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História Best Mistake - Ele?


Escrita por: Ptumblr

Notas do Autor


Próximo cap: 28/11

Capítulo 44 - Ele?


Fanfic / Fanfiction Best Mistake - Ele?

Vou vomitar. Mesmo sentindo meu estômago totalmente vazio, sinto que vou vomitar.
Balanço minha cabeça de um lado pro outro sentindo a tensão em mim. Sem saber aonde estou e como vim parar aqui, sinto meu corpo mole, como se estivesse bêbada. Estou em êxtase. Esticando os dedos da mão que estavam amarrados na cadeira em que estava sentada, ouço o  som dos dedos estalando como um eco, como se estivesse longe mas ao mesmo tempo perto demais para me fazer revirar os olhos com o som.
O que fizeram comigo?
Eu me pergunto inúmeras vezes olhando para os lados, tão tonta e tão desgovernada que mal consigo pensar direito. Minha visão está turva e um cheiro de sangue me enjoa cada vez mais. Abaixo a cabeça e mexo meus braços, tentando reagir, mas a corda que prende minhas mãos apertam cada vez mais, me fazendo soltar um gemido baixo de dor. 
Olhando para minhas pernas, percebo que algumas gotas de sangue caiam sobre meu colo e então fecho meus olhos mais uma vez. Ouço alguma porta se fechar e então tento erguer a minha cabeça. 
— Não avise, eu cuido disso.— Ouço uma voz feminina. Eu conheço aquela voz, já ouvi mas não tenho certeza.
Viro meu rosto pro lado e fecho os olhos mais uma vez, sentindo meu corpo todo mole. O som da cadeira se chocando contra o piso de concreto em minha frente me faz ter dores de cabeça, e então, uma moça se senta em minha frente, me encarando com um bastão de beisebol nas mãos.
Não consigo ver seu rosto, não consigo ver nada com claridade. Mas só pelo tom de voz, percebo quem é e não tenho boas recordações sobre ela.
— Sentiu minha falta, hun?— Fala CL, erguendo a cabeça.
Respiro fundo e abaixo a cabeça, fechando os olhos com força.
Sinto que a qualquer momento meus dedos vão cair, sinto que o meu corpo irá se destruir a qualquer momento, como se eu fosse de vidro.
— Como vai a vida Mery?— Ela faz uma pausa e solta uma risada.— É Mery, não é?
Não respondo, continuo quieta. 
— Você deve estar se sentindo horrível, acho que exagerei nas doses.— Ela fala e mais uma vez rir de forma perversa.— Dessa vez seremos só eu e você, se importa? Sem G-Dragon...— Ela suspira.— Sem Jimin.
Ergo a cabeça, a encarando assim que ouço o nome do Jimin. Ela rir.
— Awn!— Solto um gemido de dor, me esforçando ao máximo para ver seu rosto.— Jimin… O que… Awn!
— Estamos de olho em você a um tempo, sabia?— Ela se levanta, girando o bastão.— Mas algo me intriga, você não é jovem demais para ser uma espiã? Uma agente? Eu realmente tenho muitas perguntas sem respostas. Mas antes, gostaria de me divertir contigo. Não pude aproveitar muito da última vez.
Meu coração para, e sinto uma pressão no peito tão forte que quase sufoco enquanto escuto o que ela tem a dizer.
— Jimin-ah...— Aquilo é tudo o que consigo dizer, como um suspiro, com a voz tão fraca que sinto meu corpo ainda mais mole.
— Jimin?— Ela para e rir.— Jimin não está aqui, e não espere que ele venha te levar de mim pois isso não vai acontecer. Ele é um garoto inocente, tão bobo e tão bonzinho. Me surpreendo que tenha aguentado passar por tudo o que passou com a gente.— Ela fala.— Ele já te contou como foi a primeira vez dele? Eu estava lá, e ele não parava de tremer enquanto apontava a arma na cara daquele drogado inútil. Eu não o julgo, essa vida não é para pessoas como ele, mas algo o faz continuar com tudo isso.
Engulo o seco, sentindo o amargo descer goela a baixo.
— Sabe, depois que ele te levou embora, achei realmente que ele fosse desistir. Mas Jimin não é idiota, ele sabe que não tem como sair. Nesse jogo, a única forma de sair é morto. — Ela disse, me encarando nos olhos. Aquilo me fez ter calafrios.— Mas por incrível que possa parecer, ele continua vindo e continua trabalhando e é tão surpreendente que mesmo tão jovem, ele consiga ser tão maduro para certas coisas. Mas você, Mery, tem sorte… Bom, tinha.— Ela se aproxima de mim e me chuta com força, me fazendo cair para trás e bater a cabeça com força contra o piso.
— P-Por favor...— Imploro, sentindo minha cabeça doer como se fosse explodir a qualquer momento.
— Você acha que pode me enganar? Achava mesmo que deixariamos você sair daqui como se não soubéssemos o que você é? Jimin é tão idiota as vezes, ele continua insistindo. Ele realmente acredita que você não é uma delas.— Ela fala, quase gritando.— Você acha que sou idiota, hun? Uma garota como você no meio do mato, observando um depósito? Suspeito, certo? Assim que vimos o agente Hyunseok entrar naquela casa e você junto, soube na hora que você não era quem Jimin dizia ser. Você deveria ter morrido naquela noite, mas você escapou e só dificultou ainda mais meu serviço. Porém, veja só, você e eu nos encontramos novamente. 
— Jimin...— O chamo mais uma vez, mas ele não aparece como da última vez. Ele não me salvará.
— Jimin? Oh Sim, ele também é suspeito, mas podemos resolver isso com ele depois. Afinal, ele te ajudou a fugir e ele pagará por isso muito em breve.
— Me deixe ir...— Minha voz sai como sussurro, enquanto lágrimas escorrem em meu rosto suado e melado pelo meu sangue que escorria em minha testa.
— Oh, sim. Mas antes você terá que nos contar tudo o que sabe. O nome da sua agência, tudo. Só então, posso pensar sobre deixar você ir.— Ela fala.— Vamos começar o joguinho? Eu pergunto, você responde. Caso você não responda, eu quebro alguma parte do seu corpo. Isso pode parecer estranho, mas eu amo o som de ossos se quebrando, é tão prazeroso. 
Sinto alguém erguer a cadeira de novo e novamente, ouço a risada dela se afastar.
Meu corpo inteiro ainda dói por conta do impacto. Respiro fundo algumas vezes, pois preciso me controlar. Preciso sair daqui antes que ela volte e me mate, pois dessa vez, tenho certeza que ninguém virá me salvar. Eu preciso sair daqui, agora. Mas como? Me sinto tonta, seja lá o que eles colocaram em mim, eu me sinto tão mole e desengonçada. Tenho medo, muito medo mas no momento o medo não pode me impedir. Me remexo algumas vezes e suspiro pelo fracasso.
Olhando pros lados, procuro por alguma saída e tudo o que vejo é a porta por onde ela saiu e porra, sem chance deu sair por ali. Deve haver homens armados do outro lado daquela porta. Tudo o que me resta é uma janela que pelo visto, está sem vidro, porém está alto demais para que eu consiga alcançar. 
Pensa, por favor, pensa.
Começo a chorar por conta do desespero, implorando para que Deus ou até mesmo o Jimin me encontrasse, mas ele provavelmente nem sabe aonde estou. Estou perdida, preciso me salvar. E então, enquanto meus pensamentos estão em Jimin, lembro das palavras dele em minha cabeça.
Ele colocou algo em minha cintura, eu lembro disso. Seja lá o que for, oro para que seja algo útil, de preferência um canivete. 
Afastando meu corpo para perto da mão, a estico até a cintura mas não consigo e então eu continuo tentando. Derramo lágrimas de desespero e sangue, mas eu tenho que conseguir e então, após sentir as cordas apertarem ainda mais minhas mãos, sinto algo metálico e gelado. Torço para que seja algo cortante e afiado. Começo a revirar o objeto em minhas mãos ainda para trás e por um milagre, acho um pequeno botão e percebo que algo aconteceu.
Deslizando, mesmo com as mãos tremendo, deslizo até a ponta e ao sentir o tecido do meu dedo ser cortado, percebo que era um canivete.
Solto um sorriso de alívio e sem perder tempo, giro o canivete e começo a esfregar a parte afiada na corda. Mas, por conta da minha pressa, acabo deixando o objeto cair e solto um gemido de frustração e ódio. 
— Merda!— Solto, brava e então a porta se abre e CL entra.
— Hun? O que está fazendo aí?
Meu corpo gela de medo. E se ela vê o canivete? Meu Deus.
— Levante-a rápido, não tem graça se ela estiver deitada.— Ordena e então sinto alguém levantar minha cadeira novamente e graças ao santo Deus, não percebem o canivete no chão. — Se retirem, quero fazer isso sozinha.
Engulo o seco e então ela caminha até uma pequena pia suja não muito longe da janela sem vidro e coloca uma pequena mala em cima, com alguns objetos prateados que não consigo ver direito.— Demorei muito?
— Eu juro, você está cometendo um erro. Eu não sei do que você está falando, eu não queria descobrir vocês eu só queria que o Jimin...— Ela me cala ao se aproximar com uma faca pequena e brilhante.
— Que tal começarmos cortando a sua orelha?— Ela fala, tirando o meu cabelo de cima da minha orelha.— É uma bela orelha…
Fecho os olhos ao sentir a faca gelada em minha orelha.
— Por favor, eu te peço eu não…
Giro o meu rosto pro lado, ao sentir o impacto da mão fechada dela em meu rosto. Lágrimas caem enquanto meu rosto queima pelo soco que recebi.
— Eu pergunto, você responde.— Ela fala, dando alguns tapinhas no local do soco.— Você é bem chorona, achei que pessoas como você fossem mais durões.
Viro o rosto, cheia de ódio e então fixo meus olhos nos dela. Ela parece amar aquilo.
— Vadia!— Resmungo, e então ela se afasta e me dá mais um chute no estômago me fazendo cair no chão só que dessa vez com mais impacto. O chute dessa vez foi tão forte que assim que a cadeira se chocou contra o chão, se despedaça por inteira.
— Você é realmente muito interessante...— Ela fala.
Abro a boca, mas imediatamente me calo com o medo dela revidar e acabar cortando alguma parte do meu corpo. Por sorte, muita sorte, acabo caindo em cima do canivete.
Eu realmente preciso ir embora daqui.
Ouço o som dos saltos dela se chocando no concreto e então viro o rosto, vendo ela caminhar até a mala em cima da pia. 
— Aigoo, que merda.— Ela resmunga.— Eu não acredito nisso.— Ela se vira pra mim e abre um sorriso.— Eu já volto, não posso começar sem o alicate. 
E então me dá uma piscadela antes de sair pela porta, me deixando sozinha de novo.
Essa é a minha chance.
Com a cadeira toda quebrada no chão e com o canivete em mão, aproximo o cabo até minha boca com a ponta afiada para frente, começo a cortar a corda desesperada. Quanto mais rápido eu consegui, mais rápido consigo sair daqui.
A corda era bem grossa e quando estava com as esperanças quase no fundo do poço, consigo soltar minhas mãos e rapidamente corto a corda que prendia meus pés e me levanto, me desequilibrando por algum momento mas consigo me manter em pé.
Olhando para os lados a procura de algo que possa me ajudar a sair dali, percebo que a pia está perto da janela, então talvez… mas é só um talvez. Porém, é a minha única chance. Talvez se eu pular eu consiga e… Merda! Isso tem que dá certo, eu só tenho uma chance. Corro até lá e quando começo a subir, ouço vozes do outro lado.
— Ele disse que chegará em Seul de amanhã com GDragon, então eu ainda tenho tempo.— Ouvia voz de CL do outro lado e rapidamente me desespero, procurando por algo, qualquer coisa que trave aquela maldita porta e me dê tempo suficiente de pelo menos chegar à janela.— Não fale nada, ok? Eu vou cuidar disso.
E então percebo que há um sofá coberto por um plástico cheio de poeira um pouco longe dali. Corro até lá e sem hesitar, empurra o sofá com toda força que tenho para impedir a entrada dela naquele lugar para me dá tempo.  Com sucesso, corro de volta para a pia e subo, e antes que eu pule, percebo que estavam querendo abrir a porta.
— Merda, arromba essa buceta.— Ouço ela gritar.
Engulo o seco e respiro fundo. Tomando impulso, ergo minhas mãos para alcançar a maldita janela e quando consigo, grito de dor ao sentir os cacos de vidros rasgarem minha pele. Mas eu continuo ali, aguentando firme. O que são alguns dedos feridos e cortados comparados ao meu corpo todo em pedaços?
Com a força que até agora eu duvidava ter, consigo subir na janela e então a percebo que cada vez mais o sofá se afasta. Sem tempo para pensar, viro o rosto percebendo e sentindo medo ao perceber a altura que era equivalente a um prédio de dois andares. Respiro fundo e assim que vejo o rosto da CL vermelho de ódio, ela mira uma arma em minha direção e assim que dispara, não acerta.
Eu tomo impulso e me jogo da janela caindo em cima de um carro preto. A dor era insuportável, gritei pela dor mas tive que me conter e então tento me sentar e então percebo o quanto o carro estava amassado. Minhas mãos sangravam muito, meu corpo doía e meu rosto ainda doía por conta do soco, mas eu tive que aguentar firme.  Sentindo todos os meus sentidos afetados por conta do impacto, pulo para fora do carro e vejo meu reflexo. Eu estava horrível, com um olho roxo, cortes na testa e com a bochecha vermelha. 
Assim que escuto o som da porta de metal se chocando contra a parede e um monte de homens armados saindo de lá de dentro, começo a correr na direção oposta.
Estava frio, muito frio. Congelando. Mas meu sangue ainda estava quente e eu tinha que correr, mesmo que o meu pulmão doesse por falta de ar, eu tinha que continuar. Era o mesmo lugar da última vez e por sorte, eu me lembrava de como sair dali. Não sei como, mas agradeço por isso. Não posso reclamar.
Ouvia os gritos dos homens e os berros da CL enquanto corria.
“Achem aquela vadia, ela vai estragar tudo.” Eu ouvia.
Encosto minhas mãos sangrentas em uma árvore, me apoiando enquanto tento recuperar o ar. Eu preciso voltar a correr, preciso continuar tentando.
Volto a correr. Eu corri, corri tanto que não conseguia mais sentir meus dedos do pé. Talvez seja porque está muito frio e eu estou descalça, mas eu continuei. Caindo e levantando, eu corria para sei lá onde.
Devo está correndo por milênios. Eu corro, mas é como se não conseguisse chegar a lugar algum, como se aquele lugar não tivesse saída. Me sinto perdida.
Limpando o sangue na blusa, eu já não aguentava mais correr e então eu desabo na neve branca com as gotas do meu sangue. Encaro aquele ponto vermelho na neve incrivelmente branca e então sinto minha visão ficar turva. 
— E-Eu preciso...— Tento falar, mas não consigo. Estou tonta, exausta.
Mas algo me chama atenção, ouço o som de algo se aproximando e assim que ergo a cabeça, vejo um carro preto se aproximar. Não consigo ver quem dirige, mas assim que o carro para em minha frente, tento me levantar me apoiando nele. Abaixo a cabeça, vendo todo aquele sangue em minhas mãos e então ergo o olhar para vê quem dirigia e então abro um leve sorriso ao ver os olhos do Jimin e de Jungkook em mim.
Não pude descrever meus sentimentos naquele momento em que meus olhos encontraram o do Jimin. Ele me encarava espantado, assustado, sem reação enquanto eu apenas sorria feito boba não acreditando ter visto ele ali. Ele estava mesmo ali? Eu me senti tão feliz por ve-lo, como se eu não o visse a décadas e aquele fosse o nosso reencontro.
— Senti sua falta.— Sussurro, e então minha visão escureceu de vez me fazendo capotar, batendo a cabeça com força no capô do carro.
Eu desmaio.
[...]
Abro os olhos, sentindo todos os meus músculos me castigarem após me sentar na cama tão rapidamente.
Gemo de dor, sentindo tudo em mim doer. 
— Puta merda.— Resmungo e reviro os olhos ao deitar minha cabeça no travesseiro. Tampando os olhos com as mãos, percebo minha mão enfaixada com gazes. Encaro aquele tecido branco e viro o rosto, olhando ao redor.
Aquele era o quarto do Jimin, mas ele não estava ali. 
Mesmo toda dolorida, me levanto da cama e respiro fundo, me mantendo equilibrada. Caminho devagar até o banheiro e então vejo meu reflexo no banheiro.
Estava com olho roxo horrível e um curativo no nariz, com mãos enfaixadas e vestia uma camisa grande e branca, provavelmente do Jimin. E ao lembrar de Jimin, lembro-me das palavras da CL e da aparência do Jimin com… Jungkook? O que Jungkook fazia com Jimin ali?
“Sabe, depois que ele te levou embora, achei realmente que ele fosse desistir. Mas Jimin não é idiota, ele sabe que não tem como sair. Nesse jogo, a única forma de sair é morto.”
Fecho os olhos por alguns segundos e me acalmo. Se eu manter a calma, irei conseguir pensar melhor.  Abro os olhos e respiro fundo, vendo meu reflexo no espelho e então saio do banheiro, fechando a porta.
Ando pelo quarto de um lado pro outro e então, ouço o som vindo do notebook do Jimin que estava em cima da escrivaninha. Caminho até lá e aperto no botão, o ligando e me surpreendo ao ver a foto da tela. Era foto nossa juntos, eu me lembro de ter tirado aquela foto e de ter odiado, mas pelo o que vejo, ele realmente não apagou.
Não sei porque mas começo a fuçar as coisas dele, a procura de algo. 
CL disse que Jimin continua trabalhando com ela e mesmo depois de tudo, ele continua indo. Talvez eu ache algo aqui. Assim que entro em uma das abas que ja estavam abertas, me surpreendo ao ver o site de fofoca que algum babaca da faculdade criou para falar mal de mim e dos meus amigos.
Mas o curioso não era aquilo, assim que entro em outra aba, acabo vendo uma galeria de fotos minhas e dele, como as do site.
Porque Jimin salvou todas essas fotos? Ou será que ele…? Não, sem chance.
Balanço a cabeça, me negando a continuar com um pensamento como aquele.
Deslizo o mouse para baixo, vendo as outras fotos e percebo que há de fato outras fotos que até o momento, não foram postadas. 
— Jimin? Jimin é o culpado?— Me pergunto, em voz alta.— Ele tem mandado aquelas fotos pro Baekhyun...— Meus olhos começam a se encher de lágrimas.— Chimchim…
A porta se abre e rapidamente fecho o notebook, me virando e vendo Jimin e Eunji entrarem. Ela rapidamente corre até mim e me abraça, mas eu não tiro os olhos de Jimin que me encarava da porta como se quisesse me dizer algo.
E ele dirá. 
Não posso acreditar que Jimin é o culpado por tudo, não é possível, isso é totalmente absurdo. Eu me sinto mal, traída, eu sinto nojo dele. Ele me deve explicações e imploro a Deus que tudo isso seja apenas um mal entendido.
— Eu não acredito que você está aqui.— Gritava Eunji, me apertando contra seu abraço de urso. 
Abaixo o olhar, fixando meus olhos em Eunji que tinha seus olhos cheios d'água. Abro um sorriso e sinto meu rosto doer, mas tudo bem. Eu senti falta desse abraço.
— Como você está meu amor?— Pergunto a ela. Uma lágrima em seu rosto cai e eu a limpo com o dedão.— Como se sente?
— Eu senti tanto sua falta, estava tão desesperada. Achei que nunca mais fosse te ver...— Ela chorava.— Eu tentei Mery, tentei avisar mas quando percebi, eles estavam te levando. Eu não pude evitar.
A abraço forte, sentindo as lágrimas dela molharem minha roupa. Mesmo toda fudida, quando a abracei me senti um pouco mais relaxada. Eu fiquei tão preocupada com Eunji, passei algumas noites em claro de tanta preocupação, mas ela estava ali e estava bem. 
— Eu te amo tanto Mery, por favor nunca mais me deixe.— Ela sussurra em meu ouvido, entre lágrimas. Meu coração se aperta ao ouvir aquilo e então afasto meu rosto e seguro seu rosto, olhando-a nos olhos.— Eu te amo.
Sinto uma lágrima escorrer em meu rosto. Ela disse que me ama, mas porque sinto que aquele “eu te amo” significava algo a mais para ela? Como se não fosse apenas um “eu te amo” de amigas ou de saudades. 
— Não precisa responder eu...— A interrompo e beijo seu rosto, voltando a abraça-la.
— Eu também te amo, Eunji. Eu te amo tanto, prometo cuidar de você sempre.— Digo, derramando algumas gotas de lágrimas em seu casaco.— Você é tão preciosa pra mim.
Ela me aperta ainda mais. Desvio o olhar a Jimin que encarava suas mãos, pensativo e assim que ele percebe que eu o observava, ergue o olhar e passa a mão pelos fios negros e lambeu os lábios, me fazendo virar o rosto.
— Oi.— Ouço ele falar, e então Eunji se afasta dando espaço para Jimin se aproximar de mim. Ele caminhou lentamente até mim, como se arrependesse de cada passo dado até mim, mas ele continuava vindo e então assim que parou em minha frente, ergueu a cabeça e fixou seus olhos nos meus.— Como se sente?
Engulo o seco ao perceber como me sinto ao ve-lo tão perto.
Quero beija-lo, mas não tenho certeza. Quero gritar com ele, mas não consigo nem mesmo lembrar meu nome. Quero abraça-lo, mas porque me sinto traída ao olhar em seus olhos escuros. Ele parecia tão lindo ali, parado, me encarando como se estivesse me decifrando como uma questão de matemática.
Ele sabia, eu sabia. Queríamos nos beijar ali mesmo, mas eu senti uma barreira entre nós, um grande muro de tijolo entre nós.
Jimin causou tudo aquilo? Está tudo tão claro e tão confuso para mim. Tantas mentiras, tantas perguntas. Ele mais uma vez mentiu, após me ver acabada, ele continua indo e seguindo aquele caminho, ao ver como seus amigos mais próximos ficam, ele continua com o mesmo erro.
Eu odeio essa ideia. Odeio a ideia de ter sido o Jimin o causador disso tudo, eu realmente não posso acreditar. Vejo mentira em seus olhos, mas ele continua me encarando e desconfortável, ele abaixa o olhar, olhando para minhas mãos enfaixadas.  
— Não vai me abraçar?— Ele pergunta em um tom sarcástico, desconfortável  pelo silêncio entre nós dois.— Aliás, você não apareceu no nosso encontro...— Ele rir nervoso. Solto um suspiro e passo por ele. — Mery?
Ele me chama, e eu me viro, o encarando.
Eu poderia jogar toda aquela merda no ventilador e ver no que dava mas eu queria me divertir com aquilo, saber até quando ele continuaria com aquilo. Finjo não ter acontecido nada por um momento, e caminho até ele e o abraço. Um abraço simples e sem muita emoção, e ele percebeu aquilo e assim que virei o rosto, tentou me beijar, mas eu fui mais rápida e abaixei a cabeça, fazendo ele beijar minha cabeça.
Me afasto, suspirando.
— Posso ir pro meu quarto?— Pergunto, seria.
Eunji e Jimin me encaram confusos. 
— O que deu em você? — Pergunta Jimin.
Dou de ombros e cruzo os braços.
— Nada. Só quero me deitar em minha cama.— Falo, tentando ser o mais indiferente possível.— Pode me levar?
— Tudo bem contigo?— Ele pergunta, eu assinto.— Porque sinto que está mentindo?
— Um mentiroso reconhece o outro, conhece esse ditado?— Falo, ele ergue as sobrancelhas confuso e então respiro fundo.— Só me leve embora daqui.
Eles não falam nada, apenas concordam e então Jimin pega as chaves e assim que saímos da fraternidade, sinto Jimin colocar seu casaco de frio em mim e então assim que ele se afasta, o tiro e coloco em Eunji. Ela sorri pra mim e então logo entramos no carro, mas ao contrário do que eu costumava fazer, me sento atrás e Eunji na frente. Jimin até chegou a me lançar um olhar confuso, e me perguntou algo sobre aquilo, mas não dei ouvidos.
Dois ou três minutos depois chegamos ao meu alojamento. Saímos do carro e ouço uma conversa sobre mim com Jimin e Eunji, mas eu continuo andando na frente. 
Eunji abre a porta do nosso quarto e então entramos. Respiro fundo e ligo o aquecedor, sentindo meus cabelos se arrepiarem.
— Você ficou tão sexy na minha camisa.— Fala Jimin, sorrindo com o seu corpo encostado na porta. Eunji concorda rindo.
— É sua?— Pergunto, me virando. Ele concorda sorridente.— Hun.
Ali mesmo, na frente dos dois, me viro e tiro aquela blusa branca grande de mim, deslizando pelo meu corpo. Eu vestia apenas a parte de baixo, mas não me preocupei muito com aquilo. Os dois já me viram nua várias vezes, não tem anda aqui que eles nunca tenham visto. Com a camisa ainda em mãos, caminho até Jimin e o entrego.
Ele mantém seus olhos nos meus. Aposto que está se questionando sobre o que poderia está acontecendo comigo. Ele certamente me encherá o saco depois. 
— Não vai pegar?— Pergunto, engolindo o seco mas ainda sim, firme e forte sem tirar os olhos dele nem por um segundo.
Ele respira fundo e pega a camisa da minha mão. Abro um sorriso amarelo e me dirijo até o armário e de lá, tiro uma blusa listrada de botões e um short. Me visto ali mesmo, na frente dos dois.
— Precisamos conversar.— Ele começa, me viro ao abotoar o último botão da blusa.— É sério.
Ergo a sobrancelha esquerda e abro um sorriso no canto dos lábios.
— Sobre?— Pergunto, toda inocente.
— Você sabe muito bem sobre o que precisamos conversar. Está indo longe demais.— Ele fala, todo mandão.
Solto um suspiro, sorrindo.
— Estou apenas começando.— Digo, ficando séria.
Aquilo foi o bastante pra ele explodir, mas ao contrário do que eu pensei que seria, foi por dentro. Jimin deu dois passos até mim, mas assim que sua boca se abriu, ele voltou e saiu fechando a porta com força.
Respiro fundo e desvio o olhar para Eunji.
— Como você se sente? Fizeram alguma coisa contigo?— Pergunto, ela nega.— Se lembra de algo?
— Você e o Jimin brigaram?— Ela perguntou.
Fecho os olhos com força e os abro, suspirando.
— Se lembra de algo?— Pergunto novamente. Ela percebeu que eu não queria tocar no assunto.
— N-Não, eu estava no quarto do Jimin e então uma moça muito bonita apareceu e me injetou algo e então, quando acordei, você estava abrindo a porta e então aconteceu o que aconteceu.— Ela explicava, se sentando em sua cama.— E então Jaebum apareceu e me desamarrou e...— A interrompi.
— Jaebum? O que ele fazia aqui?— Pergunto, de olhos arregalados.
— Eu não sei, ele disse que estava vindo se encontrar com uma garota quando ouviu meus gritos.— Eunji falava.— Só lembro que tentamos seguir o carro juntos mas não achamos mais você e então eu falei pro Jimin. Eu realmente entrei em desespero, você não tem ideia do quanto fiquei preocupada. Foram os piores dois dias da minha vida.
Dois dias.
— Aliás...— Ela me chama a atenção novamente.— Você está linda loira.
Abro um sorriso.— Obrigada!
Ainda sorrindo uma para a outra, ouço alguém bater na porta. Caminho até lá na esperança de não ser o Jimin e me surpreendo com o que vejo. 
— Baekhyun?!

 


Notas Finais


Olá, tudo bem?
Eu tô bem... bem queimada e gorda. Passei uma semana no sul e voltei ontem. Sei que estava planejado q eu postasse outro dia mas como demorei mais de uma semana pra postar, achei melhor postar hj.

Aliás, como foi essa semana pra vcs? A minha foi bem conturbada 😪😪...
Mas enfim... gostaram do capítulo??? Grande dms??? Ruim dms??
É impressão minha ou essa fic tá ficando cada vez mais sem graça
Sla tô achando ela tão sem sal
Oq vcs tem achado????
Quero q me digam
Amo vcs e pra aqueles q ainda querem entrar no grupo... me mande seu número e eu add você no grupo "BM" sobre a fanfic( na vdd nem falamos mt sobre a fanfic lá)
Até o próximo cap...
PRÓXIMO CAP: 28/11


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