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História Believe Me - The beginning


Escrita por: 2Minute

Notas do Autor


Oie, amores ^^ Tia Boo voltou com mais um capítulo XD
~yaaay maratona de Believe Me essa semana~
Espero que gostem, boa leitura ;3
~Ladyboo

Capítulo 8 - The beginning


Foi como se por um momento o mundo tivesse parado de girar. O ar fugiu de meus pulmões e não me lembrava de como forçá-lo a voltar para meu corpo. Olhei para Kihyun, perdido, não sabia como reagir àquela cena. Para minha sorte o outro percebeu meu desespero e, antes que pudesse perceber, estava me puxando para fora da sorveteria.

Assim que percebi que estava fora o estabelecimento pensei direito na cena que vi.

- Eles estavam só tomando sorvete, Hyung. Consigo passar por cima disso. Vamos voltar. Ainda quero sorvete. – disse para ele, que me encarou sério, descrente. Mas com minha cara de cachorrinho sem dono o convenci a voltar para dentro e me pagar o sorvete que me devia.

Assim que entramos percebi o quão idiota e inocente eu era. Parece que eles não estavam apenas tomando sorvete. Entendi logo que se trava de um encontro romântico quando vi as mãos de Hoseok no rosto do meu amor... digo, Minhyuk, mantendo seus rostos próximos, deixando os lábios unidos em um beijo caloroso.

Ao me deparar com essa cena senti meus olhos se encherem de lágrimas, que começaram a molhar meu rosto assim que vi o sorriso de Minhyuk voltada para aquele idiota do Wonho. Aquela foi a gota d’água. Senti meus joelhos enfraquecerem, mas antes de chocar-me contra o chão Kihyun segurou-me pelos braços, arrastando-me novamente para fora.

Entramos no carro e as lágrimas continuavam a rolar. Parecia que tudo o que eu vinha sentindo durante três anos foi liberado em soluços desesperados. Kihyun me abraçava e não dizia nada. Ele sempre sabia o que fazer. Falava o que era preciso quando havia necessidade. Em momentos como este ficava calado, apenas esperando que a crise passasse para então dizer alguma coisa.

Quando consegui me acalmar sentia meus olhos inchados. Ele perguntou se eu estava bem, acenei afirmativamente e ele ligou o carro.

Não tinha ideia do lugar para onde estávamos indo, pois não reconhecia o caminho que ele estava fazendo.

Era uma parte de nossa cidade para a qual eu ia raras vezes, pois era um centro empresarial, para onde eu ia apenas com meu pai para reuniões de negócios, quando o mesmo encontrava-se no país.

Enquanto passávamos, a paisagem repleta de prédios e outdoors foi interrompida pelo verde das árvores robustas de um parque. Era possível ver crianças brincando e famílias fazendo piquenique. Isso me lembrou dos planos que eu Minhyuk fizemos. Nós queríamos adotar muitos filhos. Certa vez, antes de dormir, pensamos em quantos filhos teríamos, escolhemos seus nomes e até mesmo as faculdades para as quais entrariam.

Absorto em meus pensamentos nem percebi que o carro havia parado no estacionamento do parque que há poucos minutos eu observava atentamente. Olhei para Kihyun questionando o motivo de termos parado. O mais velho parecia tenso, pois mesmo com o carro parado ainda segurava firmemente o volante.

Após um minuto, que pareceu uma eternidade, ele me disse para descer enquanto saia do carro.

Saindo do carro fui atingido pela brisa daquela tarde de primavera. O vento tocando minha pele e o ar preenchendo meus pulmões foi de certa forma revigorante.

Kihyun estava muito estranho. Não havia dito nada durante o trajeto inteiro. Num primeiro momento pensei que ele estava apenas esperando o mento certo para dizer algo reconfortante. Mas não tenho tanta certeza disso agora.

Em silêncio começamos a caminhar pelo parque. Ele ainda não havia dito nada e eu refletia sobre a possibilidade de perguntar se algo estava acontecendo.

Enquanto andávamos, ambos ocupados com seus próprios pensamentos, percebi que uma garota que caminhava com suas amigas o encarava.

Ao perceber que ela o fitava intensamente não pude esconder um riso debochado. Ele nunca falaria com ela. É muito tímido para isso.

Kihyun percebeu que algo havia chamado minha atenção e perguntou o que houve.

- Aquela garota está olhando pra você, parece que vai te devorar - apontei com a cabeça para a direção da garota.

- Coitada, ela deve ter noção de que nada vai acontecer.

- Se você quiser posso ir falar bem de você para ela.

- Não. Não viemos aqui para isso.

E assim ele encerrou o assunto e continuamos caminhando em silêncio. Ele realmente estava diferente. Estava sério demais.

A tarde estava agradável e o parque ficava ainda mais bonito iluminado pelos raios do sol poente.

Enquanto eu admirava a paisagem reparei que meu hyung havia reduzido a velocidade de seus passos e se dirigido para um banquinho, de frente para o lago. Sentou-se e fez sinal para que eu fizesse o mesmo. Acomodei-me ao seu lado e observei a paisagem. Depois de poucos minutos, Kihyun quebrou o silêncio.

- Há quanto tempo nos conhecemos? - perguntou ele.

- Ah, hyung, há muito tempo - respondi tentando me lembrar - acho que há mais de vinte anos. É uma vida inteira.

- Realmente, nos conhecemos quando éramos crianças.

- Sim, quando você quis dividir seu lanche comigo na escola, porque o meu havia caído no parquinho de areia. - demos risada dessa lembrança.

*Flashback on*

Lembro-me que eu estava brincando de fazer castelinhos na hora do recreio quando decidi comer meu lanchinho. A professora da creche perguntou se eu gostaria de uma ajuda, mas eu estava crescendo, já era um mocinho, como minha mãe dizia, então recusei a proposta e disse que conseguia fazer isso sozinho. Mas era óbvio que eu não conseguia.

Como eu estava brincando na areia minhas mãos ficaram sujas, e eu não iria comer meu lanche com elas cheias de areia. Precisava limpá-las, mas o gênio esqueceu que estava segurando o lanche e o soltou para limpar as mãos.

Quando percebi o que havia feito senti meus olhos se enchendo de lágrimas. Mas não iria admitir minha derrota. Tentei pegar o lanche novamente, afinal, ainda dava para comer uma parte ou outra. Porém, minha ilusão foi quebrada quando vi que o sanduíche tinha sido dominado por formigas.

Foi aí que comecei a chorar. Pensava na proposta que a professora havia feito. Devia ter aceitado. Enquanto me arrependia de meus atos percebi que alguém havia sentado do meu lado. Era um garoto com cabelinhos escuros que lhe cobriam a testa, quase chegando aos olhos.

Ele sorria amigavelmente e me estendia um pedaço de bolo.

- O seu sanduíche parecia gostoso. Sinto muito pelo que aconteceu. Você quer bolo? - perguntou a criança que logo se tornaria meu melhor amigo no mundo.

*Flashback off*

- Desde o primeiro momento você cuidou de mim, hyung. - falei quebrando o silêncio que se instalou com a lembrança. Isso fez com que ele finalmente olhasse para mim.

- Sim, sempre cuidando de você - respondeu passando a mão em meus cabelos, deixando os levemente bagunçados. - Sabe, Hyungwon, você mudou a minha vida.

Senti minhas bochechas corarem. Ele também havia mudado a minha, me ajudou nos momentos mais difíceis da minha vida e esteve presente nos mais felizes também.

- Você também mudou a minha, hyung.

- Sabe, eu sou uma pessoa muito… preocupada por natureza. E você me mostrou como ser mais livre, mais divertido. É por isso que eu amo você, Hyungwon, por isso e muito mais.

- Eu também amo você, hyung. Não existe melhor amigo que você.

- Ai - disse ele rindo - isso doeu mais do que eu imaginei que pudesse doer.

- O que, hyung?

- “Amigo” - respondeu ele - essa palavra machuca. É só assim que me vê, não é?

 

- Como assim? - perguntei novamente.

- Porque eu disse que amo você, Hyungwon. E não é como amigo.

Essa declaração me deixou sem palavras. Kihyun não era gay. Ele teve algumas namoradas durante esses anos que eu o conhecia, mas nada muito duradouro. Seria por minha causa? Ele provavelmente percebeu a confusão em meus olhos, pois começou a se explicar.

- Desculpe-me se o assustei. Eu não queria fazer isso, mas estou com essas palavras presas em minha garganta há muito tempo. Hyungwon, sempre cuidei de você como um amigo cuida do outro. Mas percebi que, com o passar do tempo, eu precisava te ver bem para que eu pudesse ficar bem também. Não estou te dizendo isso para começar um relacionamento com você. Estou dizendo isso porque não aguentava mais esconder o que eu sinto. Eu amo você, Hyungwon. Achei que estava confundindo meus sentimentos no começo, mas agora percebo que eles sempre estiveram lá, esperando para serem revelados. E às vezes eu me pergunto se você se sente assim também.

Eu realmente não esperava por uma coisa dessas. Realmente somos muito próximos e sempre tivemos uma relação muito boa. Kihyun sabia como me deixar feliz, e sabia também, só de olhar para mim, se algo errado estava acontecendo.

Ele me conhecia melhor do que eu mesmo, assim como eu o conhecia muito bem. Sabia do que ele gostava e do que tinha medo. Sempre fomos muito ligados, sempre um cuidando do outro. Houve inclusive uma época em que eu pensei sentir algo a mais por ele, mas tempo depois conheci Minhyuk e essa foi descartada. Mas... será que havia sido completamente esquecida por mim? Ou será que esse sentimento ainda reside em meu coração, apenas esperando o momento certo para ser demonstrado? Algo me diz que a segunda opção é a correta.

- Me desculpe, Chae… eu…

- Eu realmente não esperava por isso – interrompi sua fala – mas devo admitir que, pouco antes de conhecer Minhyuk, nutria sentimentos fortes por você. Sentimentos que ainda não floresceram porque sou muito idiota para perceber que eles existem. E, sabe, acho que já está na hora de tentar ser feliz com quem realmente está do meu lado para qualquer coisa.

- Isso... isso quer dizer que...

- Nós merecemos uma chance, Hyunnie. Merecemos uma chance de fazer um do outro as pessoas mais felizes do mundo.

Eu nem terminei de dizer tais palavras e Kihyun exibia o sorriso mais radiante que eu já havia visto. Isso me alegrou profundamente. Eu iria fazê-lo feliz, assim como ele sempre tentou fazer comigo.

 


Notas Finais


Por hoje é só, amoreees!
Obrigada por ler ^^ desculpa qualquer erro x-x
Amanhã tem mais ;) Beijinhos Coloridos 😘
~Ladyboo


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