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História Bellevue - Duas mortes


Escrita por: iWitch , DoceVersos e harleyskwad

Notas do Autor


Olá doces, tudo bem? :3 Hum...Eu espero que sim.
Aqui estou eu mais um dia, sob o olhar sanguinário do leitor
Demorei mas cheguei u.u Leiam nas notas finais.

Capítulo 21 - Duas mortes


Não importa o quão insano você seja, sempre haverá alguém para completar sua insanidade.

– Está tudo pronto? – Falava a voz masculina do outro lado da linha.

As mãos e os lábios de Amylee tremiam, ela estava com medo... Muito medo. Não entendia na hora no que seu Joey havia se transformado, mas agora ela entendia: ele era igual ela. Ambos tinham uma mente psicopata, demônios presos dentro de um baú fechado a sete chaves. E agora? Agora estava na hora de soltá-los.

– Sim. – Falou, engolindo em seco.

– Estou aqui na frente... Te vejo em trinta minutos.

E assim foi feito. Amylee vestiu seu vestido de renda preto que ganhara de Joey no aniversário passado, passou um batom vermelho forte e passou um lápis de olho fraco nos olhos. Penteou seus cabelos longos e negros olhando-se no espelho, e lentamente pensava no quanto amava Joey. O que será que ele tinha em mente? Será que conseguiriam fugir, ou acabariam voltando para esse lugar imundo?

Ela foi para a frente do Bellevue, e lá estava ele, encostado no muro. Amylee arranhou a garganta, chamando a atenção do mesmo.

– Oi. – Sorriu, puxando a mesma pelas mãos. – Amy, antes de tudo eu... Quero que saiba que... Eu te amo. – Ele falou, se enrolando todo. – E esse sou eu... Não mude sua opinião sobre mim, te imploro.

– Eu te amo. – Ela somente o beijou. Sabia o quanto era doloroso ser um monstro, um... Doentio. Parecia estranho amar alguém assim, um futuro assassino, mas ela estava pouco ligando, ela apenas queria ficar ao seu lado. Ela o amava de verdade.

Então, com um pouco de dificuldade eles conseguiram escalar o alto muro do Bellevue, sentindo pela primeira vez o ar puro, uma felicidade... A liberdade. Saíram correndo de mãos dadas pela chuva, dando gargalhadas sinceras pela primeira vez em todos aqueles anos. O som da chuva predominava o local, custou achar um hotel, mas acharam. Então Joey puxou do bolso todo o dinheiro que havia furtado do caixa do Bellevue, no total de quatro mil reais e pagou com uma pequena quantia do dinheiro um quarto para casal. O cheiro era agradável, e o quarto então, nem se fala. Era diferente de tudo que haviam visto em toda suas vidas. Amylee jogou-se na cama, finalizando suas gargalhadas. Joey olhou para ela e sorriu fraco, deitando-se ao seu lado.

– Amylee.

– Oi.

– Eu quero te amar.

Ela o olhou, sorrindo. Sentia-se amada e o amava também, então por que não? Joey subiu por cima da mesma, pondo a mão em seu rosto e a beijando apaixonadamente. E assim terminou a noite, com o amor e o desejo extremamente saciados.

✽ ✽ ✽

– Oi, eu vim ver meu irmão, Joey Shepherd. – Hannah falava enquanto puxava o médico.

– Ahn... O jovenzinho todo tatuado? – O médico era um senhor já de idade, a maior parte da cabeça era careca e apenas nos lados haviam fiapos de cabelo.

– Este mesmo.

– Foi liberado ontem. – Falou, não dando muita importância à Hannah e seguindo em frente.

Hannah não acreditava no que acabara de ouvir: seu irmão fora liberado e nem fora notificada.

Saiu correndo do hospital, entrando na porta do Bellevue. Foi correndo para seu quarto e lá, encostando-se na porta e deslizando até o chão, se desabou à chorar. Era uma péssima irmã! E agora, seria uma péssima mãe, pensou.

– Hannah... – Ouviu, levantando a cabeça e procurando pela voz: era Jimin. Enxugou as lágrimas e demonstrou frieza.

– Ah, oi. O que você quer?

– Eu vi você chorando... E também, vim me desculpar.

– Eu... Eu sou uma péssima irmã.

– Por que acha isto? – Perguntou, sentando-se ao lado da garota e a acolhendo em seus braços.

✽ ✽ ✽

Hudson não acreditava no que acabara de ouvir: Katerina morta?

– Meu Deus... – Hudson levou as mãos até o peito – Meninas, isso é muito sério! Não brinquem com isto! – Agora ela já falava em um tom mais alto, e Bianca e Lavínia choravam enquanto ela falava.

– Elas estão falando sério. – Uma voz masculina foi ecoando no local, todas procuraram pelo dono da mesma e o acharam: era Logan, o novo psicólogo do local.

– Quem é ele? – Lavínia sussurrou ao ouvido de Bianca, sem tirar os olhos do mesmo.

Hudson apenas saiu correndo do local.

✽ ✽ ✽

No refeitório todos ainda estavam em choque pelo ocorrido, mas uma coisa era fato: não podiam parar suas vidas, tinham que seguir em frente.

– Hum... – Bianca chamou atenção, terminando de mastigar seu almoço – Vocês viram a Amylee e o Joey? Soube que ele foi liberado ontem, já era para eles estarem aqui.

– N... – Lavínia começou a falar, mas foi interrompida.

– Olá, pessoal. Eu me chamo Logan, sou o novo psicólogo daqui. Eu apenas queria saber se alguém poderia me mostrar meu quarto, é o...

– Novo psicólogo? E a Naara? – Wesley indagou.

– Comentaram que ela estava em estado de pânico...

– Logan? – Maya chamou, na porta. Ele olhou na mesma hora.

– Maya...

Maya sorriu, indo até sua direção e lhe dando um abraço. Todos se entreolharam, desconfiados. Logan fechou os olhos, sentindo o cheiro que não sentia há muito tempo: um cheiro doce em um cheiro doce em uma garota tão amarga.

– Quanto tempo. – Se afastou – Não me deixaram se despedir de você. – Ok, Maya estava sendo bem receptiva, mas isso porque o conhecia há anos. Por um momento, não estava interessada em cuidar da vida dos outros, e sim da dela. E não era paixão ou algo do tipo, era apenas carinho, de verdade.

✽ ✽ ✽

– Joey... Por favor... – Sussurrava sua mãe entre lágrimas, um tanto desesperada ao ver o filho com um revólver apontado para sua cabeça. – Você era tão religioso... Como pôde ter se transformado... Nisso?

– Ah, mãe... – Ele deu um sorriso largo. – Eu sou religioso, mas meu revólver... Não.

Ouviu-se um estrondo e a cabeça da mulher agora já estava em pedacinhos. Joey deixara passar a fase religiosa há muito tempo. Assoprou a ponta do revólver que havia comprado quando chegou, olhando para a frente e encontrando Amylee. Ela cutucava com os pés o resto da mãe do garoto, o fazendo sorrir.

– Você acabou com ela. – Ela soltou uma gargalhada escandalosa que logo foi quebrada ao barulho da porta se abrindo: era o pai de Joey chegando do trabalho e logo os olhando, apavorado.

– Joey, você...

Por um momento veio à cabeça de Joey a imagem dele e seu pai brincando quando criança, então sentiu uma lágrima escorrer de seus olhos.

– Papai, por que você... Por que me internou naquele lugar imundo?

– Joey, eu...

Joey apenas limpou a lágrima de seus olhos, ficando com uma expressão séria novamente.

– Acho melhor você correr mais rápido que a minha bala. – Falou, com certo desdém.

Mas nada foi feito, o homem estava paralisado. Mais um estrondo, e ele já estava no chão. Joey encostou-se na porta, deslizando sobre a mesma e caindo no chão. Já estava se debulhando em lágrimas. Amylee sentou à seu lado, o abraçando.

– Vamos embora daqui, meu amor. – Amylee falou, sorrindo fraco para o mesmo.

Ambos se levantaram, indo embora. Joey apenas deu uma última olhada ao local.

“Adeus, papai e mamãe”, sussurrou.

– Vamos atrás daquele inútil.

Amylee foi na frente, ela estava realmente linda, como no sonho... Ou seria pesadelo?

Joey observou a chave que caíra do bolso da calça de seu pai, deduzindo ser a chave do carro. Sorriu, pegando a mesma.

– Amor, tenho um presente para você! – Gritou, sorrindo. A garota parou, o esperando.

Antes de ir, Joey foi até o cofre que ficava no escritório de seu pai e, mesmo com o tempo que havia passado, acertou os dígitos. Observou todo o dinheiro que havia lá, um total de cinquenta mil. “Já não vão mais precisar mesmo”, pensou, pegando o dinheiro. Ele passou à sua frente, parando na frente do Jaguar F-Type. Ela o olhou, boquiaberta.

– Joey, isso é...

– Incrível. – Completou, sorrindo. Ele olhou para ela, que já o olhava. – Então, vamos?

Ela deu um sorriso cínico, e então os dois adentraram o automóvel.

✽ ✽ ✽

Hudson correu em direção ao quarto de Katerina deixando os outros jovens para trás. Não deu tempo nem de se despedir dos novatos. Quando entrou no quarto, sentiram suas pernas moles, seu coração acelerou. O corpo da jovem que outrora estava viva, agora estava preso em uma viga do telhado velho, seu rosto estava recoberto por decepção. Ela estava olhando em linha reta, seus olhos estavam ainda com lágrimas, mas mortos. Hudson cruzou os braços na altura de seus seios, e deixou que as lágrimas escorressem.

Logo em seguida Michael e Charlotte correm em direção ao quarto que antes era de Kate. Os dois olham com olhar de misericórdia.

-Venha senhora... – Michael diz com a voz carinhosa. – É melhor chamarmos a policia – Ele diz guiando Hudson pelo braço.

Eles saem da cena do crime, deixando a porta recostada do quarto.

 

                          ***

-Sinto muito por ter te reencontrado logo agora, que essas coisas estão acontecendo. – Logan diz abraçando Maya, ela recebe o gesto amoroso com o coração aberto.

-Ela não conversava muito comigo.

-Você não mudou nada, não é mesmo?

Os dois continuaram ali no centro da sala abraçados, observando o lado de fora de Bellueve.

 

                          ***

-É Wesley, parece que alguém vai te deixar em paz. – Charlie diz observando Maya abraçada com o novo médico Logan.

-A vida de todos nós. – Bianca corrige, abraçando Lilith. Judith estava sentada junto com Lavínia e Tori, que segurava a mão de Lavínia.

-Ela merece – Tori rebate – Maya sempre precisou de atenção, assim como todos nós precisamos, ela merece ser feliz.

-Verdade – Wesley responde.

-Ei, não fica assim cara – Lilith tenta consolar o jovem – As coisas vão da certo. Espero que dê mesmo.

-Espera... Onde está a Malia? – Judith sentiu falta de um dos jovens.

-Nossa, parece que todo mundo deu a louca de sumir... – Bianca balança a cabeça.

-Ela deve ta em algum lugar por ai. –Lilith.

-Assim esperamos – Charlie suspira – Já basta de mortes.

 

                           ***

Adam estava desesperado, não fazia menor idéia de onde estava, ou o que estava acontecendo. Só queria sumir dali, só queria desaparecer daquele lugar. Mas como iria sair? Se mal sabia onde estava, se tentasse escapar. Poderia morrer se ficasse ali iria morrer do mesmo jeito então resolveu procurar respostas. Antes de sumir do colégio ouviu Paige e Lavínia falarem algo sobre arquivos guardados na segunda torre – ele estava na segunda torre, precisava agora encontrar os arquivos, talvez pudesse ter respostas.

Continuou andando, com todo cuidado, no percurso acabou encontrando uma lanterna – graças aos deuses – testou. Estava prestando. ‘’Perfeito’’, PENSOU ‘’Posso encontrar os malditos arquivos’’. Sua mente martelava, precisava arrumar um jeito de sair daquele lugar – mas como? – não haviam portas de saída, apenas corredores com dormitórios, e mais corredores. Escadas; corredores; só isto! Parecia um labirinto. Quem quer que esteja prendido ali estava querendo deixá-lo louco. Continuou andando, até dar de cara com uma porta grande de ferro, vermelha. Logo a frente estava um rastro de sangue não parecia ser velho. Poderia estar recente, ainda estava fresco. Ele respirou fundo ‘’Seja esperto Adam’’ Implorava ‘’Não fraqueje, é apenas sangue, você já viu isso muito momentos de sua vida. Vamos abra a droga dessa porta’’.

Criou coragem, e foi aproximando sua mão esquerda da maçaneta. Sentia um frio, certo medo de qualquer forma Adam estava assustado, mas se fosse pra morrer, que morresse com a verdade. Um grande sofá vermelho ocupava espaço, o chão era de madeira Lustosa igual ao de Bellevue alguns aparelhos eletrônicos estavam espalhados de uma forma organizada. Neste momento Adam teve a leve certeza de que nunca estavam sozinhos naquele colégio – Alguém observava todos, tirou as conclusões quando viu que um dos monitores de TÊVE estava ligado e mostrava algumas das partes de Bellevue, a sala principal. Todos os jovens estavam reunidos em certo ponto. Naquele momento Adam sentiu um frio cobrir sua espinha ‘’Alguém vigiou este tempo todo’’Uma mesinha de centro com alguns aperitivos. Um controle remoto, ‘’Não existia espíritos, era alguém este tempo todo!’’ O que mais chamou sua atenção foi uma estante com alguns jornais, um quadro negro com vários recados e noticiários. Caminhou e pegou um dos jornais.

-Luca, 20 anos desaparecido. Nicolas e Madson, desaparecidos após saírem a passeio com alunos da faculdade. Os corpos foram encontrados em uma torre ao lado do colégio Bellevue.

Adam estava ficando louco, por que aquelas coisas estavam acontecendo?

-MALDITOS! – Adam gritava desesperado – Preciso sair daqui! Todos nós precisamos.

Adam revira todo o cômodo a procura de armas. NADA. Continuava procurando mais noticias na estante velha, com intenção de encontrar algo mais importante.

-Após matar o pai e a irmã, jovem com problemas mentais Samantha é internada em uma clínica para doentes mentais. Registros comprovam que a mulher tinha uma filha, e que sua suposta vingança foi por conta da perda. O nome da criança é Lavínia McLaren. A polícia ainda não descobriu de quem é o sobrenome da garota. A criança convive hoje em Bellevue.

Aquilo não podia ser verdade. Lavínia era parente dos donos daquele lugar? Por este motivo que ainda não morreu, por isto que ainda estava vivendo ali... Será que ela tinha envolvimento com as mortes?

-Mulher com suspeitas de esquizofrenia mata esposo e o filho de apenas dois dias de nascido. Depois de um ano escondendo-se da polícia, a mulher é presa.

Outra notícia chamou sua atenção.

-Mulher que assassinou esposo e um bebê de apenas dois dias de nascido consegue escapar do presídio central de Inglaterra. Não encontram pistas de onde a mulher pode estar.

Quando Adam olhou para a fotografia velha no jornal, sentiu seus pés perderem o equilíbrio ‘’Não poderia ser ela! Não poderia mesmo’’ Seu coração palpitavam rápido demais, suas mãos estavam ficando geladas. Adam deixa o velho jornal cair no chão dando alguns passos para trás, antes que pudesse responder o som de uma voz feminina que vinha por trás de sua nuca.

-Aonde pensa que vai gatinho manhoso?

Um tiro cortou o ar acertando o peito direito do jovem que caí no chão, sua visão estava turva. Outro tiro, desta vez foi certeiro em sua cabeça.

 

                           ***

Algumas horas mais tarde, Hudson caminhava com um senhor de meia-idade no salão da instituição, os jovens estavam espalhados em alguns lugares. Maya e Logan estavam juntos, os jovens pareciam não entender os motivos de Katerina ter se matado.

Caminhava em direção ao corredor isolado, o clima esta pesado e sombrio – triste também, não deveria ser Kat era uma garota tão quieta. Os dois não soltaram uma palavra sequer, o homem continuava a caminhar lentamente, com seu par de sapatos social olhando sempre para frente.

 

                          ***

Os pulsos de Violet estavam marcados – os ferimentos eram recentes, pois ainda sangrava. Estava de joelhos e seus olhos lacrimejavam. Soluços involuntários invadiam sua garganta a forçando a chorar. Tentou lembrar-se do que aconteceu dos motivos de ter se cortado. A única coisa que ganhava era dores fortes em sua cabeça – seus pensamentos estavam nublados ela não conseguiria se lembrar de nada.

Uma lágrima quente escorreu passando por suas bochechas, estava chorando de agonia. Seu quarto estava frio, mas Violet acostumara-se com aquele clima gélido, sempre foi o seu preferido.

 

                      ***

Ela estava no térreo olhando para baixo. Ninguém soube como ela havia ido parar ali, para ser sincero – ninguém notara sua falta talvez estivessem ocupados demais com todos os ‘’incidentes’’ que estavam acontecendo em Bellevue, mas Malia sabia que aquilo não era apenas incidente, era bem mais que isto. Eram assassinatos, e homicídios programados. Seus cabelos esvoaçavam com o vento. Olhou para baixo, era um prédio antigo de seis andares. Lá na parte de baixo não havia ninguém, todos estavam dentro do salão era cedo demais para saírem. Começou a pensar se iria sentir dor.

Árvores e mais árvores. Era tudo o que ela podia ver. Gramado, bancos e mais algumas coisinhas fúteis. Ninguém sentiria sua falta, só iria ser mais uma morte qualquer. Nada iria acontecer de sério. Seu vestido velho estava sujo de sangue. Malia estava tão magra, tão pálida tão leve e ao mesmo tempo tão louca.

-Será que vai doer muito? – Perguntou.

Os cabelos bagunçados em seu rosto, o suor, o sangue o cheiro forte de podridão. Já se fizeram algumas semanas de que não fazia sua higiene matinal.  Respirou fundo.

-Tem certeza de que isto é mesmo necessário? – Ela pergunta, não sabia se aquilo era a decisão certa que precisava tomar.

-Nesse estado em que você se encontra Malia, qualquer coisa é necessária. – Alex bufa, estava sentado no chão do térreo.

-Tem um zelador ali – Malia deu dois passos para trás – Eu não posso fazer isto...

-Malia! –Lizz levanta nervosa, coloca as mãos nos ombros da garota – Você precisa fazer isto.

-Não Lizz! Eu não preciso.

-Você já tomou remédios e não deu certo. A única coisa que aconteceu foi terem mandado você pra esse inferno, você sobreviveu Malia. – Ela respira fundo – Você tentou cortar os pulsos, e a única coisa que aconteceu foram essas cicatrizes horrorosas em seus braços. Acha mesmo que você vai conseguir morrer com esses ‘’assassinatos’’ ridículos? Se quiser se matar, se mate direito.

-Mas... E se doer?

-Não vai doer Malia! Olha quando um corpo de alguém vivo caiu de um prédio muito alto antes de ir de encontro com o chão a pessoa morre.

-Por quê?

-Porque você morre de susto por conta da altura e do vento, então você não sente absolutamente nada quando chega ao chão... Você já esta morta.

-Certeza?

-Claro que sim.

-Não vou fazer isto!

-Você não, mais eu sim – Lizz diz com um sorriso sombrio nos lábios.

- O que você vai fazer Lizz?

-Isto!

Antes que Malia pudesse sair da beirada do Térreo seu corpo caiu, como se fosse uma roupa branca sendo levada por um vento forte, a garota solta um grito estridente. Lizz observava com um belo sorriso nos lábios.

O sangue de Malia espalhava-se no chão de concreto, seus cabeços bagunçados estavam misturados com o sangue. Estava morta, sua cabeça estava com uma abertura enorme seus olhos estava abertos, sua expressão era de pura tristeza.

  

                           ***

Lizz desceu as escadas de emergência do térreo. Achou justo o que fez com Malia, ela não agüentava mais viver naquele lugar – foi mais que uma morte, foi uma salvação.

                           ***

O zelador estava pegando o beco que dava acesso ao pátio principal do colégio. Ele era o funcionário responsável pela limpeza da escola, ficava ciente de todos os equipamentos desde os de segurança até os de limpeza. Ele passou em frente ao corpo caído no chão sem vida. Olha com horror e se engasga com a fumaça de seu cigarro.

                            ***

Lizz de repente ficou confusa, aquela adrenalina passou rápido demais. Saiu correndo em direção da entrada do colégio. No caminho, viu uma mulher de vestido longo de cabelos lisos. Lizz não reparou muito bem, continuou correndo.

Quando chegou a seu quarto a primeira coisa que fez foi se olhar no espelho, estava com uma feição assustadora. Seus cabelos bagunçados e seu rosto recoberto de suor. Seu casaco marrom estava sujo de poeira por conta do corrimão velho da escada de incêndio.

Despiu-se de suas roupas e entrou rapidamente de baixo do chuveiro. Lavou bem os cabelos, e seu corpo. Não queria mais se lembrar do que havia feito – querendo ou não ela foi à única responsável pela morte de Malia.

Depois de ficar bom tempo na água morna, saiu secando seu rosto. Sua aparência estava bem melhor. Deitou em sua cama e passou a encarar o teto. Sentia-se inútil demais.

 

                          ***

Malia era uma menina adorável, todos no colégio diziam aquilo. Mas quando o zelador viu seu corpo caído, e entrou correndo desesperado na sala principal o clima mudou. Primeiro Adam, depois Kat, e agora Malia? O que estava acontecendo naquele lugar?

E mais uma vez a equipe fuxiqueira de jornalismo estava em Bellevue para pegar as notícias ruins e tentar dar um grande IBOPE.

Malia sofreu bastante com a morte de sua irmã Mary, a jovem faleceu de câncer no ano de 2008. Desde então Malia não sabia o que fazer – abriu os braços e aceitou que a depressão chegasse com tudo. Precisou ficar longe da escola por conta de seus problemas depressivos.

Malia tinha uma risada deliciosa, e um jeitinho amável. Sempre foi muito amiga de todos do colégio, mas de uns tempos para cá Malia voltava com sua depressão, ficava muito tempo trancada dentro de seu dormitório e só saia quando necessário.

Desde então Malia se tornou melhor amiga de Hannah. – Hannah sabia que sua amiga iria lhe fazer falta, muita falta. E ela não podia passar tanta raiva assim. Acariciava sua barriga com cuidado, para Hannah engravidar foi um milagre sua vida poderia melhorar com a chegada daquele bebê – ela era fértil, já havia feito diversos exames e todos eles apontavam o mesmo resultado. Hannah não podia engravidar, mas agora tudo havia mudado, ela traria uma vida para aquele lugar.

 

                     ***

O clima do colégio estava tão pesado. Rosenberg não sabia mais o que fazer as coisas estava saindo do controle, duas mortes em dias alternados e dois corpos para enterrar. Antes de entrar naquele lugar horroroso Rosenberg era chefe de cozinha. Casada com uma bela casa, seu sonho era poder engravidar, mas quando descobriu ser estéril sentiu a depressão lhe pegar de jeito.

Decidiram que queria adotar uma criança, Rosenberg sempre sonhou em ser mãe.  O processo de adoção era muito lento – enquanto não podiam levar a criança para viver com o casal, sempre iriam visita-lá às vezes saíam os três juntos como uma bela família – Eles eram uma verdadeira família – passeavam e davam gargalhadas. Queriam adotar um belo garoto de olhos castanhos e curiosos.

Alguns meses passaram e finalmente a adoção foi aceita, o casal ficou tão feliz. Levaram o jovem rapazinho para seu novo lar. Rosenberg guiou o menino até o quarto que seria seu, as paredes eram pintadas de um azul celeste, alguns ursos de pelúcia e carrinhos de controle remoto enfeitavam o lugar – cortinas de ceda enormes e brancas com aviões desenhados; um carpete bege macio enfeitava tudo. Os moveis eram de madeira rústica decorativa. Rosenberg e seu marido Steven estavam empolgados com a criança, os dois conversavam com o menino e enchia ele de beijos, os três davam gargalhadas.

Carlos adorava ter um pai e uma mãe.

No aniversário de oito anos de Carlos, ele ganhou o melhor presente de todos: Uma irmãzinha.

Da mesma forma que Hannah engravidara por um milagre, Rosenberg também. A mulher que outrora não poderia nunca engravidar estava esperando um bebê menina. Não fez nenhum tipo de tratamento, foi tudo um grande milagre.

Nos primeiros meses com a chegada de Bianca, Carlos ajudava sua mãe com tudo. Ele era um ótimo filho. Rosenberg adorava saber que o filho não se sentia rejeitado com a chegada de sua irmãzinha, muito menos sentiu ciúmes.

Carlos e Bianca se davam muito bem. O pequeno Carlos adorava mimar sua irmãzinha mais nova, os dois viviam juntos, eram dois melhores amigos inseparáveis.

Após quatro anos Carlos levou Bianca para brincarem juntos no quintal, era uma sexta-feira de primavera tudo estava bom o suficiente.

Rosenberg havia saído para pegar mais brinquedos, e algo para as crianças comerem.

Carlos brincava com um de seus carrinhos, enquanto sua irmã Bianca de três anos brincava perto da piscina da casa da família. Uma de suas bonecas acabou caindo na água, na tentativa de ir pegar a boneca Bianca acabou caindo. Carlos estava distraído demais não viu nada, só pode ver depois que sua irmã caiu, a garotinha estava se afogando. O garoto apavorado grita seus pais. Rosenberg ouve e sai correndo de dentro da casa indo até o quintal onde os dois irmãos brincavam. A mulher podia ver o desespero de seu filho adotivo, olhou então pra piscina e entendeu o porquê de tanto desespero. Bianca estava se afogando. Sem pensar Rosenberg acaba saltando na água para pegar a filha, em questão de segundos o corpo parou de se debater. A mulher estava com a pequena criança em seus braços, a menina estava tão quieta, tão parada...

Carlos gritava, e chorava desesperado. Enquanto sua mãe matinha o olhar congelado em sua irmã. A pequena estava inconsciente.

Rosenberg saiu correndo para o interior da casa pegando seu telefone e ligando para a ambulância. A ambulância havia chegado e acabou levando os três para o hospital. Bianca conseguiu sobreviver, mas acabou entrando em coma, e com o passar do tempo as esperanças dos médicos e de sua família iriam indo embora.

Todos os dias depois das aulas, Carlos ia para o hospital observar sua irmãzinha.

Ela não falava... Não se movimentava, parecia estar dormindo em um sono pesado.

Steven e Rosenberg estavam preocupados com o filho. O garoto não se alimentava direito, muito menos dormia direito. Toda a noite acordava o casal aos gritos. Os dois tentavam fazer com que a criança não sentisse tanta culpa assim, afinal ele não foi o culpado – foi um acidente e acidentes acontecem todos os momentos.

 

Os anos foram passando-se e Bianca acabou falecendo. Rosenberg não agüentava mais, tomava exatamente nove comprimidos, mas não estava adiantando nada. Não sabia mais o que era sorrir, perdeu sua família. Seu filho Carlos sofreu um acidente de carro com o pai, Rosenberg ficara sozinha.

 


Notas Finais


Bom, como eu disse no desafio ''TODOS DEVEM RESPONDER QUEM VAI MORRER'' Alguns responderam, e responderam errado. Outros eu nem sei se leram os capítulos, mas eu não vou julgar ninguém até porque eu sei como é. Mas eu disse ''A resposta está nos capítulos'' E realmente, tinham dicas espalhadas em todos os capítulos. Tanto que no capítulo anterior a resposta estava no comentário.
Quem disse que quem iria morrer seria a Violet errou, e errou feio. Quem morreu foi a Malia.
Teve alguns que disseram que não conheciam os personagens era só ler os capítulos. EU VOU DIZER MAIS UMA VEZ, NÃO VOU JULGAR NINGUÉM AQUI. Mas você que fez sua ficha, e não leu os capítulos anteriores eu vou te dizer que você está bem fodido, porque tudo depende de você. Gente é trabalhoso escrever tudo isto, as vezes vamos dormir tarde por causa da história, os capítulos não estão lá essas coisas mas estamos nos esforçando e a melhor coisa na vida de um escritor é saber que tem alguém lendo sua história, todos os capítulos de verdade.
Meus doces eu não digo de todos, talvez eu possa estar errada, mas poxa custa ler? Vai cair os olhos? Ou as mãos? A nossa fanfic está chegando na reta final, e machuca também matar alguns personagens. Machuca pra caramba, mas eu quero dizer que não é porque seu personagem vai morrer que ele não seja importante. Os que irão morrer para o final são bem mais importantes ainda já deixamos cada um com uma missão diferente.
Pessoas que fizeram as fichas e simplesmente sumiram, já perderam as oportunidades de tentarem se salvar, aqueles personagens que ainda não apareceram, relaxem vocês vão aparecer. Respirem fundo, e não pirem okay? Eu e titia Duda vamos encaixar todo mundo.
Este capítulo eu e Duda fizemos juntas. Bom, como eu disse meus anjos agora sempre vai ter um desafio novo pra ter certeza de que estão acompanhado e também pra gente descontrair um pouco.
A pergunta é:

Quem é a mulher que assassinou o esposo, e um bebê de apenas dois dias de nascido?

Dicas: É uma mulher, não uma adolescente de 17 anos. Prestem bastante atenção.

TODOS, EXATAMENTE TODOS deverão responder esta pergunta ''Eu não sei'' Leia os outros capítulos ''Continuo sem saber'' Chute, vai na sorte.
Vocês têm até quinta-feira para responderem isto. Respostas nos comentários por favor. Vocês estão ganhando uma nova chance... Não vão desperdiçar assim.

Beijos, e boa sorte :3


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