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História Belo Truque - Capítulo 10 - Dúvidas de Um Truque


Escrita por: TinySenpai

Notas do Autor


Oi! Voltei.

Você estão bravos comigo?

Peço desculpas pela minha demora, aconteceu algumas coisas aqui em casa, mas o capítulo finalmente saiu e, eu espero que gostem. Sei que ele ficou um pouco menor que os anteriores, mas prometo compensar vocês nos próximos capítulos.

Kisses e boa leitura!

Capítulo 10 - Capítulo 10 - Dúvidas de Um Truque


Fanfic / Fanfiction Belo Truque - Capítulo 10 - Dúvidas de Um Truque

Capítulo 10 - Dúvidas de Um Truque

 

~"~"~

Dizem que cada passo que damos é uma estrada diferente a seguir. Como se pode chamar algo que determina sua vida antes mesmo de você determinar? Não é como sentar no meio de uma praça e brincar de fazer mágica, persuadindo pessoas loucas para sair de suas vidas monótonas e sem graça.

O mundo nunca vai ser colorido, ou mágico -como queira chamar- desde que você seja o próprio auto e dono de seus passos, que tenha certeza da realidade. Ou simplesmente conduzi pequenas e insignificantes cartas.

Todas essas coisas, de pequenas a grandes coisas, precisa apenas de um único alguém para manuseá-las.

E este é você, sempre será você. Você é o autor da sua própria história e tem as cartas de que precisa.

Tudo que você precisa fazer é tomar coragem e usá-las.

~"~"~

- Certo, você já pegou os ovos?

- Já... - Respondi com o maior desanimo possível.

Sasuke fazia uma conta com todos os mantimentos que colocamos dentro do carrinho de compra. Cara, ele estava fazendo uma conta para saber quanto ia gastar, mas é um pão duro mesmo...

Em toda a minha vida, eu havia ido pouquíssimas vezes ao supermercado, e graças a Sasuke, eu havia descoberto que fazer isso não era lá uma coisa legal. Eu não tinha como questionar quando fui praticamente arrastada para o supermercado.

- Vamo lá, Sakura, se anima. Não é tão ruim assim. - Me disse bagunçando minha cabeleira cor de rosa.

- Poderia não ser tão ruim se você comprasse comida de gente normal, como qualquer gente normal. - Rebati, ajeitando os fios longos e rosados. - Olha só esse carrinho, só tem coisa não comestível nele.

- Alimentos naturais. - Ele me corrigiu.

- Eca! Será que eu posso pelo amor de Thor pegar alguma besteira para comer?

Sasuke revirou os olhos. - Tá bom, mas vê se não demora...

Não ouvi o resto da frase, estava ocupada demais pegando um carrinho pequeno e correndo para jogar comida de verdade dentro do mesmo.

Pendurada no carrinho eu passava nos corredores mais legais, isso é, corredores de bolachas, salgadinhos, Nescau, refrigerantes e cervejas e claro, os colocava dentro do carrinho.

Eu soube que eu poderia ficar cerca de mais ou menos dez metros -ou um pouco mais- longe de Sasuke, então, não iria ter problemas e eu desse a volta por todo o mercado. Contanto que eu não saísse do perímetro do supermercado, estava tudo numa boa.

Logo me dei conta que já fazia mais de cinco minutos que eu havia me distanciado do Uchiha, olhei para o carrinho, analisando as coisas que eu havia pegado.

- Ah! São poucas... Ele nem vai reparar. - Disse para mim mesma, enquanto balançava os ombros. Saí empurrando o carrinho pelo mercado procurando um Uchiha de cabeça enorme.

- Sakura-chan?! - Alguém me gritou, mas eu havia visto algo muito melhor: Um salamão pela metade do preço. Sério, o salame era enorme e estava só dez e noventa e nove.

Era muito claro que eu não podia perder essa promoção e ignorando a voz conhecida que me chamava, eu peguei o salamão e coloquei no carrinho.

- Sakura-chan. - Alguém me chamou novamente, mas eu estava em meu momento de ouro para simplesmente dar atenção. Então, eu senti uma mão segurar meu ombro, eu jurava que era o Sasuke e já ia abrir a boca para reclamar, mas quase dei de cara com o Naruto.

- Oi, Sakura-chan. - Ele abriu um sorrisão.

- Oi, Naruto... - Eu disse, meus olhos foram para o carrinho do loiro, Naruto era como eu, só comprava comida de gente normal. Ou seja, besteira.

- Cadê o Teme? Ele te deixou sozinha?

- Não, não. Ele está por aí. - Respondi mexendo a mão direita simbolizando todo o local.

- Ah! Entendi.

- Sakura, eu disse para você não demorar tanto. - Essa era a voz de Sasuke me virando para ele e ganhado toda a minha atenção.

- Foi mal! É que...

- Oi, Teme! - Naruto gritou

- Fala sério! De todas as pessoas no mundo, você tinha que esparrar justamente com ele?

- Ixi! Tá de TPM, é? Cruz credo! - Naruto retrucou. Se eu não soubesse sobre a amizade dele, iria achar que o Sasuke o odeia profundamente.

- Hm! Tanto faz. - Revirou os olhos. - Sakura, se você já pegou seus venenos, vamos embora... - Sasuke olhou para meu carrinho. - Mas que droga é essa? Eu disse para você pegar algumas coisas e não o mercado todo.!

Não era para tanto, o carrinho só estava lotadinho até a boca.

Olhei para o carrinho com cara de quem não quer nada e depois abri a pouca num sinal de estar muito surpresa. - Santo Deus! De onde foi que essas coisas apareceram? Não me lembro de ter colocado isso tudo aqui dentro, não. - fingi uma cara pensativa. - Mas vai saber, né... Sei lá.

Sasuke me encarava sério. Eu olhei para o teto tentando não deixar meus olhos encontrarem com o dele. - Sakura? - Ele me chamou com muita calma.

- Hum? - Respondi, mostrando a ele um sorrisinho cínico.

- Eu não vou levar um salame desse tamanho para casa. É exagero. - Respondeu-me.

- Mas ele está só pela metade do preso.

Ele suspirou, acho que se dando por vencido. - Okay. Vamos fazer o seguinte: Você pode levar todas as outras coisas desse carrinho se deixar o salame tamanho gigante.

- Mas que preconceito contra o salamão.

- Sakura!...

- Tá bom, tá bom! - Eu peguei o salame e o coloquei de volta em seu lugar, ouvi Naruto rindo, o que fez eu e Sasuke encararmos ele. A verdade era que, eu havia esquecido dele ali.

- Qual a graça? - Perguntei

- Vocês, conversando sobre o que levar para a casa. - Ele ria descontroladamente. - Se fosse comigo ou talvez, com qualquer outra pessoa, o Teme jamais iria deixar.

- É sério?...

- Tanto faz. - Sasuke me cortou e pegou meu carrinho com besteiras. - A gente se vê amanhã, Dobe. Vamos embora, Bolachinha.

Fiz careta com o apelidinho. - A gente se vê, Naruto. - Fiz sinal de paz com o dedos para ele.

Antes de sair do corredor que Naruto estava, eu ouvi o loiro gritar um "até mais" de volta para nós.

Sasuke acabou pagando o dobro que ele provavelmente queria pagar. Aposto que pagou a dona do caixa com a maior dor no coração, já que ele era meio mão de vaca.

Caminhamos até o estacionamento, e neste momento eu estava ajudando Sasuke a colocar as compras no porta mala.

- Hora! Hora! Hora! - Eu estava distraída quando ouvi alguém falar atrás de mim e como qualquer ser normal, eu me virei.

E na boa, preferia não ter virado.

- Matsuri. - Fiz a maior cara de nojo possível.

- Sakura. - Disse meu nome com maior tom de ironia. Já era mais que notável que nossos santos não se davam. - Você não estava presa? O que fez? hipnotizou os policiais do presidio, foi? - Ela zombou.

Soltei uma risada baixa e coloquei uma das mãos na cintura. - Puxa! As notícias voam em. E não que seja da sua conta, mas eu sei que você adora cuidar da vida alheia, eu ficaria feliz em te contar pessoalmente sobre a minha boa conduta.

- Hiup! - Soltou irônica novamente. Vi seus olhos castanhos olhar ao redor. - Cadê Ino e Sasori?

Estreitei os olhos. - Então em algum lugar por aí. - Me virei e segurei no pulso de Sasuke pronta para sair dali.

- Não. - Ela disse. - Ir em um lugar como esse sozinha? Ainda mais você, Sakura, eu não acredito.

- Acredite no que quiser, para mim, não faz a menor diferença.

- Porque não admite que os abandonou? Pessoas como você sempre faz isso. Admita, você não pode evitar.

Eu me senti irritada, poucas vezes isso acontecia e quando dei por mim, já estava segurando na blusa dela.

- Você quer me bater, Saky? - Zombou. - Pode me bater, mas você sabe que é verdade, se não fosse, porque ficaria tão irritada?

- Sakura. - Ouvi Sasuke me chamando, eu havia esquecido dele ali.

Eu soltei Matsuri e me afastei. Eu soltei um riso. - Olha só, acho que chegou a sua hora. - Respirei fundo e joguei o cabelo para trás. - Ah, é! Chegou sim.

Me virei, ajudei Sasuke a colocar as últimas sacolas enquanto a loira atrás apenas observava. Ouvi ela rir baixo. - Foi um enorme prazer te ver novamente, traidora. - Senti ela se afastando. - Ah! Quando for visitar a Yamanaka na penitenciaria, não esquece de dizer que a irmã dela mandou um "Oi". - Ouvi ela gritar ao longe.

Vi o olhar de Sasuke sobre mim. Ele com certeza iria levar essa história a limpo quando chegássemos em casa.

Ignorando esse pensamento e sem fazer contato visual com Sasuke, eu entrei no carro e coloquei o cinto. Lembrei de fazer cara de paisagem quando Sasuke entrou no carro e sentou no banco do motorista, colocou o cinto, tudo isso enquanto me olhava.

Eu o olhei e dei meu melhor sorriso falso, como sempre. - Você não vai dirigir? - Disse como quem não quer nada.

- Você vai fingir que nada aconteceu?

- Você está falando sobre o quê? - Fiz cara de cínica.

- Toma vergonha, Sakura! - Ele berrou.- Aquela garota é mesmo irmã da Yamanaka?

- Pois é, certas coisas não se dá para evitar. - Zombei, ligando o som do carro, mas Sasuke desligou logo em seguida.

- O que ela quis dizer com traidora?

- Ela disse isso porque não é chegada e, sendo assim, não me conhece de verdade. - Dei de ombros.

- ... E parece que eu também não. - Ele disse antes de ligar o carro, dar a partida para casa e finalizar o assunto ali.

Eu bufei com o nariz, irritada. Não acredito que ele estava zangado com isso. Eu o olhei indignada e depois de quase dois minutos de puro vácuo, concluí que ele realmente iria me ignorar.

Eu nunca me preocupei em ficar brigada com alguém que não fosse Ino e meu irmão, mas eu não queria dar o braço a torcer e  também não queria ficar sem falar com o bonitão do meu lado.

"- Pessoas como você faz isso. Admita, você não pode evitar" - As palavras de Matsuri veio em minha mente. Eu não queria admitir na hora, mas senti o peso destas palavras.

Isso significava que ela estava certa sobre o que disse?

Balancei a cabeça negativamente, briguei comigo mesma por ter pensado nisso. Eu jamais iria admitir que ela estivesse certa, mas parando por um momento, eu morava com Sasuke a quase dois meses e neste período eu não tinha visitar nenhum deles na penitenciaria.

Não é como se eu não quisesse vê-los, não mesmo. As circunstâncias apenas não permitia e, isso fazia de mim alguém que abandona as pessoas?

Será que enganar as pessoas era meu verdadeiro eu e, isso era uma coisa que eu não podia mesmo evitar?

- Ei! Você não pretende passar a noite no carro, pretende? - Sasuke me tirou de meus pensamentos quando batia na janela. Eu sequer havia notado que já estávamos nos estacionamento do condomínio.

Eu tirei o cinto e sai do carro. Ajudei Sasuke a levar as sacolas para o apartamento dele e também ajudei ele a guardar as coisas.

já se passava das oito da noite. Sasuke estava mexendo o ensopado de sei lá o que dele enquanto eu cortava alguns tomates para fazer uma salada.

Eu me sentia agoniada com o silêncio e, pensar sobre Matsuri, ser ignorada por Sasuke e pensar em mim como um ser humano horrível, me deixava mais irritada.

- Okay! - Eu disse alto ainda cortando os tomates e de costas para Sasuke. - Você quer que eu me desculpe? Tudo bem, lá vai: Eu sinto muito. Agora será que a gente pode voltar a se falar, porque, Meu Thor, Sasuke você consegue ser como uma criança birrenta quando quer. - Eu continuava a dizer alto, e em vez de cortas os tomates em rodelas, eu estava picotando ele. - E a nojenta da Matsuri? Há alguém que tenha santa paciência! Você quer Saber? Vocês dois estão de parabéns. - Me sentia irritada e não percebi que estava batendo forte a faca na tábua de corta, apenas notei isso quando senti uma grande ardência em meu dedo indicador.

Não demorou muito para escorrer sangue.

- Eu não estou sem falar com você. Eu só quero que você não minta para mim. - Ele disse, mas eu ainda estava de costas para ele, na verdade, eu estava observando o sangue escorrer na minha mão e melar os tomates e a mesa. - Será que você pode me olhar, por favor... Meu Deus! Você se cortou. - Ele gritou e me assustou.

- Nossa! foi só um cortezinho. - Eu disse, enquanto ele me puxava com pressa para o banheiro. - E escuta aqui, eu ainda não acabei de falar. Que história é essa de "Eu não estou sem falar com você"? - Engrossei a voz enquanto repetia suas palavras.

Ouviu Sasuke rir baixinho enquanto jogava água com todo o cuidado na minha mão ferida.

- Eu estava irritado com você. - Ele disse.

- Estava? Isso é no passado. Você não está mais?

- Não tanto quanto antes.

- Maravilha! - sussurrei zombando.

Confesso que meu dedo cortado parecia doer mais agora do que antes.  

Sasuke me fez sentar na privada enquanto ele fazia um curativo no meu dedo. Ele ficou em silêncio todo o processo, mas a atmosfera era calma, não era como a poucas horas atrás que eu sabia que ele estava me ignorando.

- Ela é três anos mais velha que a porquinha. Sim, são irmãs de sangue, mas nunca foram próximas. Matsuri sempre foi o tipo de garotinha certinha que encantava todo mundo. - Eu disse baixo, Sasuke levantou sua cabeça e encarou meu rosto. - Conheci Ino pelo meu irmão em uma boate, ela era a garota que servia as bebidas e que estava completamente endividada graças ao pai viciado em jogos e álcool.

- E a tal de Matsuri?

- Pelo o que a Ino me contou, ela havia ido embora antes de descobrir sobre isso, ela tentou ajudar, mas se meteu em confusão e depois sumiu.

- Que tipo de confusão?

- Eu não sei direito. - Eu confessei. - Mas eu já conhecia Matsuri antes de conhecer a Ino, no final, eu poderia ajudar apenas uma. - Respondi, meus olhos estavam fixos no chão, mas logo encontraram os de Sasuke. - Foi a primeira vez que contamos cartas como um trio.

- Você sempre me surpreende. - Ele me deu um peteleco na testa. Fiz careta e ele soltou um riso baixo em resposta. - Pronto, Bolachinha.

Eu tomei fôlego para soltar uma resposta engraçadinha, mas parei ao sentir cheiro de queimado. - Sasuke, você deixou alguma coisa no fogo?

- Puta merda! - Soltou um palavrão enquanto saia do banheiro.

Eu também fui até a cozinha, fiz careta ao ver a panela preta dentro da pia com água e a mesa com sangue.

- É melhor a gente pedir uma pizza. - Eu disse, jogando os tomates com sangue na lixeira.

- Concordo. - Ele disse apenas.

Enquanto Sasuke ligava para uma pizzaria qualquer, eu me peguei olhando para ele. Confesso que me senti envergonhada, era estranho para e observar uma pessoa com calma.

Também senti alguma coisa estranha no meu estômago. Depois de alguns minutos pensando sobre isso, concluí que era por conta da fome. O que mais poderia ser, afinal?

Sasuke fez o nosso pedido, eu agradeci quando o mesmo não demorou para chegar. Nós comemos como duas feras presas uma semana sem comida.

Depois disso, decidimos que era hora de deitarmos. Não tivemos qualquer ato sexual a noite, mas senti Sasuke abraçar forte e eu fiquei observando-o dormir, novamente. Por que mais uma vez eu praticamente vi o dia clarear.

Não que eu estivesse cansada e o meu dedo também doía por conta do corte, mas no final, não era isso o que realmente me incomodava.

"~"~"

- ... Konan, Neji e Shino, vão ficar com o centro. Há alguns engraçadinhos vandalizando algumas lojas. - Kakashi dava as -vamos se dizer assim- "Missões" para todos. Eu nunca fiquei curiosa em conhecer um cara, mas pelo o pouco que eu soube sobre o Hatake, pensei que o cara fosse o demônio disfarçado em pessoa, mas olhando ele agora, Kakashi era só um policial mandão. - Uzumaki e Uchiha, preciso que voltem a penitenciária onde Sai está preso, Oruchimaru ligou, ele finalmente decidiu abrir a boca. - Finalizou o Hataki. - Mas ele deixou bem claro que apenas falará com a senhorita Haruno.  

Lembrei de gritar um grande "Legal" em minha mente.

Ouvi Konan zombar e soltar baixinho para mim algo como "Ui, o cacete voador chegou mais cedo este ano". Olhei para ela com cara de paisagem.

- Que mulher audaciosa. - Respondi baixinho.

Não ficamos muito tempo na estrada, pois não havia demorado muito para chegar na penitenciária. Eu estava agora olhando para o homem chamado Sai bem em minha frente. Confesso que meio mês de cadeia para ele não fez nada bem.

Confesso também que era estranho estar quase dez minutos sozinha frente a frente com ele, sem falar absolutamente nada.

- Então... - Comecei. - Você me chamou aqui para ficar olhando essa sua cara, ou tá difícil?...

- Apenas observando o quanto você é terrivelmente atraente. - Ele soltou. Desconsiderei essas palavras dele.

- Vá direto ao assunto. - disse. - E não pense em me enrolar

- Sabe, Bela Sakura, eu pensei muito neste meio mês em que estive preso aqui e posso lhe afirmar tudo que vou te dizer aqui não é nenhuma enrolação. - Ele disse. - Danzo mandará gente para a festa de Akatsuki, você sabe, né? A chamada festa anual de pessoas da alta sociedade...

- Eu sei o que é a festa Akatsuki. - O cortei.

- Desculpe. É que você não parece ser uma mulher festeira. - Ele disse.

Você que pensa, meu caro. Você que pensa. - Quando? - Perguntei.

- Daqui a três dias. O evento vai ocorrer no Venetian Resort Hotel Casino, começará as oito da noite e irá a noite inteira de pura farra e negócios.

- Por que está me dizendo essas coisas?

- Eu estou cansado. - Ele disse rápido, sem pensar. Soltou na lata. - Estou cansado de toda essa traição. Então, pegue o desgraçado. - Vi ele tomar fôlego. - Isso é tudo que eu sei.

concluí que aquela era hora de sair daquele quartinho sufocante, mas antes de passar pela porta, pude ouvir um "Boa sorte" vindo de Sai.

No caminho de volta houve um certo debate em Naruto e Sasuke sobre Sai estar mentindo ou falando a verdade. Quando chegamos ao departamento, fui praticamente arrastada para dentro da sala de Kakashi. Pois, este queria dialogar comigo pessoalmente sobre este assunto e, ao dizer tudo o que Sai havia me dito, o homem responsável pelo departamento tomou uma decisão: Arriscar confiar nas palavras de Sai e se preparar para surpreender o inimigo.

Kakashi me permitiu contar as cartas nesta operação. Desde que todo o dinheiro fosse devolvido depois.

Devo dizer que senti uma grande dor no coração? Mas no fim, concordei sobre isso. Afinal, eu estava sendo vigiada e como poderia fugir com as fixas?

... Não que eu quisesse, claro.

Portanto, desta vez, Naruto e Konan seriam meus parceiros. Não era como se eles estivessem tomando e substituindo o lugar de Ino e Sasori, mas que era estranho, era.

Pensar sobre esse fato, me fazia lembrar que qualquer escorregão deles como farsantes e contadores, poderiam levar por água a baixo toda a operação e pior, colocar suas vidas em perigo.

Não que ser policial já não fosse algo perigoso, mas eu não conseguia não me preocupar.

Estávamos em uma lanchonete e mesmo que eu ainda me sentisse estranha por estar roadeada de policiais, já era como se eu estivesse me acostumado com a presença de todos eles.

- Que droga é essa aí, Naruto? - Neji perguntou.

- Eita, Zé povinho! - Ri baixo com a resposta do loiro. - É só umas cartas, eu vou ficar muito expert no baralho.  - Naruto gritou, tirando as cartas da baixinha e tentando embaralha-las, mas ele deixou a maioria cair em cima da mesa.

- É uma Anta, mesmo. - Sasuke disse.

- Tá explicado porque minha prima te enrola. - Neji acrescentou.

Senti uma peninha de Naruto, por ser zoando, mas não pude deixar de rir com os comentários alheios e também pelo bicão que o loiro estava fazendo.

- Me dá aqui. - Eu disse. Senti muitos pares de olhos me encarando. - Anda, me dá aqui. - Disse novamente.

Naruto empurrou as cartas caídas na mesa para mim e me entregou as poucas que segurava. Eu as juntei e embaralhei rapidamente.

- Você quer ser um expert? O que você quer aprender? - Disse jogando as cartas em uma mão e depois na outra, fazendo este gesto várias vezes com rapidez.

Naruto ficou sem palavra.

- Vamos! - Disse. - Você quer saber como fazer aquele truque meia boca com de acertar a carta certa? Ou o monte de três cartas? - Perguntei.

- Acertar a carta certa. - Konan disse e todos concordaram.

- Okay... - Disse pegando mostrando algumas cartas de cabeça para baixo para Naruto que estava sentado a minha frente, ele escolheu uma e eu rapidamente a coloquei entre as outras e embaralhei junto das outras. - Adivinhar a carta não é difícil, na verdade é mais fácil do que parece, até por que eu sempre vou saber onde está a sua carta. - Disse pegando a carta que Naruto havia escolhido e entregando para ele ainda de cabeça para baixo. - Confere - disse, olhando fixamente para o loiro.

Ele fez o que eu disse. Soltou um palavrão ao ver que aquela era realmente a carta certa.

- Como você faz isso? - Konan perguntou.

Eu embaralhei as cartas novamente, mas separei uma. Uma dama de ouros.

Mostrei ela para todos sentados ali na mesa. - Cada um tem seu jeito de conduzir as cartas. Esse é meio jeito: Quando você embaralha a carta escolhida com todas as outras, precisa ter cem por cento de certeza do que está fazendo. - Disse enquanto embaralhava as cartas devagar e com calma.

Eu peguei a carta que havia mostrando a todos eles e coloquei bem no centro do baralho aberto. - Tudo o que você precisa saber é contar nos dedos, como no jardim de infância. - Respirei fundo. - Um, dois, três. Cada dedo que eu conto são exatamente cinco cartas divididas e quando eu chego no mindinho, a última será a carta escolhida. - Disse por fim.

Retirei a última carta e coloquei em cima da mesa, ela virada de cabeça para baixo, claro.

- Pode conferir, Naruto. - Disse. Ele virou e colocou a carta bem ao centro da mesa.

- Dama de Ouros. - Konan dizia batendo palmas.

- Fazia isso quando contava as cartas? - Sasuke pronunciou-se.

- Não. - Respondi. - Contar as cartas é algo mais complexo. Você precisa ser bom na matemática, mas também não precisa ser o fodão. Precisa apenas ter o raciocínio rápido. - Coloquei duas cartas de valores diferentes em cima da mesa. - É como uma questão de matemática, onde se colocam muitos números para te confundir, quando na verdade você só precisa saber o ponto central da conta. - Disse.

Apontei para a primeira carta: Nove de Paus, depois para a segunda carta: Sete de espadas.

- Nove vezes sete?

- Sessenta e três. - Naruto gritou com presa.

- Calma, campeão! - Respondi. - Existem uma probabilidade de zero a cem, e além de usar a multiplicação nas cartas você precisar estar ciente sobre está tal probabilidade.

- Eu não entendi. - Naruto soltou.

Eu soltei um riso com isso. - Por exemplo: Há quarenta e seis cartas desconhecidas ainda no baralho. Isso significa que a probabilidade de sucesso é de nove barra quarenta e seis. Se imaginarmos que havia cinquenta cartas no baralho, em vez de quarenta e seis, podemos simplificar essa probabilidade para nove barra cinquenta, que é o mesmo que dizer dezoito barra cinquenta ou de cem por centro, ser apenas dezoito. Você só precisa se acalmar e prestar muita atenção. - Disse. - Mas cuidado, você pode ser pego se ficar pensando demais.

- Desculpem a demora, aqui estão os pedidos de vocês: Um combinado número quatro, sete burritos com muita pimenta, uma tigelona de Chilli e um prato de macarrão á mexicana. - Disse Tenten, a japa que eu havia conhecido outro dia com Sasuke. - E também, uma coca dois litros e dois suco de laranja.

Um desses sucos de laranja com certeza pertencia a Sasuke.  

- Boa refeição. - Tenten disse antes de sair.

Não que seja da minha conta, mas vi Neji segui Tenten com o olhar até o balcão, depois ele voltou sua atenção sobre seu prato.

E lá estava outro cara preso na famosa friendzone. Ou talvez, nem chegasse a isso, até por que ela mal olhou na cara dele.

Como esse pessoal da policia pode ser tão mole?

Dei de ombro. Eu estava com fome, mas pensaria sobre isso depois de comer. Talvez eu apenas devesse jogar Itachi, Konan, Hinata, Naruto, Neji e Tenten em uma ilha deserta para que se resolvessem, mas suspeito que mesmo assim eles seriam covardes sobre estarem afim uns dos outros.

- Esse povo precisa tomar um copo de iniciativa- Disse baixinho.

- Que? - Sasuke disse.

- Que? Han? Oi? Não, não! Eu disse que a comida é excelente contra o cansaço do dia a dia. - Mordi meu lanche e dei um sorriso aberto para Sasuke, eu fiz isso com a boca cheia.

Vi seu olhar suspeito sobre mim. Ele não tinha engolido essa.

O resto do dia havia sido tranquilo, as horas cismaram em passar rápido e quando dei por mim, já se passava das cinco e eu me encontrava jogada no sofá de Sasuke, enquanto procurava um canal que me prendesse a atenção quando senti algo pesado pular em cima de mim.

Soltei um pequeno grito de susto, mas logo notei que esse algo pesado era o corpo de Uchiha Sasuke.

Ele se jogou em cima de mim na maior cara de pau.

- Sasuke... - Eu dizia enquanto tentava empurrá-lo para fora do sofá. Foi inútil, ele largou o peso completamente em cima de mim e ainda fez o favor de laçar os braços em volta da minha barriga. - Não... Socorro! Tem uma muralha em cima de mim. - Ouvi ele rindo em resposta quando nós dois caímos no chão.

E mesmo assim, não houve escapatória para minha pessoa. Sasuke ainda se jogou em cima de mim e prender minhas mãos em cima da minha cabeça com as suas.

- Você pede arrego? - Disse ele me olhando.

- Eu nunca peço arrego. - Eu respondi.

- Durona, né? Então parece que vou precisar te torturar mais. - Ele respondeu, senti meus olhos se arregalarem levemente. - Onde será que você tem cócegas... - Ele disse como quem não quer nada.

- Espera, espera... - Segurando meus pulsos agora somente com uma mão, a outra mão livre de Sasuke foi até minhas costelas e apertaram levemente ali, me fazendo rir. Depois ele fez este mesmo gestos em minhas coxas, axilas e pescoço e só parou quando viu que eu estava ficando com falta de ar.

- Você é mau. - Disse ainda puxando fôlego.

Sasuke ainda estava em cima de mim, mas não me fazia mais cócegas ou se quer jogava o peso de seu corpo em mim também.

- Você parecia meio triste desde que me falou sobre sua amiga. - Ele falou e seu rosto ficou sério. Eu não soube o que dizer.

- Eu sei lá! - Respondi. - Não é como se eu estivesse deixando eles para trás, mas eu também não apareci lá, então sei lá... - Apenas disse, Sasuke me olhava sério, mas soltou um sorriso de canto. - O que? - Perguntei.

- Lembro de você vestida de cigana enquanto balançava a mesa naquela festa idiota. - Respondeu ele. - Eu já disse: Você sempre me surpreende, sua bolachinha esperta. - Ele acrescentou e eu fiz careta.

- Falando nisso, eu nunca te perguntei o porque desse apelido. Ninguém nunca havia me chamado de bolachinha antes, então me conta, de onde você tirou isso?

- Uma vez, quando eu ainda era criança, eu comi uma bolacha que era rosa, a mesma tonalidade do seu cabelo. Depois eu nunca mais achei essa bolachinha nos mercados.

- A primeira decepção de um garoto. - Acrescentei, vi ele rir.

Por um momento, desviei minha atenção de Sasuke para Naruto e Konan, pensei neles como meus "parceiros" contadores e, confesso que não senti tanta firmeza. Não sei se meu rosto ficou sério, só sei que isso chamou a atenção de Sasuke.

Ele me olhava sério como antes. - O que?

- Nada... - Respondi, vi ele levantar a sobrancelha. - É que eu estava pensando: Eu não posso sentar lá e fazer toda a distração sozinha, mesmo com todo seu pelotão armado e preparado.

- Onde você quer chegar?

- Naruto e Konan são bom policiais, mas não vão conseguir contar as cartas ou acompanhar o jogo quando chegar a hora.

- ... Mas você também não pode fazer isso sozinha. - Sasuke concluiu.

- Não. - Confirmei.

- Por que a gente não pensa melhor nisso amanhã? Eu estou muito cansado agora. - Ele jogou todo seu peso em cima de mim novamente.

Depois de mais algumas torturas vindo da parte de Sasuke, como cócegas e outras brincadeiras que me faziam ficar totalmente frágil a ele, nosso contato corporal acabou levanto a beijos, beijos e mais beijos até finalmente transarmos ali mesmo, no chão.

O Sasuke me levou para a cama em suas costas, como um saco de batatas. Eu me senti cansada naquela noite, eu precisava me explicar para Ino e Sasori, eu precisava colocar as coisas em seus devidos lugares.

Eu estava entre dois caminho: O único que eu conhecia, viver a vida correndo da polícia e ganhando o máximo que consegui nas custas de outras pessoas, ou entrar nesta trilhar desconhecida de honestidade da qual eu nem lembra mais como era, pois havia abandonado algo assim a muito tempo.

Eu convenci a mim mesma que não era um tipo de pessoa que abandonava um chegado. Eu apenas precisava de tempo.

Enquanto eu sentia os braços fortes de Sasuke em volta de minha cintura, eu notei que nunca se quer havia feito alguma coisa para ele.

E eu queria. Queria fazer alguma coisa boa e provar que não sou tão horrível assim, mas então eu descobri uma coisa, o motivo de eu nunca ter desejado mudar, ser outra pessoa e deixar o passado para trás foi por que eu nunca tinha algo fixo para me motivar

Afinal de contas, não era uma decisão fácil de se tomar. Era assustador deixar de ser quem eu sempre fui para tentar ser alguém totalmente diferente, mas acontece que nada na vida é fácil.

Não era como olhar minhas mãos, da qual alguns meses seguravam firmes cartas surradas de baralho enquanto minha boca pedia para que as pessoas ao meu redor prestassem atenção.

Eu mesmo nunca havia prestado, e assim, eu notei a grande mentira que era a minha vida.

Mas teria eu, como mudar?

Eu nunca havia me perguntado isso e a resposta estava todo o tempo em minha frente: Eu mesma.

Eu não precisava de algo fixo para mudar. Não se pode mudar por ninguém. Eu apenas tinha que olhar de outro ângulo e achar o ponto central de mim.

Desta vez, a pessoa que precisava olhar duas vezes para entender não era ninguém mais que eu mesmo.

Eu só precisava descobrir para o que olhar.


"~"~"

 


Notas Finais


O que vocês acharam?

Sakura está com dúvidas sobre a vida que teve e com dúvidas sobre a vida que está conhecendo ao lado de Sasuke.


Vejo vocês no próximo. Kisses!


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