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História Best Fake Smiles - Tudo Pode Dar Certo


Escrita por: duduaguilera

Capítulo 7 - Tudo Pode Dar Certo


Fanfic / Fanfiction Best Fake Smiles - Tudo Pode Dar Certo


– Eu sempre soube que ele era gay – afirma Maia. Já estamos na sala de aula, conversando enquanto a professora não chega.

Contei para ela tudo o que havia rolado entre eu e Gregg, e mesmo tentando não demonstrar, sabia que ela estava tão surpresa com essa revelação quanto eu.

– Vai dizer que você sabia dessa também? – pergunto semicerrando os olhos e a encarando.

– Eu imaginava – responde com naturalidade enquanto serra sua unha do dedo anelar. – Ele estava a um ponto de me beijar, e não o fez. Só podia ser gay mesmo – Eu rio.

– Eu nao imaginva.

– Agora está tudo explicado – ela paira a lixa de unha sobre seu ombro esquerdo e vira o olhar para mim. – Ele afirmou naquele dia, em que estávamos na balada, que havia alguém na vida dele. Esse alguém indefinido era você.

– Claro que não – Nego bufando ar pela boca no meio de uma careta.

Paro para analisar a situação e até que faz sentido. O jeito com que ele me olha, sempre demonstrando carinho, talvez não seja mesmo só de amizade. Pensar nessa possibilidade faz com que eu sinta um frio na barriga. Uma sensação de euforia e medo ao mesmo tempo.

– Você não vai ver o Colton hoje? – mudo de assunto. Ela ri.

– Ele está na aula de Ed. Física. Ele é pontual quando se trata de esportes – diz num tom irônico. – Aliás... você não me disse como foi a conversa entre você e Cameron ontem. O que ele te disse?

– Absolutamente nada – murmuro. – Ele nem se quer apareceu ontem.

– Eu não acredito que ele furou com você – resmunga ela aparentemente indignada.

– Pois é. O mesmo Cameron de sempre. Se eu encontrar ele hoje, juro que vou...

O celular vibra. Uma mensagem de Gregg:

"Não apareceu hoje na lanchonete. Chateado."


Eu sorrio e Maia observando minha reação puxa o celular da minha mão.

– Que fofo! Ele sente sua falta – fazendo uma voz realmente irritante. – Como você ousou não ir vê-lo hoje?

– Me devolve isso – e o recupero. Sou obrigado a voltar para a conversa que eu já tinha dado por encerrada. – Eu não sei o que falar com ele depois de tudo que rolou ontem.

– Ah. Para com isso Shawn – diz ela empurrando meus ombros. – Vocês conversaram até demais, ontem. Não tem do que ter vergonha. Tive uma ideia – ela muda seu semblante para uma feição bem adulta. – Você vai matar aula hoje, para passar um tempo com ele.

Eu rio até perceber que ela está falando sério.

– Não, nem pensar – reajo. – Não vou matar aula por causa de um garoto. Isso é ridículo.

– Se isso foi uma indireta para mim, tudo bem. Eu não ligo. Mas hoje você vai sim matar aula, meu caro.

Eu não me recordo a última vez que matei aula, mas creio que a maioria tenha sido com Cameron. Em uma dessas vezes, descemos do ônibus escolar, saímos do colégio e fomos andando em direção à estação de trem. Tínhamos 13 anos, e ele havia ganhado algumas notas de dinheiro dos pais, o suficiente para pagar a minha passagem e a dele. Conseguimos entrar e sentamos em um assento duplo. Eu e ele, lado a lado. Fiquei com a cara na janela e pude ver belas paisagens que ligavam nossa cidade a outras da Califórnia. Ele tinha levado como kit de emergência uma mochila cheia de doces e guloseimas. Era nossa grande aventura. Conseguimos voltar a tempo para nossas casas, mas no dia seguinte o diretor ligou para nosso pais e ficamos de castigo por uma semana. Mas lembro que não me arrependi de ter feito isso com Cam.

Maia consegue finalmente me convencer, então pego minha mochila e saio antes da professora chegar, e por sorte, não esbarro com ela nem qualquer supervisor pelos corredores. Chego à lanchonete e escoro no balcão.

– Olá – digo com um sorriso de quem espera por reprovação.

Gregg estava limpando a máquina de café, e ao me ouvir vira com tudo e me olha como quem vê um fantasma. Finalmente ele abre um sorriso.

– Oi, Shawn – diz ele. – O que faz aqui? Não deveria estar em aula?

– Okay, estou indo então. – aceno fingindo estar me retirando.

– Ah, não! Não quis te mandar embora – ele continua e eu recuo de volta ao balcão. – Desculpa. – diz ele perdido nas próprias palavras e eu acho isso muito fofo.

– Bom. Para falar a verdade eu estou mesmo matando aula, então não peça desculpas. Só queria passar um tempo aqui – quando digo isso percebo que talvez tenha sido um pouco óbvio e oferecido. – Conversando, sabe?

Ele sorri e puxa um banco do lado de trás do balcão e ficamos ali, sentados frente a frente. Toda área do restaurante está vazia. Só nós dois, cara a cara.

Como eu posso descrever Gregg Sulkin? O sorriso dele é a marca registrada que ele exibe o tempo todo. É um sorriso tão gostoso que te impulsiona a sorrir também, mesmo nos dias mais nublados. Ele deve ter um metro e setenta e pouco de altura, mais baixo que eu. O físico dele é bem atlético. Mas cada dia que converso com ele me encanto mais pelo o que ele tem de melhor: O caráter. Ele é tão politicamente correto que chega a me constranger. Conversamos bastante e sinto que nossas almas estão um pouco mais próximas depois disso.

O sino toca anunciando o horário de intervalo, e em poucos segundos já se pode ouvir a gritaria dos alunos.

– Nem percebi o tempo passar – afirmo demonstrando minha surpresa. – Eu preciso resolver um negócio – digo recolhendo minha mochila que estava no chão.

– Espera – ele fala um pouco rápido demais. O encaro esperando o que ele tem a dizer e ele finaliza nervoso. – Você quer ir ao cinema comigo mais tarde?

– Ah... – O convite me pegou desprevenido e por um breve momento penso na resposta. – Sim, claro – Ele abre um sorriso.

– Eu passo na sua casa as 18h. Tudo bem para você?

– Sim. Está ótimo.

Sorrimos um para o outro até sermos interrompidos por uma cliente do restaurante, e nos despedimos. Pelo visto, hoje teremos mesmo um encontro. A palavra encontro nunca antes me apavorou tanto quanto nesse momento.

Sigo para o refeitório, à procura de Maia. Encontro-a sentada em uma mesa com Natasha. Percebo que estão falando sobre mim quando me aproximo e ao me notarem ficam em um silêncio e forçam um sorriso.

– Oi, amigo – diz Maia. – Já pode contar todos os detalhes.

– Que detalhes? – Natasha se intromete. – Também quero saber. Por favor, não me esconda nada.

Parece que estou diante de duas versões da Maia e isso me faz querer sair correndo para bem longe delas. Continuo de pé e dando uma olhada ao redor.

– Procurando Cameron? – Pergunta Natasha. Quando foi que eu dei essa liberdade à ela?

– O que? Não! – minto.

Colton aparece com uma bandeja cheia, e se senta ao lado de Maia. Ele é o único que está comendo a comida da cantina da escola. Não é que seja ruim, mas a galera prefere gastar comprando besteiras não-saudáveis na lanchonete que também fica dentro do prédio escolar. Tem também um estabelecimento que vende sucos saudáveis, que é o ponto de parada para todas as garotas fitness do colégio.

Ficamos ali conversando sobre bobagens. Começo a estranhar o fato de Cameron não ter aparecido no colégio hoje. Já faz um tempo que não vejo ele e por algum motivo me sinto preocupado. O lance da biblioteca intensifica minha tensão. Maia e Natasha, que parecem ter virado boas amigas desde a última aula, se levantam para ir ao banheiro juntas. Essa é minha oportunidade.

– Ah... Colton – Começo e fico em silêncio.

– O que foi? – diz desviando o olhar do celular e sorrindo para mim.

– Você tem visto o Cameron?

– Não – diz pensando melhor. – Acho que a última vez que vi ele foi ontem no primeiro tempo de aula. Depois ele saiu da sala e não voltou mais. Eu mandei mensagem para ele ontem, mas ele nem visualizou.

– Que estranho – tento não demonstrar, mas é perceptível minha preocupação, e não sei porque estou me importando. Isso não muda o fato que estou com raiva de Cameron.

– Porque não vai até a casa dele, depois da aula, ver o que está acontecendo? – diz Colton.

– O que? – reajo ajeitando as costas no meu assento. – Porque eu iria na casa dele? Não somos amigos.

– Bom... é você quem está aí, todo preocupado com ele – provoca. – Mas falando sério. Se você quiser eu posso ir com você até lá. Não tenho nada para fazer hoje.

– Não estou afim, Colton. Mas obrigado.

– Você que sabe.

Nossa conversa acaba aí. Logo depois a meninas voltam e a conversa toma outros rumos. E o assunto da vez é Gregg. Com isso acabo mencionando nosso plano de ir ao cinema, o que acaba arrancando suspiros e comentários maliciosos delas. Colton fica ali só rindo da situação, como no dia em que o conheci .

***


Estou deitado na cama ouvindo música. Ainda nem sequer escolhi a roupa que vou usar mais tarde, para sair com Gregg. Fico imaginando o que pode acontecer nesse encontro, e fico nervoso. Já está evidente que ele sente algo por mim. Não que eu não tenha vontade de beija-lo, só acho fora do comum a possibilidade de estar dando certo com alguém. Isso me apavora.

De repente o alvo de meus pensamentos muda, e volto a focar em Cameron. O que será que aconteceu com ele? Será que ele tinha uma boa razão para me deixar plantado na biblioteca? A raiva e a preocupação agora estão niveladas.

Como por um impulso me sento na cama e pego meu celular. Já tinha o número de Colton, que salvei da última vez que fui na casa de Maia. Ligo para ele.

– Colton?

– Sim, eu mesmo – ele responde. – Quem fala?

– Sou eu, Shawn.

– Ah! Oi Shawn. Está tudo bem?

– Sim. Estou. Sobre aquele assunto que falamos mais cedo. Eu mudei de ideia. Você ainda pode ir comigo até a casa do Cameron?

– Claro que sim, irmão. Eu busco você aí em 15 minutos. Pode ser?

– Sim, sim!

A última vez que fui à casa de Cameron foi no dia em que fomos para o acampamento. Nunca mais havia visitado aquele lugar.

Colton aparece em casa e saio. Andamos pelas ruas, conversando. Ele podia ter vindo me buscar de carro, mas acho que preferiu assim só para ter mais tempo para falar comigo.

– Eu sei o que rolou entre vocês? – diz ele do nada.

– O que? – Olho para ele surpreso.

– Do lance que rolou entre você e Cameron. Que eram melhores amigos, e que você se apaixonou por ele – ele hesita por um segundo. – Eu sei do beijo que você deu nele.

– Não acredito que Maia te contou isso – digo um pouco incomodado. – Ela não tinha esse direito.

– Não foi ela que me contou, Shawn – ele me olha e eu o encaro. – Foi o Cameron quem me disse tudo. Eu não sou cego. Notei o jeito que ele te olhou quando fomos ao restaurante. E quando você foi embora daquele jeito eu sabia que alguma coisa tinha rolado entre vocês. Naquele dia, depois de levar Maia, fui até a casa dele, e ele acabou me contando tudo. Eu sei que o que ele fez com você, o lance de te evitar desde então, foi bem pesado. Mas ele realmente está arrependido.

– Sei lá. Eu queria perdoa-lo, mas não consigo, sabe?

– Porque não?

– Por ele não conseguir ser meu amigo, não do meu eu-gay. Ele tem nojo de mim e do que eu sou. Como posso ser amigo de alguém que não me aceita?

– Cara – ele diz respirando fundo. – Eu não sei como Cameron era naquela época, mas pelo o que conheço dele, não acredito que ele te destrataria por isso. Ele não é homofóbico.

– Sim, ele é! – respondo num tom hostil.

– Cara, o Gigante é um dos nossos melhores amigos, e é gay – me surpreendi com essa revelação inesperada.

– Espera? Ele é gay?

– Sim – ele diz rindo. – Eu posso te garantir que Cameron sempre o tratou extremamente bem.

– Okay. Então se ele não tem nada contra gays, porque se afastaria de mim, como ele fez?

– Bom, isso você vai ter que perguntar a ele – responde com um sorriso cordial. Agora ele subiu muitos pontos no meu conceito.

Chegamos à casa da família Dallas, que está diferente. A pintura, os arbustos, e o gramado. Seguimos até a porta, e Colton permanece ali, ao meu lado. Toco a campainha. Nenhuma resposta. Toco novamente e uma moça é quem atende:

– Oi, Sophia – diz Colton sorrindo. Ele com certeza já conhece ela, claro.

– Oi, Colton – diz fazendo uma cara de pouco caso. Arrisco a possibilidade de eles terem dado alguns amassos na cozinha da Sra. Dallas. Que nojo!

– Ela trabalha para a família Dallas – ele diz olhando para mim.

– Eu conheço você? – diz ela me analisando.

– Acho que não – digo estendendo a mão para ela. – Me chamo Shawn. É um prazer.

– Shawn Mendes! – diz numa reação de descoberta. – Tem uma foto sua com o Cam no quarto dele. Sei do seu nome porque bisbilhotei a traseira da foto, mas não conte a ele, por favor! – ela ri. – Você devia ter o que? Uns 9 anos?

– Provavelmente – digo corando.

Porque diabos Cameron tem uma foto comigo no quarto dele? Isso gera uma avalanche de pensamentos, que me faz avaliar a possibilidade de tudo o que pensava sobre ele estar equivocado.

– Viemos para saber se o Cam está bem – intervêm Colton. – Ele não apareceu hoje na aula.

– Vocês não ficaram sabendo? – ela nos olha com um olhar triste agora.

– Sabendo do que? – pergunto assustado.

– A irmã dele, Emily, está internada. Não sei o que ela tem, mas deve ser grave. Ela está internada desde ontem de manhã.

Sinto meu estômago embrulhar. A irmã de Cameron sempre teve uma imunidade baixa. Cam um dia me disse que ela vivia a base de medicamentos. Lembro de uma vez em que ela foi internada. Eu e Cam devíamos ter 12 anos e ela apenas 6. Ele passou a noite na minha casa. Nunca vi ele chorar tanto como naquele dia. Era como se, pela primeira vez, os papéis se invertessem. Não consigo esquecer desse dia. E agora essa história está se repetindo.

– Você sabe em que hospital ela está internada? – pergunto com uma evidente tensão.

– Sim. Hospital Padre Enric. Espera vou anotar o endereço para vocês.

***


Ao entrar no hospital sigo até a recepção e peço por informações sobre Emily Dallas.

– Desculpa, só posso dar informações à família do paciente – diz a recepcionista.

Tento argumentar com ela, mas sem sucesso. Colton percebe que não vai ter jeito então ele a distrai, para que eu possa procurar por Cameron pelos corredores – plano dele, claro. Consigo passar pela recepção e dou um jeito para não ser notado por um dos seguranças. Ando pelos corredores do primeiro andar e do segundo. Quando estou subindo as escadarias de acesso ao terceiro andar encontro Cameron, que para ao me ver. Ele está claramente cansado e triste, como da outra vez.

– Oi, Cam – digo ainda parado. Estamos á 3 degraus de distância um do outro, frente à frente.

– Shawn – ele diz confuso. – O que faz aqui?

– Bom. Você não apareceu... na biblioteca. Então eu resolvi vir atrás de você – percebo meu tom manso, então engrosso a voz. – Eu prometi pra Maia que ia te socar quando o encontrasse.

– Me desculpa – diz ele com uma voz tão doce que me desarmo por inteiro. – Eu não queria ter furado com você. Sério.

– É. Eu percebi. Como sua irmã está?

– Mal. – ele diz com a mão esquerda coçando o pescoço. – Mas o médico disse que logo ela vai se recuperar. Você sabe como ela é sensível a essas viroses.

– Você está bem acabado.

– É eu sei – brota sorriso no rosto dele que rapidamente se desfaz.

– Bom. Quer sair para tomar um café e comer alguma coisa?

– Eu estava descendo para tomar um copo de café.

– Ótimo. Eu amo café! – digo sorrindo e ele sorri de volta.

Descemos as escadas e nos dirigimos ao refeitório do hospital. Pedimos dois copos de café e sentamos em uma das mesas.

– Como descobriu que eu estava aqui? – Pergunta Cam.

– Bom... contei com a ajuda do Colton e de Sophia, a moça que o Colton com certeza já beijou, e não adianta negar.

Ele ri e eu fico extremamente feliz por ver um sorriso naquele rosto.

– Mas porque você estava me procurando? Achei que estivesse com raiva de mim, e depois do furo de ontem, imaginei que definitivamente você nunca mais ia querer olhar na minha cara.

– É. Eu ainda sinto uma raiva absurda de você – digo, entrelaçando os dedos para apoiar minha cabeça com os cotovelos na mesa, como se fosse um delegado. – O lance de eu querer te socar era verdade.

– Okay. Justo. Pode me socar – me provoca.

Eu me inclino para frente e dou um soco de leve no ombro direito dele, e ele abre um sorriso.

– Bom... Já que você está aqui, eu deveria falar o que tinha planejado para ontem.

– Cam. Esquece isso. Não precisamos ter essa conversa agora – digo com um olhar de piedade.

– Não, Shawn. Eu preciso disso – faz uma pausa, então prossegue. – Eu sinto muito, de verdade, por tudo que eu te fiz passar. Eu sinto muito por não ter ficado com você naquela festa, quando o Jake armou para você. Eu sinto muito por não ter ficado do seu lado, enquanto todo mundo ria ao redor da fogueira. Eu sinto muito por ter deixado você sozinho, quando você mais precisava de um amigo – os olhos dele se enchem de lágrimas e sua voz começa a falhar. – Mas acima de tudo isso, eu realmente sinto muito por não reagido da melhor maneira, quando você disse o que sentia por mim. Eu fui o pior amigo de todos. Me perdoa?

Eu realmente já o tinha perdoado, ainda nas escadarias, mas ouvi-lo dizer tudo isso fez com que todo o ódio e rancor que eu guardava se esvair-se em questão de segundos. Não sei o que dizer depois de ouvir essa declaração. Ainda não tenho todas as respostas que queria. Mas me levanto e sento do lado dele e o abraço, enquanto ele se derrama em lágrimas. Me sinto tão leve e tão feliz por estar aqui. O abraço se desfaz. A gente fica ali conversando por um tempo e depois subimos para o terceiro andar e é quando encontro Sra. Dallas.

– Shawn? – diz ela espantada em me ver. – O que faz aqui?

– Eu vim ver como Cameron estava. Ah... eu sinto muito por Emily, Sra. Dallas.

– Obrigada – ela diz fria. – Eu vou descer, tomar um café.

Não imagino como ela dever estar se sentindo. Eu e Shawn permanecemos ali sentados no banco do corredor, compartilhando o silêncio. Mais tarde, próximo às 20h, Colton vem me buscar e me leva para casa.

Me sinto tão bem de uma maneira que não me sentia há muito tempo. Não esperava, mas Cameron conseguira consertar, mesmo que superficialmente, as feridas que me causou. Estou feliz por não sentir raiva dele no momento. E ao mesmo tempo me sinto mal pela irmã de Cameron, e por ele ter que passar por essa barra toda.

Entro em casa e estou cansado. O dia foi de uma intensidade que não era do meu costume. Muita coisa para processar em um só dia.

– Oi, filho – diz minha mãe. – Até que enfim você chegou!

– Oi, mãe. – digo sorrindo

– Gregg apareceu aqui mais cedo.

– O que? – Eu esqueci completamente do cinema.

Droga!



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