- Finalmente – escuto Nate dizer do outro lado da linha. A voz dele soa aliviada e divertida ao mesmo tempo. – Como foi o voo?
- Normal, fiquei um pouco aterrorizada no começo mas logo peguei no sono. Estava muito frio fora do aeroporto?
- Eu quero ela de volta Violet. – ele ri
- Um dia, quem sabe. Onde você esta? Já deu uma passada la em casa?
- Estou na sua casa, sua mãe esta servindo o jantar. Acho que vou me mudar pra cá, vou ficar com o seu quarto, você não vai mais precisar dele.
- Eles te adotaram então? – pergunto imaginando a cena.
- Quase isso. Como foi com o Luke? Ele é bacana mesmo ou foi só farsa da internet?
- Você esta mais engraçadinho que de costume Nate..- digo desconfiada – o que aconteceu durante esse tempo que eu estava fora de alcance?
- Nada boba, só tentando descontrair mesmo. Agora responde a minha pergunta.
- Ah, a gente quase não se falou, eu cheguei e ele saiu logo em seguida. Deve ter ido trabalhar, porque saiu voando daqui. Mas ele foi muito bacana.
- Ah, legal, legal... então, se quer falar com a sua mãe agora ou prefere ligar amanhã?
- Vou falar com ela agora, vai que ela surta porque não dei noticias.
- Tudo bem então, vou chamar ela.
Aguardo alguns segundos no telefone, escuto minha mãe falar alto e Nate dar risada.
- Oi minha filha, como você esta? Chegou bem? Ta muito frio ai? Já encontrou seu amigo? Esta tudo certo? Posso falar com ele? – escuto minha mãe metralhar mil e uma perguntas em um segundo.
- Mãe!!! Calma, respira, uma pergunda por vez mulher – digo dando risada. – Eu estou bem, cheguei bem, ta um pouco frio sim, já encontrei o Luke sim, e ele não esta em casa agora. Foi trabalhar.
- E te deixou sozinha? – ela pergunta com um tom de indignação.
- Mãe, eu estou dentro de casa e ele trabalha em um bar no final da rua. Aqui é New York mãe, não o Afeganistao. Relaxa.
- Como se isso fizesse diferença para uma mãe. – escuto ela bufar do outro lado do telefone. – Então, quando você volta? – escuto Nate dar uma gargalhada
- MÃE!!! Eu acabei de chegar!
- Ta bom, ta bom. – Nate continua rindo
- Vou te mandar mensagem, ai a senhora salva o meu numero novo e podemos nos falar todos os dias.
- Tudo bem, quer falar com seus irmãos?
- Não mãe, já esta tarde e eu tenho que resolver umas coisas por aqui ainda. Mas preciso falar com Nate ainda.
- Ah sim, tudo na sua vida é o Nate.. Ta bom, rum. Vou esperar a mensagem.
- Tudo bem mãe, beijos, te amo. Manda beijo pros horrorosos. – digo dando risada.
- Ta bom. – escuto minha mãe devolver o celular para o Nate.
- Acho que ela não gostou muito deu precisar falar contigo de novo – digo dando risada.
- Você acha? – ele pergunta. – Sua mãe é uma figura. “ quando você volta?” – ele imita a voz dela e cai na gargalhada de novo. Eu dou risada também
- Pois é. Mas a pergunta certa é, quando você vem pra cá?
- Semana que vem.
- Certeza?
- Sim madame. Certeza. Vou buscar minha jaqueta.
- Ah claro, esta vindo só por causa da jaqueta.
- Claro que não. Por causa do Central Park também. – ele diz, eu do risada – Brincadeira. Mas ai, eu tenho que ir comer antes que seu irmão coma tudo.
- Ah sim, me trocando por comida né.
- Sempre – ele ri.
- Tudo bem, vou anotar aqui viu. Fica esperto Nate, anda na sombra.
- Beleza gatinha. A gente se fala mais tarde?
- Com certeza. Ate mais Estranho.
- Ate mais Pequena.
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