ele não viu eu me aproximar e me olhou um pouco surpreso.

– Oi, Alice. – se virou para mim, com um tímido sorriso. Eu ainda não sabia o que dizer. Estava nervosa em vê-lo novamente, pois nem tive tempo de pensar no que aconteceu da última vez que o vi. – Olha, eu sei que é estranho eu estar aqui, mas... Eu não devia ter dito aquilo naquele dia... E muito menos daquele jeito. Foi imprudente e irresponsável. Me desculpe. – falou meio desconcertado. 

– Está tudo bem, Dylan. Fico feliz que tenha vindo. – ele acenou com a cabeça.

– Eu perdi a cerimônia, mas queria te parabenizar, então resolvi vir à festa. Aliás, parabéns pelo casamento. 

– Obrigada. – sorri para ele. – Você está bem? – perguntei, mesmo sabendo que era uma pergunta idiota. Mas eu me preocupava com Dylan e a última coisa que eu queria, era magoá-lo de alguma forma. 

– Estou. Não se preocupe. – eu não sabia se suas palavras eram verdadeiras, afinal não acho que ele me diria se não estivesse bem.

Um silêncio constrangedor se instalou. Um silêncio apenas entre nós, pois a música seguia alta, assim como as conversas paralelas dos convidados. Eu realmente não sabia como continuar dali, mas aquele constrangimento foi interrompido por uma garota de cabelos laranjas.

– Até que enfim te encontrei sem meia dúzia de pessoas à sua volta ou sem o Dean! – Becky apareceu com um enorme sorriso nos lábios, mas então pareceu ter sentido a leve tensão no ar. – Ai, me desculpem! Eu estou interrompendo a conversa… Eu volto depois!

– Calma! – a segurei pelos ombros e Dylan riu. – Está tudo bem. 

– Sério, foi mal! Às vezes, eu sou meio desligada. – riu, ajeitando uma mecha do cabelo para atrás da orelha. – Mas, já que eu interrompi mesmo, quero te dar os parabéns! Foi uma cerimônia linda e vocês são uns fofos juntos! – abriu os braços e eu a abracei ainda rindo. Quando nos separamos, ela se virou sem graça para Dylan. – E... Eu não te conheço, mas, oi! 

– Oi. – ele respondeu com um sorriso gentil. Aparentemente ele estava se divertindo com o embaraço dela. 

– Ela é uma lutadora da WWE também. – falei para ele. 

– Ah, desculpe. Não tenho tempo para ver por causa do trabalho, então não conheço. – ele disse levemente sem graça. Dylan parecia ser a única pessoa naquela cidade que não conhecia ninguém da WWE.

– Você trabalha com o quê? – a irlandesa perguntou curiosa. 

– Sou médico. E trabalho no pronto socorro do Hospital de Connecticut. 

– Esse cara parece que mora no hospital. Não tem uma vez sequer que um dos rapazes ou Lize se arrebente em algum show local, que ele não esteja lá para consertar. – apontei fazendo os dois rirem.

– Agora faz sentido você não ter tempo. Aposto que a Lize e os rapazes vivem lá no seu pé. – ela riu. – Mas já que não me conhece, eu posso me apresentar de verdade. Sou Rebecca Quin. 

– Dylan Carter. – ele estendeu a mão e ela apertou. 

Vi Lize me chamando há alguns metros de onde estávamos conversando. Jeff estava ao seu lado e apontava para a câmera fotográfica pendurada em seu pescoço. 

– Gente, a Lize está me chamando. Aparentemente eu ainda tenho muitas fotos pela noite e até ao amanhecer, eu já estarei cega. – me virei para Dylan. – Me promete que você não vai embora da festa e que vai curtir e relaxar um pouco?

– Vou tentar o meu máximo. 

– Ah, qual é! Você precisa se divertir mais e trabalhar menos. – Lize acenou novamente, porém estava frenética e rindo. Parece que ela já passou do quarto drink…  – Eu tenho que ir lá agora. Promete que vai ficar? – perguntei outra vez e ele revirou os olhos.

– E eu tenho escolha?

– Não! Becky, fica de olho nele só um pouco? – ela assentiu rindo e ele riu também. – Valeu, até mais! – Becky se sentou ao lado de Dylan e eu comecei a andar até Lize. 

– Então... Gostei do seu cabelo. – foi a última coisa que eu o ouvi dizer à ela, antes de eu estar longe demais. 

Aquela noite parecia longe de acabar e já havia acontecido tanta coisa inesperada. Estava uma loucura! De um jeito bom, claro.

Com certeza, eu nunca me esquecerei do dia de hoje. Afinal, foi o dia em que me casei com Lunatic Fringe, Dean Ambrose. 

 

☆☆☆


Notas Finais


Isso é tudo por hoje!

Quem será que convenceu o Seth a ir?? Alguém tem algum palpite?
Saberão no próximo capítulo!

Pessoal, vocês então muito quietinhos e sumidos (não todos)! Não quero ser aquela autora que fica pedindo comentários, mas eu preciso saber o que estão achando do andamento da fanfic, então, apareçam de vez em quando, porque eu não sou adivinha… ainda! ~talvez algum dia…~

Por favor, deixem suas opiniões! Eles contam muito para a autora!

So long! 💙


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