História Believe Me - Chuncking

Despertei com os raios do sol incomodando meus olhos, que relutava em abrir. Não queria me levantar, mas estava ansioso para começar o dia com Kihyun, principalmente depois da noite incrível que tivemos. Não sei como nunca tinha percebi essa sua personalidade ousada debaixo de seu aspecto fofo. Ele sabia ser carinhoso e ao mesmo tempo extremamente sexy.

Virei-me para beijá-lo, já que havíamos adormecidos juntos no sofá da sala, mas me surpreendi com sua ausência. Ele sempre acordava antes de mim, mas não esperava que levantasse tão rápido. Pensei em me levantar também e procurar por ele pelo apartamento, mas fui interrompido por um Kihyun radiante carregando uma bandeja de café da manhã.

- Bom dia, meu amor. – disse Kihyun colocando uma bandeja na mesinha de centro. Essa tinha duas xícaras, bolo, pães, frutas e muitas outras gostosuras. – Achei que iria acordar com fome depois de gastar tanta energia ontem.

- Achou certo, estou morto de fome – respondi sentando-me no chão, perto da mesinha.

- Vamos comer então. Fiz chá e café, mas posso fazer um chocolate quente se quiser, tem bolo, torrada, geleia... e aí? O que quer?

- Eu quero você, isso sim. Mas por enquanto um chá já está de bom tamanho.

Ele serviu minha xícara enquanto eu passava geleia em sua torrada. Após comer eu mesmo comer algumas delas provei um pedaço do bolo de chocolate, que parecia apetitoso.

- Hmmm está maravilhoso. Onde comprou? – perguntei.

- Babo, eu fiz o bolo – respondeu ele fingindo estar magoado com minha pergunta.

- Aaah myanhae, hyung, eu estava brincado.

- Só desculpo você se me der um beijo. – disse ele com um sorriso malicioso nos lábios.

- Isso não será problema nenhum – enquanto proferia tais palavras me inclinei em sua direção, aproximando nossos rostos, mas antes que nossos lábios se tocassem Kihyun afastou-se dizendo:

- Mas vai ter que me pegar primeiro – então levantou-se rapidamente e começou a correr pelo apartamento.

- Aish! Hyung, volta aqui! – gritei correndo atrás dele.

O apartamento era grande, mas não o suficiente para que ele se escondesse bem de mim. Ele correu pelos quartos, voltou para a sala e parou na cozinha, ficando encurralado.

- Não tem pra onde fugir agora – falei ofegante por conta da corrida.

- Vamos ver – dizendo isso ele tentou passar pelo meu lado esquerdo, mas acabou esbarrando na louça que estava em cima da pia, esperando para ser guardada. Foi uma chuva de cacos de porcelana para todos os lados. Em choque, Kihyun olhou pra mim procurando respostas sobre o que fazer.

Eu não conseguia fazer nada além de dar risada. A imagem dele tentando fugir e esbarrando na louça junto com sua cara de pânico não saiam de minha mente, fazendo com que eu desse mais risada ainda.

- Ai meu Deus, Hyungwon! Para de rir! Essa louça foi presente da sua mãe para você! Me desculpe, eu.. eu vou..

- Não se preocupe com isso – respondi enxugando as lágrimas, estava chorando de tanto rir – nós compramos outra.

- Mas... mas... mas...

- Ei, vamos só limpar isso e compramos outra, tudo bem?

- Okay. Mas para de rir por favor, estou me sentindo péssimo – infelizmente não pude atender seu pedido, o riso era mais forte que eu.

Aos poucos consegui me acalmar e começamos a limpeza. Recolhemos todos os cacos, embalamos em jornais e limpamos o chão. Finalizada a tarefa fomos para a sala terminar o café. Durante esse meio tempo Kihyun pediu desculpas pelo menos umas mil vezes, ao que eu respondia que não tinha problema nenhum. Depois de terminar o café, recolhemos as coisas deixando-as na cozinha e fomos nos arrumar para sair e comprar um conjunto de louça novo.

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- Acha que vamos conseguir uma igual? – perguntou ele assim que chegamos em uma das maiores lojas de artigos para cozinha do shopping.

- Provavelmente, mas se não conseguirmos não tem problema. Era só um conjunto de louça.

- Mas sua mãe amava ele. Ela vai ficar uma fera se...

- Ei, ela nem se importa com isso. Ela deve ter muitos outros, e se ela deu para mim é porque ele não é importante, pois sabe que eu não ligo pra isso não sou nem um pouco cuidadoso com essas coisas. Não se preocupe. – disse e lhe beijei levemente na bochecha tentando acalmá-lo.

- Tudo bem, parei de me preocupar. Vamos?

- Vamos.

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A loja era enorme. Com certeza passaríamos horas dentro dela, até que Kihyun achasse o conjunto idêntico ou ao menos parecido. Aah por que?? Eu disse para comprarmos qualquer um, mas ele insistiu em comprar um igual àquele. Por que, meu Deus?

Percorremos os primeiros corredores e tudo o que encontramos foram acessórios para decoração e utensílios de cozinha, como porta-retratos, relógios de gatinho, porta-chaves, escorredores de macarrão e até panelas antiaderentes, mas nada de louças de porcelana.

- Hyung – disse me colocando a sua frente e andando de costas – podemos parar por um momento? Meus pés estão doendo e eu estou com fome.

- Não, precisamos achar a louça. E pare de andar de costas, vai acabar esbarrando em alguém.

- Não vou parar até que você diga que vamos comer alguma coisa.

- Okay, se quiser ficar andando de costas tudo bem, mas se cair ou bater em alguém não me chame, pois vou estar naquele corredor. – respondeu ele apontando o corredor 8 com o dedo indicador.

Enquanto ele se dirigia para o local apontado parei subitamente. A tática de fazer manha e implorar não havia funcionado. Precisava de uma nova estratégia para conseguir comida. Meus pensamentos foram interrompidos por uma pessoa que havia esbarrado em meu ombro, o que me desequilibrou, quase provocando a queda de ambos.

- Bem que ele me avisou – reclamei em voz alta.

- Me desculpe, senhor... – ao ouvir essa voz senti um calafrio percorrer minha espinha. Não poderia ser possível.

Virei-me lentamente, como alguém que está com medo de uma cena de um filme de terror, mas quer olhar da mesma forma. Porém, o que vi foi mais assustador do que um fantasma ou um monstro. Era ele. Lee Minhyuk.