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História Belo bandido - O Luto


Escrita por: andredeluxembrugo

Capítulo 11 - O Luto


Cena 01 – Fazenda Ribeiro – Tarde.

Bete estava de luto e procurou-se acalmar olhando para a paisagem da fazenda através da janela do quarto. O céu estava com um tom rosado e o sol se afastando cada vez próximo as montanhas.

- Eu penso que uma das piores coisas da vida é perder uma pessoa que você tanto ama.  É tão horrível a sensação de saber que a gente nunca mais vai vê-lo novamente! Aquele sorriso e um carisma incontestável. Ele era um homem maravilhoso! – Disse Bete fechando a janela.

Luísa bateu na porta e em sua expressão havia uma calma inabalada.

- Está precisando de alguma coisa? – Perguntou ela.

- Não, Luísa! Estava aqui se lembrando do José, eu ainda não acredito que ele nos deixou! – Disse Bete.

- É assim mesmo, minha querida! O destino de todos nós! – Disse Luísa se aproximando.

- Eu só queria mais um pouco de tempo, ele nem vai conhecer a nossa filha! – Disse Bete chorando.

- Está tudo nos planos de Deus! – Disse Luísa abraçando Bete.

 

Cena 02 – Casa de Cláudia – Tarde.

Guilherme e Cláudia estão aos beijos, os dois estão nus sob a cama e cobertos por um lençol. Ela sorri ao olhar apaixonadamente para o rapaz.

- Às vezes eu paro e fico pensando se isso é mesmo verdade. Eu tenho você de volta! – Disse Cláudia.

- É verdade que você nunca parou de pensar em mim? Eu fui embora daqui a tanto tempo! – Questionou Guilherme.

Cláudia pega a mão do amado e encosta-se a seu peito.

- Está sentindo? Esse coração sempre bateu por você! – Disse Cláudia.

- Eu gosto de você Cláudia e estou feliz por estar aqui do seu lado. Eu garanto que não deixarei mal algum acontecer com você! – Disse Guilherme.

Alguém bate constantemente na porta e Cláudia ouve.

- Chegou alguém! – Disse ela.

- Não, espera que vai embora! – Pediu Guilherme.

Os dois se beijam e ela continua sorrindo devido a felicidade que está sentindo.

 

Cena 03 – Fazendo Ribeiro – Varanda – Tarde.

A porta recebe um feixe de luz e Bete acredita ver a imagem de José Fernando. Ela corre para a varanda e não encontra ninguém. Começa a tocar “Everything I Do de Bryam Adamns” e lágrimas escorrem de seus olhos. A ventania atinge as árvores fortemente e alguns pássaros sobrevoam a fazenda. O sol ainda brilha do lado de fora e Bete continua parada diante a escadaria da fazenda.

 

Cena 04 – Fazenda Ribeiro – Cozinha – Tarde.

Luísa chega à cozinha e encontra sua companheira Maria Francisca encostada na parede.

- Quer desabafar comigo? – Perguntou Luísa.

- Eu não sei se vou conseguir viver nesta fazenda depois de tudo que aconteceu aqui, eu o amava demais! – Disse Maria Francisca.

- Francisca, isso não é hora agora, a Bete está sofrendo! – Disse Luísa temendo o pior.

- Eu não posso negar os meus sentimentos, preciso colocar para fora o que estou sentindo, parece que há um vazio em mim! – Disse Francisca.

- Eu não quero participar disso, Francisca! Eu gosto muito de você, mas eu não quero ser conivente com nada! – Disse Luísa.

- Foi apenas uma noite, a dona Lorena tinha ido ao médico, longe de Novo Horizonte e estava bêbada com o José! – Contou Francisca.

- Por favor, não precisa dizer mais nada, já me contou essa história tantas vezes e agora temos que nos preparar para o funeral! – Disse Luísa.

- Eu sempre amei o José! – Disse Maria Francisca.

Bete passava perto da cozinha e ouviu o final da conversa.

- Eu tentarei ligar mais uma vez para a Cláudia! – Disse Luísa saindo. Bete se escondeu da empregada e estava surpresa com o que acabara de ouvir.

 

Cena 05 – Casa do Prefeito – Noite.

Lucrécia parece nervosa e anda de um lado para o outro segurando o telefone em uma das mãos.

- Onde será que a Cláudia se meteu numa hora dessas? – Questionava a primeira-dama.

Jorge acabara de entrar e estava acompanhado de Thiago e Isabel.

- Conseguiu falar com sua prima? – Perguntou Jorge.

- Está caindo na caixa postal, eu vou de novo à casa dela, o pai da Cláudia morreu e ela tem que saber! – Disse Lucrécia pegando a bolsa e saindo.

Isabel olhou para o noivo e para o pai e saiu deixando os dois sozinhos.

- Thiago, eu preciso falar com você! – Disse Jorge.

- Se for sobre aquele assunto, eu não quero me envolver! – Disse Thiago se sobressaindo.

 

Cena 06 – Casa de Cláudia – Noite.

Cláudia está de roupão e abre a porta para Lucrécia.

- Prima, eu tenho uma novidade, eu nunca transei tão bem na minha vida como hoje! – Disse Cláudia vibrando.

- Você bebeu? – Perguntou Lucrécia seriamente.

- O que foi que aconteceu? Você me visitando e com esse jeito tão sério. – Questionou Cláudia tomando mais um copo de uísque.

- Eu te liguei várias vezes! – Disse Lucrécia. – Ele está aí? – Perguntou ao olhar para o corredor que dava para o quarto.

- O Gui costuma sumir em um piscar de olhos, mas ele volta! – Disse Cláudia.

- O assunto é sério, o tio José está morto! – Disse Lucrécia.

- O que foi que você disse? – Perguntou Cláudia soltando o copo no chão.

- A Luísa me ligou, ela tentou muitas vezes falar com você, mas o celular e o telefone não funcionavam. Cláudia, o teu pai está morto! – Disse Lucrécia.

Cláudia parou e começou a sorrir.

- Não estou acreditando, então, eu estou rica? – Questionou ela.

- Como pode ser tão fria? O Seu pai está morto! – Disse Lucrécia.

- Não vem com essa para cima de mim, eu te conheço muito bem! O Papai e eu não nos dávamos bem e você sabe disso muito bem! – Comentou Cláudia.

- E agora o que vai fazer? – Perguntou Lucrécia.

- Ué, tenho que abrir meu closet e procurar o melhor vestido para a cerimônia. Melhor ainda será no dia da posse de tudo que me pertence, o que me é de direito! – Disse Cláudia.

 

Cena 07 – Fazenda Ribeiro – Dia.

O funeral de José Fernando está pronto e o caixão se encontra na sala do casarão. Bete sai do quarto e espia por pouco tempo o corpo do falecido marido.

- Finalmente consegui falar com a Cláudia! – Disse Luísa para Bete.

- E será que ela se importa? Ela nem deu as caras! – Disse Bete.

- Ela disse que estava sem condições e tomou remédio para dormir para ter coragem de vir antes de o pai ser velado! – Respondeu Luísa.

 - Eu não me importo com a Cláudia, só não vou a deixar fazer o showzinho dela! – Disse Bete.

- Você sabe que estou do seu lado! – Disse Luísa. – Tem muita coisa que não aprovo na Cláudia Odete!

- Imagino, afinal, trabalho para ela há tanto tempo! – Disse Bete.

 

Cena 08 – Estrada – Dia.

Guilherme está dirigindo o carro e Cláudia está retocando a maquiagem no banco do carona.

- Você me espera no carro, eu não gosto de funerais! – Disse Cláudia.

- Cláudia, é o velório do seu pai! – Disse Guilherme.

- Às vezes penso que ele já foi tarde demais, vivia controlando meus passos, meu dinheiro e agora será tudo meu! – Disse Cláudia.

- Tudo seu? – Questionou Guilherme interessado.

- Eu só vou ter um pequeno trabalho, expulsar aquela prostituta que ele colocou para dentro de casa e diz esperar um filho dele! – Disse Cláudia.

- Bem, dinheiro nunca é demais! – Respondeu Guilherme.

- Quem sabe você não pode me ajudar, mas ainda não é a hora certa, você fica no quarto, mas não some! – Disse Cláudia beijando Guilherme.

- Eu ficarei aqui te esperando! – Respondeu Guilherme.

 

Cena 09 – Fazenda Ribeiro – Sala – Dia.

Lucrécia e Jorge se aproximam de Bete para prestar solidariedade.

- Meus sinceros sentimentos! Imagino que esteja passando por um momento muito difícil! – Disse Lucrécia.

- Eu vou ficar bem, mas obrigada! – Disse Bete.

- Quero que saiba que se precisar, pode contar comigo e com a Lucrécia! – Disse Jorge.

- Obrigada, mas não preciso de nada! – Disse Bete dando as costas e indo em direção à cozinha.

 

Cena 10 – Fazenda Ribeiro – Cozinha – Dia.

Maria Francisca não consegue suportar e cai em lágrimas diante do balcão. Bete entra e a vê sofrendo por causa do José.

- Gostava tanto assim do José? – Perguntou Bete.

- Dona Bete! – Disse Francisca. – É claro que eu gostava, o José Fernando foi um ótimo patrão e homem como ele não existe mais!

- Maria Francisca, eu ouvi a conversa entre você e a Luísa. Eu sei que sentia algo por ele! – Disse Bete.

- O que a senhora está dizendo? Eu e o José éramos apenas próximos, ele sempre me confidenciou algumas coisas, ele confiava em mim! – Disse Francisca.

- Entendo Francisca! Mas não precisa mentir para mim, você o amava tanto que chegou a me detestar, essa é a verdade, não é? – Questionou Bete a Maria Francisca.

Cláudia entrou no mesmo momento.

- O que foi essa piranha disse? Responde Francisca! – Exigiu Cláudia.

 

Continua...



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