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História Betroth - Jikook - Inconveniencia


Escrita por: Makita_Kiyo

Notas do Autor


Olá, seres humanos lindos e maravilhosos do meu coração!

Mais uma semana, mais um capítulo ^^

O capítulo de hoje se passa integralmente no POV do Jimin, porque eu escrevi o cap tanto no POV do Jungkook quanto no do Jimin, e acreditem... o POV do Jimin ficou melhor.

Se tiver algum erro eu arrumo mais tarde ^^

Boa leitura!

Capítulo 3 - Inconveniencia


Fanfic / Fanfiction Betroth - Jikook - Inconveniencia

 

— Interessante. — ouvi Jeongguk murmurar quando abri a porta do banheiro.

— Falando sozinho, Jeon? — caçoei.

Como ele estava de costas, se assustou e deu um pulo. Ouvi o barulho de algo caindo no colchão, mas ignorei.

— Pensei alto, só isso.

— Ah, menos mal. Achei que teria que me casar com um caduco de quinze anos.

— Hahaha. — riu sem humor. — Engraçadinho. E, pra sua informação, eu tenho dezenove.

— Com essa cara de bebê? — arqueei uma das sobrancelhas. — Nem parece.

— Falou a pessoa que tem a altura de uma criança de doze anos.

— Muito engraçado. — disse e me joguei em sua cama.

— Que droga, Park! Será que da pra sair da minha cama? Eu acabei de arrumar a bagunça que você fez.

A culpa não é minha se sua cama é boa.

— Você é muito estressado, Jeon Jeongguk. Credo. — peguei uma das almofadas recém-posta no lugar e levei para baixo de minha cabeça.

— Meu stress tem nome, cor e data de nascimento. Só não tem altura mesmo.

Porra, eu nem sou tão baixo assim!

— Vai te catar. — peguei meu celular.

Quando apertei o botão de início do iPhone para desbloqueá-lo, vi algumas notificações do Kakao Talk. Digitei a senha, destravando o aparelho, e segui direto para o aplicativo de mensagens.

Mensagem de TaeTae: "Jiminnie, tem como me passar a matéria de hoje?"

Respondi que estava fora e que passaria assim que chegasse em casa, já que deixei meu material no carro e o chofer o levou embora. Perguntei-o o porquê de sua falta hoje, ele me respondeu que tinha uma funcionária nova em uma das lanchonetes de sua família e que precisava ajudá-la no primeiro dia — ah sim, claro... ajudá-la a salvar seu número do telefone, isso sim.

Mensagem de Mãe: "Chim, que horas posso pedir para o sr. Woo te buscar?"

Disse à minha mãe para não se preocupar e que eu mesmo ligaria para ele quando eu quisesse ir embora — vulgo, quando eu enjoasse da cara do Jeon ou cansasse de provocá-lo por hoje.

Saí da janela da conversa com minha mãe e fui para a página inicial do Kakao, onde todas as minhas conversas estavam dispostas. Vi que me adicionaram num grupo de uma festa que vai ter daqui duas semanas e em outro de um trabalho em grupo da aula de desenho. Bloquei ambos só para não ter infinitas notificações apitando toda hora e segui para a checar a próxima mensagem, no caso, três.

Mensagens de Yoongi:
"A noite de ontem foi ótima"
"O que me diz de repetir a dose hoje?"
"Te busco no lugar de sempre às nove"

Li e reli as mensagens umas três ou quatro vezes enquanto pensava numa resposta. Mordi o lábio inferior e desviei o olhar, pensativo.

"— O que quer que eu fale? Não vai mudar nada."

"— Não tem 'a gente', Jimin. Não temos nada, apenas nos encontramos casualmente."

Suas falas de ontem ecoaram em minha mente enquanto eu decidia se me encontraria com ele hoje ou não.

Poderíamos ter "noites ótimas" todas as noites se você me assumisse para seus pais e me pedisse em namoro... Além de eu conseguir cancelar esse casamento ridículo eu ainda ficaria ao lado de quem gosto. E o melhor é que se eu e Yoongi nos casássemos não seria diferente da minha união com Jeongguk, já que a família Min também é do ramo hoteleiro e tem a segunda maior rede de hotéis da Coréia, perdendo apenas para os hotéis dos Jeon.

"Não posso hoje, estou ocupado", respondi. Sua resposta não demorou a chegar: "Ah, fica pra outro dia então".

Só isso...? Não vai nem insistir? Nem parece o Min Yoongi que eu conheço...

Bloquei o celular sem sequer respondê-lo dessa vez. Olhei para Jeon, que continuava parado no mesmo lugar — não era como se ele estivesse ali por horas, afinal não gastei nem cinco minutos checando meu Kakao, mas ao invés de se sentar ele ficou ali parado.

— Tá tentando criar raízes ai, é? — ironizei.

— Não, só to esperando você e sua bunda grande saírem da minha cama.

— Andou olhando pra minha bunda, Jeon Jeongguk? — franzi o cenho e sorri de lado, olhando-o desconfiado, mas divertido ao mesmo tempo. Notei que suas bochechas coraram um pouco.

— Eu? Olhando pra sua bunda? Ha. — riu irônico.

— E como sabe que ela é grande já que nunca olhou pra ela? — agora eu te peguei hehehe.

— Fácil! Ela é maior que você. — mas que miserável esse garoto!

O pior foi que ele disse aquilo e sorriu vitorioso, como se tivesse ganhado a guerra. Mas mal sabe ele que está lidando com o rei da ironia e das patadas.

— Maior que eu eu não sei, mas... — o olhei de cima a baixo com uma expressão de deboche. — maior que você — apontei para seus documentos. — eu tenho certeza.

Na mesma hora seu sorriso deu lugar a um semblante muito zangado. Adoro irritar esse menino! É cada momento impagável que meu Deus do céu!

— Quer apostar? Vem cá que eu te mostro.

— Não, obrigado. — se bem que Jeon tem cara de quem é bom...

— Aqui, você não vai embora não? — mudou de assunto drasticamente.

— Hm... Não. Te irritar é meu passatempo predileto. — Jeon suspirou pesado e revirou os olhos, se virou e, preguiçosamente, caminhou até o sofá grande próximo a cama.

Nem parecia o Jeon cheio de classe que ele exibe em Jungsan. Mas é normal isso, né? Ele está em sua casa, e em seu quarto ainda por cima! Seria estranho se ele agisse aqui dentro como ele age lá fora. Levantei-me da cama e me juntei a ele no sofá espaçoso.

— Ah não. O que quer?

— Põe um filme ai. — pedi.

— Mas e a parte do "não precisamos ser amigos" que você mencionou no nosso acordinho?

— E ver um filme vai nos transformar magicamente em amigos por acaso? — ele revirou os olhos e pegou o controle da tv de plasma gigantesca pendurada na parede, parecia até um cinema.

Esse quarto é um apartamento quase completo! Só falta uma cozinha pra ficar tudo perfeito.

— Escolhe um filme legal ai, que eu vou fazer pipoca. — pulei para fora do sofá.

Olhei em volta a procura de um chinelo, pantufa, qualquer coisa, para poder calçar — já que eu estava, obviamente, descalço e não estava a fim de colocar meu sapato social só pra arrebentar uma pipoca — e achei um chinelo vermelho e amarelo com a cabeça do Homem de Ferro colada de um lado das alças do chinelo.

Ri internamente e cogitei caçoá-lo por isso, mas não o fiz porque... porque eu tenho um chinelo do Hulk.

— Tá vendo aquele interfone ali? — apontou para o aparelho preso na parede entre sua cama e a porta.

— O que tem ele?

— É só apertar e mandar uma das empregadas fazer e trazer a pipoca aqui pra cima.

— Aaaah, tenha dó! — ri. — Eu gosto de estourar pipoca e eu mesmo vou fazê-lo, Jeonggukie.

— Jeonggu...kie? — repetiu com um semblante confuso.

— Já volto.

Saí rapidamente do quarto, vermelho por ter chamado Jeon de um jeito "carinhoso". Esse garoto já me fez tanta coisa no passado que não merece que eu seja legal ou "carinhoso" com ele.

Meus pais são donos de uma das maiores grifes de roupas da Ásia, a Bak. A marca fez sucesso e estourou no mercado, trazendo riqueza aos meus pais, quando eu tinha cerca de nove anos. Foi uma loucura enriquecer "de uma hora pra outra", mas foi mais louco ainda sair de um colégio relativamente simples e ir para a Jungsan — sim, ela também tem ensino infantil.

Como o ano letivo já havia se iniciado há uns três meses, as panelinhas já estavam formadas e eu não tinha nenhum amigo. Eu estudava com Jeongguk naquela época — quero dizer, eu ainda estudo, mas antigamente eu fazia todas as aulas com ele, já que não tínhamos como "escolher" nossa grade curricular — e confesso que o achei legal quando o vi pela primeira vez.

Eu queria muito ser seu amigo, mas ele só andava com Jung Hoseok pra cima e pra baixo. Um dia Jung não foi à aula e vi ali uma oportunidade de fazer um amigo. Na minha antiga escola eu fazia amigos ou perguntando se queria brincar ou perguntando logo de cara se queria ser meu amigo. Mas dessa vez eu o abordei de outro jeito.

"— Quer um pedaço, Jungkookie? Minha mãe que fez. — estendi o sanduíche e perguntei a ele com um sorriso sem mostrar os dentes, porém com eye smile.

Ele me olhou com desprezo, colocou seus hashis na vasilha — tipo uma marmita — e se levantou, ficando de frente pra mim. Jungkook era maior que eu — não muito, diria que uns cinco dedos maior — e me intimidei um pouco. Ele olhou para meu lanche por breves instantes e ergueu o olhar novamente, me encarando.

— Não vou comer essa porcaria. — disse seco e meu sorriso se desfez lentamente. — E eu não ligo se foi sua mamãezinha que fez ou não. — ele ia se virar para se sentar em sua carteira novamente, mas parou e voltou sua atenção à mim mais uma vez. — Você não é aquele pivete que deu sorte? Aqui não é lugar pra gente do seu nível, imundo. Volte para o lugar de onde veio e pare de sujar a Jungsan."

Mais tarde naquele dia eu chorei como nunca havia chorado antes. Contei tudo à minha mãe, que ficou chocada e horrorizada por saber que aquelas palavras saíram da boca de alguém de nove anos. Pedi aos meus pais para me colocarem na minha escola antiga, mas eles disseram que não era pra eu deixar um garoto arrogante e mal-educado me atrapalhar.

Depois daquele dia fiquei mais esperto, aprendi a ser irônico e sarcástico com o tempo, e nunca mais deixei ninguém me destratar ou humilhar de novo. O que mais eu achava estranho é que Jeon só foi grosso daquele jeito comigo, porque com Jung ele era amigável, com os outros colegas ele era amigável — por isso achei que ele seria um bom amigo—, mas comigo ele foi aquele ogro... Nunca entendi o porquê disso e agora não me importa também.

Conheci Taehyung no semestre seguinte. Sua família era — e ainda é — dona de uma rede mundial de fast food, com sedes na Ásia, Oceania, Europa e Américas. Tae já estudava na Jungsan antes, mas por motivos de negócios teve que morar um ano na China. Ele foi um grande amigo, tanto é que continuamos melhores amigos até hoje, sete anos depois.

Cheguei ao pé da escada e procurei por alguém naquele salão gigante, acabei por achar uma empregada tirando pó de um dos muitos enfeites da sala.

— Com licença, senhora... Onde fica a cozinha?

— Do que o senhor precisa? Posso providenciar para o senhor.

— Não, não! — balancei as mãos em negação. — Eu só quero saber onde fica a cozinha e onde tem pipoca, só isso. — sorri de leve sem mostrar os dentes.

— Ah... Me acompanhe, por favor.

Segui a mulher, que aparentava ter não mais que cinquenta anos, pela mansão. Aquela parte eu já conhecia — afinal jantei aqui ontem —, mas assim que passamos por uma porta na sala de jantar — que estava fechada ontem — adentrei em uma enorme cozinha. Os equipamentos eram todos de inox, as bancadas eram de mármore e os armários e gabinetes eram brancos.

— As guloseimas e os lanches rápidos do sr. Jungkook ficam aqui nesse armário. — apontou e abriu a porta, revelando um mundo de doces e, é claro, pipocas.

— Obrigado! — sorri e peguei dois saquinhos para estourar no microondas.

A senhora pegou dois baldes de pipoca e depositou-os na ilha, e eu a agradeci novamente, sendo retribuído com um sorriso leve. Ela se retirou e eu continuei na cozinha estourando as pipocas por bons cinco minutos mais ou menos. Despejei um saco em cada balde, peguei o saleiro — que estava a vista —, os baldes e subi.

— Achei que tinha morrido lá embaixo. — aposto que você queria isso mesmo, né?

— Que exagero. Não gastei nem dez minutos. — me sentei, e Jeon tentou pegar um dos baldes. — Ei! Os dois são meus! Se quiser vá fazer!

Ele me olhou incrédulo e eu prendi o riso. Não, não eram os dois pra mim, mas já disse que adoro ver Jeon indignado.

— To brincando. — ri. — Esse é seu sim. Só porque eu sou bonzinho.

— Ata.

— Cala a boca e dá play. — disse e coloquei um punhado de pipoca na boca.

Assistimos à um filme bobo de zumbis, acho que seu nome é Guerra Mundial Z. Jeon também não gostou muito, ele disse que esperava mais do filme. Quando olhei pela janela vi que já estava escuro e achei melhor já ir pra casa. Juro que Jeongguk quase ajoelhou no chão agradecendo aos céus pela minha partida — coitado... Mal sabe ele que amanhã ele que vai na minha casa...

 

~

 

— Como foi na casa de Jungkook, filho? — meu pai perguntou enquanto jantávamos.

— Assistimos a um filme. Só.

— Que filme? Se divertiram? — minha mãe questionou-me, animada.

— Mãe, assistimos um filme. — repeti, com ênfase no “só”. — Não foi nada de mais. — comi mais um pouco do bibimbap e murmurei um "Hm" para chamar a atenção de um dos meus pais, que também estavam concentrados na comida. — Posso chamar o Tae pra dormir aqui hoje?

— E precisa pedir, filho? Taehyung já é de casa! — respondeu meu pai.

Comemorei internamente e pedi licença, já que tinha terminado de jantar. Subi para meu quarto e busquei por meu celular, que estava em cima da escrivaninha. Desbloqueei a tela e procurei pelo contato do meu melhor amigo, e disquei seu número assim que achei seu nome na minha agenda pouco utilizada.

— A-Alô..? — disse hesitante, soltando um suspiro.

Que não seja o que eu estou pensando...

— Tae, quer vir dormir aqui em casa?

— Ah... — murmurou sem graça. — Sabe o que é, estou meio ocupado hoje... ah... — gemeu.

Puta merda, era o que eu estava pensando! Liguei numa hora bem inconveniente, hein!

— Já saquei. Tchau. Ah! Vê se não esquece da camisinha! — brinquei e desliguei a chamada.

Não acredito que esse cretino atendeu minha ligação enquanto estava transando! Eu mereço.

Aquele gemido não é gemido de ativo nem a pau... Será que esse miserável é bi e não me contou?! Que tipo de amigo é esse? Se bem que pode ser a garota da lanchonete pagando um boquete pra ele — o que eu duvido por conta daquele gemido manhosinho que ele fez o favor de soltar enquanto estava ao telefone com minha pessoa. Mas se ele está com um homem... Que homem é esse?


Notas Finais


Queria agradecer aos 46 favoritos! Y^Y Que emoção <3

O que acharam do cap? Comentem aqui em baixo! É novo na fic? Gostou? Favorite! Vai ajudar uma escritora a ficar muito feliz kkkkkkkk

Já estou escrevendo o 4º capítulo, ok chuchus? ^^

Quer ter um contato mais direto comigo? Me sigam no twitter: https://twitter.com/trouxaa_kpopper

Leiam a fic da minha amiga: https://spiritfanfics.com/historia/lost-in-your-light-9173504

Até o próximo, lindezas!

Bjs de luz *3*


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