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História Bellevue - Part. II


Escrita por: iWitch , DoceVersos e harleyskwad

Notas do Autor


Oi, oi, parte dois pessoal. Bom, infelizmente estamos naquela parte de: Matar personagens.

Capítulo 30 - Part. II


PART. II

Depois de muito tempo desacordado, Hannah começara a se movimentar. Parecia estar com milhares de pedras por cima de seu corpo fino, dores de cabeça. Suas pernas, ela não estava sentindo elas. Hudson lança uma enorme pedra contra a cabeça de Wesley, o jovem caí no chão desacordado, sangue escorria, um enorme ferimento estava aberto.

-Ele é um grande inútil – Hudson diz com repugnância, enquanto balança as mãos para o ar. Naraa estava chocando com o que viu, Viollet não entendia o móvito que sua mãe havia feito aquilo – Levem o corpo dele para o porão! – Ordena enquanto coloca as mãos na cintura – Ele não vai fazer falta mesmo.

Dois homens fortes com braços tatuados pegavam Wesley pelas pernas, e levou ele para o porão.

-Viollet! – Hudson estava sentada em uma poltrona negra de camurça.

-Sim ma...

-Nem pense nisto! – Hudson repreende a jovem.

-Sim, Srt.Hudson.

-Isto mesmo – Seus dentes eram brancos o suficiente, servia-se com vinho tinto – Bem melhor. Vejo que está aprendendo Viollet, agora vai! Sabe muito bem o que fazer.

 A velha excitou um pouco quando notou a pequena criança recém-nascida nos braços de Viollet, a menina estava sem luvas e suas mãos cresciam pelos enormes. Hudson odiava a filha, desde o primeiro dia em que ela nasceu. Mas a bebê de Hannah era uma linda criança! Uma criança que deveria ser de Hudson, o bebê com que a velha sempre sonhou: Pele morena clara, cabelos ondulados, e os olhinhos pequenos e negros como a escuridão. Sempre que encarava Viollet lembrava-se daquela criatura asquerosa que um dia saiu de dentro de seu útero, coberta por um liquido preto viscoso, e cheia de pelos. Nenhuma mãe merecia passar por tudo que Hudson passou.
 

-Minha bebê – Hudson dizia sorrindo – Minha pequena bebê.

Olhou para Naara que estava em um canto da sala, com os braços cruzados.

-Vamos logo, o que está esperando? Leve minha filha para a enfermaria.

-Sim senhora. – Naara acenou em um gesto positivo com a cabeça.

-Ah, Naara – Hudson diz fazendo a mulher parar no meio do caminho.

-Senhora?

-Cuide bem de minha filha, está me entendendo? Não pense que eu me esqueci do que fez com suas duas filhas gêmeas.

-Faz muito tempo... – Naara sussurra – Senhora.

-Dane-se, se machucar minha filha, irei machucar você.

-Certo, senhora.

 

 

                                                                           ****

Maya ainda soluçava Matthew quem guiava todo o caminho, ás vezes saia correndo outras vezes só caminhava rápido demais. Pareciam estarem andando ali por muitos dias, mas o que eles não sabiam era que caminharam por apenas alguns minutos.  Encontraram a arma, e uma lanterna. Passavam por um corredor imenso de paredes metálicas, e lâmpadas fluorescente – Maya não dizia uma palavra sequer, continuava chorando, soluçando. No fim havia um enorme elevador, nas portas estavam marcas de sangue... As portas metálicas foram abrindo-se aos poucos, quando um corpo saiu, todo coberto, sua pele estava saindo mostrando a carne viva.

Pulou contra Maya a jovem caiu e rolou no chão. A criatura soltava saliva em seu rosto, enquanto Maya tentava empurrar, e balançava o rosto de um lado para o outro, começou a ficar desesperada, gritava assustada sem saber o que fazer. Tentava a todo custo afastar a criatura de cima de seu corpo. Era um jovem! Um jovem com o corpo completamente acabado, seu rosto estava esfolado, Maya coloca suas mãos no rosto daquele troço, afastando ele dela. Era impossível, sentia o sangue escorria por entre seus dedos, carne podre era o cheiro que a criatura exalava.

-MATTHEW! – Maya gritava descontrolada enquanto se debatia no chão – ME AJUDE!

O jovem não pensou duas vezes, atirou, uma; duas; três vezes naquele ser horrendo, viu as balas atravessarem seu corpo, e depois caiu de um lado sem vida. O silêncio tomou conta do lugar, Maya continuava caída no chão depois de um tempo suspirou, sentindo que ainda esta viva. O elevador estava com as portas abertas.

-Você está bem? – Matthew pergunta oferecendo as mãos para que Maya conseguisse levantar.

-Se fosse por você! – Ela diz sacudindo as roupas – Eu com toda certeza estaria morta – Caminhou em direção ao elevador – Você vem ou vai ficar?

Depois de um tempo, as portas metálicas foram fechando aos poucos. E então o elevador foi descendo os andares restantes. O elevador fedia, tanto...

-Você lembra o caminho que usamos para vir pra cá? – Matthew questiona.

Maya continuava calada.

O elevador para, as ferragens pareciam estarem enferrujadas – outro barulho – desta vez mais altas, de repente o elevador balança em um movimento violento. Maya cai para o lado esquerdo, enquanto Matthew apoiava-se em uma barra de ferro.
Algo afiado arranhava contra o metal, um grito fino feminino. As luzes que estavam dentro daquela caixa de metal piscaram algumas vezes, e logo em seguida apagaram – depois de alguns segundos tudo voltou a ser clareado, mas havia mais alguém ali além de Matthew e Maya. Uma mulher de cabelos longos e negros.

A criatura se balançava de um lado para o outro. Parou. Levantou o rosto lentamente, encarando os dois jovens, dando um sorriso de canto de boca.  

Os fios do elevador foram cortados um por um. Os dois jovens foram com seus corpos para o chão com toda força, a queda parecia não ter fim. O elevador atingiu o chão. Maya bate a cabeça com toda força contra um pedaço de ferro que estava caído no chão. Sua visão foi ficando embaçada, tudo ao seu redor estava escurecendo, a última coisa que viu foi Matthew gritando enquanto aquela coisa pulava sobre ele.

 

 

                                                           ****

 

-Como está Hannah? – Viollet pergunta para Naara.

-Ela precisa descansar – Naara sabia que Viollet não era alguém de confiança, poderia virar contra ela e Hudson rápido demais.

-Hum, então quis dizer que tudo deu certo?

-Não – Naara parecia esconder algo – A criança morreu, respirou por alguns segundos depois o coração parou – A doutora havia mudado seu semblante, agora estava séria. Viollet sabia que se sua mãe descobrisse que a criança morreu, iria entrar em desespero.

                                           ****

-Charlotte! – Jimin sacudia as jovens pelos ombros – Me diga agora!

-EU JÁ DISSE QUE NÃO SEI DE NADA – A menina estava desesperada, colocando as mãos nos ouvidos.

-A deixa em paz cara! – Michael se meteu, mas logo nota uma arma apontada em direção de sua cabeça.

-Não se mete! Ou eu mato vocês dois.

-O que está acontecendo aqui?!

Charlie aparece no terceiro degrau da escada de madeira.

-Não está acontecendo nada Charlie! Fica aí calminho na sua – Jimin continuava falando enquanto apontava a arma na direção de Michael.

-Onde foi que conseguiu isto Jimin? – Charlie era um cara brincalhão, mas existiam momentos para brincadeiras. – Abaixa essa arma.

-Já falei que está tudo sob controle! – Jimin estava com a voz embargada.

-Ele quer matar Michael e Charlotte – Lilith diz nervosa, escondendo-se por trás de uma almofada colorida.

-Isto é verdade? – Charlie encara Jimin rangendo os dentes.

-Sim! É verdade.

Charlie da mais dois paços mas logo é surpreendido por um tido que acaba acertando um jarro de flores fazendo com que ele estraçalhasse.

-JÁ FALEI QUE ESTÁ TUDO SOBRE CONTROLE!

Todos os jovens que estavam na sala assustaram-se com a atitude do garoto. Charlotte estava desesperada, soluçando alto o suficiente por conta do medo.  Lavínia estava desesperada, tremia constantemente.

-EU SÓ QUERO SABER ONDE É QUE MINHA MULHER E MINHA FILHA ESTÃO! – Jimin estava com tanto ódio, que suas bochechas ficavam vermelhas.

-Calma cara, as coisas não precisam ser assim – Charlie continuava tentando acalmar a situação.

-EU SÓ QUERO VER ELA OUTRA VEZ, EU NÃO QUERO MACHUCAR NENHUM DE VOCÊS, ENTÃO SE SABEM ONDE ELA ESTÁ. DIGAM!

-Pessoal eu tenho uma coisa pra falar... – Logan entra na sala sorrindo com Joshua ao lado, mas logo param no meio do caminho quando ver aquela situação. – Opa, o que está acontecendo aqui?

-ELES SABEM ONDE ESTÁ HANNAH.

-Vocês sabem? – Joshua pergunta.

-É lógico que não, se soubéssemos teríamos dado um jeito de encontrar ela. – Judith irmã de Lilith diz com as mãos nas da irmã.

-ELAS SABEM SIM, OLHA AQUI SE VOCÊ NÃO FALAR ONDE ELA ESTÁ O DOUTORZINHO MORRE! – Apontou a arma mais uma vez, só que desta vez mudando de alvo, desta vez foi em direção de Logan.

-Se você atirar nele eu juro que arranco sua cabeça de seu pescoço – Aquela voz fez todos olharem para trás.

Todos se assustaram ao ver Maya com Matthew em seus braços.

-Maya...-Loga sussurra ao ver a jovem amada. Ela conseguia se destacar até quando não queria.

 

                     *ALGUMAS HORAS ANTES DE MAYA  E MATTHEW APARECER*

Matthew estava em um lugar completamente escuro. Seus braços estavam amarrados em uma cadeira, sua respiração estava ofegante. O suor escorria gelado por todo seu rosto, em alguns minutos ouve sons de passos. Fechou os olhos com força pedindo para que tudo aquilo fosse mentira.  Mas não era os paços continuava desta vez mais alto então ele acha melhor abrir os olhos, e em sua frente estava uma garota de cabelos longos. Sua pele era cinza como se estivesse morta, e a ponte dos dedos de suas mãos era arroxeado, ela encostava a mão direita no braço de Matthew, sentiu uma corrente gelada percorrer por todo o seu corpo – Ela era um gelo – Soltou um grunhido fino e baixo, então caminhou na direção de um pedaço de tabua preso em uma parede velha.

-Me desculpe – Diz ela com a voz assustadora.

Lágrimas escorriam de seus olhos, a garota estava assustada.

-Tiraram-me dos braços confortáveis de minha querida mãe, e me jogaram neste lugar imundo.

A garota passava a navalha da faca em seus braços brancos e continuava seria.

-Não existe saída, não daqui...

                                                             ***

Maya abriu os olhos, ainda estava jogada no piso do elevador. A caixa velha metálica estava toda destruída, um forte cheiro de fios queimados e poeira estavam presentes no ar, Maya sentou com dificuldades no chão, tentando se lembrar de tudo que aconteceu – Matthew, o garoto fofoqueiro foi arrastado para algum lugar, foi tudo que Maya lembra. Ferragens espalhadas por todos os cantos, ela estava um lixo, sua roupa estava imunda e andava com certa dificuldade, observou sua coxa, estava ferida e sangrando. Maya rasgou um pedaço de sua blusa e amarrou com força no machucado para estacar o sangue.

-Droga!

Caminhou com certo cuidado, apoiando-se nas paredes velhas, depois de sair do elevador, viu que o corredor era bem suspeito, reconheceu que haviam passado por ali antes de virarem iscas, era o corredor que dava acesso ao Bellevue, Maya poderia sair correndo e voltar para o colégio, mas se lembrou de Matthew, ele precisava de ajuda. Deixou seu corpo deslizar pela parede, e chorou, chorou enquanto sentia dores em sua perna, sabia que precisava sair dali, mas também sabia que Matthew precisava de ajuda.

-SOCORRO – Ouviu um grito, então logo reconheceu a voz, era Matthew, e estava por perto. Maya sentiu uma ponta de esperança, viu que a amar que usavam estava perto das ferragens velha do elevador, levantou mais uma vez com certa dificuldade, e tomou o objeto em suas mãos.

Caminhou com certa dificuldade, arrastando a perna, mas apreçou os paços. Virou a esquerda, e entrou em um corredor, algumas luzes funcionavam três na verdade as outras quatro estavam piscando, cacos de vidro estavam quebrados por todo o chão – marcas de sangue nas paredes, virou novamente em um novo corredor desta vez em sua direita. Continuou andando até que entrou em um quarto sem porta, Maya andou rapidamente na, até que ouviu sons de paços.

-Não vai doer nada – A voz de uma garota - Eu prometo.

-Por favor, não faça isto – Matthew implorava.

Maya continuou, até que apareceu no cômodo. Encontrou a mesma garota que assustou os dois no elevador apontando uma grande faca na direção de Matthew, antes que ela perfurasse o garoto, um tiro ecoou fazendo alarde. Acertando na cabeça da garota, seu corpo caiu sem vida no chão. Matthew respira aliviado.

-Vamos logo – Maya diz em alta voz, mostrando o corredor vazio.

-Graças a Deus, você voltou.

-Pensei dez vezes em voltar.

-Nossa.

-Vamos logo.

-Me ajuda.

-Olha Matthew eu vou te falar só mais uma vez! Nós estamos correndo perigo, os outros alunos também correm então faça o favor de tirar essa carcaça de cima desta maca e vir andando, porque se aparecer mais uma criatura aqui eu juro que te deixo morrer. E desta vez eu estou falando sério.

Maya nem esperou o garoto terminar de falar e foi andando.

-Ei, espera!

-Venha logo.

Ela grita no corredor.

 

                                                           ****

-Deus age da melhor maneira Hudson.

Naara dizia com tanta tranqüilidade, Hudson parecia estar odiando tudo aquilo, sua veia pulsava, o suor escorria de sua testa, ela sabia que iria explodir a qualquer momento.

Levantou, e caminhou para a maternidade desativada, um lugar ruim, nenhum funcionário alem de Naara e Hudson entravam ali. Lá dentro existiam restos de bebês dentro de potes e morfina. Todos aqueles bebês morreram após partos forçados, no total quarenta e cinco potes, Hudson era completamente louca, quantas mulheres e adolescentes morreram em suas mãos? Inúmeras. Ao lado de Hudson, em uma caminha qualquer estava o corpo de uma garotinha de mais ou menos cinco anos, morta também. Seus cabelos eram cacheados da cor castanha, pele morena. Usava um vestidinho de bolinha e calçava um par de sapatos lustrosos.

-Era uma ótima filhinha – Hudson diz ajoelhando-se nos pés da cama da garota - Morreu tão cedo, eu amava ela Naara, amava minha pequena.

-Se permitir dizer, a semelhança entre vocês é mútua.

-Era uma criança saudável.

-Muito bela senhora...

-Era uma criança perfeita – Hudson acaricia os cabelos cacheados da pequena garotinha – Em todos os sentidos, era linda, uma filha linda.

 

                                                                    ****

Hudson estava com as pernas para cima abertas. Doutor Thiago um cirurgião famoso estava responsável pelo parto, o esposo de Hudson estava presente, na mansão todos os empregados esperavam ansiosos pela chegada de Viollet a filha mulher do casal.

-Mais um pouco de força Srt.Dora – Thiago dizia – Está quase saindo, falta pouco.

Hudson se contorcia de tanta dor, enquanto Thiago e seu esposo estavam presentes. De repente Hudson sentiu sua barriga esvaziar, então notou que a criança havia nascido, mas não gostou do olhar de Thiago e de seu esposo.

-O que foi? – Ela perguntou – A criança está viva, não está? – Os dois homens continuavam calados, Hudson estava ficando nervosa – Digam algo!

Não agüentou a curiosidade então levantou a cabeça para ver do que se tratava. Ainda presa no cordão umbilical estava uma criatura completamente feia, sua pele era cinza e de sua boca escorria um liquido negro, a ‘’criança’’ gemia, seus olhos eram enormes amarelados. De súbito Hudson saltou da cama soltando um grito, apavorada ao ver aquela coisa estranha perto de seu corpo.

-Mate este demônio! – Hudson entrou em completo desespero, lançando todos os moveis que estava em seu quarto, quebrou alguns jarros de flores, e porta-retratos.

Thiago segura a mulher pelos braços, tentando fazer ela se acalmar, uma das empregadas entra no quarto desesperada, e se assusta ao ver a criatura na cama, chorando mexendo as mãos.

-MATE! –Hudson gritava –MATE ESTE TROÇO MARIA!

-Acalme-se Hudson! – Seu esposo implorava.

-MATE ESSA DESGRAÇA.                                              

Thiago com certa dificuldade tirou de seu kit de emergência um liquido em um pequeno vidrinho, logo em seguida preparou uma injeção.

-Isto vai a fazer dormir por algumas horas.

 Depois de explicar, aplicou o remédio na veia de Hudson, dentro de alguns segundos a mulher dormia.

Meses foram passando. E Hudson sempre culpava seu filho David por tudo aquilo. Viollet recebia cuidado dos empregados, e de seu esposo. Hudson nunca sentiu vontade de segurar a filha em seus braços, sentia grande arrependimento por ter feito aquele maldito pacto. 

David brincava com a irmã, já que seu pai impedia a criança de sair de casa, sentia medo e receio do que as pessoas iriam pensar ao verem aquilo.
Os amigos da família já não freqüentavam a mansão, nem para conversar. Os outros familiares também não se importavam com nada.

 

 

-Por que você é tão feia?! – Hudson aproveitou a ausência do marido para atacar Viollet, a garotinha já completava cinco anos de idade.

Continuava calada, encarando Hudson com os olhos assustados.

-ME RESPONDA VAGABUNDA! – Hudson esfregava o rosto da garotinha nos lençóis da cama – POR QUE VOCÊ É ASSIM? POR QUE PARECE UM DEMÔNIO?

-Pare mamãe – Implorava com lágrimas nos olhos.

-VOCÊ QUER QUE EU PARE? – Dava beliscões nos braços da garota. A menina era magra com manchas rochas no corpo – Peça desculpas Viollet.

Ela permanecia calada, assustada.

-Peça desculpas por ser feia! – Hudson ordenava enquanto pegava nos cabelos da garota com força, arrastando a menina pelos cabelos até chegar ao alto da escadaria, os empregados estavam na parte de baixo da casa cuidando dos afazeres.

Mas logo pararam para observar Hudson com a garotinha, à menina soluçava, os empregados ficaram desesperados com tudo aquilo. A menina poderia ser feia, mas todos ali tomaram amor por ela.

-VIOLLET TEM UM RECADO PARA DAR – Hudson ria de uma maneira louca – NÃO É MESMO VIOLLET?

-Não sei...

-AH VOCÊ NÃO SABE? – Acertou um tapa forte no rosto da criança, fazendo seu nariz sangrar.

-A deixe em paz senhora. – Maria bradava em alta voz.

-SE NÃO VAI ACONTECER O QUE MARIA? – Hudson falava com autoridade – DIGA VIOLLET, do jeitinho que mamãe te ensinou – Apertava o braço – Diga para que todos ouçam: Perdoe-me mamãe por ser tão feia assim. DIGA LOGO!

-Me desculpe mamãe... Por ser tão feia.

Hudson ria com alta voz.

-NÃO! – Pegou a jovem e jogou ela escada abaixo.

-HUDSON NÃO FAÇA ISTO! – Um dos empregados disse, correndo em direção do pequeno corpo que estava agora no chão, a garotinha estava desacordada.

-Ela deve morrer- Hudson diz, então vai em direção de seu quarto, deixando todos sozinhos.

 

                                                             ****

— Irmão... — A garota sussurrava entre as lágrimas — estou morrendo. Salve o resto do pessoal... Eu e meu filho estamos... — Suspirou, deixando cair o telefone e então, se entregando ao sono eterno.       

                                                      ****

Depois que Hannah contou toda história para Joey ele não pensou duas vezes se não pegar o carro e cair na estrada. Sua mente girava de tanta preocupação, ele não sabia o que estava acontecendo, e se arrependia de ter abandonado Hannah, ele possuía mais uma preocupação, sua amada Amylee estava grávida, ele não podia deixar nada acontecer com a criança e com sua namorada. Pisou no acelerador enquanto os pneus do carro cantavam.  Seguindo rapidamente para fora da estrada, o trânsito estava uma merda.

                                                        ****

Wesley estava preso no porão, seus olhos estavam fechados e ele cantava algo em outra língua, como se fosse uma prece.

                                                            ****

Maya contava tudo o que aconteceu aos jovens. Jimin juntamente com Charlie após soltarem Hannah, e dado tiros nos capangas de Hudson, procuravam um lugar seguro para deixar a jovem, sabiam que cedo ou tarde Hudson descobriria e o seu ódio seria maior.

                                                           ****

Na estrada os pneus do carro rasgavam enquanto Joey ultrapassava o limite. Um carro funerário vinha atrás de Joey, ele acelerou ainda mais. Pisou ainda mais no acelerador.

                                                           ****

Em Bellevue, Judith procurava um jeito de fugir da escola, precisava encontrar uma falha, e talvez pudesse ajudar os colegas. A jovem não notou, achava que estava sozinha no quarto, não viu quando Viollet entrou e escondeu-se por trás da porta.

                                                           ****

-Naara e Wesley estão por trás de tudo isto – Maya dizia enquanto caminha de um lado para o outro.

-Isto é loucura. – Charlotte comenta.

-Sim, é mesmo. Lavínia preciso falar com você – Maya parecia estar agoniada.

Ouviram passos rápidos em direção da sala enorme. Todos olham para trás.

-Não consigo encontrar ela em lugar algum – Rosenberg estava desesperada – Não fiquem separados, fiquem todos juntos.

-Como assim? – Lilith chorava – Como não encontrou minha irmã?

 

                                                                       ****

Judith ainda estava perto do parapeito, só que desta vez estava sob uma cadeira. Com os olhos fechados, lágrimas rolam por seu rosto, molhando suas bochechas, a brisa leve batia em seu rosto, bagunçando seus cabelos. Ela não agüentava mais aquilo.

Viollet saiu do seu esconderijo correndo em direção de Judith, a jovem perdeu o equilíbrio, tentou segurar algo para não cair, mas o pior aconteceu. A cadeira caiu por cima de sua cabeça, por conta da altura, da velocidade e pelo fato da cadeira ser um objeto de madeira.

Paige que estava no quarto ao lado, ao ouvir um som estridente no dormitório ao lado, resolveu levantar de sua cama, sentiu os cabelos arrepiarem-se por conta do piso gelado, abriu lentamente a porta do quarto, de Judith aberta.

-Judith? – Chamou caminhando lentamente,  empurrou a porta, mas a garota não estava no quarto. – Eu estou entrando...

Achou estranho, não havia ninguém no quarto, mas a janela estava abeta. E a porta encostada, Judith nunca deixou seu a porta aberta quando não estava em seu dormitório. Aproximou-se da janela e quando olhou para o gramado, a cena que viu foi desesperadora.

Judith estava caída no gramado, seu pescoço retorcido, sua perna esquerda estava por cima de seu braço direito, com toda certeza ela havia quebrado no mínimo metade dos ossos, sua coluna estava torta – ela estava imóvel, seu sangue escorria manchando o gramado.

 

                                                          ****

Hudson esbarrava pelos corredores, olhando desajeitadamente pelos cantos. Chegou até o telefone e se encolheu, discando o número. Bufou como ele demorava a atender.

— Pronto.

— David, Samantha descobriu. Venha logo para cá. Não hesite em...

O barulho do vidro quebrando foi muito alto. Hudson deixou o telefone cair do gancho, encolhendo-se. Foram ouvidos tiroteios para todos os lados, era horrível. Havia homens de máscaras horrendas atirando para todo lado. Hudson não conseguia se mexer, estava paralisada. Os homens pararam de atirar e seguiram em fila, abrindo espaço. Do mesmo surgiu um homem e ao lado dele uma mulher, então Hudson reconheceu os mesmos: eram Joey e Amylee.

— Você... — Joey ria, de maneira totalmente paranoica — Você matou minha irmã, sua vagabunda. — Joey apontou a arma para a cabeça de Hudson, que ainda se encontrava paralisada. — ELA IA TER UM FILHO! — Gritou, chutando a perna dela. Suspirou, limpando as poucas lágrimas que ali corriam — O que foi feito... Já está feito. Vamos acabar logo com isso.

Ouviu-se um tiro, e Hudson já estava morta. Joey e Amylee olharam para trás, todos estavam olhando admirados.

— Que foi? — Amylee revirou os olhos — Ela era suja.

Maya riu escandalosamente.

— Querem sair daqui? — Joey questionou, pegando uma metralhadora extra que seus capangas tinham e jogando nas mãos de Maya. — Então acho melhor se apressarem. — Maya deu um sorriso malicioso, Joey parecia bem mais atraente agora.

Amylee distribuiu o resto das armas, a noite seria longa.

Todos ouvem então os gritos de Paige.

-O que foi isto? – Amylee questiona enquanto colocava sua arma em punho.

-Vamos ver! –Joey diz caminhando na frente, subindo todas as enormes escadas. Iam em direção do grito. Todos estavam ligados em qualquer barulho suspeito, afinal, poderia ser uma armadilha.

 

                                      ****

Quando Joey entrou no quarto de Judith, encontrou Paige em estado de nervos. Ela estava desesperada, os outros jovens também por conta do nervosismo da garota. Alguns tentavam acalma – lá, mas era inútil, ela não parava com os gritos. A única coisa que conseguia dizer era que encontrou o corpo de Judith já sem vida no jardim.

Lilith entrou em estado de choque, Logan havia feito curso de primeiros-socorros, nem precisou de muita coisa para saber que Judith estava morta.

-Ela se jogou do parapeito – Ele explicava aos jovens, enquanto examinava o corpo da jovem que agora estava em uma maca – Teve fraturas grave na coluna, e descolou o pescoço. Não agüentou porque com a força do impacto o pulmão acabou todo destruído.

-Como ela se jogou do parapeito? Alguém a jogou – Lilith dizia enquanto seu corpo tremia, chorava desesperada, enquanto Bianca tentava acalmar.

-Como? Todos estavam presentes Lilith, ela se jogou. –Rosenberg  sibila – Tudo ficara bem meu bebê.

Matthew e Maya se entreolharam por um instante.

-Nem todos – Matthew diz, todos prestam atenção.

-Como assim? – Amylee pergunta sem entender.

-Viollet não estava na sala com a gente. – Maya responde – Ela sumiu por um bom tempo, não acham isto estranho?

-Onde ela está? – Joey pergunta carregando a arma.

-Térreo, segundo corredor, quarto 3B. Era lá que ela ficava, quando não estava com vocês - Rosenberg responde – Mas tomem cuidado, creio que ela não está sozinha. Ainda mais que a mãe foi morta, ela se escondia por de trás de sua saia.

-Viollet nunca esteve sozinha, não precisava da mãe pra nada. Ela sempre soube se defender – Matthew continua – Lemos todos os arquivos dela, e descobrimos que alguém com ordem maior toma conta dela, então se ousarmos encostar um dedo se quer no fio de cabelo da cabeça daquela garota, seremos cadáveres.

 

                                         ****

Naara estava desesperada, Hudson havia morrido, e não podia fazer mais nada. Sabia que se permanecesse ali, a próxima a morrer seria ela. Levantou-se da cama com certa dificuldade, suas pernas estavam marcadas, nas últimas duas semanas acabou mutilando-se e precisou de pontos. Mas mesmo assim, forçou-se de pé. Abriu o pequeno armário de roupas que ficava no seu quarto, observaram os poucos vestidos que um dia David havia lhe dado de presente. Pouquíssimos. Observou seu reflexo no espelho, por que ela havia feito tudo aquilo? Por que aceitou fazer parte daquele plano imundo de Hudson? Aquela vingança. Perdeu anos de sua vida, e um dos bens mais preciosos: O amor e reconhecimento de suas filhas, Judith e Lilith. Seus pulsos estavam abertos e doloridos, ardia muito, mas queria tirar aquela camisola imunda, decidiu que iria sair de Bellevue, mesmo que aquilo custasse o pouco de vida que tinha valia à pena arriscar. Naara puxava o vestido por cima de seu pescoço, mas ele embolava mais ainda fazendo com que ela ficasse sufocada.

Naara enroscava a camisola no pescoço desesperada, ouviu então a porta de seu quarto se abrir, no inicio sentiu medo. Ajeitou a camisola e foi de encontro com o corredor, olhou para os dois lados e não viu ninguém, neste momento o medo cresceu ainda mais. Fazendo um calafrio percorrer todo o seu corpo.

-Tem alguém ai? – Perguntou, mas recebeu o silêncio como resposta.

Foi novamente em direção a porta de seu quarto, deu um sobressalto quando viu Viollet parada encarando ela. Seu rosto estava branco por causa do pó de arroz e um batom preto chamativo, ela invadiu o quarto de Naara abrindo a porta do quarto, e observando o gramado.

-Viollet pode me ajudar? Estou com problemas por conta dos cortes nos pulsos.

Viollet deu um sorriso forçado, enquanto o olhar das duas se encontrava. Puxou a camisola de Naara.

-O dia está muito lindo Naara... Para voar – Diz enquanto empurrava mais Naara para perto da janela.

-Por favor...- Naara implorava com os olhos lagrimosos – Por favor não faça isto.

-Olha só, você queria me abandonar? – Viollet dizia encarando as malas que a mulher arrumou - Depois de tudo o que passamos você quer me abandonar?

Viollet encostava suas mãos conta a cintura da média.

-Me deixe em paz – Ela chorava – Socorro, alguém me ajuda.

-Gritar só vai piorar as coisas meu bem – Viollet tinha um sorriso doentio em seus lábios – Poupe sua voz para você gritar quando estiver caindo.

Viollet empurrou Naara. A médica caiu de uma altura de exatamente cinco andares. Gritava assustada, então seu corpo foi de encontro com o chão. 



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