História Believe in yourself - Porque eu te amo

Chapter 10 
- Tem certeza que tu ta bem pra me ajudar com isso? – pergunto para Luke. 
- Sim! Só preciso de mais um minuto, não consigo achar meus óculos – ele grita do quarto.
- Ué, mas tu não usa óculos.
- Achei! – ele diz e finalmente sai do quarto – Então, o que achou? 
- Quem é você? Joe McAlister com óculos? – pergunto rindo. – Eu gostei, Nerdzinho clássico. 
- Obrigado – ele diz arrumando os óculos de forma estranha. Eu sorrio para ele – Então, o que tu precisa que eu faça? 
- Ah, não vou levar muita coisa então consigo carregar sozinha, mas quando você ver uma fantasia muito massa me avisa. Tu pode preparar o equipamento pra mim? Ainda preciso me arrumar. 
- Claro. Mas não demora, o desfile começa em uma hora baixinha. 
Vou para o banheiro, tomo uma ducha rápida, coloco a fantasia, passo pomada no cabelo para deixa-lo com aspecto largado, ate porque ninguém tem tempo pra arrumar o cabelo no apocalipse, faço uma maquiagem “sujinha”, coloco os acessórios da fantasia que haviam chegado a algumas horas, pego dinheiro, chaves, cartão de credito, meu celular  e chamo um uber. 
- Nossa, é sempre cheio assim? – pergunto olhando a multidão fantasiada que passa por mim. Vejo fadas, zumbis, vampiros, bruxas, Minions, cowboys, enfermeiros e enfermeiras, o coringa, capitão América e muitas outras fantasias. 
- É, sempre assim baixinha, onde vamos encontrar o Nate? – Luke pergunta ficando na ponta do pé para olhar sobre a multidão
- Não sei se ele vem. – digo pegando a câmera e dando de ombros. Pelos últimos 4 dias tenho evitado Nate, ignorado para ser mais exata. Quem ele pensa que é? Ela nem se quer se deu ao trabalho de se explicar, simplesmente seguiu a vida como se nada tivesse acontecido. 
- O que pega entre vocês afinal? Vocês tem agido diferente desde quando fiquei doente. Nate me disse que tu não esta falando com ele. Que que pega baixinha? 
- Nada pega Luke.  – Digo dando aquela conversa como acabada. Vou ate dois caras vestidos com uniformes da Umbrella Corporation e peço para eles tirarem uma foto comigo, eles se animam, um deles finge estar sendo atingido no rosto por um dos meus cotovelos enquanto seguro o pulso do outro que segura uma arma, Luke tira a foto que fica bem bacana, conversamos um poucos os quatro  sobre os filmes e os jogos de Resident, eu agradeço e sigo procurando mais fantasias para o meu portfólio. 
- Olha, ele anda bem preocupado contigo, me pediu conselhos e tals, mas não me disse o que aconteceu. Talvez tu pudesse pelo menos atender quando ele ligar Violet. – ele diz me olhando.
- Talvez, mas um telefonema não é suficiente. 
- Mas é o começo baixinha. 
Passamos a hora seguinte no desfile ate que começa a chover e eu obrigo Luke a voltar para casa comigo, não quero que ele fique doente de novo. Quando chegamos na porta de casa a chuva vejo Nate ensopado setado nas escadas. Ele se levanta com as mãos nas costas.
- O que tu ta fazendo aqui? – pergunto, a raiva claramente transparecendo na minha voz. Eu quero uma explicação dele, porque ele fingiu que nada aconteceu? Não significou nada para ele? Minha cabeça fica uma bagunça todas as vezes que penso nisso, não consigo distinguir o que sinto, só sei que sinto raiva, raiva pelo modo como ele agiu, raiva pelas coisas que ele não fez, raiva pelas coisas que ele não disse. 
- Vou deixar as crianças conversarem. – escuto Luke dizer enquanto entra em casa. Eu fico parada olhando fixamente para Nate esperando uma explicação. A chuva cai rigorosamente sobre nós. 
- Você tem me ignorado durante os últimos dias – ele diz e começa a descer os poucos degraus da escada que nos separam. – eu não faço a miníma ideia do que fiz pra te deixar tao brava Violet, de verdade, mas o que quer que tenha sindo, me desculpa – ele se aproxima cada vez mais. – Não quero estragar as coisas entro nós. 
- Deveria ter pensado nisso antes de ter feito o que fez. – digo 
- Feito o que? Ter te beijado? Não me arrependo e faria de novo – Agora ele segura o meu queixo entre os dedos e olha diretamente nos meus olhos, sinto a raiva se esvaziar do meu corpo – Porque eu te amo pequena. Porque tu acha que eu vim pra cá? Porque eu gosto do clima? Eu vim pra cá pra ficar perto de ti, porque não conseguiria passar o ano inteiro se te ver, sem ouvir a tua risada, sem segurar a tua mão – ele entrelaça os dedos nos meus, a aguá da chuva escorre pelo nossos corpos, carros e pessoas passam ao nosso redor apressados, a chuva fica cada minutos mais forte, eu deveria estar congelando, mas não sinto frio, tudo o que sinto SSO borboletas no meu estomago. Nate tira a mão do meu queixo – Me desculpa se eu não deixei isso claro durantes os últimos meses Violet. 
Sinto ele beijar a minha testa
- Você deveria entrar, não vai querer aparecer doente no seu primeiro dia de trabalho. Te vejo amanha. 
Ele solta a minha mão, entra no carro que estava estacionado a poucos metros de nós e vai embora. Eu permaneço na chuva tentando entender o que tinha acontecido, não sei o que sinto, estou simplesmente chocada, “ Não me arrependo e faria de novo, porque eu te amo pequena”, essa frase ecoa na minha cabeça sem parar. Engulo em seco e me viro para subir as escada, vejo Luke com um sorrindo com uma toalha na mão. 
- Vá se secar baixinha. Você não pode ficar doente, eu não sei fazer sopa.