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História Beside You - Ao menos um sonho


Escrita por: edenhazardous

Capítulo 1 - Ao menos um sonho


Fanfic / Fanfiction Beside You - Ao menos um sonho

         

Katherine POV

Hoje foi mais um dia comum em Manchester. Acordei cedo e fui para a faculdade, como de costume, esbanjando uma “super empolgação” por estar fazendo a vontade de meus pais. É no mínimo frustrante abandonar o sonho que você alimentou desde sua infância e ser praticamente obrigada a seguir um caminho que não tem nada a ver com o que você quer para o resto de sua vida.

Mas até que o meu dia não foi tão ruim... Meu pai comprou um par de ingressos para o jogo do Manchester United, e eu não pude me conter de tanta alegria, pois já nem me lembrava da última vez que pisei no Old Trafford. Definitivamente, era disso que eu estava precisando pra me distrair um pouco e esquecer o quão frustrante e desanimadora é a minha vida.

Convidei Ellen, minha amiga de infância, pra ir comigo ver o jogo, e ela topou, o que, de certa forma, me causou estranheza, pois Ellen é torcedora do Manchester City. Talvez ela só tenha aceitado me acompanhar por dó, já que ela sabe que eu não costumo sair muito.

Arrumei-me de pressa e meu pai nos levou de carro, deixando-nos em frente ao estádio. Quando chegamos ao Old Trafford eu não conseguia controlar as lágrimas. Aquela torcida e o clima pré-jogo fizeram com que eu me sentisse bem, como há muito tempo não me sentia. A partida era contra o Everton e eu quase tive um infarto a cada contra-ataque do time azul de Liverpool, mas ganhamos por 2x1; um placar apertado, mas valeu a pena ter visto essa vitória tão de perto.

Eu estava saindo do estádio bem feliz quando percebi que Ellen não estava mais ao meu lado. Achei estranho, pois eu tinha certeza de que estávamos caminhando juntas há alguns segundos. Cogitei que ela tivesse ido buscar alguma coisa que esqueceu ou algo do tipo, então resolvi continuar andando em direção a saída do estádio para esperá-la lá fora.

Senti alguém me puxar pelo braço enquanto caminhava, e confesso que aquela atitude me deixou bastante irritada... O que custava chamar, ao invés de ficar me puxando? Mas olhei pra trás e me deparei com o olhar mais lindo que eu já havia visto. O mesmo olhar que me fazia sorrir quando o sofrimento parecia não ter fim. Era ele, Juan Mata, meu jogador de futebol favorito estava bem na minha frente.

—Calma! Não se assuste, eu só quero te entregar um presente. —Ele disse enquanto eu ainda tentava assimilar o que estava acontecendo.

—Mas você nem me conhece... Eu não estou entendendo nada!—Disse extremamente confusa, em meio a uma mistura de sentimentos que eu nem sei explicar.

—Ellen Roberts é sua amiga, não é!?

—Sim.—respondi hesitante.

—Ela me mandou uma carta dizendo que você é minha fã e que estava passando por momentos difíceis. Então, eu fiquei curioso pra te conhecer e trouxe esta camiseta autografada. Espero que goste. —Ele disse com um sorriso de lado.

—Eu não acredito que ela fez isso!—Pronunciei em voz baixa.

—O quê?—Ele disse sem entender nada do que eu tinha acabado de falar.

—Nada, é... obrigada, muito obrigada mesmo. Eu nunca imaginei que uma coisa assim aconteceria comigo...

—Assim como?

—Algo assim tão bom. Coisas boas não costumam acontecer comigo. —Disse com os olhos já marejados.

Ele me abraçou e pediu que eu vestisse a camisa por cima da camiseta de manga longa que eu estava usando.

—Você ficou linda!—Ele disse com a voz calma.

—Então antes eu estava feia?—Tentei descontrair um pouco, mesmo estando completamente desconcertada com aquele elogio.

—Não! Eu quis dizer que você ficou ainda mais linda com essa camiseta.

—É, eu sei. Pessoas bonitas costumam ficar mais bonitas com a camisa do United.

—Ah, é!? Que convencida você é... Mas tem razão, você é muito bonita.

Corei naquele exato momento, sem saber como responder àquele comentário.

—Obrigada novamente. Sabe, estou achando tão estranho ouvir isso de você.

—Ué, por quê? Por acaso você achou que eu fosse gay ?

—Não é isso. É que... bem, você é lindo, talentoso e muito famoso. As mulheres mais bonitas do mundo devem se jogar aos seus pés. Estou errada?

—Não está errada, Kate. Posso te chamar assim?

—Pode sim, Juan.

—Então, Kate, o fato é que eu não quero nenhuma dessas mulheres que vivem atrás de mim.

—Nossa, parece que eu não sou a única convencida aqui, não é mesmo?

—Na verdade, eu preciso de alguém que queira estar comigo, não pelo que eu tenho ou sou, mas porque realmente me ama e quer passar o resto de sua vida ao meu lado. E isso é tão difícil de encontrar, sabe!? Um verdadeiro amor...

—Eu sei. Mas talvez você esteja procurando esse amor nos lugares errados e nas pessoas erradas. Muitas vezes, o verdadeiro amor surge quando menos esperamos. Eu não entendo muito dessas coisas de amor, mas é assim que eu penso. Me desculpe se falei alguma bobagem.—Disse consciente de que não havia dito coisa com coisa.

—Não. Continua, por favor.

—Continuar com o quê?

—Continua falando. É bom te ouvir, me faz refletir sobre as minhas atitudes.

Meu celular tocou (e eu nunca fui tão grata por ouvir aquela musiquinha). Já não sabia o que dizer, tampouco como encarar aqueles olhos lindos.

—Meu pai está preocupado, já está ficando tarde.

—Tá bem. Eu espero te ver mais vezes. Nossa conversa não acabou por aqui.

—Então até mais, Juan.

—Até, Kate.

Saí correndo de lá, eu precisava pensar com calma em tudo o que tinha acabado de acontecer.

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Cheguei em casa e me tranquei em meu quarto. Fiquei pensando em tudo, cada detalhe do que tinha acontecido. Eu ainda conseguia sentir o cheiro dele, até a suavidade das mãos dele ao tocar meu braço, eu podia sentir. Mesmo estando longe de Juan, eu sentia como se estivéssemos próximos um do outro.

Passei a noite toda pensando no quão maravilhoso ele é, e no quão generoso Juan foi comigo. Ele nem ao menos me conhecia, e mesmo assim, quis me presentear e passar um tempo ao meu lado. Nunca pensei que alguém como ele se importaria com alguém como eu, uma rejeitada, incapaz de realizar seus próprios sonhos.

Desde o momento em que encarei fixamente os olhos dele, passei a sentir algo diferente, algo que eu nunca havia me permitido sentir. Não sei exatamente o que era, só sei que queria e precisava passar mais tempo na companhia dele.­­­­­­­­­­

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Resolvi ligar para Ellen. Ela me devia uma explicação sobre a tal carta que havia mandado para o Juan. Ela disse que mandou a carta por mandar, e que não esperava que ele respondesse , muito menos que quisesse me entregar um presente pessoalmente. Então, ele entrou em contato com ela e os dois planejaram qual seria o melhor momento para que esse encontro acontecesse, e decidiram que a saída do Old Trafford seria o momento mais propício.

Agradeci Ellen, cerca de dez vezes, por ter mandado a carta e me ajudado tanto a realizar um dos meus sonhos. Pelo menos este sonho, eu havia realizado, me senti um pouco menos mal por isso.

Antes de dormir, dei uma última olhada no celular e haviam duas mensagens de um número desconhecido. E para minha surpresa, eram mensagens do Juan, me chamando pra sair com ele. Perguntei como ele tinha conseguido o meu número, ele disse que pediu pra Ellen. Essa garota está me ajudando muito, não posso negar.

Demorei um pouco para responder às mensagens, não queria que ele pensasse (ou descobrisse) que eu estava me apaixonando por ele ainda mais. Aceitei o convite e marcamos de ir a um restaurante em Manchester. Eu não estava muito bem psicologicamente, ainda não tinha caído a ficha de que eu tinha, oficialmente, um encontro com Juan Mata.

 

 



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