1. Spirit Fanfics >
  2. Betroth - Jikook >
  3. Que tipo de acordo?

História Betroth - Jikook - Que tipo de acordo?


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Não falei que atualizava essa semana? ^^ hehe

Quase 30 favoritos só com o 1° capítulo?! INSANO!

Agora que o primeiro capítulo já passou posso revelar o significado do título da fanfic ^^ "Betroth" significa "casamento arranjado" em inglês :P

Bom, sem mais delongas, boa leitura o/

Capítulo 2 - Que tipo de acordo?


Fanfic / Fanfiction Betroth - Jikook - Que tipo de acordo?

— Como assim noivos? — disse um pouco exaltado assim que meus pais entraram em casa, afinal eles tinham acompanhado as visitas até o portão.

Bom, depois que meu pai jogou a bomba, os Park acharam melhor ir embora para conversarem melhor com o filho, e para que meus pais conversassem melhor comigo.

— Nosso império hoteleiro e o império fashion dos Park já são poderosíssimos sozinhos, então ambos decidimos juntar as famílias. Seremos donos da Ásia e, daqui uns anos, do mundo!

— Mas tinha que envolver casamento?!

— É o único jeito.

— Não quero me casar com ele! Isso não é justo! — esbravejei.

— Veja bem, Jungkook. Nós já fizemos o favor de te noivar com um homem, que também é gay. Ou será que você preferiria noivar com uma mulher? — fiz silêncio.

Nem sei o que seria pior: passar a vida ao lado de uma mulher, ou passar a vida ao lado do embuste.

— Então não reclame. Você e Jimin se casarão sim, e não há nada que vocês possam fazer para mudar isso.

Meu sangue fervia de ódio. Mesmo não sendo tão próximo dos meus pais eu nunca pensei que eles me submeteriam a um casamento arranjado! Isso não é justo! Não é! Eles sequer perguntaram o que eu queria! Meus pais sabem mais do que ninguém o que é viver ao lado de alguém que não ama, e sequer gosta.

O casamento dos dois também fora arranjado. A família da minha mãe era do ramo gastronômico, possuía dezenas de restaurantes cinco estrelas ao redor do país, além de varias sedes no Japão e na China. A do meu pai era do ramo hoteleiro, a mesma rede que meu pai possui até hoje.

O que aconteceu com eles é exatamente o que eles querem fazer comigo e com Park Jimin: vão juntar os impérios. Minha mãe ainda administra a franquia de restaurantes que um dia pertenceu aos meus avós — já falecidos —, a diferença é que, depois que ela se casou, seus restaurantes foram incorporados aos hotéis de meu pai.

Até faz sentido fundir uma família de hoteleiros com uma família dona de restaurantes, mas ai eu me pergunto: por que juntar uma família hoteleira e uma família do ramo da moda? Eles querem colocar lojas de roupa nos hotéis, é isso?! Não faz o menor sentido! É pra isso que existem os shoppings: para se comprar roupas!

Ainda incrédulo, subi as escadas a passos duros. Não quero ver ninguém, não quero falar com ninguém. Quero apenas encher minha banheira e ficar lá a noite toda. Entrei em meu quarto e bati a porta com força, trancando-a em seguida. Minha vontade era de chorar, não pelo casamento arranjado em si — afinal poderia ter sido com uma mulher, como meu pai mesmo mencionou —, mas sim pelo fato de o outro noivo ser o energúmeno do Park Jimin.

 

{...}

.
             x
             .

{...}

 

Park Jimin POV

 

— Jimin. — chamou-me com sua voz rouca.

— Hm?

Eu estava deitado em seus braços, com o corpo virado para o lado, e com meu braço envolvendo seu torso exposto e pálido. Era por volta de dez e meia da noite e o cheiro de sexo fazia-se presente no quarto mal iluminado. Não vou mentir, estava exausto, não pelo recém sexo, mas pelo dia de hoje em si.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou-me.

 

"— Você irá se casar com o herdeiro dos Jeon, Jimin! Você deveria estar feliz, afinal Jungkook é um bom partido! — disse minha mãe na tentativa de me animar. 'Bom partido' não sei de onde, né.

Eu estava largado em minha cama, chorando, destruído. Depois que fomos embora da casa dos Jeon, meus pais me explicaram, durante o trajeto até em casa, os motivos de me submetem a um casamento arranjado. Mas eu preferiria morrer a me casar com Jeon Jeongguk!

— Mas, mãe... — me sentei e a olhei nos olhos. — Você e o pai se casaram porque se gostavam! Por que vocês querem fazer isso comigo? Sou seu único filho! — falei mais alto. — Vocês dois deveriam querer minha felicidade mais do que ninguém!

— Ah... — suspirou. — Chim, na época que eu e seu pai nos casamos nós não éramos milionários, muito menos ricos. Você sabe que com toda essa riqueza, vieram também alguns pontos negativos. — desviei o olhar, porque sabia que era verdade. Certas horas ser rico é um saco. — Temos que nos preocupar com seu futuro, com o futuro da Bak e- — a interrompi.

— Então tudo é sobre a Bak, não é? Desde que a marca estourou no mercado vocês só se importam com ela! — haviam lágrimas de raiva presas em meus olhos, outras de tristeza haviam caído mais cedo. — E vocês me escolhem justo Jeon Jeongguk como noivo?! E tudo que eu já te contei sobre ele no passado?! — ela fez uma expressão confusa e eu suavizei a minha. — Você esqueceu, não foi? — uma lágrima isolada escorreu. — Eu sabia. Vocês não se importam comigo mais, né?

— Nós te amamos, filho! É claro que nos importamos com você!

— Vocês tem uma maneira bem estranha de demonstrar.

Peguei meu celular e me levantei da cama. Saí do quarto apressado antes que minha mãe falasse algo, na verdade ouvi seus gritos perguntando-me onde eu estava indo. Desci as escadas correndo, inclusive quase cai, mas não me importei.

— Jimin? Jimin! Aonde vai? — perguntou meu pai, que estava sentado na poltrona lendo um jornal.

Passei pela porta da frente sem dar satisfações — não que eu precisasse depois 'do favor' que eles me fizeram. Já era tarde, por volta das nove e quarenta. Corri alguns bons metros até a esquina, onde peguei meu telefone e disquei um número já bem conhecido.

— Alô?

— H-Hyung... Quero te ver."

 

— Yah... Jimin... — dava leves batidinhas em meu braço. Ergui o olhar assim que saí de meu transe. — Tá tudo bem?

— Uhum... — murmurei em afirmação, desviando o olhar novamente.

— Não minta pra mim, Jimin. — pediu.

Eu sabia que ele me conhecia, mas não fazia ideia de que me conhecia tanto ao ponto de notar algo estranho somente por um murmurar.

— Ah... — suspirei. — Eu tenho que te contar uma coisa, Yoongi.

Sentei-me na cama para poder contar a ele a novidade. Confesso que foi difícil ficar sentado, já que meu traseiro estava — bem — dolorido.

Um vento gelado balançava as cortinas da janela aberta e arrepiava todo meu corpo conforme se chocava ao meu torso nu. Uma manta fina nos cobria da cintura para baixo, aquecendo-nos um pouco nessa noite fria.

— Estou noivo. — disse sucinto.

Noivo? Como assim noivo? — sentou-se e me encarou de cenhos franzidos, confuso.

— Casamento arranjado... Fiquei sabendo agora pouco na verdade.

Ele não disse nada, apenas deitou-se novamente.

— Não vai falar nada? — perguntei.

— O que quer que eu fale? Não vai mudar nada.

Queria que você, sei lá, me assumisse e lutasse por mim.

— Mas... e a gente?

— Não tem "a gente", Jimin. — falou seco. — Não temos nada, apenas nos encontramos casualmente.

Olhei para baixo, sabia que era verdade. Não somos nada um do outro, apenas transamos quando nos dá na telha. Parando melhor pra pensar, nunca sequer saímos juntos para ir ao cinema, tomar sorvete ou algo do tipo... Tecnicamente somos completos estranhos.

Senti uma pontada forte no coração ao pensar nisso. Como eu queria que isso fosse diferente... Como eu queria que nossa relação fosse diferente. Estamos nessa situação há quase um ano e Yoongi nunca se tocou dos meus sentimentos por ele — bom, não que eu tenha dado alguma pista também... Digamos que fingir uma máscara é minha especialidade.

— Aonde vai? — perguntou-me assim que me livrei da manta e sai da cama.

— Pra casa. — procurei rapidamente minha boxer perdida no chão e vesti-a assim que a encontrei largada perto do criado mudo.

— Mas já? — sentou-se. — Fica mais um pouco, eu te levo mais tarde.

— Não se sinta obrigado. Afinal não temos nada, certo, hyung? — ironizei enfatizando o “hyung”, já afivelando o cinto da calça recém-vestida.

Catei minha camisa social e a vesti rapidamente, sem sequer abotoá-la. Coloquei meus sapatos de qualquer jeito e procurei por meu celular, que por sorte estava no bolso da calça. Sai tão rápido do apartamento de Yoongi que ele nem teve tempo de se levantar — na verdade acho que ele nem iria me impedir de ir embora...

Fui abotoando minha camisa dentro do elevador mesmo, e, como estava tarde, nem encontrei ninguém no caminho até a portaria. Ir do décimo andar até o térreo não chegou a levar cinco minutos sequer. As portas de metal se abriram e revelaram o já tão conhecido saguão extremamente luxuoso. O velho de cabelos brancos, sr. Lee, ocupava seu lugar na portaria, controlando a entrada e saída de pessoas.

— Tenha uma boa noite, sr. Lee. — cumprimentei-o com meu melhor sorriso.

— Oh, não vai passar a noite no sr. Min hoje, sr. Park?

— Sr. Lee... — ri. — Quantas vezes já falei para me chamar apenas de Jimin?

— Perdão, é força do hábito. — riu de leve.

— Ai ai, só o senhor mesmo! — ri e suspirei. — Tenho aula amanhã cedo, por isso já vou embora. Até mais, sr. Lee!

Ele sorriu, enrugando ainda mais sua face já enrugada, e destravou a porta para que eu pudesse ir embora.

A noite estava bem mais fria do que parecia, fazendo-me arrepender amargamente por não ter saído de casa com um casaco. Tateei minhas roupas a procura de meu celular para ligar para um táxi, e o fiz assim que achei o aparelho. Dei o endereço do prédio de Yoongi e o rapaz me disse que chegava dentro de dez minutos.

Pensei em várias coisas enquanto olhava as estrelas a espera do táxi. Pensei em mim, em Yoongi, nos meus pais, na Bak, e até mesmo em Jeongguk. No caminho pra casa não foi diferente. Sempre me pegava pensando em algo enquanto observava a cidade pela janela do carro. Não me lembro da última vez que chorei tantas vezes num dia só, só sei que quando me dei conta eu estava com lágrimas silenciosas escorrendo por minhas bochechas.

É impossível ser forte cem por cento do tempo.

 

{...}

.
             x
             .

{...}

 

Jeon Jungkook POV

 

Cheguei em casa por volta das quatro e meia da tarde, após um dia letivo puxado. Hoje, terça-feira, tive aulas de coreano, história, artes e física. Tudo teria sido ótimo se eu não tivesse tido aula de física com Park. Ter aula com esse ser todo santo dia parece até castigo, mas eu prefiro ter aula com ele todo dia até eu me formar do que me casar com ele.

— Sr. Jeon, o senhor tem visita. — informou-me o mordomo ao abrir-me a porta.

Visita? Mas que visita?

Antes de qualquer coisa, resolvi guardar meus livros em meus aposentos e trocar de roupa rapidamente. Havia uma empregada encerando o piso da sala, e outra limpando os vasos de plantas dispostos ao longo do cômodo. A casa estava lustrosa e impecável como sempre, cheirava a lavanda e não havia nada fora do lugar.

Meus pais não estavam em casa ainda, ficariam até tarde em um dos hotéis para uma reunião com os sócios. Por isso achei estranho termos uma visita justo agora.

— O que faz aqui? — perguntei assim que abri a porta do meu quarto e dei de cara com Park jogado em minha cama, mexendo no celular. — Não bastou a você me atazanar na aula de física?

— Engraçadinho. — fez careta de deboche. — Meus pais mandaram o motorista me trazer aqui.

— Como assim seus pais te mandaram pra cá?

Fechei a porta e caminhei até minha escrivaninha, onde coloquei todos os meus livros. Sentei-me na poltrona de leitura, ficando de frente para o garoto de cabelos rosa, e cruzei os braços — impaciente —, esperando sua resposta.

— Seus pais não te contaram nada? — franzi o cenho numa expressão que dizia "De que diabos está falando?" — Ah. — suspirou. — Nossos pais querem que passemos mais tempo juntos para nos conhecermos e nos habituarmos um ao outro.

— Isso é um absurdo! Meus pais não me disseram nada. Não basta nos noivarem, eles ainda querem que passemos as tardes juntos? Absurdo.

Isso não se faz! Além de aturar Park em Jungsan ainda vou ter que aturá-lo na minha casa?

— Olha, não temos que ser amigos. Podemos apenas fechar um acordo.

— Que tipo de acordo? — perguntei interessado.

— Passamos as tardes juntos no mesmo ambiente, cada um faz o que tem que fazer e, se perguntarem o que nós fizemos, nós falamos que assistimos a algum filme ou algo do tipo.

— Fechado. — concordei sem ao menos pestanejar.

— E em relação ao casamento nós podemos fazer um acordo também.

— Desembucha, Park. — ao invés de falar tudo de uma vez ele fica ai enrolando, que coisa!

— Nós nos casamos, mas cada um vive a sua vida. Veja bem, podemos morar na mesma casa ou em casas separadas, nós poderemos sair com quem quisermos etc sem darmos satisfação um ao outro. A única coisa que nos unirá será uma certidão de casamento apenas. O que me diz?

— Tenho que admitir que essa foi a coisa mais inteligente que você já disse.

— Por acaso isso foi um elogio?

Revirei os olhos e tirei meu celular do bolso do blazer. Comecei a checar minhas mensagens no Kakao Talk, e depois segui para o Facebook, onde fiquei entretido por uns vinte minutos. Park e eu não trocamos sequer uma palavra depois de selarmos os acordos.

— Ei, está usando o wi-fi? — perguntei franzindo o cenho.

— To. — respondeu sem sequer tirar os olhos da tela.

Bem que notei que a internet estava meio lenta.

— Como conseguiu a senha?

— Pedi pra empregada.

— Qual delas?

— Não vou te contar.

Mas olha que abusado esse menino!

— Por que não?

— Pra você não demiti-la por ter me passado a senha. — ironizou e revirou os olhos.

Bufei.

— Onde fica o banheiro? — perguntou-me enquanto se sentava na cama.

— Ali. — apontei para uma das portas que estavam dentro do quarto.

Ele se levantou, jogou o celular na cama e seguiu para o banheiro. Minha cama estava toda bagunçada, as almofadas estavam espalhadas — e uma inclusive estava no chão —, e a manta de cima estava toda amarrotada. Eu mereço, além de simplesmente aparecer na minha casa sem mais nem menos ainda bagunça a minha cama.

Aproveitei o tempo em que Park estava ausente para arrumar minha cama. Geralmente não sou eu que arrumo, e sim uma empregada, mas não estou a fim de chamar uma aqui em cima só pra fazer isso. Ouvi seu celular apitando, era uma mensagem no Kakao Talk. Curioso, peguei o telefone e li a mensagem sem desbloquear o celular — até porque o aparelho tinha senha.

 "A noite de ontem foi ótima”
              “O que me diz de repetir a dose hoje?"
              "Te busco no lugar de sempre às nove"

Então quer dizer que o senhor Park Jimin anda aprontando. Com quem será? Quem sabe eu não consiga usar isso contra ele no futuro.

Procurei o nome de quem enviou a mensagem e me surpreendi.

— Min Yoongi, é? — murmurei comigo mesmo e sorri de lado. — Interessante.


Notas Finais


Jimin tá de rolo com o Yoongi?? QUE ISSO HEIN MEU JOVEM

(Ai gente, não vou ficar escrevendo bonitinho aqui nas notas que nem eu escrevo nos capítulos não ok? kkkkkkkk)

Ah! Essa foi a primeira vez que eu mudei de POV na história das minhas fcs (eu ACHO kkkkk). Não gosto muito de pular de POV em POV, mas nesse capítulo acho que foi necessário. Raramente vão ocorrer mudanças de POV durante um capítulo, então é isso :P

Digam o que acharam do capítulo *^* Confesso que não fiquei 100% satisfeita com ele... Mas não se preocupem que o resto da fic já está certinha na minha mente, então os capítulos vão ser melhores (espero rsrs)

Gostou? Deixe seu favorito :") Vou ficar muito feliz em ter você, caro camarãozinho, acompanhando minha estória ^^ <3

É isso, gente ^^ Já estou escrevendo o próximo capítulo >.<

Até o próximo e........ BEIJOS DE LUZ *3*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...