História Best Friends - Capítulo dois.

Acordei no dia seguinte com o meu celular despertando, levantei a cabeça ainda sonolenta e Desliguei o despertador, vendo que ja eram 6h da manhã e eu tinha aula. Droga, eu faria tudo para ficar mais algumas horas dormindo.

Me levantei e fui ao banheiro, entrei debaixo da água gelada afim de me libertar do sono, o contato da água fria com meu corpo me fez reagir com um pequeno susto. Saí da água fria e abri o gabinete pegando uma toalha dobrada, enrolei ela em meu corpo e fui para o quarto separando minha calça, tênis e o uniforme do colégio.

Sim, éramos obrigados a usar a droga do uniforme.

Até que ele não era tão feio. Me vesti e passei o pente no meu cabelo desembaraçando os fios, desci para a cozinha e encontrei mamãe de costas para a mesa, fazendo o café. Puxei uma cadeira para me sentar e o barulho da madeira se raspando no chão fez com que ela olhasse para trás, notando em fim, minha presença.

- Porque abandonou a mesa ontem, filha? Aconteceu alguma coisa? - Perguntou se virando de costas pra mim novamente.

- Não, só estava cansada. - Menti.

- Hum, Justin perguntou por você. - Sorri fraco.

- O que ele perguntou?

- Se iria para escola hoje. - Bufei.

- Hum, você disse que eu vou? - Quis saber.

- Falei que não sabia, pois não tinha visto que você tinha acordado.

- Vou falar com ele. - Peguei o celular de mamãe no balcão e mandei mensagem.

" Oi, é a Hailey. Passando pra avisar que eu vou pra escola hoje. "

Ele estava online portanto respondeu de imediato.

" Passo aí para te buscar então."

" Não é necessário, hoje eu posso ir andando. "

" Hails... Sempre que você nega carona é porque está bolada comigo, o que eu fiz? Você vai comigo sim e vamos conversar sobre isso no caminho. "

Intimidade é foda.  

Apaguei a conversa pois se minha mãe ler a parte do " Está bolada comigo" ela iria querer saber o que aconteceu e eu não estou afim de dizer a ela que gosto do Justin mais do que amigo.

Mamãe me serviu o café e alguns waffles, papai apareceu na cozinha algum tempo depois e me deu um beijo no rosto como bom dia, tomamos o café da manhã como uma família normal e me levantei quando ouvi Justin chamando na porta.

- Tchau mãe, tchau pai. - Beijei o rosto de cada um e peguei minha mochila no balcão.

-Tchau filha, vá com Deus. - mamãe respondeu.

- Bom estudo. - Papai disse. Abri a porta e Justin sorria, ele estava vestido com uma calça escura, uniforme e tênis preto. Seu cabelo estava naquele mais perfeito topete, bem alinhado como sempre. Seu cheiro era maravilhoso, eu não conseguia explicar, Justin me fazia um bem enorme só pelo simples fato de existir. Mas ele não entendia isso.
Depois de alguns segundos em silêncio, parada do lado de fora de casa, percebi que Justin já não sorria mais, ele me encarava preocupado. Eu devia estar com uma cara nada boa. Passei reto por ele e abri a porta do carro, entrando e em seguida batendo a porta. Eu precisava matar esse sentimento que eu tinha por ele, não posso estragar nossa amizade.

- Hailey. - Justin entrou no carro e me encarou. Continuei olhando pra frente. - Hailey! - Ele repetiu mais alto e eu fechei os olhos respirando fundo.

- Estamos atrasados, tem como você ir logo? - Falei soando um pouco rude.

- Não até antes de você me dizer o que porra está acontecendo aqui.

Preciso inventar uma desculpa rápida, não posso simplesmente contar a verdade, e se ele nao olhar mais na minha cara?

- Eu estou de tpm, não é nada demais, apenas ignore meus insultos por hoje Ok? É a tpm. - Isso! Ótima desculpa, ele com certeza vai acreditar.

- Hum. - Justin me encarou por mais alguns segundos, virou o rosto e ligou o carro, em seguida dirigiu em direção a escola. - Quer que eu vá na sua casa hoje? Posso levar chocolate. 

Argh mas que droga! Porque ele tinha que ser tão perfeito em tudo o que faz?

É por isso que eu o amo.

- Tanto faz. - Murmurei tentando soar indiferente.

- Ok. - Paramos no sinal vermelho e Justin pousou sua mão por cima da minha, que estava em cima de minha coxa, e começou a acaricia-la. E era por esses simples gestos que eu me apaixonava cada vez mais, ele parecia ser meu namorado, pelo jeito que andamos e o modo com ele me trata e se preocupa comigo. Mas infelizmente, só parecia.

Eu queria afastar minha mão da dele, pois aquele pequeno carinho só servia para nutrir mais ainda o meu sentimento por ele. E isso era algo que não podia acontecer.

Mas, merda, aquilo era tão bom.

Chegamos no colégio e Justin  me olhou antes de abrir as portas, virei meu rosto o encarando e ele me puxou, dando um beijo em minha testa. Suspirei com tal ato e abri a porta saindo do carro as pressas, Justin saiu logo em seguida e me acompanhou até a porta de minha sala, entrei sem olhar para trás e me sentei na mesa respirando fundo.

Porque logo ele? Porque fui amar alguém que nunca vai ser meu?