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História Bem mais que um simples sentimento - One shot


Escrita por: Hidashi-Hamada

Notas do Autor


Espero que gostem, eu não mudei quase nada, apenas corrigi os erros de escrita e conclui a historia, estou ansioso pelos comentários.

Capítulo 1 - One shot


Fanfic / Fanfiction Bem mais que um simples sentimento - One shot

Meu time de vôlei

estávamos em plena primavera, o ar estava ameno, eu estava calmo com meu rosto encostado em meu caderno quase dormindo durante a aula de filosofia, uma das mais chatas na minha opinião. 

Desculpe eu esqueci de me apresentar, meu nome é Denilson, mas todos me chamam de Deni, tenho 17 anos e 1,70 de altura, sou pouco malhado, porém definido com cabelos curtos e escuros.

sou um pouco preguiçoso porque na maior parte do tempo eu gosto de cochilar, bom vamos voltar a aula. Eu estava quase dormindo quando a professora Clara me chamou:

-  Denilson diga-me, qual a visão da escritora em relação ao assunto em questão?

Quase em pânico digo em longos espaços de tempo - Ela acredita... que a... mulher não deve... ser submissa... ao homem?

- Exatamente! -ela exclamou, e eu suspirei aliviado.

Então tocou o sinal para o segundo intervalo, você me pergunta "segundo intervalo?" pois eu lhe respondo sim segundo intervalo. Isso porque eu estudo em um colégio de período integral, onde há dormitório para os alunos, onde ficamos cerca de 9 meses por ano e três meses de férias, que são os meses de Dezembro, Janeiro e Agosto, e durante os outros nove meses já sabem, são de aulas de segunda a sexta das 8:00 as 17:00, tirando feriados e fins de semana.

 

Desculpem acabei saindo do assunto de novo, sou assim mesmo, acabo me perdendo e saindo do rumo da conversa. Durante o intervalo, geralmente passo ele na quadra de vôlei do ginásio junto dos meus amigos/time. Bom vou apresenta-los a vocês.

 

Robson: Apelido Rob, 16 anos de pele morena, 1,65 de altura

Andriw: Apelido Andy, 17 anos pele bronzeada, 1,88 de altura (um gigante), poucos músculos e um pouco gordinho.

Leandro: Apelido Leeh, 18 anos, pele clara 1,79 de altura, poucos músculos, mas definidos.

Michel: Apelido Mich, 16 anos, 1,70 de altura, moreno com músculos bem definidos

Jonathan: Apelido Jhon, 17 anos, branco, 1,68 de altura com músculos bem definidos.

Amanda: Apelido Mandona, não pelo fato de ter 1,85 de altura, mas sim por ser mandona mesmo, morena e tem 17 anos.

Carla: Apelido Carla (risadas), 16 anos morena, 1,73 de altura, um pouco gordinha.

Maikon: Apelido Maik, 16 anos pele clara, 1,70 de altura, um pouco gordinho.

Giovana: Apelido Giih, 18 anos tem 1,75 de altura pele realmente clara (parece uma albina), gordinha.

 

Bom este e meu ilustre grupo de amigos. E se me perguntar como sei disso, bom eu ajudei a professora a fazer as medições e pesagens dos alunos.

Eu estava indo ao ginásio com um pouco mais de pressa hoje, pois íamos treinar um pouco hoje. Quando íamos começar nosso treino entre nós mesmos a porta da quadra foi aberta com força, soltando um som que tomou a atenção de todos dentro e fora da quadra.

E quem causou tal alvoroço, ninguém menos que o pessoal do time oficial da escola, Diego, João, Carlos, Mário, Luiz e Jefferson. São todos uns bobões e estão no último ano junto com Leandro e Giovana, mas por sorte não dividem o mesmo itinerário de aulas.

Eles entram e Diego o capitão do time veio na frente dizendo.

- Ora, ora, se não são os esquisitões dos esportes. - E riu como um trouxa - O que estão fazendo? Vocês iam jogar alguma coisa com a minha bola de vôlei? - seu tom era sínico.

- Essa bola não é sua, é da professora e foi ela quem nos emprestou! - exclamei.

Ele irritado com a resposta veio de encontro a mim, e disse tirando a bola de minha mão.

- Me dê essa bola seu frouxo idiota. - Quando do nada alguém falou.

- Devolva esta bola a ele Diego. - Era a professora Adriana, que lecionava Educação física. - Eu entreguei esta bola a eles e não a vocês. - Ela parecia um pouco brava com a atual situação. - Você e alguns de seus colegas não estavam de detenção? O que fazem aqui sem permissão? - Ela perguntou a ele com a cara séria.

- Eu estava vindo falar com você professora, quando vimos eles e quisemos saber se poderíamos treinar com eles - ele sorriu pensando que havia se livrado. Sorriso que logo se desfez.

- E o que queria falar comigo, não deve ser algo tão importante já que a deixou de lado para se entreter com outros alunos - ela disse dirigindo-se a saída na intenção de chamar uma inspetora.

- Eu queira saber se poderíamos treinar com eles? É claro com sua permissão. - falou um pouco amedrontado com a chance de ir parar na diretoria.

- Vocês querem jogar contra alguns alunos e querem minha  permissão para isso. Nossa como sou importante! - sua voz estava carregada de calma e ironia. - Seria interessante. Tudo bem, hoje na última aula vocês iram jogar, e todos iram assistir, até lá vocês iram treinar - ela disse apontando para nós - e vocês vão para a sala o intervalo já vai acabar. - Ela disse acenando para que saíssem. E assim fizeram,

- Como assim! Iremos jogar contra eles! - quase gritei de espanto.

- Sim vocês vão. Vocês não são ruins, e eles não são tão bons, e além do mais eu vou treinar vocês, melhor do que treinei eles. - Ela disse com um sorriso determinado e encorajador. - Já estava na hora de fazer uma nova competição. Esta escola precisa de mais animação.

Tomei um susto quando o silêncio e quebrado pelo sinal que tocou estridente, e quando íamos em direção a saída a professora indagou.

- Onde pensam que estão indo?

- Para a sala de aula. - Leandro disse

- Não, vocês ficam aqui, pois vou treinar vocês.

- Mas e nossas aulas, como ficam? - 

- Isso eu resolvo, fiquem aqui e comecem a aquecer, com toque, corte e bloqueio. - disse enquanto saia rindo em direção ao prédio do meio onde ficava a diretoria.

Só o que faltava, ter que ser humilhado pelos jogadores oficiais na frente de toda a escola. 

 

Treino, competição e ansiedade

 

A professora voltou com alguns papeis.

- Vocês nove irão treinar duro ouviram - mas foi interrompida pelo Leandro.

- Mas e a Giih? Ela não joga, mas faz parte do time. - Ele disse abraçando-a.

- Tudo bem vocês dez vão treinar. - Ela disse rindo da cena.

 

Ficamos a tarde toda treinando, a professora se empenhou em nos treinar. Nos ensinou jogadas novas, e nos treinou em todas as posições, além de ter dito algumas fraquezas do time adversário. Foquei em memorizar tudo, Diego e Jefferson eram destros e afobados então deveríamos mirar em suas esquerdas, principalmente no bloqueio. Durante o treino tombei três vezes com os jogadores do fundo, duas no Leandro e uma no Jonathan. O Jonathan me empurrou de volta, já o Leandro me segurou para que eu não caísse.

Meu amigo Robson estava nervosinho por ter tirado nota baixa em uma prova, e por isso não parou de reclamar.

" Jonathan defenda direito o fundo! - falou sem nem olhar para traz.

- Lógico. Isso se você pegar as suas e não deixar tudo para mim! - retrucou de cara feia.

- Amanda defenda a rede!

- Farei isso assim que você calar a boca!

- Quietos todos. Menos papo mais ação. - A professora disse seria."

Foi assim a tarde inteira, treinando e gritando, treinamos todas as posições e seus movimentos, de saque a corte. Tivemos uma pequena pausa de 15 min para descansar e logo voltamos a treinar. O treino parou 40 min antes do começo do jogo, para tomarmos banho comer algo e descansar.

A espera para o jogo era horrível, tudo era sufocante, parecia um instante que levava a morte. A tensão era tão grande que até para conversarmos era em voz baixa.

- Gente será que temos chance? - Andriw falava apreensivo - sei que treinamos para isso, e recebemos dicas, mas... - ele não estava nada confiante.

- Nós vamos ganhar! Treinamos duro, não podemos perder. - falou Robson tentando empolgar o time.

- Isso ai! Nós vamos ganhar! - ajudei-o a incentivar e logo fui acompanhado.

- Yeah!!! - Todos gritamos empolgados.

 

Bom já havíamos terminado o treino, descansamos e conversamos para nos animar, e o jogo estava prestes a começar. Poucos minutos nos separavam da quadra, e da decisão "Humilhação ou Glória".

O jogo ia ser na quadra aberta devido ou pequeno calor que fazia. Mesmo sendo um dia de aula normal, todos os alunos já se encontravam nas arquibancadas, e os professores em uma plataforma reservada.

O time de Diego já se encontrava no banco esperando o jogo começar, enquanto nós conversávamos do outro lado da quadra.

- Gente, acho que não vamos ganhar. - Jonathan disse em tom triste e desanimado.

- Calma, olhe como eles estão confiantes de mais, só precisamos nos esforçar para ganharmos. - Amanda incentivou, alto para todos ouvirem.

- Sim. Mas devemos dar o nosso melhor, independente do resultado. - falei com calma para amenizar a tensão.

- Isso ai Deni. - Andriw disse levantando o punho.

- Jhon, não podemos errar, e nem culpar os outros. - Robson disse sério, com intuito de se desculpar pelo ocorrido no treino.

- Então para nada falhar, - Leandro dizia calmo, mas alterou seu tom de voz de calma para grito em um instante - Mandona você será a capitã do time! - Amanda deu um pulo com o susto que levou.

- Concordo com você Leeh. - Robson concordou.

- Isso vindo de você é surpreendente. - Leandro falou surpreso.

- E então, estão prontos? - perguntou a professora.

 

O jogo já ia começar e a professora Adriana irá narrar. Todos sentados apenas esperando o jogo começar.

- Boa tarde a todos! - ela gritou ao microfone - Temos um jogo muito importante e inesperado hoje. E como podem ver será de vôlei. - disse empolgada pela partida, mas rindo pela afirmação desnecessária. - Este jogo só será realizado por um grande motivo. - Sua empolgação dizia que algo estava por vir. - Este é um jogo que o time oficial propôs a um time avulso de alunos, cujo o vencedor fica com o cargo de time oficial da escola!  - Ela gritou no final como se sua vida dependesse disto.

 

- O que !!! - ambos os times gritaram ao mesmo tempo, e nós olhamos logo em seguida, ambos nos amontoamos e começamos a cochichar.

Ambos os times conversavam baixo, e o clima de tensão voltou com tudo. O time do Diego parecia bravo, já o nosso um pouco preocupado.

E pelo visto todos nas arquibancadas pareciam ansiosos para ver o desfecho desta partida. Logo tomamos nossas posições e o jogo se iniciou.

Embora não estivéssemos jogando mal, não estávamos ganhando, pois, placar marcava 10 a 15, do primeiro set. Não demorou para a Amanda tomar atitudes.

- Vamos, prestem atenção, eles estão usando a plateia para nos intimidar. - E de fato isso era um grande fator, e começamos a ignorar os gritos. 

 

Com isso voltamos a nos focar, com esforço e dificuldade, conseguimos ganhar o primeiro set. Mas o segundo foi deles, o que nos fez ver que eles começaram s levar a sério. O jogo correu firme no terceiro set, pois ambos estávamos com 18 pontos, todos cansados, mas determinados a ganhar. O que nos incentivou foi lembrarmos do que a professora havia nos prometido " Vençam e os levarei para comemorar por minha conta, percam e lavaram os uniformes dos times por mês." Isso nos inspirou e deu forças para ir até o fim. E agradecemos o jogo não teria cinco sets, mas apenas três. Mas mesmo assim o jogo seguiu acirrado, ponto a ponto até o placar marcar 23 a 22, tínhamos uma pequena vantagem, mais dois pontos e ganharíamos.

 

Foi graças ao Andriw que conseguiu fazer um ace no fundo da quadra, nos dando o vigésimo quarto ponto, e com um segundo saque atingindo em cheio a mão esquerda de Diego, fazendo com que ele desse um passe horrível, Matheus não conseguiu pegar e deixou a bola cair, e quando ela tocou o chão todos gritaram sem exceção, fosse nossos gritos de alegria, os gritos surpresa da plateia ou os gritos frustrados do time do Diego. Mas em todos os gritos se encontrava o tom de que foi algo inacreditável.

 

 

Jantar de comemoração, e uma noite incomum

 

Após o jogo ter acabado, fomos descansar para que no dia seguinte pudéssemos comemorar nossa vitória. 

Logo que começou a escurecer, próximo as 18:00, comecei a me arrumar para irmos ao jantar de comemoração. Tomei meu banho, e fui constantemente apressado pelo meu colega de quarto (que por acaso e o Leandro), sai do banheiro apenas de bermuda com minha blusa nas mãos e me deparei com Leandro apenas com uma toalha em volta da cintura, com cara de "que demora foi essa". Dei passagem a ele que logo entrou para de banhar, enquanto eu terminava de me vestir, parei e comecei a pensar na visão que acabei de ter, o corpo levemente definido de Leandro, bem na minha frente com um cheiro forte de suor misturado a sua colônia adocicada, mas meus pensamentos foram interrompidos por um braço que me balançava dizendo.

 

- Anda, termine de se vestir, ou pretende ficar aqui? - Leandro já havia terminado seu banho e já estava vestido, me pergunto quanto tempo fiquei perdido naqueles pensamentos.

Quando terminei de me vestir eu estava com uma bermuda azul-escuro, uma blusa de manga curta, de um tom azul mais claro e meu ténis esverdeado. Leandro estava vestindo uma calça jeans escura e uma blusa preta com um detalhe vermelho na gola. Ele estava realmente lindo "que pensamento foi esse nunca antes havia reparado nele dessa forma".

 

A professora escolheu um restaurante de comida oriental, assim poderíamos escolher entre chinesa e japonesa a nosso gosto. Eu fui de carro com Leandro para não ir de condução até o restaurante que ficava no centro. Em seu carro seu perfume era mais evidente, doce com um toque amadeirado, um cheiro bom e difícil de esquecer.

 

Chegamos ao restaurante, Leandro logo estacionou e entramos, por minha causa chegamos um pouco atrasados, já que todos já nos esperavam sentados à mesa, mas Maikon e Michel já atacavam alguns aperitivos. Todos nós nos cumprimentamos e então começamos nosso jantar, cheio de conversa e alguns drinks. Estávamos todos animados, mas não consegui parar de reparar em Leandro, que embora sério, quieto e calado na escola, aqui ele estava mais calmo e descontraído, e conversava com todos. Seu rosto estava pouco iluminado devido a mesa escolhida que era mais próxima a janela que dava para um pequeno jardim do restaurante, e em sua face um sorriso se destacou, um sorriso pequeno, mas muito bonito "O QUE ESTOU PENSANDO, COMO POSSO PENSAR QUE ELE POSSUI UM SORRISO BONITO!". Mas ainda achava bonito seu sorriso.

 

O jantar estava ótimo, estava perto da meia-noite então nos preparamos para retornar a escola. Giovana, Andriw e Amanda foram juntos no carro da professora Adriana, Maikon e Michel foram no carro de Jonathan, eu e Robson fomos no caro do Leandro. Chegamos na escola e logo ao dormitório, Robson se despediu e se dirigiu a seu quarto, Leandro me ajudou-a chegar ao nosso quarto que era no segundo andar. Chegando no quarto Leandro me ajudou a ir até a cama, confesso que não devia ter exagerado um pouco a mais do que devia na bebida, quem diria que saque pode ser um perigo desconhecido pelos fracos. Deitei-me enquanto Leandro se arrumava para dormir, mesmo com a vista cansada vi ele se despir de costas para mim até ficar apenas de cueca e em seguida pondo apenas a calça de seu pijama. Eu estava zonzo e cansado demais para conseguir me trocar, Leandro vendo minhas falhas tentativas de retirar meu tênis veio me ajudar. Com calma ele retirou meus tênis e meias, e senti que suas mãos eram muito macias, depois calmamente ele me apoiou em seu ombro comigo ainda sentado na cama e retirou minha blusa e novamente senti suas mãos macias e quente na minhas costas, ele então se levantou e foi até meu armário e pegou meu pijama, com delicadeza retirou minha bermuda, deslizando suas mãos até meus pés. Então fez o movimento inverso pondo em mim a calça de meu pijama, em seguida minha blusa, disse-me boa noite e bons sonhos, me fez um leve cafune e foi se deitar em sua cama. Estava fazendo calor esta noite então ele dormiu sem edredom, e ali estava sua silhueta, virado para mim. Eu não consegui dormir, Leandro ao contrário já estava dormindo, até parecia estar sem vida devido sua imobilidade. Ele dormia serenamente, então tentei me apoiar para tentar ver sua expressão de sono, mas minha mão escorregou e eu caí no chão fazendo um enorme barulho que acabou o acordando, que se assustou e acabou caindo de sua cama também. Ele se levantou e viu que eu estava com minha cara colada ao chão, ele me pôs novamente na cama e perguntou.

 

- O que aconteceu? - sua expressão ainda era de susto.

- Eu me desequilibrei ao tentar me ajeitar na cama e cai. - Mentirinha básica.

- Bom espere ai paradinho, só vou ao banheiro e já volto. - E foi o que ele fez, foi ao banheiro e logo voltou, sentou na beirada da cama e disse - Para você não cair novamente, vou encostar minha cama na sua, assim se você rolar não vai cair. - Ele disse enquanto unia as camas.

- Ok Leeh. Muito obrigado por se preocupar comigo. - Eu disse sorrindo.

- Bom, então novamente boa noite. - Ele disse e me deu um beijo na testa, não entendi o por que dele ter feito isto, mas não pude impedir de corar e agradeci pela falta de iluminação que fez com que ele não percebesse.

 

Eu já não estava mais sobre o efeito do álcool, quando percebi que ele dormia calmamente virado na minha direção, ele estava descoberto apenas com a parte de baixo do pijama, e reparei que o botão que deveria manter a calça dele fechada, na verdade estava aberto, não sei se foi pelo esforço de empurrar a cama, ou, se esqueceu de fechar ao sair do banheiro. Mas ali estava, diante de mim e aberta, olho e vejo que ele estava dormindo profundamente, fiquei olhando, mas não resisti e passei minha mão levemente sobre seu peito, descendo até seu abdômen, ele pareceu não sentir nada, mas quando estava próximo a sua calça, parei e me questionei sobre o que eu estava fazendo. Me virei e tentei dormir, mas não consegui parar de pensar em Leandro.

 

Logo de manhã me levantei, e percebi que ele ainda dormia, levantei com cuidado e peguei uma troca de roupa e fui tomar banho, saio do banheiro de cueca mas com uma toalha na cintura e quando viro na intensão de voltar ao banheiro vejo Leandro parado me observando, coro intensamente, mas ele rompe o silencio.

- Não vai se trocar? - perguntou enquanto ia em direção ao armário.

- Sim, vou sim, mas é que eu peguei uma bermuda que não queria usar então vim pegar uma outra. - Respondi envergonhado.

- Entendi. - Ele disse olhando como eu estava, então entrou no banheiro - Bom então se vista ou ficara resfriado Deni.

- Você tem razão Leeh. - Ajoelhei a frente da gaveta para procurar outra bermuda, e escutei a porta do banheiro se fechar. Se não fosse a toalha eu teria ficado todo a mostra para ele. Meu Deus, não entendo o que está acontecendo comigo. Será que estou gostando dele? O que eu faço agora!

 

Descobrindo as coisas

 

depois daquela noite, comecei a me questionar sobre o que eu havia sentido, pois eu nunca havia sentido isso por garotos, eu sempre namorei garotas, bom sempre por farra. Mas será que eu estou mesmo gostando do melhor amigo do garoto que considero meu melhor amigo? E se for mesmo isso, considero o Andriw meu melhor amigo, mas ele e o Leandro se conhecem desde pequenos, e são melhores amigos um do outro, como fico nessa história? O único jeito é ver se estou mesmo gostando dele, mas como farei isso?

Comecei a passar mais tempo com ele no intervalo, fiz companhia a ele durante as aulas vagas que possuímos no mesmo horário. E passei a sair mais com ele nos finais de semana, e por sorte para que não parecesseu muito estranho minha súbita mudança de habito, Andriw sempre estava junto.

 

Em uma de nossas saídas em grupo, fomos a uma festa na casa de uma amiga do Leandro, que por sinal possuía muitas amigas. Fomos Eu o Robson, a Giovana, o Andriw e é claro o Leandro, em uma casa lotada de gente, maioria garotas. Ele estava sentado em um sofá do outro lado da sala, conversando com o Robson, eu estava próximo a escada conversando com o Andriw, a Giovana estava perdida entre o mar feminino a nossa frente.

 

- Andy, você está gostando da festa? - Perguntei, mas com meus olhos ainda fixos naquele sofá.

- Estou e você? - ele falou e logo bebeu de seu copo olhou na mesma direção em que me mantinha fixo, logo disfarcei focando-me nele.

- Olha o Rob, lá importunando o Leeh. Aposto que deve ser por causa da nova namorada do Leeh. - Ele disse fazendo um sinal negativo com a cabeça.

- O Leeh está namorando! - era obvio o espanto e interesse na minha voz.

- Não, ele não está. - Ele riu - O Rob está preocupado com o exame de direção, e está pedindo conselhos ao Leeh. Mas não pude deixar de notar que você ficou surpreso ao ouvir que o Leeh estava namorando, por que? - ele disse me encarando.

- Apenas fiquei surpreso, já que ele nunca fala ou toca nesse assunto com o pessoal. - Ri para disfarçar, mas fiquei aliviado em saber que era mentira, o que me fez pensar mais sobre eu estar gostando mesmo dele. Mas quase entrei em pânico por causa da pergunta do Andriw.

- Concordo, que há coisas que ele não conta para todos. Todos temos esses tipos de segredo. - Ele disse se sentando na escada.

- E como você sabe se ele não está realmente namorando? - perguntei realmente interessado.

- Somos melhores amigos, falamos de tudo um com o outro, nos ajudamos sempre que necessário. Sempre fomos assim. - ele disse sorrindo

- Ah, bem eu compreendo. - Digo voltando a olhar para o sofá.

Nesse momento Robson se levanta, e eu penso em ir até lá e me sentar, mas uma garota logo se senta ao lado dele e começa a conversar com ele.

- Que garota bonita, aquela sentada ao lado do Leeh. - falei um tanto incomodado.

- Ela é a garota que nos convidou para esta festa. - Ele disse bocejando.

Depois de alguns minutos conversando, a garota o puxou na intenção de beija-lo, viro meu rosto bruscamente, e tentando esconder a raiva e o incomodo com a cena uso o bocejo de Andriw como desculpa.

- Andy você parece cansado, por que não vamos embora?

- Ok, só vou chamar o Leeh por que é ele que esta dirigi..... - Ele não completou a frase porque obviamente viu a cena do beijo que eu me recusava a olhar. - Vou buscar o Rob primeiro. - Ele disse indo buscar o Robson.

 

 Em pouco tempo ele voltou com Robson nervoso se indagando indignado. Então pergunto por que estava assim e obtive a seguinte resposta.

- Como eu não beijo nenhuma garota e o Leeh sim, como isso é possível! - ele apontou para eles e quando olhei agradeci por já terem acabado com aquilo. Andriw logo atravessou a sala e trouxe com sigo o Leandro que pareceu não se incomodar em vir para irmos embora.

- E a Giih não vai com a gente? - Leandro estava novamente com seu calmo tom de voz.

- Não, ela vai dormir aqui hoje e volta amanhã cedo de ônibus. - A calma na voz do Andriw foi em um tom que parecia que pretendia competir com a calma do Leandro.

- Ok. Então vamos. - falei indo na frente sendo seguido por eles.

Quando chegamos no carro, eu e Robson sentamos no banco de trás e o Andriw no do passageiro. Durante quase todo o caminho ficamos em silencio, só quando adentramos os terrenos da escola e nos aproximamos do alojamento que Leandro finalmente quebrou o silencio.

- Andy, sei que o Rob é o seu colega de quarto, mas ele quer mais conselhos para o exame de direção, então eu gostaria de saber se você dormiria no meu quarto hoje e eu no seu? - ele perguntou estacionando o carro e já descendo do mesmo.

- Claro. - Ele disse sorrindo. - Deni você é o colega de quarto do Leeh certo?

- Sim eu sou.

- Ótimo, terei com quem conversar durante a noite. - Ele disse adentrando a sala de estar do alojamento e indo em direção aos dormitórios.

- Mas você não estava com sono?

- Aquilo era tédio, puro TÈDIO. - Ele ri e me acompanha até meu quarto enquanto Leandro acompanha o Robson até o dele.

Abri a porta do meu quarto e assim que me sentei em minha cama, vejo que o Andriw ja estava jogado na cama do Leandro.

- Como você sabia que essa era a cama dele? - pergunto espantado.

- Sei por que ele é muito arrumadinho com as coisas dele. - ele disse bagunçando a cama todo como se fosse um sinal de guerra para Leandro, ou apenas um modo de se acomodar a imensidão impecável de arrumação daquele lado do quarto.

- Sim ele é muito arrumado. - Eu disse rindo.

- Deni você está bem? - foi uma pergunta surpresa.

- Estou sim, por que? - responde sem entender o porquê desta pergunta repentina.

- Você estava extremamente calmo e de repente ficou muito bravo lá na festa. - Ele me analisava

- Eu apenas não me senti muito bem. - Eu falei calmo. - Mas agora já estou melhor. - Conclui.

- Pensei que você estava afim da garota que o Leeh beijou. - Ele voltou a me encarar.

- Hunf! Eu afim daquela baranga. - Ri alto.

- Mas você havia dito que ela era bonita na festa. - E minha risada foi engolida. - A menos que?

- Que o que? No que você está pensando? - falei com medo.

- Estivesse falando do Leeh e não da garota. - Ele falou olhando para mim com uma cara questionadora

- O que! - Eu rio alto. - Você está ficando doido Andy. - Falo ficando vermelho.

- Deni você é gay? - ele joga na lata ficando em pé.

- Não Andy, não sou nada disso, bom vamos dormir. - Eu disse me deitando e esperando que ele fizesse o mesmo.

- Pode falar a verdade Deni, sou seu amigo não vou te julgar. - Ele disse se sentando na beirada da minha cama.

- Andy para de viajar, e vai dormir. - Me cubro com os edredons.

- Você não sabe mentir, e se não tivesse ficado olhando para ele durante todo o tempo, e não tivesse ficado extremamente surpreso e interessado na mentira dele ter uma namorada, eu até teria acreditado. - Ele disse obviamente por eu estar mentindo.

- Tudo bem. - Eu disse me sentando novamente na cama. - Acho que estou gostando do Leeh. - falei afundando minha cara no travesseiro que estava nas minhas mãos.

- Nossa que legal! - ele gritou animado

- Como assim que legal, eu acabo de descobrir que sou gay e você grita que legal? - eu falei bravo

- Desculpe, mas não contive a empolgação de estar certo.

- Mas de que adianta o Leeh é hétero. - falei cabisbaixo.

- Ele acabou de dizer que odiou o beijo da garota. - Ele disse olhando e digitando no celular.

- Ele mandou uma mensagem?

- Sim. E disse que não conseguiu se divertir naquela festa. - Ele disse voltando a digitar.

- O que você escreveu? - minha curiosidade estava alta nesse momento.

- Que você gosta dele.

- O QUE !!! - tentei pegar o celular da mão dele, mas sem sucesso.

- Brincadeira. - Ele ria muito. - Apenas respondi que também não me diverti.

- Não faça mais isso.

- Relaxa, mas acho que você tem chance.

- Por que diz isso?

- Ele nunca elogiou uma garota, nem se quer quando estávamos a sós. Tem uma grande chance dele também ser gay.

- Sério! - eu falei eufórico.

- Sim. Olha façamos o seguinte, nós conversamos sobre o Leeh para você conhece-lo melhor, e dessa forma tenho minha companhia para essa madrugada já que eu durmo tarde. - Ele sugeriu.

- Ok! - aceitei sem pensar duas vezes. 

 

E assim a noite se seguiu, eu e Andriw conversando até que finalmente acabamos dormindo. Conversamos de fato muito sobre o Leandro, mas não apenas dele. Cheguei a pensar que apanharia de Andriw pelo fato de quase todo instante interrompe-lo para fazer mais uma pergunta. Mas no fim nos demos bem, e acabei por descobrir muito sobre Leandro, descobri seu tipo de livro favorito, qual doce mais gostava, e sua alergia a algumas plantas comuns de jardim. Aprendi que ele gosta de conversar sempre calmamente sem muitas exaltações, gosta muito de massas, e vinhos. De fato, aprendi muito com Andriw durante esta noite. Porem ambos não sabíamos a coisa mais importante, se ele era ou não gay.

 

Mas Andriw concordou em ser meu cumplice na missão de descobrir isto. Discutimos diversas formas de tentar fazer com que ele revelasse ou demonstrasse algum sinal, mas se nenhum desses métodos funcionasse, Andriw optou por perguntar cara a cara para obter a resposta, utilizando de sua longa amizade como desculpa para a intensão de descobrir pra aprofundar a amizade deles. E assim que amanheceu colocamos em pratica nossos planos.

Todo esforço é necessário, e a descrição e prioridade. Bom isso se o Andriw não precisar usar nossa última opção.

 

Buscando pela resposta, e tudo fica por um fio

 

 Eu e o Andriw, aproveitamos que as férias de meio de agosto para que pudéssemos por nosso plano em prática. 

 

 Logo que as férias começaram já estávamos prontos para começar, só precisávamos ter cautela. Eu fiquei observando-o no quarto, para ver se ele dava alguma pista fosse em gestos ou palavras, Andriw o seguia em suas caminhadas de manhã pela escola. E íamos os dois nas festas em que ele ia sempre levando mais alguém para disfarçar nossa pequena operação. Pouquíssimas eram as festas que íamos apenas nós três. 

 

Mas com esta tática não conseguimos nada, então Andriw sugeriu que procurássemos mais a fundo. Andriw que já era considerado da família dele, se ofereceu para ir a casa dele para pegar alguns filmes que ele havia deixado na casa dele, e aproveitou para vasculhar em todo o quarto de Leandro. Eu aproveitei sua caminhada matutina para vasculhar seu armário e suas coisas. Procurei em cada parte daquele armário, e a única coisa que achei que poderia ser uma prova dele ser ou não gay, foi uma fotografia em que ele estava abraçado com outro rapaz, apenas de sunga e ambos sorrindo, então tirei uma foto desta fotografia, ( sim é estranho dizer isso ) e arrumei as coisas dele da forma que me lembrei que estavam, deitei em minha cama e esperei ele e Andriw voltassem. 

 

Logo Leandro chegou, me cumprimentou, pegou algumas roupas e foi para o banheiro, acho que como fazia calor mesmo estando de manhã ele deve ter suado em suas roupas e por isso foi se limpar. Aproveitei para fazer outra abordagem, me vesti apenas com uma cueca box e uma blusa que chega até minhas coxas, então joguei meus fones de ouvido entre minha cama e a cômoda bem rente a parede, e quando ele saiu do banheiro se deparou com a seguinte cena. Eu estava de quatro na beirada da cama tentando pegar meus fones de ouvido, ao ver esta cena ele perguntou calmamente. 

  - O que você está fazendo? - a calma em sua voz era a única coisa que eu consegui notar.

  - Estou tentando pegar meus fones de ouvido que caíram entre a cômoda e minha cama. Mas não consigo alcança-los. - Espero estar conseguido algo com isso.

  Abaixei para pegar meus fones, mas vi que não conseguia, então fiquei resmungando um pouco até que ele decidiu me ajudar. 

  - Espera aí. - Ele disse se levantando e vindo até mim. - Da licença, deixe eu tentar, e ver se eu consigo te ajudar. - Ele disse se sentando ao meu lado na cama e tentando colocar a mão entre o vão para pegar meus fones, mas o vão era muito estreito. 

  - Só um momento. - Ele disse ficando em pé, estralou os dedos e com um forte empurrão ele afastou a cama da cômoda. - Agora sim, aqui estão seus fones. - Ele disse me entregando meus fones e com um sorriso vitorioso e foi em direção a sua cama.

  - Você poderia colocar minha cama de volta ao lado da cômoda por favor? - meu tom de voz era bobo e constrangido, igual ao sorriso no meu rosto.

  - A é mesmo. Desculpe por isso. - Ele disse rindo e pondo minha cama no lugar.

  - Muito obrigado, mas comigo na cama não foi difícil empurra-la? - perguntei com grande interesse, pois estava me sentindo como uma pluma já que ele não demonstrou ter feito tanto esforço. 

  - Não muito, mas me pareceu fácil. - falou enquanto se virava para voltar para sua cama. 

  - Não acredito em você? - eu disse incrédulo. 

  - Você está duvidando de mim? - ele disse me olhando entre os ombros.

  - Claro que estou duvidando de você! - eu disse me sentando na cama e cruzando meus braços.

  - Pois bem, foi você quem pediu. - Ele disse, se virou veio novamente até minha cama e me ergueu colocando-me deitado em seu ombro direto. - Agora, além de leve está na mesma posição que a princesa Fiona. - Ele disse dando um enorme gargalhada, enquanto andava pelo quarto comigo em seu ombro.

  - Ok Shrek. Pode me pôr no chão por favor. - Eu disse rindo e batucando suas costas. 

  - Nossa! Sei que sou feio, mas me chamar de ogro! -ele disse alto me pondo na minha cama.

  - Não foi isso que eu quis dizer, você não é feio, nenhum pouco, só o chamei de Shrek porque você né chamou de Fiona.

  - Eu sei. - Ele riu, mas ficou sério - Você disse que não me acha nem um pouco feio?

  - Não, eu não disse nada disso!

  - Eu juro ter ouvido você falar isso sim. 

  - Você deve estar cansado e por isso acabou ouvindo coisas.

  - Cansado eu estou um pouco, mas....

  - Mas nada! Nada! Tá na cara que você precisa dormir e descansar. Boa noite. - Me deitei fingindo bocejar. 

  - Bom, mas ainda são 10:00 da manhã. 

  - Então que tal um cochilo até o Andy voltar?

  - Não me parece uma má ideia. 

  - Então está decidido! Vamos cochilar.

  - Bom cochilo Fiona- ele se deitou e disse rindo.

  - Bom cochilo. - Falei sério, mas bem baixinho eu sussurrei. - Shrek. 

 

  Assim que o Andriw chegou, começamos a conversar e depois de uma grande reflexão, decidimos que não teria outra escolha, ele teria que fazer a pergunta, nas também decidimos que esperariamos o aniversário dele que seria em alguns dias, e no fim da festa Andriw daria um jeito de perguntar a ele.

 

   Os dias passaram e logo dia do aniversário dele chegou, e Andriw com a mãe do Leandro organizaram a festa, e durante a festa todos estavam se divertindo e bebendo, porém eu e Andriw nos mantivemos sóbrios, com a intenção de fazer o Leandro beber um pouco a mais do que devia para ficar mais sujeito a responder nossa tão esperada pergunta.

 

  Sempre que o copo do Leandro estava para ficar vazio, Andriw logo o enchia novamente, mas Leandro bebia muito devagar, parecia ter a intenção de não se embriagar. Logo a festa já estava acabando e ele demonstrava sinais de sono e não de embriaguez. A festa ocorreu na casa dos pais do Leandro, mas os pais do Andriw também ajudaram. Enquanto todos se despediram do aniversariante e entre si mesmo para irem embora, eu Andriw e Leandro dormimos aqui na casa dele. 

 

 Nós três dormiríamos no quarto dele, a casa dele era grande, mas só possuía dois quartos, o dos pais dele e o dele já que ele era filho único. Mas ao entrar no quarto dele percebi o porquê da demora do Andriw para fazer sua busca por provas. O quarto não chegava a ser imenso, mas ainda assim era grande, possua duas camas, não precisei perguntar o porquê, pois logo Andriw falou que como ele dormia muito aqui eles colocaram outra cama no quarto. Leandro buscou alguns colchões e fez uma cama para mim no meio das outras duas e trouxe alguns edredons. Então ele disse.

 

  - Vou lá embaixo buscar alguns doces tenho certeza que minha mãe guardou alguns na geladeira. - Ele falou saindo do quarto, eu e Andriw aproveitamos para conversar. 

  - Deni você tem que fingir que está dormindo, então eu converso com o Leeh para descobrir, mas você tem que fingir muito bem você entendeu? - ele disse sério olhando para porta. 

  - Ok entendi! - falei com firmeza 

   Quando ele voltou eu e o Andriw estávamos falando sobre a festa e ele logo se juntou conosco. 

  - Então o que acharam da festa? - ele disse oferecendo brigadeiros que estavam na bandeja que ele trouxe para o quarto.

  - Foi legal, mas não superou sua festa de 16 Leeh. - Andriw falou pegando um dos brigadeiros. 

  - Sério? O que aconteceu nela para que ela seja assim tão insuperável? - perguntei curioso. 

  - Você explica para ele por favor Andy eu vou tomar banho. - Ele falou enquanto procura roupas no armário. 

  - Explico sim. - Ele disse apontando para uma calça que Leandro estava procurando. 

   - Bom, mas porque a festa foi melhor que esta? - voltei a perguntar, bom eu realmente quero saber o porquê.

  - O que aconteceu foi que uma garota que estava afim do Leeh foi correndo para abraça-lo, e ele desviou, ela tropeçou e caiu encima do bolo as letras do nome dele com a palavra aniversário se misturaram e grudaram na camisa dela formando a palavra adversário, todos riram da cena. Foi por isso. 

 

  Eu fingi bocejar de cansaço e disse boa noite e me arrumei para em breve fingir a dormir, enquanto Leandro tomava seu banho. Andriw pegou um livro e fingiu folhear, logo o som do chuveiro sendo desligado nos indicou que ele já viria. Então ele saiu com uma toalha na cintura e a calça numa mão e a blusa na outra.

  - Peguei calça e blusa más esqueci da cueca, disse jogando a calça na cama e indo ao armário, logo voltou ao banheiro com uma cueca box preta e deixando a blusa pendurada no armário. Mas voltou de novo com a toalha na cintura. - Esqueci a calça na cama.

  - Nossa como você está esquecido Leeh. - Andriw riu e eu também. 

  - Bom só um pouco por causa da bebida. - Ele disse indo em direção ao banheiro.

   - Leeh deixar de entrar e sair desse banheiro! - Andriw falou sério - Você já está de cueca? - Andriw perguntou sem nem se importar qual seria a resposta. 

  - Sim Andy, por que? - ele respondeu confuso.

  - Então coloque a calça aqui mesmo! -ele respondeu no mesmo momento em que com um único puxão removeu a toalha da cintura do Leandro. 

    - Ok, mas não precisava ter puxado a toalha deste modo, e se tivesse retirado minha cueca junto, ou se eu tive esquecido de ter colocado. - Ele disse vindo até a cama dele indo pegar a calça passando bem do meu lado. Pude ver seu abdômen e um leve volume em sua cueca não tão apertada, quando ele terminou de por sua calça eu disse. 

  - Boa noite, eu bebi um pouquinho a mais do que devia e isso me deixou muito cansado. Descansem bem. - E me deitei cobrindo meu corpo e parte do rosto. 

   - Boa noite, durma bem. - Ambos disseram juntos. 

   Andriw e Leandro conversaram um pouco sobre jogos, um pouco de gastronomia, e até de matérias escolares. Então quando o Andriw pensou que já era a hora, e que ele não desconfiaria de que eu poderia estar fingindo, ele começou.

   - Leeh faz tempo desde a última vez que dormi aqui.

  - Sim Andy faz mesmo. 

   - A última vez que dormir aqui foi porque você pediu, você queria conversar .... sobre o que mesmo? - provavelmente ele se fez de desentendido.

   - Foi porque eu queria lhe pedir conselhos para namorar, sabe como sou péssimo nisso. - Ele falou apoiando os cotovelos nos joelhos e escondeu o rosto entre as mãos.

   - À é lembrei. - Ele deu uma leve risada. - Eu nunca vi você ficar por muito tempo com alguma garota. - Andriw mantos seu olhar fixo em Leandro. 

   - Não sei, bom não gostei muito delas. 

   - Leeh você está namorando? 

   - Não é você?

   - Também não. 

    - Mas você não estava com aquela garota .... como era o nome dela .... Sandy! O que houve? - Leandro conseguiu retirar o foco da conversa facilmente dele para o Andriw. 

   - Ela era muito pervertida. E você porque não está namorando? - Ele retorna o foco para Leandro.

   - Não achei ninguém que faça o meu tipo. - disse se jogando na cama.

   - E quem faz seu tipo?

   - Bom, pessoas calmas, que sabem quando devem ser animadas sem ser histéricas. - Ele diz olhando para o teto.

   - Bom é bem difícil de achar uma garota assim lá na escola, mas tem pencas de garotos assim. - e finge desviar o olhar.

   - É tem sim. - Leandro solta um leve sorriso, que não passa despercebido pelo olhar furtivo de Andriw. 

   - Que sorriso foi esse? - pronto o alvo foi encurralado logo será pego.

   - Sorriso? Que sorriso? Quem aqui tá sorrindo? - Leandro se enrola todo em suas palavras.

   - Você. Você sorriu quando eu disse pencas de garotos assim. - agora está sem saída. 

   - Tá doído Andy! Você está tomando algum remédio? - Leandro falava alto e assustado. 

   - Leeh, que isso, somos praticamente irmãos e você confia mais em mim que na sua família. - Andriw disse enquanto se levanta de sua cama e sentava ao lado de Leandro. - Tem algo que queira me dizer? Sabe que nada pode estragar nossa amizade. - Ele disse passando sua mão pelo ombro dele.

    - Tem certeza Andy? - sua voz carregava um pouco de medo e incerteza. 

    - Claro que tenho. Nos conhecemos desde pequenos, crescemos juntos, nada pode acabar com nossa amizade. - Andriw assentiu com a cabeça. 

    - Bom Andriw, sim eu tenho algo a dizer. - Ele disse verificando se eu estava dormindo, e eu tenho a certeza que merecia um Oscar de melhor encenação. 

    - Você só me chama pelo nome quando é sério. Então vamos diga-me logo. - Andriw colocou a mão sobre a mão de Leandro num gesto para que ele se pudesse se acalmar. 

   - Sim Andriw. Eu sou gay! - Leandro afirma e abaixa a cabeça. Andriw leva sua mão ao rosto de Leandro levantando e presumo que diria algo para anima-lo se eu não tivesse estragado tudo.

   - Eu sabia! Eu sabia! - gritei no mesmo instante em que saltei do meio dos edredons, mas logo vi a grande besteira que fiz ou ver Andriw com um olhar assustado igual ao de Leandro, mas logo o do Leandro passou de assustado para uma cara séria e brava que realmente me assustou me fazendo calar a boca e olha-lo com medo do que iria acontecer em breve.

 

Explicando e pedindo desculpas.

 

Maldita boca! Pulei gritando dentre os edredons, saltitei e balancei os braços. A mãe de Leandro entrou empurrando a porta com tamanha força que pensei que arrancaria a tranca da parede, o que foi por pouco caso a mesma estivesse devidamente trancada. E logo que entrou ela falou alto.

   - O que aconteceu? Que gritos foram esses? - ela parecia estar realmente assustada.

   - Calma mãe. - Leandro falou esticando a mão e acalmando a sua mãe indo em direção a ela. - Ele só gritou porque ele acertou a questão da prova de ontem. - Ele falou extremamente calmo enquanto a guiava para fora do quarto.

   - Verdade? Não aconteceu nada mesmo? - ela olhou para trás.

   - Sim mãe, agora assustados estamos nós por você ter praticamente arrombado a porta do meu quarto. - Ele falou com a mão no peito na intenção de encenar um leve susto, e obteve sucesso pois sua mãe olhou pra trás arrependida. - Agora vá descansar e nos deixe descansar também. Boa noite. - Ele deu um beijo na bochecha dela e fechou a porta.

 

   Ele a trancou, pegou algumas blusas e as colocou nas frestas da porta para vedar as saídas de som do quarto. Ao terminar seu intuito de vedar a porta, Leandro se virou para nós, e sua expressão que era calma e risonha cujo usou para se despedir de sua mãe agora a pouco, se desfez em uma expressão séria e imponente, um tanto intimidadora. Então eu e Andriw nos olhamos, olhamos para ele é voltamos a nos olhar, então ficamos em silêncio encarando eu a ele e ele a mim, até que Leandro quebrou o silêncio sepulcral que ali estava.

 

   - O que significa isso? - sua voz soou alta, quase como um grito, o que nos pareceu um ato errado pois chamaria atenção dos outros, mas o veda-mento que eles fez na porta pareceu funcionar perfeitamente, pois ninguém veio, e como não respondemos ele voltou a falar. - Andriw Thomas, posso saber o que isso significa! Eu lhe confesso algo extremamente sério e pessoal pensando que ele estava dormindo. - Seu dedo apontando para mim enquanto andava para perto de nós. - Então Andriw Thomas é bom me responder antes que eu perca minha calma e acabe batendo em vocês! - ele se sentou na própria cama. 

   - Calma Leeh! Você só me chama de Andriw quando está bravo, e adicionado meu sobrenome significa que está furioso. - Andriw disse indo se sentar só lado do Leandro, o que eu acho burrice já que ele quer nos matar por minha causa.

  - É óbvio que estou nervoso! - ele disse se levantando e se sentando na cadeira no meio do quarto olhando para nós dois.

   - Eu forcei o Andy a fazer isso! - me levantei falando e colocando a mão em meu rosto pronto para apanhar. 

   - Não ele não me forçou a nada. - Andriw me empurrou na cama para eu me sentar. - Eu aceitei ajudar ele quando ele disse que .... - Ele parou de falar e me olhou claramente indeciso em dizer ou não. 

   - Disse o que? - Leandro focou o olhar em Andriw 

   - Que eu gosto de você! - quase gritei nesse momento. - Ele me ajudou porque eu disse que estava gostando de você, e ele quis me ajudar a ver se isso era recíproco para que eu não acabasse louco sem saber a resposta. - Pronto joguei tudo para fora.

   Leandro levantou com a cara mais séria ainda é com os punhos firmemente fechados, levantou o braço e deu um único passo, pois em seguida ele inclinou para frente feito uma tora e caiu desmaiado, seu rosto por sorte caiu sobre um travesseiro que Andriw chutou vendo que ele iria cair.

   - Leandro? - Andriw o chamava. - Leandro? 

   - Ele desmaiou? - perguntei e ele assentiu com a cabeça. - Tem certeza? E se ele tiver infartado! - claramente entrei em pânico.

   - Chega! - Andriw me puxou e quase me ergueu do chão. - Agora preste atenção e faça exatamente o que vou lhe dizer. - Eu assenti e conseguindo me acalmar. - Pegue alguns daqueles lápis ali, e tente parecer que é algum inseto grande andando no braço dele. - assim eu fiz, mas logo quando comecei a passar os lápis Andriw disse alto. - Uma aranha! Uma enorme aranha está em seu braço Leandro! - nem foi preciso gritar. 

   - Onde! - Leandro se levantou de imediato e se sacudindo feito louco. - Onde está a aranha! - ele quase arrancou a blusa do corpo.

   - Era só uma mentirinha para fazer você acordar Leeh. - Andriw falou extremamente calmo.

   - Que susto Andy! - Leandro se recompôs. - Você me a assusta logo quando acabo de ter um pesadelo!

   - Que pesadelo? - Andriw perguntou.

   - Que você é o Deni me perguntaram se eu era gay. - Ele disse rindo. 

   - Não foi sonho, e você respondeu que sim. - Falei e reparei sua expressão se tornar triste é ele se sentou na cama cabisbaixo. 

  - Você está bem? - Andriw diz.

   - É o que estou tentando entender. - Ele disse calmo. - Você Andriw meu melhor amigo me faz revelar um segredo, e além disso me assustam para me acordar e, sem dizer o quanto me desapontou com está zombaria de você estar gostando de mim. - Ele me olhou realmente chateado. - Peço que saiam.

   - Não espera! Não menti quando disse que estou gostando de você. - falei e me ajoelhei ao lado dele.

   - Sério? - ele me olhou entre às mãos no rosto. - E por isso você se juntou a ele Andy? - ele olhou para Andriw com um olhar mais calmo. 

   - Sim Leeh. Desculpe por ter acontecido tudo isso. - Andriw sentou ao lado dele e pós a mão sobre o ombro dele. - Você gostaria que eu lhe explicasse tudo? - havia sinceridade na voz de Andriw, e Leandro se arrumou na cama e assentiu para Andriw. 

 

[....]

 

  Com tudo explicado, Leandro se acalmar, e já se passava das 4:30 da manhã, e embora já estivesse calmo Leandro ainda estava triste e parecia um pouco abatido. 

 

   Sentado no chão ele olhava para o teto do quarto com Andriw a seu lado e eu a sua frente. Estávamos em silêncio, que pairava intenso sobre nós. Então Leandro abriu a gaveta da cômoda e retirou um porta-retratos que parecia antigo e disse ao olhar a fotografia. 

   - Você tinha 7 anos lembra? - ele disse entregando o pequeno porta-retratos para Andriw. 

   - Sim, claro que me lembro. - Andriw respondeu sorrindo ao olhar a fotografia. 

   - São vocês nessa foto, não é? - perguntei calmamente. 

   - Sim, quando juramos lealdade em amizade um ao outro. - Leandro disse pegando o retrato das mãos de Andriw e entregando a mim.

   - Leandro me entregou uma pedra azul rara do fundo do lago, sempre quis uma, mas nunca achei nenhuma. - Andriw riu baixo.

    - Sim. E quase me afoguei quando a peguei, e Andriw mergulhou e me puxou de volta ao raso. - Leandro riu um pouco mais alto que Andriw. 

   - Ninguém mandou você pular sem que eu visse. Você afundou feito uma pedra. - Andriw caiu na risada e foi acompanhado por mim e Leandro. 

   - Então você teve de salvá-lo? - perguntei.

   - Sim. Leandro era pequeno e leve, não sei como afundou tão rápido, mas eu mergulhei e o retirei do lago. - Andriw disse enquanto passava a mão pelo ombro de Leandro e encenava uma sena de salvamento. 

   - Legal. E corajoso da sua parte. - Eu disse sorrindo. 

   - Então caídos na areia eu levantei do chão e gritei " Você tá louco! Estava querendo morrer? " e então ele abriu a mão, e estendendo a pedrinha azul me disse - Ele foi interrompido por Leandro.

   - " Eu lhe devia um presente de aniversário" pois isto ocorreu justo no dia do seu aniversário Andriw. - Leandro sorria e já não parecia nada chateado ou triste com o ocorrido. 

   - E no aniversário dele eu dei um quimono azul com flores vermelhas. - Andriw abraçou Leandro. 

   - Que mais me parecia um vestido de noiva de tão longo - Leandro riu alto. 

   - Então dois anos depois no aniversário do Leeh, nos trocamos, eu lhe dei a pedra azulada e ele me deu o quimono, e assim pela segunda vez selamos nossa amizade. 

    - Vocês realmente possuem uma bela amizade. - Eu sorri para eles.

    - Sim, e eu a trai. - Andriw disse triste. - Leandro pela nossa amizade você me perdoa?

   - Andriw. - Leandro se levantou e foi até seu armário, ele pegou uma caixinha branca e a trouxe consigo para perto de nós, sentou-se novamente. - Claro que te perdoou. - Ele disse abrindo a caixinha e mostrou a pedrinha azulada que lembrava a cor do céu. 

   - Você a guardou! - Andriw falou com um tom de voz emocionado. - Espera aí eu esqueci de lhe dar seu presente. - Andriw se levantou e vasculhar sua mochila até retirar um embrulho dourado. - Abra ele. - disse entregando o embrulho a Leandro. 

   - Não acredito que você achou outro igual àquele. - Leandro disse retirando a blusa e pondo o quimono azul com flores vermelhas, que outra vez por ser longo o quimono mais lhe parecia um vestido de noiva oriental. - Obrigado! - disse abraçando Andriw.

   - Mas este tem a palavra amizade em japonês na frente do peito. - Ele disse apontando para os ideogramas japoneses. 

   - Andriw por favor levante e me entregue a caixinha branca. - Ele retirava o quimono enquanto Andriw se levanta e eu me sentei na cama. E assim que Leandro pegou a caixinha disse. - Levei um bom tempo, mas consegui transformar a pedra em um pingente. - Ele disse revelando um lindo cordão prateado que se unia a pequena pedra. E com cuidado colocou ele em Andriw com um sorriso ainda estampado em seu rosto.

   - Leeh você realmente me perdoou?

   - Claro Andy.

   - Que bom que não acabei com a amizade de vocês. - falei aliviado.

   - Pelo contrário. - Retirou um brinco dourado da gaveta, onde guardou o porta-retrato. - Você a fortaleceu, mesmo me magoando no começo. - Ele disse me entregando o brinco. 

   - Um presente para mim? - perguntei confuso

   - Sim, agora você faz parte desta amizade, e como você e o Andy se empenharam tanto, creio que mereciam algum presente. Use-o quando achar que for um momento especial, este brinco sempre me trouxe sorte quando o usei. - Leandro sorriu para mim.

    - Muito obrigado! - falei colocando o brinco logo que o ouvi dizer aquelas palavras. 

   - Podemos saber porque o está colocando agora? - Andriw quis saber. - Você considera agora uma situação que precise de sorte?

   - Sim. - falei quase que de imediato.

   - E para que você precisa de sorte neste momento se já não correm perigo? - Leandro perguntou.

   - Porque preciso de sorte para pedir uma chance de ficar com você depois de tudo que causei. - falei olhando do Leandro para o chão. 

   - Bom. - Leandro olhou para Andriw e sorriu e depois olhou para mim e continuou. - Não minto quando digo que este brinco traz sorte, então lhe darei uma chance de ficar comigo, - Fiquei tão alegre ao ouvir isto mas ele continuou. - Mas você terá de me conquistar para ter seu beijo, então até lá é o mesmo que não ter nada. E desta vez Andy, deixe ele fazer tudo sozinho, o prêmio e sempre melhor quando ganhamos pelo nosso próprio esforço. - Ele andou até Andriw. - E eu te perdoei sim. E saiba que não me arrependo disto. - Ele disse abraçando Andriw seu melhor amigo, e me olhou e com um sorriso e uma leve risada me chamou para o abraço. 

 

Rumo a conquista. E algumas coisas a mais.

 

 Logo quando amanheceu Leandro nos levou para a escola. Já que iremos começar a treinar como time oficial da escola para o campeonato. Mas para não ficarmos ansiosos ou preocupados em relação aos jogos, fizemos o trajeto inteiro conversando sobre ontem à noite.

 

     Já no dormitório, estávamos todos na sala conversando uns com os outros sentados nos sofás e poltronas da ampla sala.

   - Desculpe Leeh, por não ter ido na sua festa de aniversário, minha mãe não me deu permissão para sair da escola. - Jonathan dizia chateado.

   - Tudo bem. Eu lhe trouxe um pedaço do bolo, está em um potinho azul na geladeira. 

    - Valeu! Eu te adoro! - Jonathan disse indo buscar sua fatia doce de alegria. 

   - Foi uma festa muito agradável Leeh. Sua mãe fez com que eu me sentisse em casa. - Giovana disse sorrindo.

   - Obrigado Giih. 

   - Então quer dizer que você fez dezenove anos. Como se sente velhinho. - Robson disse rindo.

   - Cansado e indo dormir. Por favor só me acordem na hora de ir treinar. - Leandro disse subindo as escadas indo em direção aos quartos. 

    - Ok Leeh, quando for a hora eu mando o Deni ir te acordar, pois é mais fácil seu colega de quarto acorda-lo. - Andriw riu.

   - Sim, sim. De fato é. - Leandro riu sumindo de nossas vistas e deixando a todos confusos com as risadas que pareciam totalmente sem motivo. 

    - O que farão até a hora do treino? - Andriw perguntou a todos na sala.

    - Vou para a quadra conferir e começar a treinar um pouco antes do almoço com a Carla. - Amanda disse.

   - Eu vou seguir o caminho do Leeh e cochilar um pouco. - Giovana disse rindo.

   - E terei prazer em acompanhar vocês. - Jonathan disse vindo da cozinha.

   - Eu vou para a piscina praticar mergulho com o Maikon, querem ir? - Michel falou.

   - Desculpe, mas não vai dar. A mãe do Leeh pediu para que eu e o Deni olharmos uns papéis para ajudar ela com uns concertos da casa dela. - Andriw disse chateado, mas me deixando totalmente confuso. 

    - Temos? - perguntei, e como resposta para entender o que ele dizia levei uma cutucada na costela quando todos estavam despercebidos. - Ah! Sim os papéis amarelos, não é? - falei disfarçando lembrar. Ainda acho que um dia irei ganhar um prêmio de melhor atuação. 

    - Exatamente! - Andriw concordou.

    - Então divertem-se ou sei lá o que com seus papéis- Michel riu. - Podem ir depois para piscina. - disse já na saída.

   - OK! - Andriw gritou em resposta. 

   - Que papéis? - quis saber o motivo de ter mentido.

    - Os papéis escritos " vou lhe dar dicas de como conquistar o Leeh " 

    - Jura! Obrigado! - quase pulei em cima dele.

   - Sim. Mas lembre-se que não vai ser fácil.

   - OK! Vou me empenhar ao máximo. 

    O treino seria as 16:30 assim que o sol abaixasse, e ainda eram 11:40, e já fazia duas horas que o Andriw estava me explicando diversas maneiras que ele achava que poderiam conquistar Leandro. 

     - Pois bem. Vamos ao teste. - Andriw falava com pose de professor. - Diga-me qual o doce e cor favorita, e qual é o prato que ele mais gosta de comer aos domingo? 

   - Seu doce e cor favorita são, doce de abóbora e vermelho sangue, seu prato que ele prefere aos domingos é na verdade seu prato favorito, macarronada ao molho vermelho com salsa picada.

   - Perfeito. - Ele me encara e joga outra leva de perguntas. - Ele é alérgico a que? Prefere calça ou shorts? E sua fobia?

   - Alérgico a nozes, prefere calças e possui aracnofobia.

   - Isso aí.

   - E agora mereço um descanso. 

   - Errado! Agora vamos para o que ele acha romântico. - Andriw tentou se impor a mim. 

   - Não! - falo firme. - Isso eu devo aprender sozinho. 

    - Ok. - Ele concorda com tom orgulhoso. - Mas quanto o que ele acha sexy?

   - Bom isso nos dois não sabemos nada. - falei e nos dois rimos.

    - Exatamente. - Ele respira para tomar o fôlego após o ataque de risos. - Passou na aula, podemos então descansar. 

    13:30 eu estava jogando damas com Andriw sentado em minha cama, mas era difícil me concentrar vendo a expressão calma e serena de Leandro dormindo na cama ao lado com seu rosto virado em minha direita. 

   - Ele teve uma pequena noite de sono por nossa causa. - falei.

   - Sim. - Andriw concordou. - Mas agora ele está descansando. 

   - É. Durma bem Leeh. - disse sorrindo. 

    - E ele vai Deni, estamos aqui para garantir que ninguém venha acordar ele antes do treino. - Andriw fixa seu olhar em Leandro e volta a olhar o tabuleiro. 

   - Sim estamos mesmo Andy. 

   

   (Algum tempo depois)

 

    Andriw e eu estávamos arrumando as mochilas que iríamos levar para o treino, e Andriw que já sabia qual roupa Leandro iria usar, já a deixou preparada para que ele só precisasse se lavar e se vestir para irmos. Acordamos Leandro que sem nenhuma objeção acordou e agradeceu por nossa ajuda, se levantou e foi tomar um banho rápido, se vestiu e saiu do banheiro já arrumado nos agradecendo mais uma vez pelo nosso desempenho. 

     - Muito obrigado por me deixarem dormir e arrumarem as coisas aqui. Muito obrigado mesmo. - Ele disse pegando sua mochila.

    - Foi nada. E foi ideia do Deni ficarmos de guarda para ninguém incomodar você.

    - Muito obrigado Deni. - Ele apertou minha mão. - Eu realmente precisava desse descanso.

   - Não foi nada. Eu lhe devia essa. - falei sem jeito.

    - Bom vamos. - Andriw disse já na porta do quarto. 

    - Ok. Vamos, temos que mostrar a eles como se joga. -Leandro riu enquanto seguia Andriw pela porta. 

     - Ok Sr. profissional. - falei rindo e seguindo eles.

    Fomos de bicicleta para a quadra, pois não ficava muito perto do nosso dormitório. Chegamos as 16:31, apenas um minuto atrasados, mas todos já estavam lá praticando.

   - Seus atrasados, venham logo antes que eu os traga! - Amanda ordenou.

    - Desculpe acabei dormindo de mais, Andy e Deni tiveram dificuldade em me fazer levantar. - Leandro levou a culpa do "atraso" para compensar o descanso. 

    - Preguiçoso. - Amanda gritou. - Se seu tapa não doesse tanto eu até lhe puxaria a orelha. - Ela disse já se acalmando. 

    Verdade o tapa do Leandro é realmente doloroso, levei um na parte de traz do ombro quando lhe dei um susto, a marca vermelha e a sensação ardente me atormentavam a tarde inteira 

   - Ora se você não fosse tão mandona, eu não precisaria lhe dar uns corretivos as vezes. - Ele disse zombando Amanda enquanto estapeava o ar.

 

    Começamos a treinar um pouco depois que Leandro terminou de falar com a professora que estava confortavelmente sentada em um banquinho. Todos estavam sérios exceto Leandro e Andriw que mais pareciam estar brincando. Alguns alunos se juntaram na quadra para completar o segundo time junto de Leandro e Andriw, enquanto no outro lado estavam Amanda, Michel, Carla, Jonathan, Maikon e Robson jogando seriamente contra nós. O jogo estava interessante já que hora os três alunos convidados se empenhavam hora todos brincávamos desse lado da rede sempre rendendo boas risadas. Mas, no entanto, Leandro falou algo que eu não entendi direito, ele disse " Amanda se você jogar com calma e agir corretamente sem zombar ou repreender alguém, prometo não usar muita força. Mas se você não cumprir isto, prometo jogar como se não houvesse amigos do seu lado do campo", Amanda concordou, eu como era novo no time não entendi o que ele quis dizer muito bem, pois para mim se usasse muita força a bola irá longe por tanto ponto perdido. 

 

    Durante o jogo apenas tocávamos com calma e somente eu e Andriw cortávamos, deixando Leandro no saque, Leandro brincou dizendo," Mas quanta gentileza de sua parte " e eu ria sempre que ele repetia isso quando perguntava se mais alguém queria sacar.

    Era um jogo com apenas uma regra, deveríamos jogar sem discutirmos ou zombar uns aos outros, devíamos apenas nos divertir nesse primeiro. E para garantir isso, a professora nos observava sentada em seu banquinho perto da quadra. Embora tivesse dito ser proibido fazer repreensões Amanda acabou fazendo duas logo no começo do jogo, mas correu tudo calmo até agora. 

   - Maikon pegue direito nessa manchete, ou saia do campo! - Adriana focou os olhos em Amanda pensou em levantar, mas foi interrompida pela voz de Leandro que soou alto e séria em um tom um pouco assustador. 

    - Vou sacar!

    - Mas não é sua vez? - um dos alunos questionou.

    - Se eu disse que sou eu é porque sou eu, pois escute, eu estou treinado, você brincando e ela mandando. - Ele disse apontando para professora que assentiu com cabeça. 

   - Leeh você esta... - Andriw nem terminou sua frase.

    - Sim.

    - Deni não fique no caminho dele agora ok. - Andriw aconselhou e descobrem entender eu concordei com a cabeça.

    - Amanda já que o Maikon não consegue pegar. - Ele disse se afastando da linha de fundo da quadra, estranho já que ele só sacou por baixo durante todo o jogo. - Pegue você! - ele falou alto e sério, jogando a bola para o alto, pulou e sacou, seu tapa soltou um som alto e a bola foi extremamente rápida em direção ao outro lado do campo, indo em direção a Amanda, acertou em cheio sua manchete e mesmo assim ela não conseguiu pegar a bola.

    - Leandro! Devagar! Estamos treinando. - Amanda disse, mas foi completamente ignorada. Leandro ainda possuía a expressão séria em seu rosto, parece que ele não mentiu ao dizer que jogaria como se não tivesse amigos do outro lado do campo.

    - Sacando. - Leandro grita e novamente o som de seu tapa acompanhado de mais bola voadora, que Amanda novamente falhou em pegar.

    - Leandro! - Ela gritou, mas se assustou com o grito que a repreendeu, e Leandro era quem dizia.

    - Amanda! Só vou sacar mais fraco quando VOCÊ PEGAR A BOLA. Do contrário continuarei a sacar assim. - Ele disse pegando a bola e se preparando pra sacar. - E saiba que só pegará essa bola quando aprender o que sentimos com suas ordens desnecessárias.

   - Mas....

   - Sacando! - ele a ignorou.

   Saque após saque Amanda errava, e ninguém a não ser Leandro e Amanda tocavam na bola. Adriana pensava que Amanda não iria conseguir parar a bola, mas ouviu. 

    - Sacando!

    - Desculpa OK! - Amanda disse preparada para errar, mas enfim conseguiu erguer a bola.

    Com isso Carla que estava na rede levantou a bola para que Robson tentou cortar em direção ao meio da quadra, porém, mas pareceu que ele havia entregado a bola para Leandro que a parou sem nenhum esforço, já com uma expressão gentil em seu rosto. 

   - Por hoje está bom. Aprendemos como os outros se sentem, como você queria Adriana. - Ele disse indo em direção a professora que agora estava em pé. 

   - O que! -Amanda gritou.

   - Exatamente. - Adriana dizia. - E você ensinou muito bem Leandro. 

    - Obrigado. 

    - Eu quase morri. - Amanda reclamou. 

    - Mas aprendeu a respeitar seus amigos, a pedir desculpas, e o mais importante, a aparar uma bala de canhão.

   - Bom é mesmo. - Ela responde sorrindo pelo seu feito.

   - Bom agora que fiz minha parte, Adriana faça a sua e me devolva meus fones de ouvido. - Leandro estendeu a mão.

    - Ok, trato é trato. - Ela disse entregando a ele os seus fones.

    - Bom já são quase sete da noite, temos aula amanhã vamos descansar. - Andriw disse.

   - Até amanhã! - todos gritaram para mim, Andriw e Leandro que já íamos na frente com nossas bicicletas. 

   - Até! - gritamos já pedalando. 

 

    Já estávamos no dormitório, Andriw estava em nosso quarto conversando com Leandro sobre as aulas de amanhã. Jogamos alguns jogos de baralho, e então Andriw se despediu e foi para seu quarto.

   - Me desculpe. - Leandro disse.

   - Pelo que?

   - Pela forma que agi hoje no treino. - Ele disse remexendo em seu armário. 

    - Ah! Bom tudo bem. Me assustei com toda aquela seriedade. - Dei uma leve risada.

    - Não costumo ser tão sério, sem ser em uma prova. - ele riu.

     - Você é o primeiro nerd que conheço que não é magrelo, cheio de espinhas, desengonçado e quatro olhos. - Eu disse contando nos dedos. - Pelo contrário, você é forte, tem pele bem cuidada boa visão e.... - fui interrompido pelo barulho das coisas do armário caindo sobre Leandro. - Mas é desengonçado, só m pouquinho. - Ri e o ajudei a se levantar é a arrumar as coisas. 

    - Obrigado. Vou tomar banho. - Ele disse já entrando no banheiro. E ao sair do banho veio a te mim e disse. - Boa noite Deni. 

   - Boa.... - Não completei minha frase, pois fiquei desorientado ao receberiam beijo na bochecha, um doce beijo de boa noite. Inconvencional, pois Leandro sempre dizia boa noite já deitado e quase dormindo. Só então completei meu pensamento. - ... Noite ... Leeh .... - Me deitei e disse só para mim mesmo. - Esse foi o melhor boa noite que já recebi. Obrigado

 

Gentileza, convite, surpresas.

 

Logo de manhã fomos para aula, e hoje teríamos aulas compartilhadas, são aulas onde os professores unem duas salas que teriam a mesma matéria neste horário, mesmo que sejam de anos diferentes para poder avaliar o desenvolvimento dos alunos 

 

     A primeira que tivemos juntos foi de artes, e me dei bem fazendo os desenhos que a professora Cassandra nos pediu. Leandro não é bom em desenhar, então eu o ajudei, ele agradecido me ajudou na aula de matemática, descobri que ele é uma pessoa que gosta de devolver favores, pois toda aula em que eu o ajudava nos desenhos ele me ajudava nas matérias que eu tinha dificuldade. 

 

    Fiz questão de buscar o almoço no segundo intervalo, ele achou intrigante, mas não se importou muito, e Andriw, como sempre estava presente. Nossa última aula foi de biologia, e eu estava quase morrendo tentando entender algo sobre cadeia genética, mas graças só Leandro eu consegui aprender sua formação e componentes só não os lembro agora. Voltando ao dormitório e lá pedi mais uma ajudinha em matemática. 

   - São esses o que você não consegue entender? - ele perguntou, e afirmei. – Mas na verdade esses não são tão fáceis. 

    - Você pode me explicar por favor? - pedi para ele.

    - Bom farei o possível para ajudar você. - Ele respondeu sorrindo.

     Leandro passou o fim da tarde inteira me ajudando a compreender a matéria, e de fato no fim da tarde eu consegui como por um milagre. E eu gostei pois ele passou mais tempo conversando comigo depois do ocorrido no aniversário dele. Então nos arrumamos para ir dormir, pois amanhã seria sexta e seria feriado, e conseguimos uma permissão para usarmos a quadra do ginásio exclusivamente para nós. Então seria um dia cheio.

 

    Logo de manhã nos arrumamos e fomos para a quadra, embora fosse um dia bonito, nossa sexta feira não parecia ser muito animada no começo. Estávamos cansados do dia anterior que foi exaustivo, cheio de trabalhos apresentados e aulas cansativas, sem falar na prova que teríamos na terça, de matemática só para ajudar! 

   Bom, mas vamos deixar isso de lado e vamos nos concentrar no treino, pois treinar muitas vezes me acalma.

 

    .... Algum tempo depois....

 

   Bom o treino dessa manhã foi muito bom, sem brigas, brincadeiras irritantes ou problemas. Só um bom jogo, calmo e despreocupado. Agora estou aproveitando um bom almoço que Leandro preparou para nós. E após esse almoço descansamos um pouco e voltamos para treinar. 

 

    

     .... Beleza, treinar e bom, mas narrar nem tanto....

 

   Finalmente esta sexta-feira está terminando, o treino foi ótimo. Lógico que houve alguns imprevistos, como o de o Robson ter conseguido prender a bola em uma das vigas do teto do ginásio. Tivemos que pegar uma escada gigantesca para recuperar a bola, mas o medo da escada quebrar foi imenso devido a aparência da escada, que aparentava ser mais velha que a escola. Mas com tudo resolvido fomos para o dormitório, então recebi um convite incomum. 

     - Deni gostaria de passar o final de semana lá em casa para estudarmos para as provas da semana que vem? - Andriw disse entusiasmado. 

    - Provas? Quais? - perguntei totalmente confuso.

     - Bom nossas salas terão prova de química segunda-feira. - Andriw disse pondo a mão em meu ombro.

    - Não sabia dessa. E quem se importa, nunca estudo e tiro cinco nas provas dela. - Ri alto e Andriw me acompanhou.

    - Eu falei que é o Leeh que nos dará aulas a meu pedido? - ele disse olhando para o teto.

    - Estudar! Eu adoro estudar! O que estamos esperando? - falei andando de um lado para o outro arrumando as coisas para sairmos.

    - Eu pedi para ele me ajudar, mas acho que ele não vai se importar de ajudá-lo também. - Ele disse rindo enquanto eu o arrastava para fora do quarto. 

   A irmã de Andriw nos buscou para nos levar a casa dele. Fomos praticamente o caminho inteiro em silêncio até Marta se pronunciar.

    - Vocês estão bem? Estão tão quietos. - Ela quebrou nosso silêncio.

    - Estamos bem, só meio apreensivos por causa da nossa prova de segunda. - Andriw disse meio abatido 

    - Nossa! Para que esse drama, é só uma prova, não uma missão onde se deve derrotar um monstro. - Ela riu com sua própria fala.

    - Bom, mas é que a professora Sabrina é um monstro, e suas provas são seus filhotes feios e difíceis de enfrentar. - falei e eles caíram na risada, então notei o que havia dito e os acompanhei nas gargalhadas.

 

    .... Alguns minutos depois......

 

   Marta nos deixou em frente a casa, pois ela ainda teria que passar no mercado e comprar algumas coisas e não queria entrar na garagem e sair novamente. Assim que saímos do carro vimos o carro do Leandro estacionado logo a frente, e então seguimos para porta, e fomos recebidos pela mãe do Andriw. 

    - Ooi querido! - ela me olhou e reformulou confusa. - Queridos? 

    - Aah! Mãe este é meu amigo Deni, e Deni está é minha mãe Vanessa. - Andriw nos apresentou.

    - É um prazer conhecer você Vanessa. - Eu disse sorrindo e pensando, como Andriw se esqueceu de avisar que eu vinha.

   - Ora mas que doce. É um prazer conhecer você também. Então me digam, como Marta dirigiu? Ela foi devagar? Houve algum imprevisto? E vocês como estão? - ela parece um amor de pessoa, só um pouco preocupada de mais.

    - Estamos bem, ela dirigiu muito bem, e não houve nenhum imprevisto. - Andriw respondeu contando nos dedos suas respostas. 

    - Ótimo. Quero que vocês dois se arrumem, seu irmão Lucas vira e disse que será importante. A propósito, Leandro já está lá no seu quarto, e pensei que vocês iriam aprontar algo já que Leandro entrou com duas caixas cheias de livros, eu jurava que eram bebidas. - Ela riu.

    - Você disse duas caixas? - Andriw tremeu. 

   -Sim. Duas caixas. - Repeti triste.

    - Mãe! 

    - Sim amor.

    - Você disse pro Leeh que o Deni viria ou que somente eu viria? - Andriw perguntou enquanto sabíamos as escadas. 

    - Que apenas você viria, como eu avisaria que alguém que eu nem conhecia ainda iria vir. - Ela riu e balançou os braços. 

    - Aaaahh. Esqueci de avisar que o Deni viria. Tem problema mãe?

    - Nenhum, desde que não façam barulho com música ou videogames. 

    - Ok mãe.

    - Pode deixar senhorita Vanessa. 

     - Que fofo esse seu amigo. Agora vão logo se arrumar.

     - Ok comandante. - Andriw disse e fizemos continência. 

     - Vão logo seus bobos. - Ela disse nos acelerando. 

    Passamos em frente ao quarto da irmã mais nova de Andriw Leticia, uma doce e gentil menininha de madeixas douradas e olhos esverdeados iguais os da mãe, já Andriw puxou ao seu pai Fernando, alto e de olhos e cabelos castanhos. 

    - Oi maninha! - Andriw disse abraçando sua irmãzinha. 

    -Dinho! - ela gritou abraçando Andriw. 

    - Diz oi pro meu amigo Deni. - Andriw dizia desfazendo seu abraço.

    - Oi Demi! - ela disse sorrindo e vindo me abraçar.

     - É Deni. - Eu disse rindo e a abraçando.

     - Aaah! Deni. - Ela se corrigiu sorrindo. 

    Indo em direção ao quarto do Andriw eu pergunto.

    - Por que ela disse Dinho? 

    - Esse foi um apelido que o Leeh e a Marta me deram a muito tempo, ela o ouviu uma vez e nunca mais esqueceu. Mas só ela me chama assim.

    Ao entrar no quarto nós vemos apenas três livros na cama e um nas mãos de Leandro. 

    - O que é isso! Onde estão os muitos livros que minha mãe disse que você trouxe. - Andriw disse confuso. 

   - São só estes, eu enganei sua mãe, nas caixas tem somente algumas bobagens minhas. 

     - E como iremos estudar só com estes livros? - eu perguntei.

     - Bom, serão necessários apenas estes três livros na cama, este em minha mão, é de receitas.

    - Jura que serão só estes? - Andriw ainda duvidava.

    - Sim Dinho, só estes.

     - O que você disse Leeh? -Andriw disse encarando-o.

    - D-I-N-H-O, eu disse Dinho.

    - Duvido você soletrar novamente, de olhos fechados e pulando em uma perna só. 

    - Ok. D-I-N..... - Leandro foi interrompido por um travesseiro que o atingiu bem no rosto.

    - Mas o que foi isso? - falei confuso.

    - O bom e velho ataque furtivo, além de uma boa distração. - Leandro disse se levantando

    - Isso aí. Eu não perdi minhas ha... - agora foi Andriw que foi atingido. 

     - Acho que também não perdi minhas habilidades. - Leandro falou com a mão na cintura.

     - Isso foi uma declaração de guerra? - Andriw disse se levantando com o travesseiro em mãos.

    - Com certeza. - Leandro confirmou apanhando um também.

     - E para ser justo, vamos tirar na moeda para saber em que time Deni fica. - Andriw disse pegando e arremessando uma moeda.

    - Escolho cara. -Leandro disse enquanto a moeda caia.

    - Deu coroa. - Foi o veredito dito por Andriw. 

    - Então eu sou do time.... - Senti uma pancada nas costas que me empurraram para frente.

    - Do time inimigo. - Leandro disse rindo e balançando o travesseiro. 

    - Ao ataque! - Andriw falou. 

    - Ao banho, ou irão apanhar feito crianças, já que estão brincando como elas. - disse a mãe de Andriw ao passar pela porta do quarto.

    - Não! - falamos os três juntos enquanto Andriw e Leandro escondiam suas armas.

     - Depois continuamos esta guerra. - Leandro disse. 

    - Ok. - Eu e Andriw respondemos.

 

   Eu e Andriw já havíamos nos arrumados, Leandro teve de esperar Vanessa passar sua blusa e ajudá-la a se arrumar. Estávamos sentados na sala esperando eles descerem, sabíamos que Leandro já estava pronto pois ele havia dito por mensagem para Andriw. Enquanto isso o pai dele estava na cozinha terminando o jantar que exalava um cheiro maravilhoso. Então a campainha tocou e nós fomos atender a porta. 

   - Andriw! - um rapaz que deduzi ser irmão de Andriw o abraçou. 

   - Lucas como você está? 

   - Estou bem e você? E quem é você? 

   - Sou Denilson amigo do Andriw. 

    - Prazer sou Lucas, e essa é Luísa minha namorada. Pedi para se arrumarem para apresentar ela a vocês. 

    - E um prazer conhecer você Luísa. - Eu disse sorrindo. 

     - Igualmente. - Ela também sorriu.

    - Lu e Lu, mas que lindo casal vocês formam. - Andriw disse sorrindo.

    - Sim obrigado. Mas cadê o Leeh ele não veio?

    - Veio sim, ele está lá encima ajudando a mamãe a se arrumar. Sabe que ela o considera o filho perfeito que ela não teve. - Andriw ria ao dizer aquilo.

    - Sim, e acho que ela o adotaria se pudesse. - Lucas disse e todos rimos. 

    Entramos e fomos para a sala esperar Leandro e Vanessa descerem, e assim que o fizeram vimos que Vanessa estava bela, com um vestido azul escuro, seus cabelos dourados contratavam com o vestido e eram intensos junto ao brilho dos braceletes e colares que ele usava. 

    - Ela exagerou. - Andriw e Lucas disseram juntos e riram disto.

 

    Andriw estava de blusa e calça social, e calçava um sapato de bico quadrado. Eu vestia uma calça jeans azul escuro, uma blusa preta, e calçava meus tênis favoritos. Mas Leandro estava lindo, com uma blusa azul escura com ideogramas japoneses, uma calça jeans escura e justa, e um sapato social, seu cabelo que antes sempre estava em coque, agora se encontrava solto, era uma mescla de liso e ondulado em sua tonalidade escura chegando no meio das costas dele. Simplesmente lindo.

O jantar ocorreu calmo, e a mãe de Andriw adorou conhecer Luísa, mas Lucas havia mentido para nós, dizendo que apenas veio apresentar ela a nós. 

 

    (Flashback on) 

 

    - Pessoal. - Lucas disse se levantando. - Gostaria que todos prestassem atenção no que tenho a dizer. - Assim todos a mesa se silenciaram dando toda a atenção a Lucas. - Tenho duas coisas a dizer. 1° agradeço a este incrível jantar. 2° Agradeço por aceitarem tão bem Luísa como minha namorada. Mas ela não é minha namorada. - Ele disse e todos agiram confusos.

    - Como assim! - todos gritamos.

    - Ela será minha esposa. Claro apenas se. - Ele disse indo até ela é se ajoelhou retirando uma caixinha branca do bolso. - Luísa você aceita se casar comigo? - ele disse abrindo e revelando duas alianças douradas, mas embora todos estivéssemos estáticos à espera da resposta, não tivemos aquelas pausas dramáticas dos filmes, pois Luísa logo respondeu. 

    -É claro que sim! - ela disse quase gritando e o abraçando. 

   - Eh! - todos gritamos felizes.

 

      (Flashback off) 

   

    Mesmo após todas estas surpresas Leandro nos daria aulas, mas antes revelou ter trazido consigo nas caixas que não eram maiores que caixas de sapatos, uma porção de brigadeiros, de tamanho incomum e de aparência deliciosa. E Leandro cruelmente nos deixou experimentar um deles, e eram de fato deliciosos pois não eram apenas grandes, mas tinham um pedaço de morango dentro, e sua cobertura de granulado era coberta por pedacinhos de chocolate meio amargo. Mas provar este doce foi o suficiente para nos viciarmos neles, mas Leandro disse que apenas nos daria se acertássemos as questões de sua provinha. Um doce por resposta correta, e os demais ele comeria na nossa frente.

 

 Leandro de fato nos ajudou, e assim que terminamos ele não foi malvado, cada um ganhou seus cinco brigadeiros. E logo em seguida disse que iria ao banheiro arrumar o cabelo. Embora quando saiu estivesse com seu cabelo arrumado, ele estava com uma expressão séria e calada com se não fosse o mesmo, como se tivesse visto algo assustador. Mas não foi isso que nos surpreendeu, mas sim sua ação ao sentar entre mim e Andriw na cama.

    Com um rápido jogo de corpo Leandro apanhou um travesseiro e com um forte movimento acertou Andriw. E disse calmo e com um sorriso vitorioso.

 

     - Eu disse que terminarmos esta guerra. - E ao dizer isso também fui atingido por um golpe.

     - Leeh isso não é hora. Temos que fazer silên... - Andriw levou outra pancada e caiu para o lado, então ele estendeu a mão, é como em uma súplica engraçada me disse. - Deni me ajude!!

    E assim iniciamos uma guerra de travesseiros. Estávamos mais era em uma confusão de travesseiros, pois as vezes acabaremos por simplesmente bater um nos outros sem pensar em aliados. Não vou mentir que não estava sendo divertido, e era uma ótima distração e forma de dar risadas. No meio da briga decido dar uma forte pancada em Andriw que protestou. 

    - Você é meu aliado.

    - Ou aliado de quem estiver perdendo, e no momento não é você.

     E assim voltei a golpear ele. E mesmo assim a guerra se seguiu. Mas Andriw fez uso de sua arma secreta, ele apanhou um travesseiro em cada mão e começou a girar feito louco em nossa direção, Leandro levou duas pancadas seguidas na cara e caiu sentado na cama. Andriw tentou me atingir, mas desviei de suas duas investidas seguintes, mas me desequilibrei e sua investida surtiu efeito em mim também, levei uma pancada na bochecha e virei de costa para ele que atingiu com força minhas costas me jogando para frente, me fazendo cair no colo do Leandro.

 

    Neste instante tudo correu mais lentamente, eu estava sobre ele, ambos cansados pela brincadeira, e sem perceber nos aproximávamos um do outro até estarmos pretos o suficiente para sentir a respiração um do outro em nossos rostos. Quando percebi eu já havia selado meus lábios aos dele, em um beijo calmo, doce e sincero. Mas fomos interrompidos por Andriw pigarreando forçadamente.

    - Ainda estou aqui seus pequenos indiscretos. - Ele cruzou os braços.

     - Des....des.... desculpe Andy. - Leandro gaguejava. - Eu não queria. Bom até queria, mas... mas... - ele ficava cada vez mais ruborizado. 

     - Mas você ainda se envergonha facilmente Leeh. - Andriw gargalhou. 

     - Cala a boca. - Ele disse arremessando um travesseiro e cobrindo a cara com os braços.

     - Mas pra que isso. Não tem porque se envergonha. E você Deni como se sente? Gostou do beijo? - Andriw ainda ria um pouco. 

     - Eu... eu... eu gostei. Gostei muito. - Foi só o que consegui dizer. 

    - Sério. Você gostou mesmo? - Leandro disse saindo do meio dos braços.

     - Sim. Foi muito bom, mas por que perguntou se eu acabei de responder?

    - Sempre achei que beijava mal.

     - Sei que não é da minha conta, mas me causou certo interesse. Mas me diga Deni como foi o beijo? - Andriw encenava uma criança mimada.

     - Bom. Foi calmo, doce, um pouco amoroso e gentil. - Enquanto descrevia Leandro voltou a se esconder.

     - Pare ou não vou mais conseguir olhar para você. - Ele estava mais vermelho que um pimentão maduro. 

     - Deixe disso Leeh. Você tem 19 anos e é inteligente. Reaja. - Andriw segurava a risada. 

     - Como? Mal consigo pensar, ou falar olhando para ele.

      - Faça com que ele pare de falar coisas que lhe envergonham. 

     - Isso é impossível, quando começo nem minha mãe me faz.... - senti a mão do Leandro tapando minha boca, retirei a mão dele e questionei. - Não é assim que se cala alguém. 

     - Então como é? - Andriw perguntou.

    - Assim. - duvidei de minha ação, mas me virei e beijei Leandro novamente, mas dessa vez também virei de imediato. E ambos ficamos calados.

     - Não devia ter perguntado. - Andriw ria de nós dois.

     Demoro um pouco para que todos nos ficássemos calmos para conversar. 

     - Leeh você já está mais calmo? - Andriw perguntou. 

     - Sim eu estou.

     - Deni o que tem a dizer? - Andriw agora não parava de fazer perguntas. 

      - Primeiro desculpe Leeh por minhas ações inusitadas. Segundo não consigo acreditar no que fiz.

    - Leeh sua vez, se pronuncie. 

     - Eu me sinto meio bobo, confuso, mas alegre, porém também me sinto bravo por não conseguir reagir direito. - Ele riu abrindo um sorriso, eu também sorri e Andriw riu.

     - Bom, o que eu tenho a dizer é, que estou feliz por terem finalmente se beijado, mas encabulado por ter sido tão de perto. - Ele e eur irmos Leandro estava quase corando novamente, mas foi surpreendido por Andriw. - Leandro endireite-se, você agora deve pensar em algo muito sério. 

     - O que? - perguntamos juntos.

     - Ora! Vocês acabaram de se beijar, vão seguir com isso adiante ou deixar de lado e esquecer isto. - Ele ergueu seus braços e apontou para nós. 

      - Como assim? - outra vez juntos perguntamos. 

      - Como vocês são lerdos. Vão ou não ficar juntos? 

      - Como um casal? - perguntei e Andriw afirmou.

      - Não sei, bom... talvez... e os outros? - Eu e Leandro nos olhamos.

     - Bom comecem como gigantes escondidos. - Andriw pareceu já ter planejado tudo. - E se der certo vocês continuam e assumem para todos. Mas quero saber como estão a cada dia, se estão bem, mal, etc... Ok?  

     - Bom acho que podemos tentar. - Leandro disse. 

     - Eu também acho. - Concordei.

      - Maravilhoso! - Andriw gritou de animação. Mas mesmo assim como tudo isso vai acabar ninguém sabe... ainda...

 

Primeiros dias, medo, realização.

 

 Os três primeiros dias foram muito complicados, é de certa maneira esquisitos, porque em grupo agíamos como sempre, mas no quarto nós ficávamos muito constrangidos a sós, e não sabíamos quando fazer algo em relação ao outro, até dizer " olá " parecia difícil. 

   Já nos dois dias seguintes começamos a nos entender melhor, cumprimentos de manhã, conversas durante o dia, risos e as vezes nos beijávamos. No fim do quinto dia Leandro fez um jantar para nós, e disse que era para nos ajudar a não ficar mais naquele imenso constrangimento, pois agora tivemos nosso primeiro encontro às pressas. No fim deu certo, a comida estava ótima, rimos e conversamos, e quando acabou Leandro levou a louça e ao voltar me deu um beijo de boa noite.

     - Leandro até que estamos indo bem com esse lance de ficantes, não acha? - perguntei tímido, más agora com mais coragem que antes tinha diante dele.

    - Sim Deni, e devo dizer que estou gostando muito disso. - Ele respondeu dando um sorriso. 

     - Ahn... Posso fazer mais uma pergunta? 

     - Claro, qual é? 

     - Bom, já tivemos nosso "primeiro encontro" - fiz aspas com as mãos e rimos da minha ação. - O que acha de dormirmos juntos pela primeira vez? Só para saber como é. Sem segundas intenções entende? - falei ficando um pouco vermelho. 

    - Isso me pareceu mais como um pedido. - Ele me olhou intrigado se arrumando na cama. - Mas devo dizer que pensava a mesma coisa. - Ele disse abrindo espaço em sua cama e erguendo seu edredom. - Você vem ou vou ficar com frio por deixar de me cobrir? - ele riu.

    - Não. - Embora eu tenha rido eu caminhei devagar com vergonha, mas me deitei. Sua cama é mais quente que a minha. - falei enquanto ele me abraçava e nos cobria.

    - Bom parece que você é mais quente que as duas, você está queimando de vergonha. - Ele riu. - Mas estou adorando isso. Boa noite. - Ele beijou minha bochecha. 

    - Boa noite. - Me acalmei e vi como era bom dormir daquele jeito, e aos poucos adormeci. Essa foi nossa primeira noite dormindo juntos. 

 

     E aos poucos ficamos bons em se mostrar apenas amigos em grupo e ficantes no quarto. Agora éramos mais íntimos, nos sempre dávamos um beijo de bom dia, um antes de ir para aula, um quando voltávamos para o dormitório, um de boa noite, tirando os que dávamos escondidos ao longo do dia. Leandro sempre era gentil e carinhoso comigo, e isso me deixava muito feliz.

    Mas aos poucos algumas alunas começaram a assistir nossos treinos e cochichar sobres os jogadores, principalmente sobre Andriw e Leandro. Meu Leandro! Sim agora é meu, só meu! 

   Eu e Leandro estávamos muito bem, conversávamos sobre quase tudo, e Andriw como queria, sabia de tudo. Eu acho que ele é gay, mas antes de se assumir quer saber como funciona um relacionamento, ou é extremamente curioso mesmo.

 

     Eu já ignorava as garotas, pouco ligava para elas, e me concentrava mais em nossos treinos, o treino de hoje ia tão bem que nem me dei conta que Leandro não estava na quadra. Isso me fez ir mais rápido que um raio ir perguntar para Andriw. 

   - Andy onde o Leeh está? 

   - Ali na arquibancada conversando com a Vitória. - Ele disse sem parar sua seção de manchetes para o ar.

   - Onde? - perguntei olhando ao longo da arquibancada procurando-o, até que o avistei. - Achei.

    E lá estava ele, sentado e conversando com essa garota e rindo, fiquei com ciúmes devo admitir, mas o que mais me irritou foi ver ela se despedir dele sorrindo com um beijinho na bochecha. Como ela pôde? 

  Já estávamos no fim da tarde quando voltamos, e pelo visto Leandro voltou antes pois ele fez o jantar. Entrei e lhe dei um selinho rápido, mas doce, mas notei que apenas meu prato estava posto a mesa.

    - Pode comer Deni. - Ele disse procurando algo em seus bolsos.

     - Ah, sim. E você não vai se juntar a mim? 

     - Desculpe, mas já jantei, você viu meus fones?

     - Eles estão ali encima da mesa. - falei apontando para os fones.

     - Obrigado. Me desculpe não ter espero por você para jantar, você estava conversando com Andy e eu ainda preciso sair, desculpe minha pressa.

     - Sair? Com quem? Com a Vitória? Aquela que você estava de conversinha hoje? 

    - Nossa, que interrogatório. E não, eu não vou sair com a Vitória. Vou na casa de minha tia esse fim de semana. E por que você falou sobre a vitória? Está com ciúmes de mim? - ele terminou a frase com um sorriso sarcástico. 

      - Eu com ciúmes? Há! Pode ir tirando isso da cabeça pois é impossível! - falei alto. 

     - Hum, sei. Volto domingo, então cuide-se bem. - Ele disse andando. 

     - Domingo? Mas hoje é quinta, você pretende faltar as aulas de amanhã? 

     - Não, porque amanhã é feriado, e eu tenho muito o que fazer por isso estou saindo. Quanto antes acabar mais cedo eu volto. Tchauzinho. - Ele disse já saindo. 

     -Tchau. - Ele não me deu nem um beijinho de despedida.

 

   A noite estava sendo chata e por isso pedi para Andriw vir escondido para meu quarto. Então logo começamos a conversar, e Andriw me disse, que a tia de Leandro era uma mulher muito legal, mas sempre vivia ocupada com seus afazeres de bibliotecária na cidade vizinha a nossa, e as vezes Leandro a ajudava quando tinha muito trabalho. Sua tia se chama Laura é era irmã do pai dele, ambos vieram de fora do país muito jovens após o falecimento dos avós de Leandro. Laura ainda era um bebê quando veio para cá, ficaram morando com sua mãe e seus tios aqui por um bom tempo, mas hoje ela já está com seus vinte e nove anos, é sim ela é dez anos mais velha que seu sobrinho. E a cada dia que passa aprendo mais sobre essa pessoa que gosto tanto. E com a companhia de Andriw consegui dormir mais sossegado. 

     

     Hoje está sendo uma sexta-feira muito chata, pois como está muito frio não iremos treinar, porque não é possível treinar vôlei com blusas de frio ou agasalhos. Leandro si quer me mandou uma mensagem, mas mandou uma para Andriw dizendo " Estou bem, volto em breve, e estou com saudades, de você também Deni. Sei que está lendo isso." Demos risadas por isso. Mas o resto do dia não se fez diferente, então Andriw e eu praticamente não saímos do quarto. Mas está noite dormi sozinho, Andriw foi dormir em seu próprio quarto hoje.

      

    Sábado, um dia com cara de fim do mundo, o jornal do tempo disse que iria chover e muito forte, mas não parecia mentira, pois o céu estava escuro e aparentava estar prestes a cair a qualquer momento, espero que mesmo que Leandro tenha terminado seus afazeres, que espere para voltar, não quero que ele seja pego por essa tempestade. Mas Leandro postou uma foto dele abraçado em sua tia na frente de uma pilha de caixas e disse " Estamos quase acabando metade já foi catalogado, cadastrado e posto no lugar." Mas até aí tudo bem o que me irritou foi ler um dos comentários.

 

    *Vitória" adorei tirar essa foto de vcs. Vc e sua tia são muito fofos juntos >.< " *

    * Leeh" Ss, eu e minha tia somos muito fofos. Vlw Vih <3" *

   

    Não acredito que ele mandou um coração para ela. E não acredito que ela esteja lá! Como assim estou morrendo de ciúmes e raiva, e de preocupação. Eles estão se falando a alguns dias, ela é super gentil com ele, é ela está lá com ele. Será que eles estão tendo um caso? Não! Leandro é gay. Mas é se ele for bissexual? E estiver gostando dela? Será que ele vai me deixar para ficar com ela, e por isso não está mantendo contato comigo? Sai correndo do meu quarto e entrei no do Andriw agradeci que Robson estivesse na casa dos pais, e também agradeci por Andriw não ter trancado a porta. Andriw saiu do banheiro vestido e com uma nuvem de vapor o acompanhou, julguei que estava tomando banho. Quando me viu tomou um susto, mas logo veio a mim ao ver que eu chorava e soluçava sem parar, sentado em sua cama.

    - Deni o que houve? Você está bem? - sua preocupação era evidente. 

    - Andy acho que o Leeh vai me deixar. - Falei ainda soluçando.

      - Mas por que você está pensando que ele faria isso?

      - Porque já faz alguns dias que ele tem falado com essa aqui. - falei apontando para o comentário. - Desde então ele vem agindo diferente comigo. E quinta quando ele saiu, ele nem me deu um beijo ou abraço de despedida. E quando entro no Face, vejo uma foto dele com a tia que... - fui interrompido. 

    - Calma é só a tia dele.

     - Mas foi a outra quem tirou a foto. A outra está lá! - falei chorando.

     - Bom isso deve ter uma explicação. Leandro vira amanhã, é quando ele chegar resolvermos isso.

     - Andy...

     - Sim Deni. 

      - Eu não quero perder ele. - falei enxugando as lágrimas. 

     - E não vai. - Andriw me reconfortar.

    

   Logo no domingo de manhã todos decidimos treinar, pois começou esquentar, e isso me ajudaria a relaxar. E estávamos no meio de uma partida de teste, quando o carro do Leandro estacionou em frente a quadra. Vejo ele sair do carro e me alegro com um sorriso, mas ela também sai e meu sorriso se desfaz.

    - Ooii!! - ele disse alegre.

     - Leeh seu sumido por onde andou? - acho que só Amanda não sabia onde ele esteve. 

     - Estava na casa de minha tia Senhor! Ajudando-a com os livros e as apertadas das doações para a biblioteca Senhor. Desculpe minha ausência Senhor! - ele disse tudo em continência, embora quisesse não consegui rir, ao contrário de todos que gargalhavam. 

     - Pare de fazer gracinhas é venha jogar soldado. - Ela disse rindo. 

     - Ok. - Ele disse e íamos jogar, mas a "coisa" se pronunciou. 

    - Desculpa? - e puxou o braço de Leandro. 

     - Aah! Desculpe. Pessoal está e minha amiga Vitória, ela é ajudante de minha tia na biblioteca, e até agora. - Ele riu. - Só eu e Andriw a conhecíamos. 

    - Oi. - Todos disseram menos eu.

    - Oi. - Ela respondeu.

     - Essas são Amanda, Carla, Giovana, e esses são Jonatha, Robson, Maikon, Michel e o Deni. - Leandro disse apontando um a um.

     - Prazer.

      - Prazer. - Todos disseram, novamente sem mim.

     - Ótimo. Todos se conhecem agora, vamos jogar. - Ele disse indo em direção a quadra.

   - Só um instante por favor? - Ela não cansa de ser chata e irritante? 

   - Por que? - Leandro disse confuso. 

   - Vocês poderiam se juntar aqui um momento? Tenho algo que eu gostaria de dizer. - Ela disse meio que tremendo. 

   - Ok. - Leandro deu de ombros e acenou para todos se reunirem em volta dela, até mesmo eu fui.

    - Leandro? - ela ainda tremia.

    - Eu? - ele disse mais confuso ainda. 

    - Aceita ficar comigo? - eu não acredito no que eu a ouvi dizer. Eu estava preste a sair correndo quando ouvi em seguida. 

    - Não. - Ele disse seco e imparcial diante dela, todos ficaram mais espantados do que com o pedido dela.

    - Por que não? - Todos inclusive ela, disseram, até mesmo eu sussurrei.

   - Não posso ficar com você. -Ele mais uma vez à recusou. Não acredito! 

    - Mas por que não? - ela ainda insistia em saber o porquê. 

    - Já que quer tanto saber, e que todos estão aqui posso falar. - Ele disse revirando os bolsos, parou a minha frente, pegou minha mão e ajoelhou. - Deni você aceita namorar comigo? - ele mostrou um par de alianças prateadas. E eu fiquei em choque pois não acreditava no que via e ouvia. - Você aceita? 

    - Eu...- minha mente não respondia. -Eu...- eu estava paralisado. E ela com cara de ódio e vergonha, mas todos se mostravam espantados. -Eu aceito! - eu gritei, e finalmente me senti livre da paralisia.

    - Oh! - todos gritaram enquanto Leandro me beijava na frente de todos, mas não me importei. A "coisa" saiu correndo de vergonha.

     - Chega! - Amanda gritou e me assustei, mas ela logo continuou. - Vocês devem fazer isso no quarto seus safados. - Ela riu. Eu e Leandro nos separamos do beijo e ele pôs a aliança em mim e eu coloquei nele.

    - Não acredito que você me pediu em namoro. - falei abraçando-o.

    - Sim eu pedi e minha tia ajudou.

    - Como?

    - Ela namora o filho de um joalheiro, e ela pediu para que ele fizesse as alianças, pois se eu tivesse encomendado, demoraria umas duas semanas, mas ele fez isso em dois dias.

     - Não acredito! - Falei espantado, é todos ainda estavam nos olhando. 

    - Verdade. 

    - Chega de melação. Vamos jogar! -Amanda disse ainda incrédula. - E parabéns ao novo casal. - Ela disse com aquela voz boba que fazemos para falar com cachorros e bebês. 

    - É parabéns! - todos gritaram. - Vamos jogar! - eu e Leandro nos unimos ao grito. E agradeço por nosso grupo não ter dado atenção a "coisa". Todos fomos para a quadra, Leandro e eu abraçados, e antes do jogo quando Leandro se dirigia ao outro lado da quadra ele me deu beijo e desejou-me boa sorte. Sem dúvida esse é o melhor dia da minha vida! 

 

Todos compreendem tudo. Até parecemos uma família.

 #Segunda-feira #

(Pov. Deni)

 

 Nesta segunda estávamos muito felizes, pois só teríamos aulas na parte da manhã, a tarde os professores e os coordenadores iriam fazer uma reunião emergencial por conta de algum assunto que nós alunos não precisávamos saber.

 Então pensamos em treinar, já que este tem sido quase toda nossa motivação para estudar. Tirando o fato de que tenho Leandro ao meu lado agora, e posso chama-lo de meu. Íamos direto da nossa última aula para a quadra jogar, mas no meio do caminho ouvimos um grito.

 - Para tudo! - todos levamos um susto.

 - Que foi Amanda, por que deu esse grito? - Carla disse colocando as mãos nos ouvidos, ela antes disso estava de braços dados com ela, que pena de seus ouvidos. 

  - Vocês não estão esquecendo ou desconfiando de algo não? - ela disse pondo as mãos na cintura. 

 - Não por que? - Carla quis saber.

 - Ontem nós vimos o Leeh recusar uma garota e pedir o Deni em namoro. Não perguntamos o porquê? Como e o que aconteceu para isso ser realizado diante de nós. Pelo contrário ignoramos, fomos jogar. Só eu fiquei com isso preso na garganta desde ontem? - Amanda dizia apontando para todos e para si mesma a todo momento em que falava. 

 - Bom de certo modo tenho que concordar com você. - Carla disse e os demais também afirmaram com acenos de cabeça. 

 - Quero explicações! E as quero já! - Amanda dizia erguendo seu dedo e o apontando logo em seguida para o chão.

 - Explicações sobre o que? - Robson disse enquanto chegava, ele foi o único que não estava presente durante o pedido. 

 - Tudo a seu tempo. - Eu disse.

 - Alguém pode me dizer o que está havendo? - Robson ainda estava perdido. 

 - Tudo bem. Todos para o dormitório, lá eu e o Deni explicaremos tudo. -Andriw disse tentando acalmar a todos.

  - Você sabia! - Amanda parecia estar espantada com isso. 

 - Sabia o que? Alguém me responde por favor? - Robson dizia numa mescla de grito e súplica. 

 - No dormitório, tudo será explicado. - Leandro disse olhando seu relógio. - E pelo que vejo ainda posso fazer o almoço para nós. O que querem comer? 

 - Isso! Vou estar faminta após ouvir tudo. - Amanda dizia sorrindo. 

 - Meu Deus. - falei rindo.

 - Mas o que farei para nós? - Leandro perguntou novamente. 

 - Opto por macarronada, o que acham? - Andriw disse.

  - E eu considero está opção escolhida já que eu vou cozinhar. - Leandro falou indo na frente. - Vejo vocês lá. - Agora seus passos se transformaram em uma leve corrida. 

 

 E cá estamos no nosso novo alojamento, mais próximo a quadra aberta, mas depois eu explico como conseguimos este alojamento, bom porque estamos nele já faz um tempo, um pouco depois de ganharmos o título de time oficial. Mas voltando ao assunto, eu e Andriw estávamos sentados no sofá do centro enquanto todos se espalharam a nossa volta. Todos amontoados e em silêncio, o que deixava uma atmosfera meio assustadora, que no momento só eram interrompidos por sons vindos da cozinha, até que Robson, o que obviamente estava mais interessado em saber o que se passava quebrou o silêncio. 

 - Agora por tudo que é mais sagrado! Falem logo o que está acontecendo! - sua voz era de súplica. 

 - O Leeh pediu o Deni em namoro ontem. - Andriw acabou com o mistério para o Robson. 

 - Há! Há! Há! Há! Fala sério. Chega, me fala logo a verdade. - Robson parecia não acreditar.

- Mas é verdade, eu pedi o Deni em namoro ontem. - Leandro veio da cozinha com uma colher. - Amanda prove o molho por favor. 

 - O QUE!! - Robson gritou incrédulo. 

 - Seu molho está ótimo. Agora volte para a cozinha e deixe eles terminarem de explicar. - Amanda dizia balançando a colher.

 - Claro, mas me devolva a colher, preciso dela para cozinhar. - Leandro disse puxando a colher das mãos de Amanda e retornando à cozinha. 

 - Bom Andy você explica, pois se eu tentar vou morrer de vergonha. - Falei já ficando vermelho. 

 - Tanto faz que vai explicar, só quero entender isso direito! - Amanda praticamente exigiu. 

 - E eu quero conseguir acreditar nisso após ouvir a explicação. - Robson falava meio espantado.

 - Então silêncio! Sem interrupções ou perguntas enquanto eu estiver explicando. - Todos concordaram com acenos de cabeça. - Já faz um tempo, desde que o Deni se assumiu como gay para mim. - Todos me olharam e voltaram a atenção a Andriw. - E disse que estava gostando do Leeh. - Todos olharam para a cozinha e voltaram seus olhares a Andriw. - Mas nem eu que praticamente vivo ao lado do Leeh, sabia se ele era ou não gay. Fizemos muitas coisas para tentar descobrir, todas sem êxito algum. Até que usamos nosso último recurso. - Andriw ergueu o dedo de forma imponente e todos olharam atenciosos. - Eu mesmo perguntei a ele. Lógico que você uns imprevistos. 

 - E eu quase os matei por isso. - Ele disse trazendo consigo um prato. - Amanda prove a carne por favor. - Como viram Amanda era a degustadora de Leandro, pois ele acha que não adianta estar bom para ele, ele precisa de uma segunda opinião. 

 - Deixe me ver. - ela disse saboreando a pequena quantia de carne fumegante. - Ela ficará ótima com o molho. - Ela disse devolvendo o prato. - Agora volte para cozinha e deixe de interromper! - Amanda se levantou e apontou para cozinha falando forma brava, e Leandro foi rindo. - Volte a falar Andy. - Ela disse doce e se sentando, a meu ver ela sabia como ser bipolar.

 - Bom. Como ele disse, ele quase nos matou, mas não o fez. Ele conversou conosco e quando nós entendemos Deni pediu uma chance de ficar com ele, mas o Leeh disse que ele teria de conquista-lo. Levou dois meses para que o Deni desse o primeiro beijo nele. E isso aconteceu no meu quarto. - Andriw falava com uma mescla de orgulho e felicidade. - E assim se seguiu bem devagar, até o que vocês viram ontem, o belo pedido de namoro do Leeh para o Deni. - Andriw concluiu me abraçando, e com um enorme e contagiante sorriso nos lábios. 

 - Não acredito. - Robson disse já mais calmo. - Sempre achei que você Andy fosse gay, não o Leeh. 

 - Ei! Eu sou macho. - Ele se levantou fazendo pose.

 - E eu que pensei que a Amanda estava a fim do Leeh. - Carla disse em seguida. 

 - Eu não. Ele só é meu cozinheiro. - Ela disse rindo.

- Eu achei que gays fossem o Jhon e o Michel. - Giovana disse.

 - Ei! - ambos gritaram em protesto.

 - Mas não são eles. Sou eu e o Deni. - Leandro disse enquanto vinha, de mãos vazias desta vez. 

 - Eu não disse para não interromper. - Amanda se pôs em pé. 

 - Eu vim chamar vocês para comer, já que tudo já está pronto. 

 - E por isso eu disse que você pode nos interromper sempre que quiser. - Ela se alto contrariou e todos rimos com isso.

   

  ## enquanto comemos vou explicar sobre o dormitório novo##

 

 Nós o conseguimos, porque Leandro e nossa professora Adriana conversaram com os reitores da escola "são dois" para que o time ficasse mais próximo a quadra de treino, mas devíamos manter as notas e pontualidade nas aulas. Era um alojamento próximo a quadra aberta, onde os arquitetos erraram em desenhar, mas mesmo assim foi construído. Embora os reitores o mantivessem inabitado, eles o mantinham em ordem, pois os registros de água e força de metade da escola ficavam neste alojamento. Após a grande conversa, nós conseguimos a permissão para ficar aqui, mais quatro alunos que não estavam se dando bem com os seus colegas de quarto também vieram para cá. Ao todo agora somos em catorze, Leandro, eu, Amanda, Giovana, Carla, Andriw, Jonatha,Michel, Maikon, Robson, Vitor, Ronaldo, Aline e Paulo. E agora moramos neste belo alojamento. Quase não vemos nossos "hóspedes" por assim se dizer, eles não saem muito de seus quartos, e não costumam comer conosco quando cozinhamos no alojamento, ao invés de ir a cantina. 

 

Observação: a cantina parece um mercadinho, tende de tudo um pouco, até a área de alimentação onde comemos as vezes e a área onde podemos comprar os mantimentos, para quando quisermos comer no alojamento. Já que todos os alojamentos vinham com uma enorme cozinha. 

 

  ## vamos voltar ao rumo da história ##

 

 Um clima calmo e amistoso pairava em nossa sala de jantar, um silêncio calmo e agradável, interrompido apenas pelos sons dos talheres a mesa. Até que Amanda se pronunciou, e eu preferiria que ela se mantivesse quieta neste instante. 

 - Vocês já transaram? - sua pergunta veio do nada, e de forma impactante, eu Leandro e Robson cuspimos nossas bebidas como reação, enquanto os outros ficaram boquiabertos.

 - Isso não é pergunta que se faça! - Leandro esbravejou. 

 - Muito menos durante uma refeição. - Robson gritou e passou a limpar o rosto.

 - Mas eu quero saber. - Amanda insistiu.

 - Não! - Leandro se pôs em pé.

 - Não transaram? - isso está sendo um pouco impertinente devo admitir. 

 - Não é da sua conta. E vamos estou com medo do que mais ela pode querer perguntar. - Ele disse se levantando e pegou minha mão, assim nos conduziu até nosso quarto. 

 - Você está bem? - lhe pergunto pois percebo que ele está suando um pouco. 

 - Estou. Só não gosto de falar sobre coisas íntimas. 

 - Bom, mas você não mentiu.

 - Sobre o quê? 

 - Sobre já termos feito sexo ou não. 

 - Mas eu não disse nada. 

 - E assim falou tudo. Pois também não fizemos nada. - falei rindo e ele me acompanhou.

 - Bom, você tem razão. 

 - Até parece que somos uma família. 

 - Só se for uma bem maluca. 

 - Sim, mas ainda uma família. 

 - É, ainda sim uma família. 

 

(Autor falando) 

 

E enquanto Leandro e Denilson conversavam no quarto, Andriw e os demais escutavam por trás da porta. Caminharam em silencio para perto da escada e lá Andriw e Amanda disseram juntos.

- Viu, somos uma família!

 E todos começaram a rir bem alto, a ponto de ser ouvido os risos de todo o alojamento. Mas o casal não se incomodou pois agora se beijavam, com calma e paixão. 

 

 (Pov. Leeh)

 

 Quem diria que hoje eu estaria fazendo algo que nunca imaginei fazer antes. Sempre me achei desinteressante, e desajeitado para relações, mas cá estou eu, namorando meu colega de quarto. Foi tudo tão rápido, a confissão, o pedido, o namoro e a aceitação de todos. Chega a me deixar zonzo ao pensar em tudo isso. Bom, mas agora estou bem, acabei de ter uma louca conversa e refeição com meus colegas, que como meu querido namorado diz, nossa louca família, mas acabei vindo para meu quarto com ele, pois a conversa havia tomado um rumo um tanto vergonhoso no final.

 

 Quando eu e o Deni decidimos descer, fomos para a sala ver TV, e ao chegar lá vimos todos sentados, quando notaram nossa presença disseram um simples "oi" com exceção de Amanda que veio em minha direção. 

 - Me desculpem a indelicadeza, estou realmente arrependida. - Ela disse pegando uma mão minha e uma de Deni. 

 - Claro que eu lhe desculpo. Só não repita isso por favor. - Ele disse rindo.

- Sim por favor. - Logicamente concordei com ele. - Essas perguntas não são fáceis de se responder. - falei ficando vermelho.

 - Ok. Desculpem me novamente. 

 - Chega desse clima. Que tal concertarmos isso vendo um belo filme de terror todos juntos. - Andy falou alto, esse é meu melhor amigo, sempre em busca de acalmar a situação. 

 - Eu topo! - Deni, Rob, e Michel levantaram as mãos, eu dei de ombros.

 - Eu não. - Giovana falou. - Eu tenho medo.

 - Eu vou estar ao seu lado. - Jonathan disse abraçando-a, é todos riram.

 

 ## Autor on ##

 

 Todos agora estavam bem entre si, todos em sua doce e louca harmonia. E estavam tão concentrados no filme que não perceberam certos detalhes entre eles, detalhes que vou lhes dizer agora.

 Todos sentados diante da TV, formavam duas fileiras, Leandro no braço esquerdo do sofá com Denilson encostado em seu peito, Giovana e Amanda agarradas uma a outra com medo do filme, Andriw sobre o outro braço do sofá. Mas já na fileira do chão ninguém notou como Jonathan segurava firme, porém escondendo, a mão de Michel, tenho certeza que aqui nasce uma outra história de amor. Mas vamos deixar para outra história, pois nesta já estamos focados em um casal.

 

 ## Autor off ##

 

(Pov.Leeh)

 

  Assim que o filme acabou, me levantei e fui para o quarto, Denilson decidiu ficar mais.um pouco e ajudar a limpar a bagunça na sala. Eu confio neles para limpar lá embaixo, já estou cansado e preciso dormir, hoje foi um dia bem cheio.

 

O tempo passa, é preciso comemorar!

(Pov.Deni)

 

 Bom hoje faz dois meses que estou namorando meu colega de quarto, sei que ele não gosta de festas, mas estou querendo muito fazer uma surpresa para ele, e não estou sozinho, todos concordaram em ajudar.

 Andriw como melhor amigo do Leandro, não teve problema algum em tirar ele do dormitório, e o manteve fora o dia todo, enquanto fazíamos todos os preparativos. Era realmente grande a nossa intenção, em preparar a festa, e ela estava ficando melhor do que eu imaginava. Enfeitamos a sala toda, tentamos fazer um bolo, mas no fim compramos um, e agradeço por hoje ser sábado assim podemos beber ser temer o dia seguinte. 

 

.....

 

  Agora tudo está pronto, bebidas, doces e salgadinhos, e o bolo. O bolo tinha cobertura de chocolate minha favorita, e o sabor também era de chocolate, porque eu amo chocolate. E como já eram quase 18:00, eles logos estariam de volta.

 

 (Pov.Leeh) 

 

Bom hoje foi um dia bem diferente dos outros, já faz um tempo que para mim mudou o que era um dia normal. Antes eu costumava simplesmente acordar de manhã, me arrumar e acordar meu colega de quarto, ir para minha rotina escolar semanal. Hoje minha rotina é acordar abraçado com meu colega de quarto, pois ele é meu namorado, estamos juntos a exatos dois meses, comemorando nosso aniversário de namoro hoje, bem deveríamos, mas acordei e estava sozinho na cama, e logo que sai do quarto, meu melhor amigo Andriw me chamou para sair. E cá estou eu, as 9:00 da manhã de sábado sentado num carro e nem tomei meu café. 

 - Bom Andy, o que você precisa comprar no centro que é tão importante, que não pode esperar até segunda? 

 - Bem, na verdade é você quem tem que comprar. 

 - Como assim, eu?

 - Não vá me dizer que você esqueceu que dia é hoje?

 - Lógico que não. Hoje é sábado. - Eu olhei para ele, e ele me devolveu um olhar de desacreditado. - Lógico que eu sei que hoje eu completo dois meses de namoro com o Deni. 

 - E então, já sabe o que comprar de presente para ele? 

 - Eu não pretendia comprar nada. Pretendia fazer a sobremesa favorita dele para o jantar.

 - Nossa que insensível. E ele se preocupou com... - Ele se calou de repente sem completar a frase. 

 - Com o que? Ele se preocupou com o que?

 - Em fazer seu café-da-manhã. - Ele disse apontando seu dedo para mim. 

 - E você me tirou antes que eu pudesse ao menos provar. 

 - Essa não foi minha intenção. - Ele cruzou os braços. 

 - Sua intenção foi usar essa desculpa, pois não tinha uma melhor para me tirar de casa, para esconder algo que ele esteja fazendo. 

 - Como você pode dizer uma coisa dessas? O que ele poderia estar fazendo lá? 

 - Talvez alguma festinha surpresa, que você está ajudando me mantendo longe. - Ele fez uma cara de espanto, mas logo voltou ao normal. 

 - Que festinha, você está imaginando coisas Leandro, já falei que estou lhe tirando de lá, para você comprar um presente para ele. - Ele começou a entrelaçar os dedos e movimentar eles com as mãos unidas.

 - Você é um péssimo mentiroso.

 - Não estou mentindo. - Ele se fez sério. 

 - Você esqueceu o recibo dos doces, salgadinhos e balões que serão entregues as 14:00. - falei sem nem olhar para ele, ele fez a maior cara de espanto misturada com tristeza que já vi.

 - Aaaah! Mas que droga. Acabou toda a surpresa. 

 - Não acabou não, eu vou fingir que vou estar surpreso. Não quero estragar os esforços do Deni, ou entristecer ele.

 - Jura? 

 - Juro. Acho que realmente pode dar certo eu ficar com o Deni. Hoje faz dois meses que estamos juntos, e mesmo eu não gostando de festas ou surpresas, eu não consigo me zangar com ele por fazer isso.

 - Então é oficial. Você o ama? - Andriw me perguntou com um olhar identifico aos cachorros quando pedem comida. 

 - Bom, eu não vejo outra forma de dizer melhor. Então, me ajude a comprar um presente para meu namorado, já que estamos aqui vamos aproveitar a oportunidade. 

 - Vai ser uma honra. - Ele disse e rimos com isso.

 E assim fomos passando de loja em loja, mas nada me parecia bom para comprar para ele. Até que em uma pequena joalheria eu encontrei o presente perfeito, um lindo colar em formato de coração que fazia par com um em formato de chave, ambos dourados. Andriw também achou que seria um lindo presente. Passamos o dia todo fora, e eu já estava pronto para ir embora, mas Andriw disse que tinha de pegar algo em uma loja mais a frente, então decidi esperar ele no carro. Ele não demorou muito a vir e trazer consigo um pacote preto.

 - O que é isso? - lhe perguntei.

 - É um relógio novo para meu pai. - Ele disse mostrando o belo relógio dentro do pacote.

 - Ele vai adorar este relógio. 

 - Espero que sim, custou muito caro. - E rimos com sua frase, enquanto voltávamos para a festa, não tão surpresa agora.

 

(Pov.Deni) 

 

 - Gente o Andy mandou uma mensagem, e disse que em 10 minutos eles estarão aqui. - Giovana foi bem clara em dizer que temos apenas dez minutos para nos escondermos. 

 - Bom já está na hora. Vamos para trás das poltronas, sofás, ou qualquer coisa capaz de nos esconder. - gritei já indo para meu esconderijo, atrás do grande vaso ao lado da porta de entrada do dormitório. 

 Todos ficaram em silêncio, assim foi possível ouvir o som do carro estacionando. Neste momento senti os meus sentidos apurados, fui capaz de ouvir o som do motor desligando, as portas do carro sendo fechadas, os passos a caminho da porta, e o som da maçaneta girando e abrindo a mesma.

 - Leeh, acho que todos estão na quadra, tudo aqui está apagado e silencioso. - Andriw disse entrando no escuro e quieto ambiente.

 - Bom então vamos nos trocar, e ir lá ver. - e assim que ele encostou a porta e buscou o interruptor com os dedos, todos gritaram quando a luz acendeu. 

 - Parabéns para vocês! - com exceção de mim que gritei "parabéns para nós"

 - O que foi isso? - ele disse escorando na porta, pelo visto conseguimos surpreender ele. - Por que fizeram isso. Queriam me causar um infarto? - ele disse vindo em minha direção e me dando um selinho. 

 - Não! - Robson disse pensativo. - Talvez. - Todos rimos.

 - Bom vocês quase conseguiram. E o que é tudo isso?

 - É nossa festa de comemoração de dois meses de namoro. Sei que você não gosta de festas, mas.... - Ele me interrompeu pondo seu dedo em meus lábios.

 - Eu sempre vou gostar do que você fizer para mim. Mesmo que as vezes eu surte antes ou quase tenha um ataque cardíaco. - Ele deu uma leve risada me abraçando.

 - Ok. - Sorri e dei mais um selinho nele.

 Tudo correu muito bem durante a festa, dançamos, bebemos, comemos e nos divertimos, mas quando estávamos prestes a cortar o bolo Leandro falou.

 - Meu Deus, eu já ia me esquecendo. - Ele disse correndo para fora, e voltou com um embrulho vermelho, e disse me entregando. - Você me deu uma festa inteira, nada mais justo que eu lhe dar algo em troca. 

 - Mas que lindo! - falei ao abri o embrulho e mostrando a todos um colar com uma chave dourada. - Eu amei.

 - Faz par com o meu. - Ele disse retirando um colar com um coração dourado de dentro da blusa. - Pois só você tem a chave do meu coração. - E foi possível ouvir um "Own" de todos.

 - Eu amo você. - Eu disse beijando ele.

 - Também amo você. - Ele disse retribuindo o beijo.

 - Pode parar por aí! - Andriw gritou e todos o olharam confusos. - E eu, como fico? Eu os ajudei a ficarem juntos, não ganho nada por isso? - eu e Leandro nos entreolhamos e voltamos a olhar para ele sem saber o que dizer.

 - É mesmo. - Falamos juntos.

 - Mas eu já resolvi isso. - Ele disse sorrindo e mostrando um pacote preto.

 - Pensei que este relógio fosse para seu pai Andy. - Leandro disse intrigado.

 - O relógio é, mas o que está embaixo não. - Ele disse mostrando um fundo falso no pacote, onde havia três anéis. Cada um com a inicial de um de nós, com uma pequena joia ao lado com nossas cores favoritas. Azul para Andriw, vermelho para Leandro e verde para mim. - Eu não ia ficar de fora dessa. - Ele disse rindo e nos entregando nossos anéis.

 - Andy isso deve ter custado muito caro. - Leandro falou com um olhar meio preocupado com o amigo.

 - Nem tanto. Sua tia me ajudou um pouquinho.

 - Sua tia sempre salva relacionamentos e amizades? - falei rindo.

 - Parece que sim. - Leandro disse rindo, assim que colocamos os anéis, Leandro acenou para Andriw que entendeu a deixa para gritar com nós dois.

 - Parabéns para nós! 

 E assim a festa se seguiu por mais algum tempo, quando tudo já estava praticamente acabado, todos foram para seus quartos dormirem. Leandro me tomou em seus braços e me carregou até nosso quarto, e ao chegarmos ele me deitou na cama.

 - Vou tomar banho para me deitar, você pode ir logo em seguida. Teremos uma boa noite de sono depois desta festa. - Apenas concordei com um aceno de cabeça. 

 Assim que já havíamos ambos tomado nossos banhos, deitamos na cama de Leandro, que agora era praticamente nossa, já que dominamos juntos a um mês. Estávamos deitados juntinhos dando leves beijos um no outro antes de dormir, mas começamos a passar as nossas mãos um pelo corpo do outro trocando carícias. Sentimos nossos corpos esquentarem, nossos beijos se tornaram mais fortes e cheios de desejo. Estávamos prestes a fazer algo a mais antes de dormir esta noite. 

 

Nossa primeira vez. Uma noite Inesquecível!

(Pov.Deni) 

 

 Leandro distribuía beijos e mordidas em meu pescoço, enquanto eu passava minhas mãos por suas costas e puxava seu corpo para mais perto do meu. Leandro então me puxou com força roçando nossos membros que já davam sinais de vida. Então subi em seu colo e o beijei com muita luxúria no olhar, ele por sua vez virou nossos corpos ficando por cima de mim, removeu minha blusa e passou a beijar meu peito, mas ele parou por um instante para perguntar. 

 - Você quer? Se você não quiser nós paramos agora, não vou fica bravo nem chateado com você. - Ele disse acariciando meu rosto com as costas da mão. 

 - Esta será minha primeira vez, e quero que seja com você e agora. Mesmo que eu esteja um pouco nervoso a respeito. - Eu lhe disse dando um selinho rápido. 

 - Posso lhe dizer um segredo que talvez lhe acalme. O que acha? - ele disse corando.

 - Qual? 

 - Essa também será minha primeira vez. - Ele disse bem próximo ao meu ouvido e beijou meu pescoço.

 - Então não sei o que estamos esperando. - disse passando minhas mãos e removendo sua blusa.

 - Então vamos começar por você, e me desculpe se eu for meio "inexperiente". - Ele brincou e foi dando leves beijos do meu pescoço ao meu peito, mas se deteve em um dos meus mamilos, ele o sugou e deu pequenas mordidas, fazendo uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo. Enquanto brincava com meu mamilo, ele desceu sua outra mão, alisando meu corpo e pousando a mesma sobre meu membro já desperto, e passou a massagear ele por cima da calça do meu pijama, isso fez com que eu soltasse pequenos gemidos.

 - Leeh... posso huum... lhe pedir algo Aaah... vo-você? - falhei em tentar segurar os gemidos que insistiam em sair. 

 - Claro que pode. - Ele disse deixando de brincar com meu mamilo, mas mantinha a massagem em meu membro. 

 - Você pode... - fiquei com vergonha de dizer, mas olhei para ele e para meu membro, e ele entendeu meu pedido e acenou a cabeça sorrindo. 

 Ele tirou minha calça bem lentamente me deixando apenas de cueca, uma box azul escura e muito justa. Ele trilhou meu corpo com beijos até chegar na base da pequena peça de roupa, e beijou meu membro por cima da fina camada de tecido, ele percorreu toda minha extensão pressionando os lábios contra meu membro até parar e beijar minha glande, tapei minha boca para conter os gemidos. Ele removeu minha box calmamente, e me olhou com um sorriso malicioso, assim que voltou sua atenção a meu membro ele beijou minha glande agora desnuda e a pôs em sua boca fazendo uma leve sucção, senti outra onda passar por meu corpo e não contive dar um gemido mais alto que os outros. Pensei que ele ficaria ali por um bom tempo, mas ele logo engoliu meu membro por inteiro e começou os movimentos de sobe e desce, novamente tapei minha boca com uma das mãos e com a outra agarrei o colchão com força. Ele fazia movimentos de sobe e desce, beijava minha glande, mordiscar toda minha extensão, e voltava e engolir meu membro por inteiro. Suas mãos o ajudavam, uma massageando meus testículos, e a outra acariciava minha coxa. Agradeci por não gozar rápido demais, eu estava adorando aquilo e queria que durasse mais tempo, mas ele parou de repente retirando de mim um murmúrio de reprovação. 

 - Por que você parou? Estava tão bom.

 - Porque quero tentar isso junto a outra coisa. - Ele disse sugando o próprio indicador e abrindo mais minhas pernas. 

 Ele levou seu dedo até minha entrada, e a rodeou, eu senti um leve arrepio com isso, ele começou a inserir ele dentro de mim. No começo seu dedo mal entrava por causa da dor, mas ele voltou a chupar meu membro me fazendo esquecer a dor e me focar no prazer, aos poucos me acostumei com seu dedo dentro de mim, ele percebendo isso inseri outro, agora além do seus movimentos de entra e sai ele fazia movimentos de tesoura, desta vez foi mais fácil eu me acostumar com a dor, então ele colou três dedos, eu já não sentia mais dor, apenas prazer a cada estocada que ele fazia com seus dedos. Isso junto a atenção que ele dava a meu membro senti meu corpo esquentar e se contrair, eu já sabia claramente o que estava por vir.

 - Leeh... e-eu ... vou go-go-gozar! - joguei minha cabeça para trás enquanto falava entre os dentes, meu corpo se contraiu por completo, Leandro colocou todo meu membro em sua boca e continuou estocando com os dedos. Gozei em sua boca, com jatos longos e densos, ele engoliu me gozo e subiu sugando meu membro, fazendo uma pressão maravilhosa, mesmo depois de ter engolido todo meu gozo ele lambia minha glande limpando os vestígios nela.

- Isso foi maravilhoso. - falei, e ele retirou seus dedos e recebeu outro murmúrio de mim.

 - Minha vez de sentir prazer. - Ele disse removendo sua calça e cueca juntas, e consegui ver seu membro que era bem maior que o meu. - Se você estiver sentindo dor ou estiver desconfortável, diga que paro no mesmo instante entendeu? - ele disse se ajeitando entre minhas pernas. 

 - Eu amo esse seu lado todo preocupado e amoroso. - falei sorrindo, então me apoiei no colchão para falar próximo a ele algo que pensei que nunca falaria. - Agora me faz um favo, e me fode inteiro até não aguentar mais. - falei em seu ouvido, quando voltei a me deitar vi sua face preocupada se transformar em uma face mais maliciosa.

 - Ok meu amor.

   Então ele não fez cerimônia, e com uma única estocada colocou todo seu membro dentro de mim, me fazendo gemer alto, eu conseguia sentir cada centímetro dele dentro de mim era uma sensação indescritível, não esperou muito e começou os movimentos voltando a tirar gemidos de mim. Ele ia cada vez mais rápido e mais forte, até ele acertar minha próstata, que me fez gritar, mas antes que ele parece pensando que havia me machucado, falei sério "Não se atreva a parar", e assim ele passou atingir somente naquele lugar. Ele estocava forte e eu contraia meus músculos pressionando seu membro, fazendo ele assim como eu soltar gemidos sofridos. Meu membro voltou a ficar ereto e ele passou a me masturbar enquanto tentava acompanhar o ritmo das estocadas.

 - Logo... eu... vou gozar. - Ele disse pausadamente. 

 - Então... não ouse.... parar até lá. - falei quase sem forças.

 Ele continuou a me masturbar e estocar, ele então me ergueu no colo, puxando meu rosto para perto do seu. - Vamos gozar juntos. - Eu assenti, e ele colocou toda a força que ainda tinha nas estocadas, e então ele colocou todo seu membro em mim com força, e me abraçou forte enquanto gozava dentro de mim, senti seu sêmen grosso e quente me preencher com jatos longos, enquanto eu gozava em nossos abdomens. Ele conseguiu conter o gemido de prazer que sairia alto e em bom tom, já eu, não o contive e senti meu corpo amolecer, então nos beijamos e caímos na cama cansados e ofegantes. 

 - Isso foi incrível. - Falamos juntos e nos beijamos. 

 - Acho que precisamos de um banho. - Ele sugeriu. 

 - Sim, eu acho uma ótima ideia. 

 Tomamos nosso banho com calma, cheio de beijos e carícias, logo saímos e deitamos nus na cama.

- Eu te amo Leeh. - Falei beijando-o.

- Eu te amo mais. - Ele retribuiu o beijo. 

 - Não, eu amo mais. - falei me aconchegando junto a ele.

 - Ok. Você ama mais. Não vou discutir com você, meu querido. - Ele disse rindo e me envolvendo em seus braços. - Boa noite amor.

 - Boa noite amor. - Demos um último beijo de boa noite, e logo adormecemos calmamente depois da melhor experiência de nossas vidas. 

 

 

 O passar do Tempo

Autor

 

  O tempo passou calmo para o casal, que aos poucos se tornaram mais unidos do que nunca. E com seus amigos sempre por perto, eram sempre alegres os seus dias. Sua excêntrica “família” já nem reparavam, quando o casal trocava beijos e carinhos entre eles, já havia se tornado tão comum quanto irem para a aula.

 

  Os dias da semana pareciam serem sempre iguais, cada dia com seus mesmos acontecimentos repetitivos da semana anterior, salvos do tedio apenas por eles mesmos quando conseguiam pensar em algo diferente para fazerem. Não tinham do que reclamar, estavam melhorando gradualmente em tudo, desde seus as suas notas, não que alguns precisassem melhorar mais.

  Mas algo incomodava a todos, o fim do ano letivo se aproximava, e com ele a saída de alguns dos membros da “Família” deles. Era algo inevitável, a cada dia que se passava, mesmo que não demonstrassem isso entre si, por dentro pediam para que o tempo passasse mais devagar, queria poder aproveitar ao máximo antes de ter de dizer adeus, mesmo sabendo que não seria de fato um adeus. Mas mesmo assim, sentiam que não seria a mesma coisa, estar nesse lugar sem alguns dos seus.

 

  Mesmo que isso os chateasse um pouco, não deixavam de estarem felizes pelos amigos que se formariam no fim do ano, principalmente Deni, que teria de ver seu namorado se formar, e teria de cursar seu último ano sem ele. Mesmo que ele o visitasse aos finais de semana e feriados, e durante as férias. Não seria a mesma coisa, já estava acostumado a acordar abraçado com ele nos dias de aula, tomar banhos cheios de beijos e caricias, e das poucas brigas sem sentido que as vezes aconteciam. Sentiria falta de tudo isso, mas se lembrava de cada bom momento que passou com seu amado, tantos os doces quanto os amargos, todos lhe eram preciosos, e os que mais gostava de lembrar era dos momentos engraçados, cada um mais bobo que o outro, porem havia um em especial que ele sempre amava recordar embora fosse um pouco triste. O dia em que eles contaram a seus pais que estavam namorando. Este foi sem dúvida um dia e tanto, e vou lhes contar como foi.

 

#-#

   Leeh junto de Andy e Deni tiveram a ideia de fazer um jantar em família, como os pais de Leeh e de Andy estavam costumados a fazer as vezes para pôr os assuntos em dia. Mas desta vez decidiram convidar os pais de Deni para se juntar ao jantar. A princípio eles enfatizaram a ideia de que era para que os pais de Leeh e Andy conhecessem os pais de Deni, já que ele era o mais novo melhor amigo entre eles, juntando mais uma família ao grupo.

   Tudo estava indo bem, de acordo com o planejado, Andy ajudou Leeh a arrumar a casa de seus pais, já que era a maior e poderia acomodar a todos, Deni comprou tudo que fosse necessário para preparar o jantar que satisfaze se a todas as três famílias. Tudo sairia perfeito se continuasse assim.

 

  Os pais de Leeh saíram e não voltariam antes do jantar, o que ajudou muito na preparação. Leeh se encarregou da comida, Andy de arrumar a mesa e os pratos, e Deni de arrumar as compras. Andy e Deni já haviam acabado seus afazeres, enquanto Leeh terminava o jantar. Os três queria que tudo fosse perfeito, então optaram por um menu amplo que agradasse a todos igualmente. O menu consistia em frango assado com batatas, e macarronada para a família do Leeh. Lasanha, arroz temperado e salada de maionese para a família do Andy. Torta de carne e batatas recheadas para a família do Deni. Mas é logico que todos poderiam provar o que quisesse na mesa. E mesmo parecendo um cardápio exagerado e incomum, eles juntaram os pratos preferidos de cada família, e como bebidas escolheram servir suco natural e refrigerante,

 

   Tudo preparado e pronto para ser servido, os três estavam sentados na sala esperando seus pais chegarem, o que não demorou muito, com a chegada dos pais do Leeh primeiro, e logo em seguida os pais de Andy de Deni que chegaram juntos.

 - Mãe, Pai esses são Leandro e Andriw, meus amigos. Esta é Paola minha Mãe, e este é Sergio meu Pai. – Deni falou animado.

 - Este é Antônio meu Pai, e esta é Valeria minha Mãe. -  Disse Leandro no seu tom calmo de sempre.

 - Este é Carlos meu Pai, e esta é Vanessa minha Mãe. – Andriw disse sorrindo.

 

   De fato, tudo parecia estar perfeito, mas o ar sobre eles parecia um pouco tenso, embora estivessem felizes pela intenção dos filhos, não compreendiam o porquê desta ação tão repentina vinda deles, mas aceitaram participar deste jantar sem questionar muito. E como previsto cada família se serviu de seus pratos favoritos, embora as vezes provassem dos outros, e aos poucos começaram a interagir entre si, graças aos incentivos dos filhos.

 

- Leandro, sua lasanha está maravilhosa. – Elogiou Vanessa.

- A torta de carne também está muito boa, você tem uma boa mão para cozinhar Sra. Valeria. - Disse o pai de Deni.

- Ora, obrigada pelo elogio, mas foi meu filho quem preparou todos os pratos desta noite. -Valeria respondeu constrangida.

- Bom, mas a senhora sabe cozinha eu presumo? Não é certo um rapaz ficar preso entre as panelas. – Ele respondeu rindo um pouco.

- Sim ela sabe, e cozinha tão bem quanto a mim, mas prefiro cozinhar quanto estou aqui. – Disse Leeh um pouco ofendido com o comentário machista.

-  Mas é muito bom um rapaz saber cozinhar também. – disse a mãe de Deni querendo se desculpar pelo marido.

 

O jantar continuou um pouco silencioso por alguns minutos até Carlos se pronunciar.

- Como vão suas notas Leandro, boas como sempre? – ele possuía u sorriso simpático em seu rosto.

- Sim, mantenho minhas notas sempre boas, não gosto nem de pensar e tirar uma nota ruim. – Leeh riu de maneira suave em resposta à pergunta de Carlos.

- E as notas do Denilson, são boas? – foi Vanessa a perguntar aos pais de Deni.

_ São boas, não chegam a ser exemplares, porem ele se mantem em um nível bom para ele. – Disse Paola.

- Mas poderiam ser melhores. – disse o pai de Deni, - Deveria melhorar suas notas se quiser ser alguém na vida, e encontrar uma mulher descente para se casar. – disse ele se servindo de um copo de suco.

- Mas o Leeh vem me ajudando bastante com as notas mamãe, minhas notas desse bimestre foram a maiores que tive no ano. Todas acima de seis. – disse Deni sorrindo para mãe.

- E eu pretendo ajudar a melhorá-las mais ainda Deni. – disse Leeh sorrindo.

- Muito obrigada por ajudar meu filho Leandro. – Paola agradeceu. E recebeu um sorriso gentil e um aceno de cabeça de Leandro como resposta.

- Que vergonha, precisar da ajuda dos outros para melhorar. Pelo menos melhorou. – O pai de Deni disse sem pensar e recebeu um olhar de desaprovação da mulher, mas não se importou, nem com os outros olhares vindos da mesa.

 

Deni que estava sentado ao lado de Leeh pegou discretamente em sua mão por baixo da mesa para se sentir mais confortável diante dos comentários desagradáveis de seu pai, mas soltaram rápido ao notarem os olhos atentos da mãe de Andriw. Juravam tê-la visto sorrir com o que viu.

E mais uma vez tudo se seguiu calmo, ate o pai de Leandro fazer a pergunta que desencadeou a série de eventos,

- Mas vocês três poderiam me dizer o porque de prepararem este jantar para nós? Tão bem preparado e com pratos tão específicos para cada família, se fosse só par nos conhecermos não teriam feito algo tão bem planejado. Poderiam ter simplesmente marcado de irmos a um rodizio ou coisa do tipo. – O pai de Leandro assim como o filho era muito esperto e conseguia ver sinais que indicavam que aquele jantar não era por um motivo tão simples.

- Bom eu também pensei a mesma coisa Antônio, já fazem alguns anos que começamos a fazer os jantares fora de casa. -  Disse Vanessa, apoiada por seu marido.

- Bom pai, eu já esperava que você fosse desconfiar e dizer isso. -  Leeh valou rindo. – Fizemos esse jantar para explicar uma serie de eventos ao longo do ano que nos levou a onde estamos. - Ele concluiu de a frase fazendo um gesto abrangendo a todos na mesa.

- Você sempre é o primeiro a entender nossos filhos Antônio. -  Carlos disse rindo. - Pois bem então nos digam o que nos levou a estarmos reunidos aqui? – sua pergunta era objetiva.

- Bom eu suponho que seja sobre a formatura? – foi o palpite de Paola.

- Não, isso é simples demais. – Carlos disse.

- Eu acho que seria mais a respeito de relacionamento. – Vanessa se pronunciou e ao ver Leandro e Denilson se remexerem em suas cadeiras, todos viram que ela tinha razão.

_ Boa Vanessa, estou ansiosa para saber que fisgou seus corações. – Foi a vez de Valeria se pronunciar.

- Bom meu filho se era esse o motivo então estou curioso também, - Sergio riu. -  Quem é a garota? Ela não pode vir? – essas foram suas perguntas.

- Ora você ainda não percebeu com quem seu filho está namorando? – Vanessa soou incrédula. Enquanto Leandro e Denilson pareciam que iam explodir de tão tensos que estavam, enquanto Andriw observava tudo atentamente a cada detalhe junto aos outros na mesa.

- Como assim? Você a conhece? – Sergio se pôs mais a frente em sua cadeira

- Ora você acabou de conhecer a pessoa de quem seu filho gosta e não percebeu nada? -  Vanessa parecia certa do que dizia e não entendia porque parecia que ninguém mais notará.

- Moça você não está me fazendo sentido. Não conheci mulher alguma hoje, a não ser a senhora e mãe do outro rapaz. – Sergio disse impaciente e confuso.

- Meus Deus, sério que ninguém notou descobriu? – todos os outros pais negaram com a cabeça. – Posso dizer? – todos ate os meninos confirmaram com um aceno de cabeça. – Deni e Leeh estão namorando um com o outro. – Todos ficaram atônitos. Até que os pais de Andriw e Leandro pareciam ter aceitado a noticia e pensaram a respeito, mas Sergio se impôs.

- Impossível. – Ele riu seco. – Que piadinha sem graça. Meu filho gay. Nunca! – ele ressaltou no final. – Vamos filho me diga quem é a garota. – Sergio insistiu, e todos olharam esperando uma resposta que confirmasse a teoria de Vanessa ou a de Sergio.

- Bom pai, e verdade o que a mãe do Andy disse. Eu e o Leeh estamos namorando. – Nesse momento Leandro pegou na mão de Deni por cima da mesa para todos verem suas mãos dadas.

- É pai eu e o Deni estamos namorando escondido de vocês já faz alguns meses. – Leandro disse olhando para o pai de forma seria, mas serena.

- Mas que noticia boa meu filho namorando. – O pai de leandro disse sorrindo e abraçando a esposa.

- Sim uma noticia muito feliz. – Disse a mãe de Leandro.

_ concordo plenamente, felicidades ao casal. – Disse o pai de Andriw erguendo o copo de suco enquanto sua esposa sorria batendo palmas e dizendo “eu sabia” repetidamente. Porem alguém não gostou da novidade.

- Como assim Denilson, como você pode estar namorando um homem? E como vocês podem concordar e incentivar essa abominação? Vocês deveriam ter vergonha disso. – Sergio disse enfurecido. – Vamos embora Denilson temos algo muito sério pra resolver. – Ele disse se levantando.

- Calma Sergio, não é algo horrível, eles se gostam isso é uma coisa muito bonita. - Disse Vanessa.

- Eu não acho. Eu acho horrível venha. – Ele disse indo em direção a seu filho.

- Calma querido, acalme-se, vamos ver o que Deni tem a dizer. – Paola foi ignorada enquanto Sergio avançava para agarrar o braço do filho.

 

Denilson tremia em sua cadeira, seu pai furioso chegava cada vez mais perto, e os outros adultos olhava com pavor, mas antes que seu pai alcançasse seu braço, Leandro se pôs em pé e diante de si, impedindo que seu pai desse mais um passo sequer. Todos olhavam atentos, Sergio olhava para Leandro com raiva, mas não podia negar que o rapaz era maior e mais forte que ele embora ainda tivesse em sua ace uma expressão calma.

- Sente-se, vamos conversar. – Disse Leandro com uma calma em sua voz que ninguém poderia fazer igual.

- Eu não vou me sentar seu viadinho. Vou pegar meu filho e levar embora talvez uma boa surra resolva esse problema. – E com mais um passo desviou de Leandro e esticou o braço para segurar o filho, os outros pais pensaram em intervir, mas foi Leandro que o parou mais uma vez, porem dessa vez segurando o braço de Sergio e o puxando alguns passos para trás. – Me solte seu... – Sergio paralisou ao olhar para Leandro.

- Não me importo que me ofenda. Mas não vou permitir que ameace a pessoa que amo muito menos que a machuque. – Sua voz não era mais calma, mas lenta e fria, seu semblante que ate então se manteve gentil e convidativo, se tornara extremamente sério e ameaçador. – Vou insistir que se sente. – Sua mão se fechava com força em volta do braço de Sergio, era possível ver seu desconforto e sua falha tentativa de se soltar.

- Eu não tenho nada que conversar com você. E enquanto a você rapaz, - ele disse olhando e se afastando assim que Leandro soltou seu braço. – Não volte a falar comigo você não é mais meu filho, pode ficar aqui com esses doidos e essa outra aberração. Não sou mais responsável por nada que seja a seu respeito. – Ele disse se dirigindo a porta acompanhado de sua mulher chorando.

 

Assim que a porta se fechou com som forte, Deni se desabou em lagrimas, todos vieram a seu encontro e Leandro o abraçou, mais uma vez com seu jeito gentil e doce.

- Calma Amor, nós vamos resolver tudo juntos ok meu bem. – Leandro disse beijando sua testa, e voltando seu olhar para seus pais não foram precisas palavras serem ditas, seus pais responderam como se lessem a mente do filho.

- Você é bem-vindo em nossa casa para ficar, amanha iremos a escola explicar o ocorrido e procurar uma maneira de resolver essa situação, não se preocupe com a mensalidade, se necessário cuidamos disso também. – Deni olhou para cima e encoutou os pais de Leandro sorrindo para ele de maneira acolhedora.

- Sério? Vocês vão mesmo me aceitar aqui depois de tudo isso?

- Como podemos deixar o amor do nosso filho sem ter onde ficar, a casa é grande e nosso coração e maior ainda, a espaço suficiente para você viver aqui. – Valeria disse sorrindo.

- Deni preciso que ligue para sua mãe. Eu e Vanessa vamos a lá pegar suas coisas, caso eles não queiram entregar podemos ajudar a comprar coisas novas. – Disse Carlos.

- Vocês vão realmente fazer tudo isso por mim? Mesmo me conhecendo hoje? – Ele perguntou sem jeito.

- Tudo que estiver ao nosso alcance. Porque você faz parte da família agora. – Leandro disse o abraçando mais forte. E finalmente Deni parou de chorar, estava triste pelos seus pais, mas não seu amor por Leeh falava mais forte que todo em seu coração.

#-#

 

E foi assim que Deni e Leeh passaram por um momento que poderia ter destruído todo seu relacionamento, mas o amor entre eles prevaleceu.

Pensar que seu namorado ia se formar em breve, não o assustava, pois, assim que ele também se formasse no ano seguinte, eles estariam juntos, na mesma Casa, no mesmo Quarto, na mesma Vida enquanto seu amor durar. E eles estão preparados para o que vier, sejam momentos felizes ou tristes, e Deni não perde a esperança de se reconciliar com seus pais, ele sabe que sua mãe está mais próxima, e que se pai parece inalcançável, mas ele não vai desistir, e seu amado estará com ele, apoiando suas decisões, ajudando a fazer todos os seus sonhos se tornarem realidade.

E foi assim que todos viram que tudo isso era bem mais que Um Simples Sentimento.


Notas Finais


Essa foi minha primeira fic. E estou pensando em criar outras. Me desejem sorte, pois com os bloqueios essa levou mais de dois anos para concluir kkkkkkkkkk.


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