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História Belo bandido - O adeus!


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 10 - O adeus!


Cena 01 – Fazenda Ribeiro – Noite.

Bete aparece na sala usando o avental e surpreende o esposo.

- O jantar está pronto! – Disse Bete.

- Bete, o papai acabou de chegar contando que comprou um berço, um berço para o filho que você diz ser do papai! – Disse Cláudia.

José Fernando não gosta do tom da filha, olha para a esposa que estava toda alegre com o jantar e encara a filha que sorri da situação.

- O que está insinuando Cláudia Odete? – Perguntou José Fernando.

- Eu não estou insinuando nada ou esse menino não é do senhor? – Questionou Cláudia.

- Esse filho é meu e eu mesmo decidi que irei cria-lo! – Disse José Fernando.

- É melhor contar toda a verdade José e eu sei que nada mudará depois disso. – Disse Bete.

- Então, há uma verdade por trás de tudo isso? – Perguntou Cláudia.

- Desculpe, mas eu penso que tudo isso é necessário e vamos ficar em paz! – Disse Luísa.

- Não se envolve Luísa, você não foi chamada e nem é da família! – Disse Cláudia. – Eu agora quero saber da verdade!

- Quando eu conheci o José Fenando eu trabalhava numa casa de caridade e ele pode conhecer tudo que eu fazia. Ele foi um homem maravilhoso e continua sendo até hoje. Eu não sabia que estava grávida e não tinha mais para onde ir. Ele viu o que eu estava passando e estendeu a mão para mim, foi um gesto lindo da sua parte. – Contou Bete.

- Que história comovente! – Debochou Cláudia.

- Bete, não precisava contar nada, você sabe que sou o seu apoio! – Disse José Fernando.

- Se quer ajudar tanto essa daí, dá uma grana para ela e manda ela embora, o que o senhor não pode deixar é ela dar o golpe do baú só porque o senhor está velho! – Disse Cláudia.

- Veja como você fala comigo! – Disse José esbofeteando o rosto da filha.

 

Cena 02 – Fazenda Ribeiro – Cozinha – Noite.

Maria Francisca abre a geladeira e bebe um pouco de água. Luísa entra e se aproxima da colega.

- Está nervosa Francisca? – Perguntou Luísa.

- Eu não gosto do clima que está essa casa! – Disse Maria.

- Não vem com essa Francisca. Você e a Cláudia vêm infernizando a pobre moça desde o dia em que ela entrou nessa casa! – Respondeu Luísa.

- Eu prezo pelo bem da família que há muito tempo me acolheu! – Disse Francisca.

- Eu convivi tanto tempo quanto você e sabemos que a Cláudia não é um anjo de candura como você diz enxergar! – Disse Luísa.

- A verdade sobre essa mulher que nosso patrão colocou para dentro desta casa está vindo e você vai me agradecer por tentar ajudar essa família! – Disse Francisca.

 

Cena 03 – Fazenda Ribeiro – Sala – Noite.

Cláudia reage com gritos após a bofetada que acabara de receber de seu pai José.

- O senhor nunca me bateu! – Disse ela.

- Você mereceu! – Disse José.

- O senhor prefere essa vaca que a mim? Eu não estou acreditando que prefere conviver com uma prostituta que a própria filha! – Disse Cláudia.

- José Fernando! Não escute o que ela diz, ela está apenas provocando! – Pediu Bete.

- Ela só quer o seu dinheiro papai, a sua fortuna, sua fazenda, ela é uma bandida! – Disse Cláudia.

- Tudo o que você diz sobre mim não me atinge, eu não sou o que você pensa, mas pouco me importa o que você pensa! – Disse Bete.

- Querida, você está grávida e não pode se exaltar! – Disse José preocupado.

- O senhor vai se arrepender em escolher uma cobra para viver dentro da sua própria casa! – Disse Cláudia enfurecida.

- A única cobra que estou vendo aqui é você. Não vou te mandar embora desta casa agora porque está muito tarde, mas amanhã cedo, eu não quero mais lhe ver dentro da minha casa! – Disse José Fernando.

- Não se preocupe porque eu só piso nessa fazenda mais uma vez quando o senhor estiver morto! Eu não perderei o gostinho de expulsar essa criatura daqui, afinal, eu sou a única herdeira! – Disse Cláudia saindo.

José se sente mal com as palavras da filha e senta-se no sofá.

- O que está sentindo? – Perguntou Bete preocupada.

- Não é nada demais, ficarei bem, o remédio está na cabeceira da cama, pode pegar para mim? – Pediu ele.

- É claro. Volto num minuto! – Disse Bete saindo. – Está aqui! – Bete apareceu com um copo de água e o remédio.

- Eu nunca vou deixar você desamparada! – Disse José Fernando após beber a água.

 

Cena 04 – Casa de Cláudia – Noite.

Cláudia entra completamente atordoada e pega um dos objetos de cerâmica da estante de sua sala e joga contra a parede.

- ÓDIO! SE ELES PENSAM QUE ME VENCERAM, ESTÃO COMPLETAMENTE ENGANADOS! – Disse ela furiosa.

 

Cena 05 – Fazenda Ribeiro – Dia.

Bete acorda José Fernando e ele é surpreendido com um jantar na cama.

- Bom dia, querido! – Disse Bete.

- Bete, eu não acredito que você fez isso! – Disse José.

- Eu confesso que a Luísa me ajudou um pouco, eu queria que o seu dia começasse assim, com uma comidinha gostosa, tapioca, bolo de trigo, suco de cajá e uvas que você tanto gosta. – Disse Bete.

- Você dormiu bem? – Perguntou José.

- Eu dormi feito uma pedra! E você dormiu bem querido? – Disse Bete.

- Eu não parei de pensar na Cláudia, mas eu pensei mais no nosso filho! – Disse José.

- Meu amor, eu sou muito grata a tudo que você fez por mim nesta vida! – Disse Bete.

- Eu tenho medo de partir sem saber que você está segura! – Disse José.

- Vai demorar muito ainda para isso acontecer, vai ver o nosso filho ou filha correr muito por essa fazenda, eu tenho certeza disso! – Disse Bete.

- Deus ouça as tuas palavras! – Disse José beijando o rosto da esposa.

 

Cena 06 – Casa de Thiago – Dia.

Thiago abre a porta e se depara com Carolina. Ele a convida para entrar e fecha a porta.

- Eu não estou entendo nada, por que me procurou aqui? – Perguntou Thiago.

- Desculpe, mas eu tinha que fazer alguma coisa ou eu não ficaria bem comigo mesma! – Disse Carolina.

- Eu não estou te julgando! – Disse Thiago.

- É claro que está no seu subconsciente! – Respondeu Carolina.

- Você sabe que o que eu vi é completamente errado, mas eu não tenho nada com isso! – Disse Thiago.

- Eu amo o Jorge e não posso negar esse sentimento que está dentro de mim! – Disse Carolina.

- Eu já disse que não tenha nada a ver com tudo isso, os dois são adultos e sabe o que fazem! – Disse Thiago abrindo a porta. Isabel chegou ao mesmo momento.

- O que está acontecendo aqui? – Questionou Isabel.

- Eu já estava de saída! – Disse Carolina saindo depressa.

- O que ela queria? – Perguntou Isabel.

- Ela queria saber do Felipe, eu disse que viajou, afinal, eles eram muito amigos, mas meu irmão viajou tão depressa! – Disse Thiago.

- Tudo culpa da Cláudia, mas espero que o Felipe esteja bem nesse momento! – Disse Isabel. – Bem, eu vim te convidar para ir ao cinema!

 

Cena 07 – Fazenda Ribeiro – Dia.

Bete surge na varanda que o passar dos meses sua barriga cresce e ela não esconde a alegria de estar com uma vida em seu ventre.

- Falta pouco tempo! – Disse Bete ao olhar para o campo.

Luísa se aproxima da patroa segurando um copo de suco.

- Beba querida! – Disse Luísa.

- Obrigada, Luísa! Você é um verdadeiro anjo! – Disse Bete. – O José ainda não saiu do quarto?

- Ele disse que estava um pouco indisposto e preferiu continuar na cama, mas já tratei de levar o café e você repouso absoluto porque a nossa menininha precisa nascer e a mãe precisa estar bem saudável! – Disse Luísa com cuidados.

- Ele se preocupa com a filha, afinal, ele é pai né! – Disse Bete.

- Dona Cláudia não aparece há mais de dois meses na fazenda, ela estava viajando por algumas semanas, mas está voltando! – Disse Luísa.

 

Cena 08 – Fazendo Ribeiro – Quarto de José – Dia.

Maria Francisca dá três batidas na porta e encontra José Fernando deitado em sua cama.

- O dia está tão lindo lá fora! – Disse Maria Francisca.

- É uma pena que eu não possa caminhar até lá, mas eu consigo ouvir o canto dos pássaros, imagino que estejam na janela, depois eles voam com sua liberdade! – Disse José Fernando.

- O senhor logo ficará bom e vai poder sair por aí! Eu rezo todos os dias por sua saúde e até pela saúde do bebê que a Bete está esperando! – Disse Maria Francisca.

- Francisca, eu só tenho a agradecer, eu sei que se preocupou demais, mas a Bete é uma boa pessoa e você está descobrindo a cada dia que passa. – Disse José olhando para Francisca. – Esta noite sonhei com um lugar bem bonito, era como um paraíso havia um campo extenso e cheio de rosas brancas. Sabe que tem uma hora que você acaba sentindo que já cumpriu a sua missão na terra?

- José, a sua missão nessa terra ainda não terminou! Sua filha nascerá em semanas e muito breve vai ver a menina correr por todo lugar dessa casa. – Disse Francisca. Uma lágrima escorreu dos olhos da mulher e ela tentou enxugar antes que ele presenciasse sua emoção.

- Cuida delas para mim, não deixe que nada de mal lhe aconteçam, eu sei que a vida é muito cruel com as pessoas e precisamos ajudar uma as outras. Eu ficarei em paz com a certeza que elas ficaram bem! – Disse José com uma voz fraca.

- Eu prometo que daqui para frente vou defendê-las com unhas e garras e não deixarei ninguém fazer mal nem a Bete e nem a menina! – Disse Francisca chorando agora. O quarto permaneceu em silêncio por um momento e o que se podia ouvir era o canto dos pássaros.

 

Cena 09 – Fazenda Ribeiro – Sala – Dia.

Luísa viu Maria Francisca se aproximar e percebeu que ela não estava bem, as duas se abraçaram e não conseguiram segurar o choro.

- Ele se foi! – Disse Francisca para Luísa.

Bete estava sentada na varanda e ouviu tudo. Ela levantou-se e tentou o máximo que pode chegar ao quarto.

- Não, não José! Você não pode me abandonar! – Disse Bete se ajoelhando diante do corpo do marido.

Luísa chegou logo depois e juntou-se a Bete para confortá-la. As duas se abraçaram aos prantos. Francisca permaneceu em silêncio por um tempo ainda na sala.

- Eu o amava! – Disse Bete para Luísa.

- Todos nós o amávamos! – Disse Luísa.

- Ele não pode ter ido embora, ele estava tão bem, tomou todos os remédios! – Disse Bete.

- Querida, essa é a vontade de Deus e chegou a hora dele! – Disse Luísa.

- Que Deus é esse que leva as pessoas que tanto nos amamos? Eu não consigo entender! – Disse Bete inconformada.

Cena 10 – Casa de Cláudia – Dia.

Cláudia abre a porta e entra com duas malas. Ela fecha a porta e se sente aliviada por estar em casa.

- Nada como uma boa viagem para se sentir renovada! – Disse Cláudia ao olhar o reflexo do rosto através do espelho.

- Essa viagem parecia que não ia acabar nunca! – Disse Guilherme aparecendo do nada.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Cláudia.

- Eu pensei que você soubesse a pessoa que eu sou! – Disse Guilherme sorrindo. Os dois se encaram.

 

Continua...



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