História Best Friends Forever Young - Festas, ursos polares e pandas á parte...

Duas horas e meia assistindo série, nenhuma de nós duas dormiu, mas Giovanna estava fechando os olhos.

Levantei do sofá, levei tudo para a pia, depois eu a faria lavar e arrumar tudo.

Dei uma leve balançada na Gio, que olhou para mim como se estivesse fazendo uma pergunta.

 –Vai se vestir. – disse indo para o meu quarto.

Entrei no banheiro, me despi e entrei embaixo de uma ducha gelada para poder “acordar”, saí do banheiro enrolada em uma toalha branca, abri o guarda-roupas e fiquei olhando para minhas roupas, até ter uma ótima ideia.

Vesti minhas roupas íntimas pretas com renda nas laterais, havia escolhido um vestido vermelho um pouco mais colado, destacando minhas curvas e terminando na metade de minhas coxas. Coloquei saltos pretos, mas não do tipo dezenove centímetros, não quero perder meus pés. Uma maquiagem levemente escura caiu bem nos olhos, acabei por passar um batom vermelho sangue que combinava com o vestido, deu mais destaque em meus lábios. Não havia outra coisa para fazer com meu cabelo, então o deixei solto formando seus cachos naturais nas pontas.

Saí do quarto e entrei no da Gio, onde ela estava colocando um vestido preto, mas estava com dificuldades em fechar o zíper atrás, me aproximei dela e fechei o zíper.

Peguei uma bolsa com pedrinhas prateadas, colocando meu celular ali dentro e meu estojinho de maquiagem.

Voltei para a sala, onde esperei alguns minutos pela Giovanna, trancamos o apartamento e descemos para o térreo. Não, eu não iria dirigir, pegamos um táxi e demos o endereço.

Chegamos á casa dela, luzes de néon já brilhavam na casa, a música alta invadia os ouvidos de quem passava, que bom que ela não tem muitos vizinhos, já que o lugar é um pouco afastado.

Alguém saiu da casa correndo e vomitou em um arbusto, eca. Uma garota saiu pela porta correndo também e foi ver se o garoto estava bem.

Quando ela nos viu, abriu um sorriso de orelha á orelha.

–LAU! – gritou correndo em minha direção.

–JULLY! – gritei em resposta, abraçando ela com força.

Seus cabelos estavam vermelhos, não era difícil adivinhar, seus olhos continuavam a mesma cor de âmbar esverdeado de sempre, olhos brilhantes.

Ela usava um vestido preto brilhante que também dava muito destaque em suas curvas, e olha que não são poucas. Saltos vermelhos estavam em seus pés, Jully não usava batom, então deu mais atenção á seus olhos e... AQUELES CABELOS LINDOS!

–QUE SAUDADE SUA VACA! – gritei novamente, rindo em seguida.

–Ahn... Era dela que você estava falando? – perguntou Gio aparecendo do meu lado.

–Sim, ela é a Jully, não sei se ainda se lembra dela. – respondi. As duas se encaravam, clima tensoo, não ‘tô gostando.

Até Jully abrir um sorriso encantador e cumprimentar Gio com um abraço.

–Bom, entrem! A festa está incrível! – falou Jully nos guiando até a casa.

Quando ela abriu a porta, o som explodiu meus ouvidos, que aos poucos já se acostumou com a barulheira, a casa estava lotada de gente dançando.

Tinha um bar um pouco no canto, fui à direção dele, puxei Giovanna junto comigo.

–Eu quero dois copos de cerveja. – pedi, fazendo Gio arregalar os olhos. O barman trouxe os dois copos para nós, entreguei um á ela, que recusou.

–Você vai beber? Lauren, nós temos aula amanhã! – gritou para que eu pudesse ouvi-la.

–Eu quero me divertir, vamos Gi, vai ser legal! – respondi no mesmo tom, eu sou a má influência da amizade. Ela cedeu, aceitando o copo. Dei um sorriso vitorioso e virei o meu em um só gole.

Puxei-a novamente, mas dessa vez para a pista de dança, onde começamos a dançar ao som de Lean On.

Dançamos bastante ali, até eu cansar um pouco, voltei para o bar e pedi mais um copo de cerveja, o virando no mesmo instante, pedi uma coisa mais forte, ele voltou com uma mistura de vodca com energético ou alguma coisa assim, pedi vários copos que até parei de contar.

Esqueci-me de como eu era fraca para bebida, mas isso não importa agora, o que eu quero é me divertir!

Voltei para a pista de dança, onde perdi Giovanna de vista. Rebolei, girei, gritei, alguns garotos começavam a se aproximar de mim, mas eu os empurrava para longe. Até que eu vi um garoto sentado no sofá, me observando dançar, aproximei-me dele e sentei ao seu lado.

Sorri para ele, que sorriu de volta mostrando covinhas super fofas, seus olhos e seu cabelo eram no mesmo tom de castanho escuro, sua pele era branquinha e suas bochechas levemente coradas lhe deixava mais fofo ainda.

–Você dança muito bem. – falou alto para eu conseguir ouvir.

–Valeu, como é o seu nome?

–John Hunter, e o seu?

–Lauren, quantos anos?

–Vinte e um, e você?

–Dezenove – comecei a sentir meu estômago embrulhar, corri para o corredor e rapidamente achei o banheiro, abri a tampa do vaso e vomitei tudo o que bebi. Percebi que meus cabelos não estavam em meu rosto, olhei para trás e vi o John segurando-os, enxaguei a boca e puxei a descarga.

Senti meus pés saírem do chão, olhei para baixo e percebi que John estava me carregando, comecei a me sentir zonza ao ver as pessoas dançando ao redor. Ele começou a subir a escada que tinha no canto da sala, fechei os olhos.

Fui colocada em algum lugar macio, abri os olhos e tentei levantar da cama que eu estava, porém Joh... não, cansei, vou chamá-lo de Hunter que é mais legal. Hunter me impediu de levantar, encarei-o.

–Me deixa ir para o bar. – reclamei.

–Não acha que já bebeu demais? – tirou o tênis e jogou em um canto do quarto.

–NÃO! – gritei assustando-o. – Me traz uma vodca. – falei manhosa, sentei na cama, tirei os saltos e os joguei em um canto também, fiquei de pé com certa dificuldade.

Virei de costas para Hunter.

–Abre pra mim. – pedi, fios de cabelo caíram por meu rosto.

–Por que?

–Porque eu não vou conseguir ficar com esse vestido, derramaram cerveja nas minhas costas.

Ele abriu o zíper sem pressa, empurrei o vestido para baixo e deitei na cama novamente, abracei o travesseiro e relaxei.

Olhei distraidamente para o lado e vi Hunter tirando a camisa, exibindo seu abdômen, m a r a v i l h o s o.

Ele deitou do meu lado e ficou me olhando, acabou dando um sorriso sem mostrar os dentes, mas ainda mostrando suas covinhas, que vontade de morder.

–Se você fosse um panda, seu nome seria Mike. – comentei, fazendo-o dar uma risada fofa. MEU DEUS, VOCÊ É FOFO EM TUDO. – Mas você é um panda mesmo, aliás, posso te morder?

–Acho melhor você dormir. – ele disse ainda rindo.

–Qual animal eu seria? – perguntei encarando o teto.

Um silêncio pensativo invadiu o quarto.

–Um urso polar, seu nome seria Raven e você faria rawr.

–Pera, quê? – ele riu novamente.

–Você não vai lembrar-se disso amanhã, isso me incomoda. – Hunter ficou um tempo olhando para o nada, provavelmente pensando em alguma coisa. – Pode me emprestar o seu celular?

–Tá na minha bolsa.

Ele se levantou, abriu a bolsa, pegou o celular e fez alguma coisa, depois voltou para a cama e deu um sorriso inocente, mostrando seus dentes brancos e alinhados.

–O que você fez? Vou chamar minha mãe! – ameacei levantar, mas ele foi mais rápido e puxou minha cintura, fazendo nossos corpos quase se grudarem.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, logo Hunter se aproxima mais de mim e me dá um beijo no nariz, dei um sorriso amarelo e virei de costas para ele, senti minhas pálpebras ficando pesadas e logo adormeci.