Depois da aula...
Ainda estávamos na sala de aula, vi pela janela a Gi subindo as escadas do prédio com pressa.
–Pessoal foca em mim – pediu a professora, chamando a atenção de todos. – Alguma alma de bom coração poderia levar o Matthew para sua casa para explicar á ele o conteúdo?
–Nós podemos! – Giovanna entrou gritando e apoiando uma mão em meu ombro. – Quer dizer, a Lauren pode.
–Posso?
–Claro que pode.
–Então Matthew, pode ir com a Lauren, até a próxima aula. – falou a professora.
Gi me puxou para fora da sala e sussurrou para mim:
–Você vai desencalhar!
–O que? Eu não ‘to encalhada, eu to é ótima. – sussurrei de volta.
Matthew chegou do nosso lado.
–Do que vocês estão falando? – perguntou, não é da sua conta.
–Coisas de garota. – Gi respondeu antes que eu pudesse puxar oxigênio para respondê-lo.
Ele deu de ombros.
Quando chegamos ao refeitório, eu pedi uma coisa que eu pedia ás vezes antes das férias, mas agora esqueci o nome.
Os dois pediram outras coisas, fui obrigada a levar essa criatura para uma mesa com meus amigos.
[...]
Pouco tempo depois estávamos na garagem, indo em direção ao Troller.
–Você tem carro? – perguntei.
–Tenho, mas meu pai me trouxe aqui hoje.
–Que carro você tem?
–Uma Land Rover.
–Pode ir à frente se quiser, eu vou atrás. – Gi cortou-nos e correu para o banco de trás.
–Ah, tem problema? – me olhou com receio. Sim, vários.
Abri minha boca para falar, mas aquela puta também conhecida como Giovanna me cortou.
–Claro que não.
Bufei e entrei, Matthew entrou ao meu lado, dei partida no carro.
[...]
Giovanna já havia ido para o quarto dela, me deixando sozinha com aquele coiso na sala.
–Primeiramente, vou ditar algumas regras. – sentei no sofá, ele se sentou na poltrona. – Não ouse brincar comigo, não ouse me tocar e principalmente, não ouse, em hipótese alguma, pensar que eu sou suas amiguinhas.
–Virou famosa, é? – famosa por te esquartejar e jogar no rio? Sim.
–Não vou responder sua pergunta, pois ainda é cedo e eu quero que o tempo passe rápido. Você chegou esse ano aqui, deve saber pelo menos de alguma coisa.
–Bom, eu sei que...
Interrompi-o, sem paciência para ouvir.
–Abra na página 52.
Ficamos falando sobre o assunto, ele é realmente bom, odeio admitir isso.
Depois de um tempo de estudo, ele acabou me fazendo uma pergunta, que é exatamente o que eu ia perguntar para ele.
–Como você foi chegar nesse curso?
–Pergunto o mesmo.
–Mas eu perguntei primeiro.
–E quem se importa? Fala aí.
–Irritante – revirou os olhos. – Bem, eu não sei se é isso que eu vou seguir mesmo, estou pensando em mudar de curso, minha mãe que quer que eu seja estilista, mas prefiro alguma coisa relacionada com medicina. E você?
–Gosto de desenhar roupas. – só precisa saber disso.
Um silêncio preencheu a sala, pouco depois ele quebrou o mesmo.
–Eu acho que já estudamos bastante, não é?
–É, você até que é bom, mas não chega aos meus pés. – retruquei.
–Iludida. – respondeu rindo.
–Garoto, você não sabe com quem está se metendo. – aproximei-me dele.
–Muito menos você. –ele se aproximou também, nos fazendo ficar muito próximos.
–Não saia por aí falando que somos amigos, vou negar até a morte.
–Não se preocupe, não tenho amigos aqui. – sorriu debochado.
–Ótimo, arranje sua turma logo, desde que seja longe de mim. – sorri do mesmo modo, virando as costas para ele e indo em direção aos livros.
Senti sua mão segurando meu braço, afastei no mesmo instante.
-Regra número dois, não encostar, lembra? – falei.
Ele ergueu os braços em redenção, ainda com aquele sorriso debochado.
–Se a senhorita me permite, vou embora.
–Tem táxi lá em baixo. – o acompanhei até a porta, de má vontade.
Ele passou por mim e ficou esperando o elevador chegar, fechei a porta e comecei a arrumar os livros que se encontravam jogados pela sala.
–E então? – perguntou Giovanna se aproximando de mim.
–Não finja que não sabe, eu vi você nos olhando pela porta meio-aberta do seu quarto. – respondi dando um sorriso de canto.
–Afs, ‘tu tá muito chata, precisamos sair de casa. – reclamou.
–Alguma sugestão? – nos entreolhamos já sabendo a resposta.
–FESTA! – gritamos juntas.
Eu adoro festas, sempre que tem alguma por perto eu vou estar lá curtindo.
Giovanna pegou seu celular e eu peguei o meu, fiquei procurando nos contatos, ISSO! Achei.
Disquei o número dela, que atendeu com dois toques.
Ligação On
–Alô? – falou ela do outro lado da linha.
–Blóoh falando, caralho. – falei, esperando ela se lembrar de mim.
–LAUREN, CRIATURA, ONDE QUE TU SE METEU MULHER? – gritou.
–CALMA PESTE! – rimos. – Quero saber se tem festa hoje.
–Deu sorte, gata, ás dez, anota o endereço. – anotei.
–Te vejo ás dez e pouco então, ok?
–Ok.
–QUERO VER COMO QUE TÁ O TEU CABELO! BEIJOS! – a ouvi rir, desliguei a chamada.
Ligação Off
–E então? – perguntou Gio com expectativa.
–TEMOS FESTA HOJE, BABY!-Gritei dançando em cima do sofá, ela se juntou a mim.
Giovanna parou de dançar e olhou no celular.
–São seis e quarenta – falou. – Vocês dois ficaram três horas estudando!
–AI QUE BOM QUE PASSOU RÁPIDO! OBRIGADA ZEUS! – gritei.
Começamos a rir, Giovanna com sua risada escandalosa, tão Giovanna.
–Vou fazer brigadeiro, quer? – perguntei dirigindo-me á cozinha.
–Você ainda pergunta?
Depois de alguns minutos, levei o brigadeiro em um prato para cada e um refrigerante que é fanta laranja, se eu não me engano.
Liguei a TV e coloquei Shadowhunters para assistirmos, adoro Os Instrumentos Mortais.
Ficamos assistindo série e aproveitando nossas gordices.
SIM, eu sempre vou falar gordices, se acostumem.
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