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História Best of You - When you make a goal


Escrita por: yasmonie

Notas do Autor


Olá pessoas!

Gente, aniversário do Namjoon... Homão da porra, meu utt lindo e maravilhoso <3
Sim, estou muito feliz por causa dessa data, fiquem feliz junto comigo também

Estou feliz também pela boa recepção que a fanfic continua tendo. Sério, eu não esperava por isso então agradeço novamente a todos que favoritaram, quem chegou agora, quem leu e comentou,quem está panfletando a fic e tudo mais. Beijo no kokoro de todos vocês seus lindos.

Enfim, vamos ao capitulo novo de BOY. Boa leitura!

Capítulo 14 - When you make a goal


Fanfic / Fanfiction Best of You - When you make a goal

Jeongguk fora o primeiro a deixar a sala de detenção, parando para ajeitar suas vestes e seu cabelo no reflexo do vidro da porta da mesma. Taehyung fazia a mesma coisa atrás de si, com um sorriso bobo nos lábios. Era estranho imaginar que eles dois acabaram de dar uns amassos naquele mesmo lugar, e que estavam bem com isso agora. Mas ao mesmo tempo que era estranho parecia ser libertador. Jeongguk sentia como se um grande peso tivesse sido tirado de seus ombros e Taehyung se sentia da mesma forma.

Ambos andavam lado a lado e em silêncio pelos corredores da escola. Apesar de tudo o que fizeram e disseram, não sabiam como proceder agora que os ânimos estavam mais calmos. O que eles eram agora? Como teriam que se tratar? Não sabiam dizer e tampouco tinham vontade de perguntar para o outro.

— Ei, vocês dois! – A atenção dos garotos fora chamada pelo zelador ao encontrarem com ele em um dos corredores, fazendo o seu trabalho. – Tenham mais cuidado ao passar por aqui e, pelo amor de Deus, não chutem o balde dessa vez.

— Desculpe, senhor. – O Jeon pediu ao zelador. – Realmente não foi minha intenção derrubar o seu balde da outra vez.

— Da próxima vez olhe por onde anda, garoto. Não é porque você tem dinheiro que pode fazer o que quiser. E nem eu sou pago para ser babá de um garoto idiota malcriado filhinho de papai.

— Se liga, velhote! – O Kim disse exaltado. – Você é que tem que prestar atenção onde deixa as suas coisas e fazer o seu trabalho direito, não culpar os outros.

— Taehyung, deixa pra lá.

— Deixa pra lá, Gukie? – O loiro repetiu, indignado. – Esse velho gordo e fedido, que mais parece o pai do Shrek, te ofende mesmo depois de você ter se desculpado e você quer que eu deixe pra lá? Nem fodendo.

— Essa discussão não vai levar a nada, Taehyung, é melhor deixar pra lá.

— Você deveria me respeitar, moleque. – O zelador falou bravo, depois de ouvir o garoto loiro lhe xingar. – Sou mais velho que você, sua mãe não te deu educação?

— Respeitar, o caralho! – Esbravejou o Kim. – Minha mãe me deu educação, sim. O que não deve ter acontecido com você, já que destratou o meu amigo mesmo depois dele ter se desculpado. Seu zeladorzinho de merda.

— Quem você pensa que é pra falar assim comigo, moleque? – O zelador falou furioso para o loiro, apertando o cabo do escovão em sua mão.

— Eu é que pergunto quem é você para falar assim com os outros? – Taehyung gritou de volta. – Eu sei que fui um cuzão com você, é o meu jeito e não vou me desculpar por isso. – Deu de ombros acompanhado de um sorriso sarcástico. – Mas ele não é assim. – Apontou para o mais novo ao seu lado. – Ele reconheceu o erro dele e se desculpou e mesmo assim você o tratou mal. Ser mais velho do que alguém não te dá o direito de tratar as pessoas mal, você que está falando tanto sobre educação deveria saber isso.

Jeongguk apenas ouvia calado a discussão entre aqueles dois. Por mais que quisesse acabar com tudo aquilo e ir embora, não poderia negar que estava gostando de ver Taehyung lhe defendendo tão fervorosamente.

— Taehyung, já chega. – Resolveu se manifestar antes que a coisa piorasse, visto que o Kim não era nenhum exemplo de pessoa paciente e o zelador já conseguiu lhe irritar. – É melhor a gente ir embora.

— Gukie, esse cara é um escroto. – Taehyung disse olhando para o mais novo. Seu rosto fechado transmitia o quanto o loiro estava revoltado.

— Eu sei que ele é, mas é melhor a gente ir embora e deixar isso pra lá. Vamos. – Segurou o pulso do mais velho e o puxou para longe daquele lugar, porém antes que conseguisse se afastar o zelador voltou a falar.

— Escutem bem vocês dois. Eu vou acusar os dois para o diretor Lee, me ouviram bem? Essa afronta não vai ficar barato.

— Escuta aqui, você. – Jeongguk disse, se virando para o outro. – Não é da minha índole ficar discutindo com gente... velha. – A última palavra saiu cheia de sarcasmo. – Eu me desculpei pelo o que eu fiz e como o meu amigo ali disse. – Apontou para o loiro atrás de si. – Você me destratou. Foi você quem dirigiu comentários ofensivos a mim. Então, acho bom você pensar duas vezes antes de dizer alguma coisa ao diretor porque tenho certeza de que ele vai dar mais ouvidos ao garoto idiota malcriado e filhinho de papai do que a um zeladorzinho de merda como você. – Pronunciou tudo num tom estável e ameaçador para o mais velho. – Lembre-se que eu sou um Jeon, a família mais rica dessa cidade, eu não tenho nada a perder aqui, já você... – O olhou de cima a baixo e depois se virou, dando as costas ao zelador, que ficou de olhos arregalados olhando para si.

Jeongguk passou por Taehyung, segurou novamente o pulso do mais velho e voltou a puxa-lo para longe daquele lugar. Não gostava do jeito que falou com o zelador, por mais errado que ele estivesse. Jeongguk nunca usou seu nome ou a posição de sua família para humilhar alguém. Se sentia mal por isso. Contudo, teve que fazer alguma coisa para salvar suas peles, o diretor Lee já havia deixado os dois avisados sobre uma expulsão caso acontecesse alguma coisa envolvendo seus nomes e se o zelador os acusasse não tinha dúvidas de que o diretor iria cumprir com a sua palavra.

Mais do que salvar sua própria pele daquela possível expulsão, Jeongguk pensou mais em Taehyung. Ele sabia que, caso fosse expulso, seus pais iriam lhe colocar em outro bom colégio. Apesar do possível castigo, e ter que ficar longe de seus amigos Yoongi e Jimin por ter que mudar de escola, Jeongguk não iria sentir tanto impacto na sua vida como Taehyung. Ele sabia o quanto jogar basquete e estar naquele time eram importante para o mais velho, por isso fez o que fez. E, apesar de se sentir mal, não poderia dizer que se arrependia do que tinha feito.

— Gostei de ver, Gukie. – Taehyung disse, enquanto ainda era levado pelo outro. — Mostrou quem é que manda pra aquele velho.

— Cala a boca. Isso não é algo para se orgulhar. – Apesar da repreensão que o mais novo deu, ele não pôde deixar de dar um pequeno e discreto sorriso. Ao notar que ainda segurava o outro pelo pulso o Jeon o soltou. Jeongguk sentiu sua mão estranhamente vazia enquanto o Kim sentiu falta do calor da mão do outro em volta de seu pulso.

Seguiram em silencio até estarem do lado de fora da escola, em frente ao portão. O tempo estava mudando, nuvens de chuva começavam a se aproximar, porém a chuva não parecia que iria cair naquele momento. Jeongguk parou em frente ao portão e Taehyung parou ao seu lado, um olhou para o outro, ambos se perdendo no olhar profundo que lhe era dirigido.

Jeongguk molhou os lábios e respirou fundo. O que estava acontecendo consigo? Nunca fora alguém de perder as palavras, sempre fora direto naquilo que queria dizer ou fazer e, no entanto, ali estava ele sem saber nem mesmo como falar com o garoto a sua frente. Justamente com Kim Taehyung que, durante todos os anos que o conhecera, nunca fora capaz de lhe deixar sem palavras.

Até agora.

— Eu vou para casa. – Por fim Jeongguk anunciou. – Até amanhã.

— Eu vou com você.

— Como? – Perguntou, surpreso, o Jeon.

— Eu disse que vou com você.

— Vai para onde?

— Pra sua casa, gênio. – Taehyung respondeu rolando os olhos. – Quer dizer, não vou para a sua casa com você, quero dizer que vou acompanhar você até lá.

— Por quê? – Jeongguk franziu o cenho ao perguntar.

— Porque eu quero. – O Kim deu de ombros.

Jeongguk rolou os olhos, não acreditando que estava ouvindo aquilo.

— Eu não sou uma garotinha indefesa que precisa ser acompanhada até em casa, Kim. Eu sei me cuidar.

— Não estava comparando você com uma garotinha, Jeon. – Taehyung novamente rolou os olhos. – Eu só quero acompanhar você até em casa. É normal um hyung acompanhar um dongsaeng até em casa, para ter certeza que ele chegou bem, sabia?

E Jeongguk sabia, de fato era normal alguém mais velho acompanhar o mais novo até em casa, independente do gênero. Em sua cultura era sempre ensinado que os mais velhos têm que cuidar dos mais novos, porém não se via mais isso acontecendo com frequência nos dias de hoje. Mesmo seus amigos, que são seus hyungs, não costumavam fazer isso. Não que eles não se preocupassem consigo, porque eles faziam – Jimin até se preocupava demais – porém não eram tão zelosos aquele ponto como Taehyung estava se mostrando ser.

— Eu sei... – Disse baixo, não querendo admitir que o outro estava certo.

— Viu? – Taehyung falou animado. – E você é o meu dongsaeng, e talvez algo mais – O Kim falou baixo a última parte, porém Jeongguk conseguiu ouvir. – Eu quero te levar até em casa.

— Se você faz questão. – O Jeon deu de ombros. – É por aqui.

Taehyung seguiu alegremente o mais novo. Estava feliz, feliz demais, e não conseguia se conter. Não imaginava que iria se sentir desse jeito após se acertar com Jeongguk, na verdade, mesmo que tivesse sonhado e planejado várias coisas envolvendo o Jeon, no fundo não tinha muita confiança de que iria conseguir ter qualquer tipo de envolvimento íntimo com o mais novo, e agora que havia conseguido, só se sentia completamente feliz.

E fora com o intuito de prolongar aquele sentimento de felicidade que sugeriu acompanhar o mais novo até a sua casa, mesmo que fosse um caminho totalmente contrário ao de sua própria casa, que era do outro lado da cidade, e que depois tivesse que pegar um ônibus para voltar. Não se importava com isso no momento. Era um preço pequeno a se pagar se fosse para continuar se sentindo do jeito que estava agora.

Apressou um pouco o passo, segurando as alças de sua mochila com as duas mãos, e alcançou o garoto mais novo, andando ao seu lado. Seus ombros se encostando vez ou outra tamanha a proximidade em que se encontrava. Todavia nenhum dos dois pareciam descontente com aquela falta de espaço pessoal.

— O que foi, Gukie?

— Oi?

— Por que você está com esse sorriso estranho no rosto?

— Sorriso estranho, eu? – Perguntou fechando a cara. Não percebeu que estava de fato sorrindo. – Você é quem está com um sorriso enorme e estranho, Kim.

— Gukie, eu estou sempre sorrindo. Isso faz parte da minha postura confiante e totalmente verdadeira. – Estufou o peito e inclinou o queixo ao terminar de falar.

— Você é muito convencido, Kim Taehyung. – Jeongguk falou sorrindo, balançando a cabeça de um lado para o outro.

O caminho até a casa de Jeongguk fora longo, mais ainda do que deveria ser, mesmo que o percurso tenha sido feito a pé. Jeongguk, Jimin e Yoongi sempre faziam aquele mesmo percurso, todos os dias, e não demoravam tanto tempo como Jeongguk e Taehyung demoraram para fazê-lo. Enquanto caminhavam acabaram engatando uma conversa que acabou puxando outra e mais outras e sem perceber já haviam descoberto muito mais coisas sobre o outro que ainda não sabiam, ou não se permitiam saber por causa da rixa idiota que tinham.

O assunto nunca parecia acabar, musicas, jogos, sempre tinham algo para conversar e parecia tão fácil, tão natural. Era prazeroso estar na companhia um do outro, mesmo que fosse apenas daquele jeito, sem querer atacar a boca ou o corpo alheio. A química entre eles era muito maior do que apenas sexual, não poderiam negar isso para eles mesmos.

Logo Taehyung dobrou a esquina onde leva a quadra da mansão dos Jeon. Apesar de ter passado por aquele lugar algumas vezes o Kim não conseguia evitar se surpreender com o tamanho daquele local. A casa dos Jeon ocupava um quarteirão inteiro. Se perguntava quão rica era a família do seu amigo-barra-mais-que-amigo.

— Está entregue. – Anunciou o mais velho ao parar em frente ao grande portão de ferro na entrada daquele extenso lugar. – E olha que dessa vez nem tivemos o nosso encontro normal na detenção.

— Eu já disse que não era um encontro, Kim.

— A gente poderia tentar.

— O que? Um encontro? – Jeongguk perguntou, os olhos arregalados.

— Não! Quero dizer, sim. – Embaralhou-se o mais velho ao responder. – A gente pode tentar ter um encontro de verdade dessa vez. Sair sabe, você e eu, oficialmente.

— Um encontro oficial de que, Taehyung?

— Eu não sei. – O mais velho passou a mão pelos cabelos, confuso. – Como amigos?

— Amigos? – Jeongguk repetiu, arqueando uma sobrancelha?

— Sim, Jeongguk. Amigos. – Dera um pequeno sorriso sem graça. – Eu não sei como proceder com essa situação, de verdade, eu não sei cara. Mas até lá, até a gente entender tudo direitinho, a gente continua sendo amigos, certo?

— Certo... – Jeongguk respondeu suspirando baixinho. Não poderia cobrar de Taehyung, visto que o garoto estava visivelmente confuso e também que nem mesmo ele, Jeongguk, saberia o que deveria cobrar.

— Tudo bem. – Taehyung falou mais animado. – Então eu vou indo agora. A gente combina o nosso encontro por mensagem, ok?

— Certo!

— Certo! – O Kim repetiu o que o outro disse, ainda bastante empolgado. – Até mais. – Inclinou-se rapidamente e deixara um suave e curto selar nos lábios do mais novo.

— Amigos não beijam na boca, Taehyung. – Jeongguk recriminou, dando um pequeno sorriso.

— Nós somos mais que amigos, Jeongguk. – Piscou um olho para o mais novo. – Até mais, Gukie. – Acenou um tchau para o outro enquanto se afastava.

— Até mais... – Jeongguk retribuiu o gesto, dando tchau para o loiro. – TaeTae.

Taehyung aumentou o sorriso ao ouvir do que o outro lhe chamara. Jeongguk virou de costa e entrou em sua casa, escondendo do Kim o sorriso gigante em seu rosto.

ººº

Quando Namjoon propôs ter um encontro com Jin ele não imaginava que o mais velho iria agilizar as coisas e lhe convidar para tomar um café já no fim da aula. Os dois se encontrariam na saída da escola, Namjoon já se encontrava do lado de fora, esperando que o rapaz de cabelos róseos fechasse a biblioteca e fizesse tudo o que ainda tinha para fazer dentro da escola.

Enquanto aguardava pela chegada do mais velho, o Kim sentia suas mãos suarem, aquele seria o seu primeiro encontro com Jin. Com o seu crush.

Não é como se não tivesse ido a encontros antes, mas esse era especial, ele sentia que era. Sentia que era o primeiro em que realmente gostaria de ir, sem a intenção de apenas ser um simples encontro em que você vai e dá uns amassos no final. Não que não quisesse dar uns amassos no rapaz bonito de cabelos cor de rosa, pois queria muito. Mas não era apenas essa a sua intenção.

Sentiu seu rosto esquentar ao pensar nesse tipo de coisa, se amaldiçoava por agir feito uma colegial apaixonada desses filmes ou livros de romance juvenil, contudo não conseguia evitar se sentir daquele jeito. Talvez a sua paixão juvenil tenha chegado tarde demais, mas seus hormônios tenham ficado à espera disso e tudo o que deveria sentir quando era um pouco mais novo ele estava sentindo agora, com e por causa de Jin.

Namjoon o viu sair e andar em sua direção, a calça jeans azul e justa com rasgos na altura dos joelhos, a camisa preta com uma estampa do Super Mario na frente e calçando all-star. O cabelo rosa balançando com o vendo. O Kim sentiu as famosas borboletas voando em sua barriga diante daquela visão, perguntava-se como alguém tão bonito como Kim Seokjin aceitou sair consigo.

— Vamos? — O mais velho perguntou ao se aproximar.

— C-claro. Vamos. – Namjoon respondeu afobado.

Jin dera um pequeno sorriso em sua direção e pôs-se a andar. Namjoon apenas o seguiu. O convite foi feito pela sua pessoa, mas pelo visto era Jin quem iria decidir onde eles iriam. Namjoon não se importava, desde que ele passasse um bom tempo com o rapaz de cabelos róseos, longe daqueles urubus disfarçados de estudantes que insistiam em sobrevoar o seu crush.

O caminho feito até o seu destino, que Namjoon acabou por descobrir ser uma cafeteria, não foi muito longo. Mesmo que o percurso tenha sido feito a pé não demorou para que eles chegassem. A cafeteria em si não era um local grande, todavia transmitia uma atmosfera acolhedora, as paredes em seus tons pasteis, mesas circulares com cadeiras rodeando a mesma estavam dispostas em lugares estratégicos pelo lugar. Uma música suave soava como som ambiente que era impregnado pelo cheiro caraterístico da bebida servida naquele estabelecimento.

Namjoon acompanhou o mais velho até uma das mesas, Jin escolheu uma mais afastada da entrada, porém com uma boa vista para todo o lugar, assim como para a grande vidraça localizada na parte frontal do estabelecimento por onde se era possível ver o fluxo de pedestres e poucos carros do lado de fora. O mais novo apertou a alça de sua mochila, incerto, antes de puxar a mesma para fora de seus ombros e a deixar no chão, ao lado da cadeira onde se sentara. Todos os seus movimentos sendo observados atentamente pelo rapaz mais velho, que mantinha um sorriso divertido no rosto.

O Kim mais novo, ainda sem muita confiança em manter contato visual com o mais velho, desviou o olhar, dando uma breve visão geral no local e constando que apesar de ser um estabelecimento relativamente modesto, ele era bem frequentado, em sua maioria por jovens, que vinham a ser estudantes de sua escola. Com toda certeza aquele local ser relativamente próximo a escola influenciava naquele estilo de clientela.

Namjoon ficou ainda mais tenso do que já se encontrava, vários alunos estavam ali e dependendo do que aconteceria, boatos poderiam se espalhar. Não estava muito ligando para sua imagem perante os alunos na escola, não ligava se fosse comentado sobre sua sexualidade ou algo parecido, o que importava mesmo era como ficaria a imagem de Jin. O que eles iriam falar sobre o bibliotecário estar num encontro com um aluno. Namjoon virou o rosto para encarar o mais velho e o mesmo se mantinha calmo e impassível, apenas apreciando o seu desespero interno que aparentemente estava sendo externo também.

— O que eles vão pensar? – Perguntou ao mais velho.

— Pensar o que? Quem?

— Eles.... – Inclinou a cabeça indicando as pessoas à sua volta. – Os alunos da escola que estão aqui, vendo a gente. O que eles vão pensar?

— Não interessa o que eles vão pensar, Namjoon. Não estamos fazendo nada demais, apenas tomando um café e conversando. – O de cabelos róseos respondeu casualmente. – Um bibliotecário temporário e um aluno podem ser amigos, isso não é nada anormal. – Deu de ombros. – Além do mais, não é como se eles soubessem que estamos num encontro, não é mesmo? – Dera uma piscadinha para o mais novo, que desviou o olhar, acanhado.

Seokjin estava certo, não é como se eles estivessem fazendo algo que os denunciasse. Bastava apenas agir naturalmente e não dar nenhuma bandeira. Porém para Namjoon aquilo parecia uma tarefa difícil de fazer naquele momento, seu nervosismo e ansiedade não lhe faziam agir naturalmente e, por conta disso, suspeitava que poderia dar alguma bandeira.

— Relaxa, Namjoon. – Jin disse dando um pequeno sorriso tranquilizador para o mais novo. Uma funcionária do local lhe trouxe suas bebidas o que fez Namjoon perceber que nem mesmo notou quando o mais velho fez o pedido.

— Tomei a liberdade de fazer enquanto você parecia ocupado olhando para os lados tentando evitar olhar para mim. – O mais velho disse em tom de brincadeira, como se respondesse à pergunta estampada em seu rosto.

— Desculpa. – Pediu Namjoon, se sentindo ridículo por ser tão óbvio.

— Sem problemas. – Respondeu, divertido, o mais velho. – Então, conte-me sobre você. – Pediu enquanto dava alguns goles em sua bebida e olhava atentamente para o outro.

— Na verdade... – Namjoon começou, apertando suavemente o copo com a bebida quente em suas mãos. – O propósito desse encontro é para eu saber um pouco mais sobre você já que aparentemente você sabe bastante coisas sobre mim.

— Eu só sei o básico que provavelmente todos da escola devem saber, Namjoon.

— Ainda assim é muito mais do que eu sei sobre você. – Interpôs. – Eu quero saber um pouco mais sobre você, se você me permitir, claro.

— Certo...- O mais velho sorriu. Parecia que o sorriso nunca abandonava o rosto do rapaz. Namjoon não sabia dizer se era por divertimento devido a seu comportamento afobado e o mesmo tempo acanhado, ou por estar realmente gostando de estar ali consigo. – O que você quer saber?

— Eu não sei – O mais novo começou incerto. – Como você sabe tanto sobre mim?

— Eu lhe disse, não? – Arqueou uma sobrancelha. – Eu estudava na mesma escola que você até o ano passado quando me formei, e por esse tempo você já era famoso, jogador de basquete.

— E irmão do V. – Namjoon interrompeu o mais velho, completando a informação com um rolar de olhos. Não era como se tivesse algo por ser reconhecido por ser irmão de Taehyung, mas o fato de ter seu nome reconhecido em sua maioria apenas por ser “irmão do V” não era algo legal de ouvir.

— Sim, isso também. – Jin dera um sorrisinho nasal ao ouvir o comentário do outro. – Continuando, é assim que eu conheço você.

— E como você pode me conhecer e eu não ter lembranças de você? Pelo jeito você é bem popular também e não precisou ser estrela de algum time ou irmão de um. – Perguntou num tom divertido, já começando a se sentir mais calmo. O mais velho conseguia lhe acalmar com sua fala mansa e natural.

— Eu não era alguém que se destacava enquanto estava na escola. – Deu de ombros. – Usava óculos, era meio nerd, roupas largas e todo o pacote do nerd comum. – Disse sorrindo enquanto lembrava do seu antigo “eu”. – Mas quando entrei na faculdade resolvi sair da concha, mudei um pouco o visual e com isso veio essa atenção toda.

— Você trouxe à tona a beleza que mantinha escondido. – Namjoon comentou, dando um pequeno sorriso escondido pelo copo da bebida enquanto sorvia alguns goles da mesma. Encarando o mais velho a sua frente.

— Pode colocar por essa perspectiva. – Dera de ombros. Mantendo o olhar sobre o mais novo, o primeiro contato visual que Namjoon não quebrava desde que entraram naquela cafeteria. O mais novo estava ganhando confiança e Jin estava gostando disso.

— E como é a vida de um calouro universitário? – Namjoon perguntou, mostrando em sua face um olhar atento e o real interesse que tinha em saber dessa parte da vida do mais velho.

O mais novo prestou atenção em tudo o que Jin lhe dizia, sobre sua vida de universitário, que morava sozinho em um pequeno apartamento que era mantido com a ajuda dos seus pais. Descobriu que o rapaz de cabelos róseos teve conhecimento sobre a vaga de bibliotecário substituto ao ir buscar alguns documentos na secretaria da escola e no ato se ofereceu para a vaga, que não tardou a ser preenchida por ele mesmo. Seokjin lhe contou mais algumas coisas, seus gostos pessoais, sobre seus amigos, um pouco de sua família e até mesmo que recentemente havia ganhado um cachorrinho para lhe fazer companhia em seu pequeno e solitário apartamento, e nesse momento os olhos do mais velho brilharam ao falar do animalzinho. Namjoon não pôde evitar pensar que aquela cena era uma das coisas mais fofas que havia presenciado.

O Kim mais novo também lhe contou mais um pouco sobre si, falou sobre o Namjoon que Jin não conhecia, o que não era parte do time de basquete da escola e conhecido por ser irmão do V.

— E é isso. – Finalizou, sacudindo o copo já vazio em sua mão direita. – Minha vida é completamente normal, vou de casa para a escola, leio bastante, as vezes saio com amigos e só. Não tem nada de empolgante como a sua.

— Você acha a minha vida empolgante?

— Claro! – Respondeu empolgado. – Você mora sozinho, é independente, sai com os amigos à noite. Até mesmo uma viagem para o meio da floresta você disse que fez. – Finalizou, ainda mais empolgado, imaginando quão legal seria fazer todas aquelas coisas e como seria melhor ainda fazê-las na companhia de Jin. – Eu não vejo a hora de entrar na faculdade e ser independente também. Ainda bem que este é o meu último ano.

— Você está visando tanto assim ser independente? – Questionou o outro, divertido.

— Acho que é o sonho de todo jovem que chega numa idade próxima a minha, não? – Deu de ombros.

— Sim... – Concordou simplesmente. – Ou também de pessoas que esperam ter sua independência para se libertar e fazer tudo aquilo que sente vontade de fazer, mas não pode. – Pontuou.

— Como você.

— Hein? – Arqueou uma sobrancelha para o mais novo.

— Bem... – Se ajeitou na cadeira, se sentindo um pouco desconfortável após ter dito o que disse e ainda estar sob o olhar atento do mais velho. – Você disse que era alguém mais reprimido na escola e que após entrar na faculdade, e tudo mais, você se soltou, então...

— É, você tem razão. – Concordou com o outro. Não poderia negar, pois ele estava certo. Fora exatamente isso que aconteceu consigo. – Então é isso o que você quer? Por isso está visando sua independia, para se libertar de alguma amarra e fazer alguma coisa que quer muito fazer, mas não pode?

— Eu não tenho amarras nenhuma, hyung. Não desse jeito. – Respondeu direto. – E quanto ter algo que quero fazer e não posso só existe uma coisa.

— O que seria isso?

Namjoon olhou para os lados, notando que a cafeteria já se encontrava mais vazia, do lado de fora as luzes dos postes começavam a se acender. Não viu o tempo passar, muito entretido em sua conversa com o seu crush/hyung.

— Já está tarde... – Disse olhando para o lado de fora. – Acho melhor irmos, não?

— Claro... – O rapaz mais velho respondeu, estranhando aquela mudança repentina do outro.

Ambos se levantaram e jogaram seus copos na lixeira próxima a saída. Do lado de fora andavam lado a lado, num silencio estranho. Namjoon mantinha a cabeça baixa, mantendo o foco em suas sombras que sumiam e então esticavam sempre que se aproximavam de um poste de luz. Mordeu o lábio inferior antes de começar a falar.

— Você quer saber o que eu quero fazer, mas não posso ainda?

— Se você quiser contar... – O mais velho deu de ombros ao responder, tentando mostrar que para ele não importava tanto assim quando na verdade estava curioso para saber o que o mais novo tinha para lhe contar.

Namjoon parou e o mais velho fez o mesmo, olhando para o outro em expectativa. O Kim mais novo olhou para os dois lados da rua, constatando que não havia movimento nenhum naquele momento. Com o coração acelerado virou-se de frente para o mais velho, se aproximando sutilmente e notando que, apesar de ser mais novo era um pouco mais alto do que o rapaz de cabelos cor de rosa. Esfregou as mãos nas calças, enxugando as palmas suadas na mesma e então se aproximou um pouco mais.

Seokjin sabia onde aquilo ia dar, e estava na expectativa. Namjoon estava decidido e confiante apesar de sua postura demostrar incerteza e indecisão. Era confuso, era contraditório, porém ninguém disse que Kim Namjoon era alguém simples de entender. Namjoon fechou o espaço entre seus copos e com a mão direita segurou suavemente o rosto do mais velho enquanto aproximava o seu, colando seus lábios, iniciando um beijo suave sob a luz amarelada de um dos postes de luz daquela rua praticamente deserta, se não fosse pelos dois garotos se beijando.

Namjoon quebrou o beijo, mas manteve o mais velho próximo a si, a mão ainda suavemente posta sobre o rosto de Seokjin.

— Essa é a única coisa que eu queria fazer e não podia. – Dera um pequeno sorriso nervoso. – Ao menos não dentro daquela cafeteria. O que você tem a dizer sobre isso?

— Bem... Estou feliz que você tenha me contato, ou melhor, me mostrado.

— Sério? – Namjoon pediu, animado.

— Sim, sério. – Sorriu diante a empolgação do mais novo.

— Eu ainda tenho tanta coisa para te contar, e mostrar hyung. – Disse empolgado.

— Mal vejo a hora para ouvir e ver todas elas, Namjoonie.

Namjoon sorriu ainda maior ao ouvir o outro lhe chamando daquele jeito, tão íntimo e tão fofo.

— A gente poderia ir para o seu aparamento, eu lhe contaria tudo.

— Acho que é cedo demais para levar você para o meu apartamento, não, Namjoonie? – Sorriu divertido. – Afinal ainda foi o nosso primeiro encontro.

— C-claro... – Concordou, sentindo o seu rosto esquentar. – Eu não estava falando sobre a gente ir para o seu apartamento e fazer... sabe... E-eu...

— Eu sei, Namjoon. Eu sei. – O mais velho disse rindo. – Mas acho que por hoje já chega de confissões, não?

— Sim. – Sorriu pequeno, o mais novo

Voltaram a andar, em silencio. Cada um sorrindo por seu próprio motivo. Namjoon já se sentia mais confiante agora, mesmo que tenha sentido vergonha ao achar que sua última declaração tenha sido mal interpretada. Mesmo assim, sentia que havia avançando um passo ali e, por esse pensamento, e com a confiança ganha, foi que voltou a falar com Jin.

— Hyung.

— Sim? – Virou o rosto para o outro.

— Antes de eu ir embora eu queria confessar mais uma coisa.

Jin sorriu pequeno.

— Pode falar, Namjoon.

Namjoon apenas se virou para o mais velho e o puxou, colando seus lábios mais uma vez.


Notas Finais


Gente, eu não sei se já comentei isso, acho que deveria colocar nos avisos de forma mais explicita... O Taehyung dessa fic é muito desbocado mesmo hahaha! A verdade é que quando estou escrevendo ele fala ainda mais palavrão (sim, ele fala porque quando a gente escreve naquele momento é como se estivéssemos vivendo o personagem) então eu acabo cortando muita coisa. Aos sensíveis desculpem pelo meu filho boca suja hsauhsuaua!

Ia responder aos comentários do capitulo anterior antes de postar, mas estou morrendo de sono então dei preferencia a atualização. Amanhã respondo a todos os comments, blz?

Aliás, comentem o que acharam desse capitulo Rolou Taekook fofinhos, Namjin fofinhos. Os Kim brothers marcaram um gol bonito? hsuahsua

É o sono, gente. Relevem o meu retardo.

Enfim, me sigam no twitter, qualquer coisa, aviso de atualização ou não, ou até mesmo spoiler (quem sabe?) eu posso dar lá. Só vem!
https://twitter.com/MonieMonii

Beijo no kokoro de vocês e até o próximo capitulo!


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