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História Best Mistake - Esclarecimentos


Escrita por: Ptumblr

Notas do Autor


PRÓXIMO CAP: 5/12

→ boa sorte para aqueles que não tem paciência para caps grandes. No meu pc, esse cap deu 17 paginas kkkkkkkkkkkkkkkkkk BOA SORTE.

Capítulo 45 - Esclarecimentos


Fanfic / Fanfiction Best Mistake - Esclarecimentos

— Seu rosto está...— O interrompo.
Feio? Sim está.— Falo, me sentindo um pouco mais irritada.
— Eu ia dizer machucado mas tudo bem.— Ele ri sem graça.— O que aconteceu? Você está bem?
— O que você quer?— Fui direta, curta e grossa. Sem paciência para os papos de Baekhyun no momento, aliás, sem paciência para o mundo no momento.
Ele desvia o olhar para Eunji.— E-Eu vim te chamar para irmos, comer ou beber algo. Sei que não é um dos dias mais quentes e agradáveis, mas sinto saudades e pensei em...— O interrompo,soltando um suspiro.
— Baekhyun, eu agradeço, sério, eu realmente agradeço. Mas no momento, eu estou de cabeça cheia.— Falo e rapidamente vejo a animação dele ir para o espaço. Eu não queria ser desagradável com ele, e muito menos magoa-lo mas realmente, não é o momento para passeios e bebidas quentes. Eu fui sequestrada, bateram em mim, me acusaram de coisas que eu nunca fiz, eu me fudi todinha e quase morri no gelo pra acordar de descobrir que possivelmente a pessoa que eu mais adoro — Ou amo, eu já não sei mais o que pensar sobre Jimin.— no mundo inteiro pode ser o responsável por uma boa parte dos meus problemas atualmente. Então não, não estou afim de sair para tomar bebidas quentes ou sei lá o que ele quer fazer. Eu preciso dormir, preciso descançar, preciso resolver meus problemas e depois pensar em sair com outra pessoa novamente. No momento, isso é totalmente desnecessário, mas eu não o culpo. Ele é tão vítima disso quanto eu.— Talvez outro dia...— Tento anima-lo, e tento abrir um sorriso para ser agradável.— Talvez quando as coisas acalmarem, podemos sair como amigos quem sabe. Mas agora não, estou acabada...— Solto uma risada nervosa.— Como você claramente pode perceber, não estou nas melhores condições no momento, não é mesmo?
Ele parecia está entendendo o recado, balançando a cabeça e concordando com o que eu dizia.
— Eu entendo.— Ele fala, me fazendo respirar fundo.— Mas, antes de ir eu posso te pergunta uma coisa?
— Claro!— Respondo, um pouco curiosa.
— Eu vi Jimin saindo daqui a alguns minutos, vocês estão juntos não é? Eu até entendo que não queira sair comigo, mas mentir? Não é feio?— Ele solta uma risada debochada.— Eu acho que já sabia desdo começo que assim que eu saísse de cena, você se jogaria nos braços dele.
Quer saber? Foda-se. Nem vou me dar ao trabalho de sentir raiva dele, minha paciência tem limite. Desvio o olhar a Eunji que o encarava brava e então me viro e fecho a porta na cara dele antes que ele pudesse continuar cagando pela boca.
— Você fechou na cara dele...— Murmura Eunji de boca aberta.— Meu Deus!
— Aigoo ele mereceu. Estou sem paciência. — Digo e me jogo em cima da cama, afundando minha cabeça naquele travesseiro.
Eu não me sinto culpada por ter fechado a porta na cara dele e acho que não deveria mesmo, mas uma vez — e talvez até sem perceber— , Baekhyun foi um babaca. Já tenho o Jimin, não preciso de outro.
Ela ergue as sobrancelhas como se perguntasse no fundo do seu ser do que eu estava falando.
— O que ele fez?— Pergunta Eunji ao se sentar na ponta da cama, brincando com os dedos do meu pé.
— Eu não tenho certeza, mas por enquanto, eu só preciso de um tempo. Um longo tempo longe disso tudo...— Falo, revirando os olhos e então percebo o olhar triste de Eunji em mim.— Tudo bem?— Pergunto, mas tudo o que eu consigo como resposta é uma longo suspiro. Agarro seu braço e a puxo para perto, a abraçando de conchinha. O cabelo dela cheirava a abacate. Era tão cheiroso.— Eu senti sua falta.
Ela entrelaça nossas mãos, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.
— Sentiu?— Ela pergunta com uma voz tão doce que me fez suspirar.— Eu morri de preocupação, você não sabe o quanto eu me preocupo contigo. Você conhecia aquela mulher?
— Não.— Minto, bom não é bem uma mentira porque eu a reconhecia mas ao mesmo tempo não a conhecia.
— Jimin me ligou de madrugada dizendo que tinha te encontrado quase morta no meio da neve e toda machucada, mas não me disse como te encontrou.— Eunji contava, com dor em cada palavra dita. Meu Deus eu quero agarrar essa garota.—  Eu entrei em desespero mas ele disse que eu não poderia ligar para a polícia ou contar para ninguém sobre você.
— Ele disse?— Pergunto, ela concorda e respira fundo.
— Algo me diz que Jimin está me escondendo algo.
Jimin está escondendo muita coisa pra muita gente a muita tempo.— Digo, acariciando a cabeça dela.— Então...— Solto um suspiro.
— É verdade o que Jimin disse? Você e o Baekhyun terminaram de vez?— Ela pergunta, um pouco animada ou então pode ser impressão minha.
— Sim, terminamos.— Falo, e respiro fundo.— Agora você e eu vamos namorar?                        
Ela ri e se vira para mim, ficando a pouco centímetro de mim com um grande sorriso no rosto.
— Garota você para tá.— Ela fala, me fazendo gargalhar.— Você não tem o direito de fazer isso comigo.
— Você não quer?— Pergunto, vendo as bochechas dela ficarem cada vez mais vermelhas.— Eu sei que você é apaixonada por mim.
— Eu sou?
Fecho a cara, fazendo ela rir.
— Você não é?
Rimos e então percebo que cada vez estamos mais perto.
— Eu sei que você não me quer como eu quero você, Mery.— Ela fala enquanto sua expressão saia de feliz para triste. Aquilo feriu meu coração que já estava bem despedaçado.—  Mas tudo bem, Jimin e você são tão… É um dos casais que eu mais amo. — Engulo o seco.— E tudo bem, eu vou acabar deixando isso tudo de lado alguma hora.
— Mas Jimin não está aqui agora, não é?— Falo, ela ergue a sobrancelha.
— O que quer dizer?
Lentamente tiro minha mão de sua cintura e subo até seu rosto, a acariciando e então a beijando. Sinto as mãos dela apertaram minha cintura e então me puxa para mais perto, colando ainda mais os nossos corpos. Enquanto acariciava e apertava minha cintura e bochecha, sinto minhas bochechas queimarem ao sentir a língua dela em minha boca. Sinto as coisas ficarem cada vez mais quente, mas parece um pouco errado continuar mesmo sabendo que Eunji tem sentimentos por mim, mas porque eu não consigo parar?
— Mery...— Ouço ela gemer meu nome enquanto o beijo só esquenta. Se continuarmos assim sei aonde vamos parar.— O-Oque estamos fazendo?— Não consigo parar, cada vez mais viciada em beija-la.— Own, porque?
Nos sentamos, ainda nos beijamos. A mão gelada de Eunji tocava minha pele por dentro da blusa e então, sobe cada vez mais até os meus seios sem o sutiã. Ao perceber o caminho que estávamos seguindo, ela para e se afasta, encarando meus olhos.
— O que foi?— Pergunto, ainda conseguia sentir os lábios dela contra os meus.
— Não parece certo, Mery. — Ela fala, um pouco triste.— E-Eu acho que não quero isso.
— Eu fiz algo errado?— Pergunto, colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha.
— N-Não… Eu… Você não me quer, você quer o Jimin. Não quero alimentar isso cada vez mais...— Ela fala e vejo os seus olhos se encherem d'água.— Você entende?
Assinto. Ela está certa, não é justo… Mas só porque eu e Jimin sentimentos algo ainda não quer dizer que estamos completamente formados um pelo outro, eu ainda sinto sim algo pela Eunji. Sempre senti, ela é incrível, doce, engraçada e linda. Impossível não aderir nenhum sentimento por uma garota como ela.
— Eu compreendo.— Digo e então ela sorri e se aproxima para me dá mais um selinho, e então se levanta da cama.— Desculpa…
Ouço uma risada fofa ao abaixar a cabeça.
— Aish. Por que está pedindo desculpas? Beijar você foi mais excitante do que beijar qualquer outra pessoa. Nunca mais peça desculpas.
Abro um sorriso, me sentindo um pouco envergonhada. Sem dúvidas, Eunji é preciosa. Se eu pudesse escolher, daria a ela tudo o que tenho e cuidaria dela pois ela é rara. Uma das melhores pessoas do mundo, e eu gostaria muito de corresponder aquele sentimento, mas… Eu não consigo. Há uma barreira que não me deixa sentir esse sentimento, mas sinto que apesar desse muro há algo muito melhor a minha espera.
Ela é tão forte quando se trata dessas coisas, gostaria de ser assim também.
— Eu vou tomar um banho, certo?— Ela fala caminhando até o banheiro.— Eu tenho que está bem para o meu encontro hoje anoite.
Ergo as sobrancelhas, super surpresa com aquela novidade.
— Encontro? Com quem?— Pergunto, a encarando.
Jaebum.— Ela responde e o meu coração para. Ela riu da minha expressão de espanto. Eu realmente não esperava por isso.— É, eu também fiquei assim quando ela me chamou para ir ver um filme no shopping.
— J-Jaebum? JB?— Pergunto, ainda pasma com aquela novidade. Ela concorda com a cabeça.— Quando? P-Por que?
— Aish, eu não sei. Mas depois que ele me ajudou a procurar por você, ele me levou para uma lanchonete e lá perguntou se eu não gostaria de ir com ele ao shopping para vermos algum filme. Eu disse que não porque estava ocupada demais atrás de você e que estava sem paciência para encontros, mas hoje quando eu descobri que você havia aparecido e que estava com Jimin, ele me ligou e perguntou de novo.— Ela abre um sorriso e joga os cabelos para trás.— E eu aceitei. Aigoo, eu estou um pouco nervosa.
Engulo o seco e fecho a cara, brava.
— Você não vai sair com ele.— Digo, ela faz uma careta ao ouvir aquilo.— Eunji, ele não é uma pessoa boa.
Ela solta uma risada nervosa ao se aproximar.
— Aigo do que está falando? Você vivia elogiando ele...— Ela respira fundo.— Você ainda sente algo por ele? Se sim, eu cancelo na hora.
Faço uma careta. Como assim?
— Que? Não. Credo.— Digo e ela suspira.— Ele é uma pessoa perigosa e muito estranho. Só me escute, não saia com ele. Sabe quantas pessoas estudam nessa faculdade? Você pode sair com qualquer uma delas, menos Jaebum. Não confio nele, não vou me sentir bem e...— Ela me interrompe.
— O que é isso? Você está andando demais com Jimin, está começando a agir como ele.— Ela rir baixinho.— O que ele poderia fazer de tão ruim? Ele foi tão doce e agradável comigo naquele dia.
— Mas ele é assim. Começa a ser agradável com você, um amor de pessoa, tão cavalheiro e então com o tempo você percebe o quanto filho da puta ele é. Por favor, Eunji, me prometa que não irá a esse encontro com ele.— Imploro ao lembrar tudo o que eu passei por culpa daquele babaca e sinto meu corpo todo se arrepiar. Não quero isso para Eunji, não quero isso para ninguém.
— Mery, e-eu...— Eu a interrompo.
Me prometa.
Ela suspira e se curva.— Eu prometo.— E então entra no banheiro fechando a porta com força.
Eu não senti firmeza ao ouvir aquele “Eu prometo”, mas o que posso fazer? Se tiver algo que eu possa fazer para evitar tudo de ruim que possa acontecer na vida dessa garota, eu farei. Pode me matar, mas eu farei de tudo para proteger meu pequeno anjinho.
Estico um pouco o corpo e pego o notebook, o ligando. A primeira coisa que se passa por minha cabeça é o tal site e então as recordações. Own! Recordações. Ainda estou intrigada com o fato de ter achado as fotos no notebook do Jimin e o site… Será mesmo que ele é o culpado? Se ele não for, me sentiria a pior pessoa do mundo por ter tratado ele de tal maneira, mas ao mesmo tempo, ainda estarei brava pois ele mentiu.
Tantas e tantas vezes ele me prometeu que se afastaria daquele pessoal. Que os deixaria. Mas como CL havia dito, ele continuava indo e ainda mais, Jimin sabia que estavam atrás de mim, não é? Aigoo, eu tenho que parar.
É muita coisa para processar. Sou apenas uma jovem garota e mal sei lidar com os meus próprios problemas, e ainda tem todos os trabalhos, atividades e provas da faculdade. Como organizar tudo isso? Gostaria de ser capaz de resolver todos esses problemas de uma vez.
Jimin…                        
Quero vê-lo. Quero fazer tantas coisas com ele, mas ao mesmo tempo ainda não consigo olhar na cara dele e não lembrar de todas as mentiras e teorias que podem ou não ser um fato. Oro para que não sejam.
deslizo o meu dedo com o mouse do notebook, vendo as postagens recentes do site. Nada novo sobre mim… Nada novo sobre Jin ou Namjoon… Nada novo sobre V e Jhope, e nem mesmo sobre a Ana e Jungkook… Nem mesmo Yoongi e Eunji, mas havia algumas coisas sobre Bia.
Algo sobre o novo visual dela. Ela mudou de visual?
Abro e então me surpreendo ao ver algumas fotos da Bia ao lado do Yoongi de cabelos claros e… Franja. Ela está com franja? Por que estão julgando tanto ela? Nas fotos ela estava tão linda, mais linda que o normal. Parecia mais jovem, mas brilhante. Mas a chuva de hate com o novo visual dela foi incrível. Pessoas não paravam de criticar o novo corte e a nova cor, além dos outros comentários sobre ela ter engordado.
Bia não é gorda, mas eu também não vejo problema nenhum nisso. Ela estava tão radiante ao lado do namorado. Os dois trocavam olhares românticos um com outro e sempre andavam de mãos dadas.
“Ela anda comendo demais, dá pra ver o quanto gorda e ridícula ela é.”, dizia alguns comentários vindo de pessoas totalmente anônimas. “Como ele pode gostar dessa orca gorda?”, e outros como: “Gostaria de ter a força de vontade que Yoongi tem na hora ir pra cama com esse bolo de gordura. Será que ele sente prazer em ver alguém tão gorda assim nua? Credo, ela está enorme de gorda e esse cabelo escroto não ajudou em nada”.
Sinto um ódio ao ler aquela última mensagem. Como uma pessoa pode ser tão maldosa a esse ponto? Esse povo realmente não tem nada melhor para fazer. Torço para que Bia nunca tenha lido esses comentários idiotas.
Fecho o notebook com força ao ver as montagens maldosas sobre Beatriz e pego o celular de Eunji, mandando uma mensagem a ela. Bia estava online, mas nem mesmo visualizou a mensagem.
Bufo e então vejo que Jimin acaba de mandar uma mensagem no celular de Eunji.
>> 09:25<<
Como ela está? Eu fiz algo errado Eunji, porque tudo o que eu faço magoa a garota que eu gosto? Tudo o que eu faço, acaba atingindo ela e não a mim.


Engulo o seco. Ele estava falando de mim?

>> 09:25 <<
Mery ainda está ai? Ela está bem? Eu estou aqui com eles e as coisas não estão bem, pelo menos Jungkook está aqui comigo.  Você está lendo as mensagens mas não as responde, qual o seu problema?



Alguns minutos depois o celular toca e eu decido ignorar, mas ai toca de novo. Eu não queria, até porque o celular não é meu, mas eu acabei atendendo.
— Olá, Eunji está no banheiro no momento.— Digo, tentando não demonstrar nenhum sentimento.— Quer deixa algum recado?
Mery?— A voz dele parecia diferente, não sei como mas… diferente.— V-Você está bem? Aonde está?
— Sim, Jimin, eu estou bem.— Respondo, suspirando.— Quando Eunji sair do banheiro eu aviso que você ligou, tudo bem? Eu vou desligar agora e...— Ele me interrompe.
— Não, por favor não desliga.—  Ele insiste, e por algum motivo eu não consigo ignorar aquele pedido, mesmo eu me forçando a desligar a ligação, eu não consegui. — Você ainda está ai? Posso ouvir sua respiração...— Ele fala e então suspira.— Eu magoei você, não foi? Eu não sei o que falaram pra você, mas eu me sinto a pior pessoa do mundo.
— Jimin eu preciso...— Ele me interrompe.
— Aonde você está? Está no seu quarto? Me espere, vamos dá uma volta. Precisamos resolver algumas coisas, assumir outras… Mery, eu vou enlouquecer.
Respiro fundo, controlando as lágrimas.
— Jimin, eu não quero te ver.— Ele não diz nada.— Eu só preciso descansar, tudo bem? Eu preciso ficar sozinha, me deixe em paz.
— Mas eu preciso dizer que...— O interrompo.
— Não importa. Nesse momento, só me deixe descançar. É muita coisa, eu estou exausta.— Falo e então escuto um suspiro vindo dele do outro lado do celular.
Tudo bem, eu entendo.
E então ele desliga, em seguida, Eunji sai do banheiro enrolada na toalha e me encara. Mas eu não consigo me segurar, não mesmo. Eu desabo em lágrimas ali mesmo na cama, agarrando meus joelhos enquanto tentava não fazer barulhos com os meus soluços.
— O que aconteceu?— Ela pergunta e então caminha até a cama, pegando o seu celular do meu lado.— Hun… Mery!— Ela me chama, ergo a cabeça e enxugou as lágrimas. Eu não sabia exatamente porque estava chorando, mas acho que tinha algo haver com tudo isso e Jimin… Sempre tem que ter um Jimin no meio dos meus problemas.
— Você sabia?— Pergunto, me referindo a tudo o que está acontecendo. As pessoas com quem ele anda e toda essa situação estúpida que só tem me causado marcas pelo corpo inteiro.— Eunji, você sempre soube não é? Como pode agir assim em meio a tudo isso? Olha para mim, olha para a situação dele. Me perseguiram, tentaram atirar em mim, me sequestraram e me torturaram.
— Mery você não entende...— Ela começa, mas a interrompo.                        
— Eu estaria morta nesse momento se não tivesse conseguido fugir.— Grito, chorando cada vez mais.— Eu estive me segurando até agora por ele, eu deveria ter denunciado mas eu não fiz, pois Jimin está metido nisso.
— Você não pode fazer isso.— Ela fala, seria. Me levanto, a encarando.
Não posso? Eu vou.— Digo.— Eu não posso continuar com isso. É loucura. Se eu não fizer algo, ninguém mais fará e no final, todos nós estaremos em um caixão.— Falo, sentindo o amargo em minha garganta ao falar todas aquelas palavras.
— Você entende os motivos dele não é? — Ela fala, com a voz um pouco mais firme.— Acha que ele ama tudo isso? Mery, ele não está colocando apenas tua vida em risco, a pele dele também está costurada a isso. Somos sozinhos no mundo, temos família mas somos sozinhos. Jimin tem feito de tudo desde que fugimos de Busan, nos criamos na rua e até dormimos em praças, em casa de desconhecidos até que finalmente conseguimos entrar para essa merda. Todo mundo sabe que não é fácil, e porra ele se esforça.
— Mas a máfia, Eunji? Sério? Existem outras formas de se conseguir emprego, sabia?— Digo, ela revira os olhos.
— E quem empregaria um rapaz de 21 anos que já foi preso mais de cinco vezes e que nem sequer terminou a faculdade de direito? Jimin e eu somos sobreviventes. Eu trabalho desde cedo para me sustentar, para sustentar um bêbado pedófilo que não tinha coragem nem de levantar da cama para alimentar a própria filha. Eu pagava as contas e a minha escola com apenas 13 anos, eu me viro desde cedo e com Jimin não é diferente. De 10 das coisas que ele tem feito até hoje, apenas 2 são para si. Ele sempre fez as coisas pensando nos outros e eu não sei se você sabe mas, ele começou a se machucar e a apanhar em lutas para pagar os nossos estudos, para sobrevivermos já que a família dele nunca o ajudou em nada e a minha… Bem, digamos que nem família eu tinha direito.— Ela respira fundo e fecha os olhos, os abrindo em seguida.— Você o julga tanto as vezes, mas já parou para pensar nos motivos dele? Ele cuida de mim, ele cuida de nós todos e nunca conta a ninguém sobre isso. Jimin entrou para a máfia para pagar a sua faculdade, já que as coisas estão caras e as lutas com Sehun não tem dado muito lucro. Ele faz isso pela grana fácil e sim, eu sei que não é certo mas se você o visse todo final de tarde após ele chegar de uma entrevista de emprego, jamais diria que ele nunca tentou. Ele ja chorou noites e noites pois lamentava ser algo que ele não era, um ninguém. Jimin é a melhor pessoa do mundo e pode sim estar se metendo com pessoas erradas, mas ele não está colocando a pele dele em perigo apenas porque acha divertido.
— E como você acha que isso acabará, Eunji?— Pergunto, enquanto uma última gota de lágrima caia.— É um caminho sem volta. Ele não sairá disso quando ele quiser, pois não é assim que funciona. Quando se entra para esse tipo de coisa, você só consegue sair morto ou preso, de qualquer forma, isso acabará com ele e talvez até com todos nós um dia.
— E o que você sugere? Que ele pare agora?
Respiro fundo e me sento.— E-Eu só espero que ele não morra...— Digo, sentindo o peso ao dizer aquelas palavras.— Eu só não quero ter que vê-lo como o meu pai, morto.
Ela relaxa os ombros, e respira fundo.
— Você o ama, certo?— Ela pergunta, me fazendo erguer a cabeça.— Dá pra ver como vocês se olham, como conversam e até como se abraçam. É tão intenso e tão provocante.
— Não se trata de amor, Eunji.— Digo, ela assente.
— Eu sei, mas fique ao lado dele Mery.— Ela pede, com o tom de voz cada vez mais calmo. — Jimin já perdeu pessoas que ele amava, já enterrou tantas amizades, tantos amores e pessoas queridas. Acho que se ele te perder algum dia, será o fim dele.
— O que quer dizer?— Eu pergunto, fixando meus olhos nos dela enquanto a escutava com atenção.
— Você não vê?— Ela pergunta, mas eu permaneço quieta.— Ele está morrendo aos poucos, está se esgotando. Está sempre cansado e cuidado de pessoas com quem se importa, ao invés de si mesmo. Ele está fraco psicologicamente. Eu tenho tanto medo do que ele possa fazer assim que tudo for jogado para o ar novamente. — Ela faz uma pausa.— Ele não pode perder mais ninguém, isso matará ele.
— Não vou deixa-lo...— Falo, seria. E-Eu não sabia como me portar, o que fazer mas… Eu me senti um pouco sem chão naquele momento.
— Todos nós temos problemas, tudo bem?— Ela continua, suspirando.— Todos nós. Eu, Jimin, Jungkook, Bia, Ana, Hope, Namjoon, Yoongi e até mesmo Tae. Problemas que nos matam cada vez mais, mas temos que enfrentarmos. Ajudarmos uns aos outros sempre, damos a vida uns pelos outros. Somos doentes aos olhos da sociedade e se você acha que já sofreu muito na vida, nunca será como nós. Suportamos brigas, julgamentos, fome, depressão, tudo que você pode imaginar, mas nunca você nos verá nos queixando dos nossos problemas. Reclamar dos problemas nunca foi uma opção. — Me levanto ao ver as lágrimas começarem a escorrerem em seu rosto avermelhado. Rapidamente me aproximo e a abraço forte e por descuido, ela acaba soltando a toalha e a deixa cair encostando o corpo nu e molhado dela em mim.— Nenhum de nós sabe dizer quando isso acabará, mas tudo o que podemos fazer é continuar lutando para sobreviver… Eu não quero sobreviver, Mery.
Aperto o abraço ainda mais enquanto ela molhava minha blusa com suas lágrimas. Ficamos ali, abraçadas por longo tempo enquanto eu escutava os soluços de Eunji.
— Você não pode abandona-lo, tudo bem?— Ela fala e se afasta.— Não pode desistir disso. Jimin precisa dos amigos do lado dele, ele precisa de você.
Depois daquilo não consegui mais descansar. Aquelas palavras berravam em minha cabeça, me fazendo pensar e pensar naquela situação.
Abandonar Jimin?
Eu nunca me permiti pensar assim. Desistir, abandonar… Ele precisa de mim e disso eu sempre soube e depois de hoje, mais do que nunca eu estarei com ele. Eu preciso de tempo, de fato. Nunca me acostumarei com essa situação, mas abandona-lo nunca foi uma opção.
Com tudo aquilo em minha mente, deito com minha cabeça no travesseiro enquanto observava Eunji vestir o sutiã preto. Ela me disse que iria até o dormitório das meninas e até perguntou se eu não queria ir, mas eu disse que precisava dormir e foi isso o que eu fiz assim que ela saiu. Respiro fundo e então me viro para o outro lado, sentindo o sono se aproximar.
[...]                        
Não consigo tirar os olhos daquelas feridas. O vermelho tão intenso e aquelas feridas ainda abertas, eu conseguia lembrar da minha dor e da sensação que foi sentir minha carne se rasgando no momento em que o vidro a perfurou e aquelas marcas em meus pulsos, aish estava tão feio. Sentada no chão do banheiro, vejo um pouco do sangue se misturar com a água e então sumir no ralo.
Banho. Foi a primeira coisa que eu pensei assim que abri meus olhos.
A água quente em contato com as minhas feridas abertas me davam uma sensação de purificação, mas ainda sim doía. Porra, como doía. Estava sentada naquele canto sendo banhada pela água a algum tempo. Estive esse tempo pensando e relembrando da dor e das palavras de CL em minha cabeça.
Eu queria tanto odiar Jimin, estava decidida mas depois da minha conversa com Eunji, parece que eu abri um pouco os olhos. Eu já não tinha certeza das minhas certezas, eu ainda estava pensativa, mas mesmo depois de tudo, ainda me negava a acreditar em certas coisas.
Acho que eu o conheço bem demais para suspeitar que ele seja o culpado. Faz sentido ele escrever todas aquelas idiotices naquele site idiota? Ele tem problemas maiores, porque ele criaria aquele site? Eu realmente estou confusa em relação a isso.
Jimin… Aght! Ele tem sempre que está no meio dos meus problemas.
Solto mais um suspiro e tiro o cabelo molhado da cara. Aquelas marcas em meu pulsos me davam arrepios algumas vezes. As marcas roxas e as feridas da primeira vez não haviam saído e com essas agora. O pulso, a mão, estava tudo fudido e nem quero citar o meu rosto e o resto do corpo.
Não vou jogar a culpa de tudo isso em Jimin, até porque não foi ele quem começou com isso. Estava tudo bem, tudo ótimo, até eu resolver entrar naquele carro e me esconder. Minhas intenções eram boas mas me causaram dores e marcas.
O que posso fazer? Eu não posso decidir as coisas por ele. Jimin é adulto e sabe muito bem o que faz. Eu tentei conversar, tentei ajuda-lo mas nada adianta. Eu realmente gostaria de ajuda-lo com isso, daria tudo para vê-lo longe dessas merdas que ele anda fazendo.
Daria tudo por ele.
Me levanto, apoiando minhas mãos nas paredes molhadas. Ao desligar o chuveiro, passo as mãos feridas pelo cabelo e gemo de dor. O cabelo em contato com a ferida me fez ter a sensação de facas deslizando suas lâminas pela minha carne. Pego a toalha e me enrolo e seco meu cabelo com a outra, enquanto caminho de volto pro quarto.
São exatamente uma da manhã agora e eu estou totalmente sem sono. Lá fora está tão frio, observo pela janela o branco da neve cobrir o chão. A neve já não caia mais como hoje mais cedo, não ventava tanto, estava apenas frio como uma noite qualquer no inverno.
Visto uma roupa confortável e com uma liga, amarro meu cabelo no alto. O que poderia fazer com esse tempo livre? voltar a dormir seria uma boa, mas eu estava sem sono. Poderia ligar para alguém, mas eu não sabia aonde estava meu celular. Tudo o que consegui pensar foi em pegar algum dos livros que eu trouxe para cá, livros que não li pois sempre estava ocupada demais com os meus próprios problemas.
Ando de volta para o banheiro e começo a colocar os curativos em minhas feridas, e em seguida enfaixo minha mão novamente. Aquilo doía, suspiro. Volto para o quarto e estico o braço para pegar um livro quando me assusto ao ouvir o toque de um celular vindo da cama da Eunji, que pelo visto ainda estava fora.
Espero que ela não tenha ido se encontrar com Jaebum.
Caminho até a cama dela e então pego o seu celular embaixo do travesseiro cor-de-rosa. Era o número do Jimin com o nome “Anjo da guarda”.
Eu devo atender?
Antes que eu pudesse decidir, a ligação cai. E então devolvo o celular para o mesmo lugar, mas assim que virei as costas, o celular volta a tocar.
Bufo e o pego, atendendo a ligação.
— Alô!— Falo, com um pouco de irritação na voz. Sinto que não deveria ter atendido.
— Eunji?— Pergunta Jimin com uma voz um pouco estranha. Pela forma como ele falava não parecia que ele estava bem. Tive a breve impressão de que ele estava chorando ou havia bebido. Não sei explicar.— Alô?
— Jimin, sou eu, Mery.— Falo, suspirando e me sentando na cama.— Eunji saiu e deixou o celular no quarto. Quer deixar algum recado?
Ouço alguma música que desconheço tocar no fundo, mas logo some.
— Não.— Ele responde com a voz um pouco falha. Porque ouvir ele falar aquilo me fez suspirar? Ele não parecia estar bem, eu devo demonstrar que estou preocupada com isso? Devo demonstrar ter sentimentos ou devo ignorar.— Quando ela chegar diga que eu liguei.
— Tudo bem...— Falo, e então ouço ele suspirar e então soluçar.
— Ok, Boa noite Mery...— Ele fala mas antes que pudesse desligar de vez, o chamo.
— Jimin, tudo bem? — Pergunto, eu realmente estava preocupada com isso.— Você está chorando?
— N-Não, eu só não consigo dormir.— Ele responde, mas eu percebo que não era apenas aquilo.— Era só isso?
— Precisa de alguma coisa?— Pergunto e encosto minha cabeça na parede e encolho as pernas.
Você disse que queria distância...— Ele começa.— Porque está fingindo se importar como estou?
Encaro os meus dedos por um tempo, enquanto escutava a respiração dele do outro lado do telefone. Ouvir aquilo me magoou.
Não estou fingindo.— Digo, e não estava mesmo. Sim, eu deveria ter sido um pouco mais agradável mais cedo, e reconheço meu erro. Mas entenda, minha paciência não estava lá essas coisas.— O que você tem?
Ele fica em silêncio total, mas ainda posso ouvir sua respiração bem próxima ao microfone do celular.
— Alô?— Ele não responde.— Jimin, você está bem? Pode vim até aqui?
— O que você quer?— Ele pergunta com a voz rouca.
— Eu preciso da sua ajuda com algo, por favor.— Digo com os dedos cruzados, torcendo para que ele venha me ver. Eu não vou aguentar ouvir ele falar daquele jeito e soltar aqueles suspiros, sem ao menos ver o rosto dele e no que ele estava pensando. Daqui a pouco são duas da manhã, quais são as chances dele ligar a essa hora para Hyeri?— Eu não estou me sentindo bem e não tem ninguém para me ajudar, meu corpo e minha cabeça estão doendo.
Vá ao médico.— Ele fala, e então reviro os olhos.
— Ótimo, espero você aqui. Você chega em três minutos, não é?— Digo ouvindo ele respirar fundo.
Eu não vou...— Antes que ele termine o que estava falando, o interrompo.
— Aproveita e trás comida? Estou morrendo de fome.— Digo e então desligo.
Ele provavelmente está me xingando dos piores nomes nesse momento, mas quem liga?
Abraça-lo era uma das minhas necessidades naquele momento, mesmo que uma parte de mim gritasse dentro de mim dizendo que aquilo era estúpido e que Jimin não era uma pessoa confiável pois eu tinha milhares de motivos para de fato me afastar dele mas, caralho. Tem como?
Acho que aquela discussão que tive com Eunji me fez enxergar as coisas por um ângulo diferente.
Acho que… Ahjt! É tão difícil, mas cada vez mais sinto vontade de protegê-los. Oro aos Deuses para que dê tudo certo, pra que isso tudo acabe algum dia.
Jimin se metendo com pessoas erradas, eu com problemas familiares e com o corpo fudido, Eunji e o caso das agressões, estupro e uma fila enorme de humilhações causadas pelo próprio pai que me assombra até hoje e agora Beatriz e os comentários. Espero que ela seja forte com todas essas críticas.
Tenho que vê-la, mas as vezes acho que ela é tão segura de si pois ela está sempre cagando pros outros. Talvez esteja enganada, eu não sei.
Enquanto aguardo Jimin — Se é que ele virá—, ligo a TV e começo a ver um desenho que curiosamente passava naquele horário. Me surpreendi.
Verifico no celular se há alguma ligação perdida, mas não há nada e então bufo de tédio.                        
Será que ele virá mesmo?
O conhecendo, ele certamente virá. Pelo menos, eu acho que sim.
Passo a mão pelo cabelo e respiro fundo, deslizando alguns dedos pela minha mão enfaixada.
O que farei com isso?
Depois de quase dez minutos, eu desisto de esperar por ele e desligo a TV. Me levanto para desligar a luz e então me assusto quando ouço alguém bater a porta.
Sonolenta, destranco a porta e a abro sem ao menos ligar a luz.
— Espero mesmo que seja importante.— Fala Jimin assim que abro a porta.— Você está bem?
O analisando dos pés a cabeça, abro um sorriso.
Jimin vestia um moletom cinza e uma calça jeans preta com um boné branco e óculos escuro. Jimin com boné é a minha tentação. O rosto dele estava tão inchado, como se ele estivesse acabado de acordar e os lábios tão vermelhos.
Tão lindo.
— Estou com uma dor aqui...— Aponto para o coração, explodindo em risos depois. Mas ele pareceu não gostar muito, pois apenas revirou os olhos.
Só então percebo o quanto os olhos dele estavam vermelhos, como se ele estivesse chorado. O nariz dele também estava bem vermelho, como se estivesse irritado, mas talvez seja porque está frio demais lá fora.— Fico feliz que tenha vindo mas… E a comida?
— Eu vim te pegar para a gente ir comer.— Ele responde, bufando.
Você não parece feliz em me ver.— Digo, sorrindo mas Jimin não sorria de volta. Ele deve estar mesmo ruim.— Por que não está feliz em me ver?
Ele novamente bufa e então sai andando em direção a saída enquanto me chamava para irmos logo pois ele estava cansado e com muito sono. Rapidamente pego o meu casaco e saio trancando o quarto, começo a correr pelos corredores quase caindo enquanto tentava colocar o casaco para alcançar Jimin que caminhava em minha frente de cabeça baixa.
Vê-lo tão cabisbaixo me deixou incomodada. Tudo bem que nem sempre ele é a pessoa mais animada do mundo, mas do que jeito que ele estava… Não é normal.
Envolvo meu braço em seu pescoço, mesmo ele sendo maior que eu e me deixando na ponta dos pés, abraça-lo mas ele não reage.
— Jimin, eu vou te bater e a minha mão ta toda fudida.— Falo e fecho a cara.— Você não fala comigo…
— O que você quer saber?— Ele pergunta, seco.
Reviro os olhos e passo a frente dele. Quem ficará emburrada agora sou eu.
Mas ele não pareceu ligar muito para a minha atuação. Eu queria chamar a atenção dele, tirar ele daquela fossa mas ele não se tocava. Entramos no carro, ele dirigiu até um comércio 24hs, comprou comida enquanto eu mexia em seu celular no carro e então voltou e dirigiu até o rio Han e durante todo esse percurso, não trocamos uma única palavra.
Sentada no banco da frente enquanto comia o meu ramen, admirando todas aquelas luzes de longe ao som de uma melodia qualquer que tocava na rádio no volume baixo. Suspiro e coloco meus pés em cima das pernas de Jimin, tentando mais uma vez chamar a atenção dele ou até mesmo receber um xingamento vindo dele por ter colocado meus sapatos sujos em sua perna. MAS NADA ACONTECEU.
Jimin continuou comendo e encarando as luzes da ponte, sem nem mesmo olhar pra mim.
— Juro, por Deus. Vou bater em você.— Digo, revirando os olhos de frustração.— O que você tem? Porra, não fala comigo e ainda finge que não estou aqui. Se eu soubesse que sair com você seria assim, teria ficado no dormitório dormindo.
Ele não liga. Jimin não se importa. Continua comendo e encarando aquelas luzes idiotas.
Respiro fundo e prendo o cabelo.
— Aliás...— Ele me chama a atenção, me fazendo virar a cabeça rapidamente para ele.— Gostei do cabelo, você está linda assim. —  Ele sorri de modo gentil, fazendo meu coração bater rápido, mas toda alegria some quando ele desvia o olhar e volta a comer.
Não sei como responder a aquilo, sinto uma felicidade, mas não sei o que dizer em agradecimento então apenas sorrio para mim mesma e volto a comer o meu ramen apimentado.
— O seu está bom?— Pergunto, me referindo ao ramen dele.
— Sim!— Ele responde, sem olhar para mim.— E o seu?
Suspiro.— Apimentado.
Rimos baixinho e voltamos a comer como esperado. Eu estava odiando aquela situação, mas pelo menos trocamos algumas palavras e eu já não me sinto tão idiota.
— Quando vamos conversar sobre você ter ligado para Eunji no meio da madrugada com uma voz de choro?— Pergunto e desvio o olhar a ele, que apenas suspira e coloca o ramen de lado, abrindo uma lata de energético.— Você chorou? Se sente bem?
— Eu só estava sem sono, não se preocupe comigo.— Ele fala e toma um gole do energético, me oferecendo. Eu recuso.
Após terminar meu ramen, esfrego meus dedos gelados uns nos outros e então os levo até o rosto de Jimin. Estava tão frio lá e aqui dentro, mesmo com o aquecedor ligado, eu estava congelando.
A pele do Jimin era tão macia, tão pálida. Ele não pareceu se importar quando toquei seu rosto, apenas abaixou o olhar e com uma das mãos, segurou minha mão ainda em seu rosto.
— Qual o motivo da sua insônia?— Eu pergunto, fixando meus olhos nos lábios avermelhados dele. Lábios tão carnudos.
— Eu não consigo dormir porque estou com saudades de você, não consigo dormir sabendo que você me odeia. — Ele fala e se vira, respirando fundo como se estivesse acabado de chegar de um longo dia de trabalho, tão cansado e esgotado.— Eu passei minha tarde toda tentando resolver minha vida, mas eu só queria estar com você.— Ele fala, tão sério.
Abaixo a cabeça, tentando esconder o sorriso ao ouvir aquilo. Engraçado, a um tempo atrás jamais imaginaria está no telefone com Jimin e ainda escutar esse tipo de coisa vindo dele. Para aonde foi o nosso ódio um pelo outro? Me sinto tão feliz.
Você sente minha falta?
Ele respira fundo.— Sinto, mas não ache isso romântico porque não é.— Ele fala, me fazendo rir.— Eu não quero te machucar, eu só sinto falta de ter você por perto comigo. Eu me sinto cada vez mais culpado por tudo isso, mas não sei como controlar e tenho medo que essa situação afaste ainda mais você de mim.
— Não vou te abandonar, eu só precisava de um tempo para mim.— Digo, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
— Como estão as feridas? Você trocou os curativos?— E mais uma vez, lá estava Jimin preocupado comigo outra vez. Ele tira minhas mãos do seu rosto e as abaixa, encarando minhas mãos e pulso enfaixados, soltando um longo suspiro de frustração.
— Troquei.— Respondo.— Você andou chorando?
Ele riu baixinho.— Sim, é isso que acontece quando se mistura sentimentos com álcool. Mas não me julgue, eu apenas não paro de pensar em nós.Nós?— Você está bem? Eu não me sinto bem. Hoje você destruiu meu coração, sabia disso?
Respiro fundo.— Me desculpa...— Aquilo foi tudo, não consegui terminar a frase.
Amigos também podem partir corações, certo?— Ele fala e então respira fundo.—  Deveríamos conversar mais sobre os nossos sentimentos, sabia? Eu tenho sentimentos, mas você parece não ligar pois estamos todos sempre ocupados demais para prestar atenção no que estamos sentindo um pelo outro. É um problema atrás do outro, o tempo todo correndo e se escondendo, não tenho mais tempo para observar você e nem mesmo me irritar com você.
Sempre tem algo que entra no meio pra atrapalhar...— Digo, soltando um longo suspiro.                        
Aquilo era verdade. Tínhamos problemas maiores, não tínhamos tempo para lidar com essa coisa de “amor”. Sempre alguém sumia ou sofria.
O amor ficava em segundo lugar, dando espaço para os problemas.
— Sempre tem algo que entra no meio para atrapalhar...— Ele repete.—  Recentemente a vida me trás uma sensação de dormência… Recentemente eu tenho desejado você, mas do que eu já desejava. Estamos ficando cada vez mais intensos, percebe? Você não se sente assim? Não sente que precisamos um do outro?
—  Sinto...—  Respondo, após passar alguns minutos com aquelas palavras em minha cabeça. Sim, eu me sentia daquela forma.
—  Porque não é fácil para nós dois? Se fossemos como os outros, tudo estaria resolvido agora e eu não estaria assim...
Abro um sorriso.—  Os outros são chatos.
—  Ninguém mais é o mesmo de antes, os problemas não param de aparecer. Sinto que vou afundar e desaparecer um dia.—  Ele comenta com uma voz tão triste, capaz de encher meus olhos de lágrimas.
—  Se você afundar, vamos afundar juntos.—  Digo enquanto brinco com seus dedos gelados.—  Eu disse que cuidaria de você, lembra?  Eu vou cumprir.
Ele solta uma risada nervosa, um pouco sem graça talvez. Amo vê-lo sem graça, é uma das cenas mais lindas do mundo e ele sabe que eu me sinto dessa forma, por isso sempre acaba tentando esconder o rosto ou mudar de assunto.
— Aliás, desculpa...—  Ele começa.—  Eu não consigo colocar você em segundo lugar.
Abro um sorriso ao sentir meu peito bater disparadamente contra meu peito. Uma sensação de adrenalina e felicidade que me fazem suspirar.
— Você e eu somos mesmo loucos um pelo outro.— Digo, ao me lembrar da minha conversa com Jimin pelo telefone ao dizer a ele que queria um tempo, que precisava ficar em paz e olha só, estou no carro dele às 2h15 da manhã conversando sobre o “Nós”.
— Sempre fomos.— Ele fala, como se aquilo fosse o óbvio. Eu ri.— Sempre quis ter algum tipo de romance contigo, mas fica cada vez mais difícil.
— Romance? Qual?— Pergunto, rindo.
— O mais brega possível, cheio com cenas de beijos e muito sexo, abraços e carinhos.— Ele fala, empolgado. Eu ri de novo.— Mas sabe— Repentinamente, ele desanima.— Eu sei que é difícil aceitar, mas às vezes os finais felizes que tanto queremos, se tornam apenas finais.
Porque eu me senti tão triste quando ele começou a falar disso? Toda a felicidade e adrenalina sumiram em minha frente, se despedaçaram e agora estou me sentindo triste.
— Por que disse isso?— Pergunto, um pouco confusa.
Ele dá de ombros e liga o carro, para esquentar o motor.
— Eu não sei...— Ele responde, reviro os olhos.
— Você estava tão feliz e então… Tão triste.— Digo, me irritando. Aquelas palavras me deixaram triste, apavorada.— Por que?
— Porque a vida é assim. Finais felizes às vezes acabam se tornando apenas finais e eu sei que sensação é essa. Eu senti essa sensação quando Junghwa morreu.
Junghwa? O que diabos a ex e falecida namorada dele tem haver com nossa situação atual? Porque falar disso logo agora? Eu nunca me incomodei muito com essa garota, mas odeio isso. De repente mudamos. Paramos o que estávamos falando para Jimin lamentar mais uma vez pela morte da ex-namorada.
Até aonde eu sei ela era uma vadia, uma pessoa que só ajudou Jimin a piorar e que trouxe tudo de ruim pra vida dele. Drogas, brigas, tudo.
Eu me forço a olhar para ele, mantendo a fachada, sem revelar que cada sílaba dita por ele acabou comigo assim que ele começou a falar da tal Junghwa.
Que se foda Junghwa.
— Jimin, não quero saber.— Disparo, irritada vendo ele arregalar os olhos ao perceber o quanto irritada eu estava.— Estávamos falando de nós e de repente… A merda do nome Junghwa apareceu e agora...— Solto um gemido, frustrada.— Eu não quero saber.
— Porque se irritou?— Ele junta as sobrancelhas e solta minhas mãos, me encarando.
— Pode me levar de volta?— Pergunto, mas ele não dá atenção ao meu pedido.— Eu quero voltar, estou com sono.
— Porque estamos brigando?— Ele se pergunta.
— Não estamos brigando.
— Estamos fazendo o que então?— Ele provoca, odeio quando ele me provoca desse jeito.

— E-Eu não sei… Eu...— Reviro os olhos, eu não consigo terminar, eu simplesmente não consigo.— Só me leva de volta.

— Sempre brigamos, é por isso que nunca damos certo.— Ele murmura baixinho, mas eu consigo ouvir e me sinto ainda mais irritada por ouvir aquilo.

— Vá a merda Jimin.— Grito, brava.

— Você é tão irritante.— Ele continuou murmurando baixinho, como se eu não estivesse ali.— Eu odeio quando você surta desse jeito, é frustrante.— Reviro os olhos enquanto ele passa a mão pelos cabelos.— Eu simplesmente nunca vou te entender garota.

O encaro, e então ele vira o rosto para mim, explodindo em risadas logo em seguida.

O que você está fazendo comigo Jimin? Um jogo?

— Você é tão fofa, meu Deus.— Ele grita enquanto gargalha alto.— Suas bochechas se enchem de ar quando você fica brava.

Reviro os olhos e então ele leva suas mãos até meu rosto, apertando minhas bochechas.

— Eu odeio tanto você, puta merda. — Falo vendo ele aproximar seu rosto do meu. Deveria esta brava com ele agora, mas estou mais atenta aos dedos gelados dele em meu queixo.— Odeio você, Park Jimin. Odeio tudo em você.

— Tenho certeza que você não me odeia.— Ele fala, com sua boca avermelhada e carnuda a poucos centímetros da minha.

Não consigo me concentrar direito com os olhos dele em mim.

— Mas eu odeio. Você é irritante, idiota e me provoca. Ora me deixa frustrada por não fala comigo e então me deixa frustrada por dizer coisas tão estúpidas.— Falo, cada vez mais desorientada.— Você é um babaca.

Ele abre um sorriso. A boca dele estava tão perto, a respiração tão quente.

— Posso te fazer uma pergunta?— Ele pergunta, engulo o seco. Balanço a cabeça para confirmar, um pouco ansiosa pela tal pergunta.— Você já se apaixonou?

Fico sem graça.— Que tipo de pergunta é essa?

— Você já amou alguém?— Ele pergunta e então morde os lábios.

Prendo a respiração por alguns segundos, piscando sem parar. Estava bem surpresa.

— E-Eu não sei...— Respondo.— Você já?

— Eu?— Ele abre ainda mais o sorriso.— Eu estou querendo descobrir como é isso com você.

— Comigo?— Eu não poderia estar mais surpresa sem sequer conseguir tirar o sorriso dos lábios de felicidade.— E como seria isso?

— Eu estava com tanta saudade de ver você sorrindo assim.— Ele fala rindo.— Você tem o sorriso mais bonito…

O interrompo e acabo com aquele espaço em branco entre nossos lábios. No começo, Jimin não correspondeu mas foi só sentir minha língua em seus lábios que rapidamente ele deu liberdade. Os beijos foram intensos e sinto meu corpo todo se arrepiar, como se eu não o beijasse a um tempão.

Jimin solta alguns gemidos enquanto nos beijamos e então me pega e me coloca em seu colo, me beijando com mais vontade. Minha língua percorre seu lábio inferior então ao perceber que eu tentava tirar sua camisa, ele afasta o banco do carro para nos dar mais espaço.

— Vamos mesmo transar no carro?— Pergunto, sem tirar meus lábios da boca dele.

Jimin solta uma risada.— Você não quer?

É o que eu mais quero.— Digo e então sinto ele apertar minha cintura, me fazendo jogar a cabeça para trás ao soltar um gemido de dor.

Agarro o cabelo de Jimin e então o beijo mais algumas vezes, descendo os lábios até o pescoço dele. Mordo de leve o seu pescoço. Estou perdendo o controle. Sugo sua pele com força o suficiente para deixar uma marca ali, quero que ele veja aquilo e se lembre de mim.

Desabotoo a calça, e ele não se preocupa nem em olhar para o outro lado para ver se havia alguém no lugar, mas não tinha ninguém. Estava deserto. Jimin ergue o olhar, me fazendo ficar cada vez mais excitada. É impossível não notar a maneira como ele passa a língua pelo lábio inferior enquanto me observa abaixar suas calças.

— Você é tão linda.— Ele sussurra, quase como um gemido.

Abro um sorriso e então ele começa a levantar minha blusa, jogando-a no banco de trás e em seguida minha calça, e abaixando até os joelhos.

Vejo ele arquear as sobrancelhas ao ver minha calcinha branca de rena e então sorrir.— Você me deixa louco.                        

Impaciente demais para lidar com aquilo, o beijo. Sinto aquele toque gelado que me faz arrepiar sempre enquanto ele tenta tirar meu sutiã e então, assim que consegui, ele os beija e me empurra, me fazendo encostar a cabeça e as costas no volante do carro.

De fato, não era uma das situações mais confortáveis, mas eu estava concentrada demais com toda aquela situação.

Jimin rasga minha calcinha e assim que abaixa a cueca, me coloca em cima dele e então começo a cavalgar com as mãos dele em minha cintura, me orientando. Rebolo, gemo, sinto e cavalgo em cima de seu pênis enquanto ele geme dentro daquele carro. Me seguro no volante enquanto Jimin acaricia meus seios com as mãos.

Ouvir aqueles gemidos e senti-lo dentro de mim estava se tornando uma das melhores sensações do mundo. Que saudade desse som, os gemidos do Jimin me trouxeram ótimas lembranças.

Mordo os lábios, ao ponto de perfura-los e o sangue se misturar com todo aquele prazer.

— Own eu...— Ele não consegue terminar a frase, mas não perde tempo ao grudar nosso lábios novamente e então descer até meu pescoço, aonde ele beijou e chupou inúmeras vezes.— Rebola, Mery.

Sem hesitar, começo a rebolar cada vez mais rápido e então ele morde os lábios me fazendo rir ao ver aquela cena. Ele implora para que eu fosse mais rápido, ele se contorce e então obedeço indo cada vez mais rápido e encosto minha cabeça na sua sentindo seu hálito fresco em meu rosto. Ele geme, me encara com aqueles olhos escuros e puxados com as bochechas coradas num tom vermelho.

Ele estava ficando cansado, e eu também. Sinto meu corpo cada vez mais pesado e fecho os olhos com força enquanto tento controlar os gemidos que saem por pura e espontânea vontade.

Eu amo essa sensação. Amo toda essa merda.

Ele geme mais uma vez, abrindo sua boca em um perfeito “O” e então a morde com força. Eu sou a primeira a gozar e em seguida Jimin, mas não dentro de mim é claro. O beijo, agarrando seus fios negros, eu ainda queria mais, queria muito mais. Poderia passar o resto da nossa noite inteira ali se pudesse.

— Own eu não consigo aguentar.— Ele solta mais um gemido e então abre os olhos, me encarando com uma expressão tão suave. Ele me observava como se estivesse me admirando, com as bochechas coradas e um sorriso no canto dos lábios.— Me beije, é só disso que eu preciso nesse momento.

E então me estico até ele, encostando minhas mãos em seu peito enquanto o beijava carinhosamente. Minhas unhas deslizavam em seu peito e em sua barriga definida enquanto ele descia os lábios mais uma vez até meu pescoço. Jimin amava meu pescoço, sempre deixava marcas. Eu amo a sensação que é os lábios dele contra a minha pele.

— Precisamos ir...— Murmuro, mesmo tendo que voltar pois eu teria que ir para a aula no dia seguinte, eu tinha que acordar cedo. Estou faltado demais e posso me meter em encrenca depois, mas estava tão bom ali.— Jimin…

Aquilo saiu como um gemido, não exatamente como eu queria. Ele continuava beijando meu pescoço.

— Chimchim— O chamo e imediatamente ele para e me encara.— Precisamos ir…

Ele revira os olhos e prensa seus lábios contra os meus mais uma vez.

— Não, não precisamos. Podemos ficar aqui, quando amanhecer voltamos.— Ele fala com os lábios vermelhos por conta dos nossos beijos e mordidas.

— Não, Jimin. Precisamos ir, é sério.— Falo, acariciando seu rosto.— Podemos fazer isso depois, mas agora temos mesmo que ir.

Ele sorriu.— Depois? Quando?

Eu ri.— Vamos.

E então ele bufa, mas não sem antes me beijar mais uma vez.

Me sentando em meu lugar, começo a me vestir. Começo vestido a calça, em seguida o sutiã e a blusa. Jimin se arrumou e então ligou o carro e logo depois de alguns minutos, estávamos de volta.

Fomos o caminho todo de mãos dadas, com ele sorrindo e me observando. Ele parecia tão diferente, mas eu amei aquilo.

Parados em frente a minha fraternidade entre alguns carros estacionados e no meio de toda aquela neve, avisto uma luz piscando, como um flesh e me assunto. Tive quase certeza que havia visto uma câmera ali.

— Você vai mesmo? Tem certeza?

Ele pergunta assim que falo que terei que ir para as aulas de amanhã pois eu ando faltando demais.

— Sim, eu tenho. — Bufo ao me lembrar disso enquanto ele me faz cafuné.— Isso é um saco.

Ele balança a cabeça, concordando.

— Bom, acho melhor eu ir.—  Me viro para pegar meu casaco quando percebo que havia uma máscara lá atrás, a pego e então Jimin entra.

— Porque tem uma máscara aqui?— Pergunto. Ver aquilo me deu calafrios. Era como aquelas máscaras que as pessoas usavam no filme de ação americano, The Purge. Já vi aquela máscara nos trailers do filme.— Ela me assusta.

— Oh, isso. Ela não é legal? É a mesma do filme que íamos ver.— Ele fala, sorrindo.— Eu comprei.

— Porque?

— Porque ela é sinistra.— E então ele a pega da minha mão e joga no banco de trás e liga o carro.— Aliás… Achei seu celular.

Ele estica a mão até o porta luvas e tira o meu celular e me entrega. Estava descarregado, mas de qualquer jeito, só consigo pensar que Jimin voltou lá de novo.

— Aonde você achou?— Eu pergunto.

Ele dá de ombros e liga o carro.

Ele não vai admitir, eu o conheço. Isso me dói o coração. Mesmo depois de tudo… Bufo, eu estava contente demais para me irritar com aquilo agora.

— Te vejo amanhã, certo?— Digo e abro um sorriso para ele, ele concorda e puxa meu queixo, me beijando.— Eu tenho que me acostumar com isso?

Ele rir e então assim que ele destrava as portas, percebo uma moto parar na frente do dormitório e logo depois, Eunji desce e tira o capacete.

São quase três horas da manhã e aquela moto é do…

— Eunji e Jaebum?

Jimin praticamente grita, vendo Eunji se despedir de Jaebum com um abraço e logo depois caminhar em direção ao dormitório.

Eu vou matá-la.

 


Notas Finais


Oiii, tudo bem?
Eu to com sono na verdade. Como vocês estão?
Alguém aqui é do sul? Gente eu fui pra curitiba e to apaixonada por lá, quero voltar pra curitiba e santa catarina pra ontem. Tô até pensando em ir pro internato adventista de lá ano q vem...
Mas enfim... e o cap?
Minha amiga me disse algo q eu concordo hj anoite.
Eu estou enrolando kkkkkkk e tá, eu estou fazendo isso de proposito e o meu objetivo era ficar com essa enrolação por mais um tempinho até o momento certo, mas acho q vai demorar um pouco e eu realmente quero entregar essa fic AINDA esse ano. Prometo acelerar as coisas, é claro.... Vcs querem isso, n é?
Me respondam.
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PROXIMO CAP: 5/12


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