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História Better Together - Melhores Amigos E Viagens


Escrita por: Princesa_Fefeh e Littlegirl19

Notas do Autor


Hey! Uma nova história Auslly escrita com muita dedicação para vocês.
Eu, e Little escrevemos em parceria e a divisão de cada parte do capítulo será sempre dita nas notas finais.
Sem mais enrolação, fiquem com nosso capítulo de estreia.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Melhores Amigos E Viagens


Fanfic / Fanfiction Better Together - Melhores Amigos E Viagens

Pov Ally

Acordei e olhei para o teto, eu sabia bem que dia era hoje. O dia lá fora era ensolarado, acho que apenas eu chorava hoje. Olhei para a mesinha de cabeceira e encontrei meu fone de ouvido ainda plugado em meu celular, ouvir música até ter certeza que conseguiria dormir.  

O peguei e encaixei os fones no meu ouvido. Fui até a biblioteca de músicas do meu celular e selecionei o  modo aleatório. Voltei a fechar os olhos e a música que invade meus ouvidos tem tudo haver com a droga do dia. Everybody hurts , da Avril Lavigne, tocava e lágrimas escorrem dos meu olhos.  

Eu não queria que ele fosse embora, eu não sou  uma pessoa não sociável, mas crescemos juntos, nossa famílias são praticamente a mesma.  

It feels like nothing really matters anymore 
When you're gone, I can't breathe 
And I know, you never meant to make me feel this way 
This can't be happening...

Parece que nada realmente importa mais 
Quando você vai embora, eu não posso respirar 
E eu sei que você nunca quis me fazer sentir desse jeito 
Isso não pode estar acontecendo...

Não percebo quando comecei a apertar o travesseiro, mas agora eu estava agarrada a ele em posição fetal, um soluço me escapa e eu tiro os fones do meus ouvidos, aquela música me feriu.  

Levantei da cama, não tinha mais motivo para continuar lá fazendo drama, não adiantaria, ele iria embora de todo jeito. Fui até o banheiro e me assustei com minha imagem. Eu estava acabada, meus olhos estavam vermelhos, meus cabelos bagunçados e uma espinha monstro bem na testa.  

Tirei meu pijama e fui para de baixo do chuveiro. Enquanto a água caia com força em minha cabeça, repassei mentalmente meu dia com Austin, iriamos ao Central Park, nos sentaríamos em baixo de uma árvore e faríamos piquenique enquanto eu deixaria ele tocar violão para mim. Eu amava quando ele cantava com sua voz doce e sorria para mim no fim de cada canção.

Sai do chuveiro, me sequei e vesti o roupão. No banheiro mesmo fui para frente do espelho e olhei para aquele monstro no meio da minha testa. Tudo bem, talvez eu esteja exagerando um pouco, mas ainda assim coloco umas cem camadas de base e de pó em meu rosto. Não costumo usar maquiagem demais, então aplico apenas a máscara de cílios e brilho labial.  

Vou até meu closet que não era lá grande coisa e pego uma saia florida, uma blusa amarela e um colete jeans claro, para dá o ultimo toque ponho um cinto marrom na cintura. Volto para o banheiro e seco meus cabelos com o secador, eu não tinha um cabelo enorme, então foi fácil. Prendo a franja, que já estava grande demais, com uma pequena presilha. Pego minha bolsa, meu celular e saiu do quarto.  

Vou direto para a cozinha. Lá encontro mamãe colocando uma vasilha com bolo de chocolate na cesta.

— Bom dia, gente- disse.

— Oi, filha, bom dia.- meu pai estava encostado na bancada lendo o jornal e tomando o café. Ele veio até mim e beijou minha cabeça.- Acordou cedo.

— Lester, você sabe o motivo.- disse mamãe.- Não liga para o seu pai.- ela beija minha testa.- Já está tudo pronto, o chá gelado está na garrafa térmica, na geladeira. Na cesta tem bolo, torradas, geleias e dois sanduíches com pasta de amendoim.

— Obrigada,mãe.- olhei para meu pai e sorri.- Vou indo sair com o Austin, volto do aeroporto de táxi.- fui até a geladeira pegar o chá.

—Nós vamos com você, Ally.- disse minha mãe.  

— Menos mal.- disse sorrindo.

Abracei meu pai e minha mãe. Fui até o hall de entrada e peguei minhas meias em um cesto, as calcei e em seguida a bota marrom. A meia passava um pouco a bota, eu amava quando ficava assim.

 Quando estava saindo vi Austin parado do outro lado da porta, pulo de susto e ele sorrir. Ele vestia uma camiseta vermelha, uma camisa xadrez por cima e uma calça jeans não muito folgada. Ele sorriu e coçou a nuca, pude ver a pulseira de couro preta com uma tira de aço que nunca deixava de usar

— Pronta?- perguntou empolgado.  

— Demais.  

— Deixa a cesta aí, peça desculpa a tia Penny, não quis causar muito trabalho, mas tenho outros planos.

Olhei para ele divertida e irritada, não pelo trabalho que minha mãe havia tido, ela não se importaria em comer tudo o que está na cesta ou guardar para mim, mas o motivo da minha irritação era ele desmarcar tudo o que havíamos planejado ontem.  

—Para onde vamos?- perguntei fazendo bico e aquilo só fez o loiro ri.

—Vamos na sorveteria, o tempo está meio quente.

—Você é um idiota , sabia?

—E você uma pequena muito brava.- ele sorriu e eu dei um tapa em seu braço.- Vá guardar a cesta logo, Ally. Vou chamar o elevador.

(…)

Tentava ao máximo não pensar ou me incomodar com a presença de Piper, mas era impossível, só a cara dela me enjoava. Austin ao lado dela sorria como um pateta, eu odiava isso. Tomei mais um pouco do meu sorvete de baunilha e pedi ao céus uma ajuda, não passaria meu dia com Piper. Ainda custava acreditar que ele havia incluído ela em nosso dia.

— Então , Austin, você vai voltar, não vai?- choramingou a loira agarrada ao braço dele.

— Não sei quando, mas sim.- respondeu corado pela aproximação dela. Bufei mais uma vez e revirei os olhos.

— Você acha que vai demorar muito?

— Eu espero que não.

Austin me olhou e sorriu da minha cara. Eu devia está com minha melhor cara de tédio do mundo. Mas era impossível não fazer isso, ela era muito superficial. Hoje era para ser um dia especial, então evitei ao máximo abrir a boca nem para falar com Austin, não queria uma cena nossa logo hoje.

O celular da Piper começou a tocar sem parar. Ela puxou a bolsa rosa e tirou o celular de lá, fazendo com o que a música pop irritante tocasse mais alto.

— Alô.- disse a loira ao atender o telefone. Olhei para Austin e vi ele sorrir novamente. Legal, eu estava fazendo cara de tédio de novo, esse idiota devia parar de sorri. — Agora? Eu estou com Austin e Ally na sorveteria... Tudo bem, chego aí em meia hora.- ela desligou e jogou o celular na bolsa. Encarou Austin e sorriu. — Gavin e o pessoal estão no shopping, de lá vamos ao cinema. Estão afim de ir?

— Pode ser.

Arregalei os olhos, de jeito nenhum eu passaria meu dia com ela e com os amigos dela. Eu não os odiava, mas não gostava nem um pouco das conversas deles. Chutei Austin por debaixo da mesa, ele me olhou, iria reclamar. Lancei o meu melhor olhar mortal e ele desfez a cara feia.

— Pode ir, Piper. Austin vai ficar comigo.

—Só por que você quer, não é?- disse Piper sorrindo.  

 

Ótimo, ela queria brigar? Então, eu daria uma resposta.

 

— Não, é apenas pelo fato de eu ser mais amiga dele do que você.  

— Ele vai se ele quiser, coisa chata.

Virei em direção ao Austin e inclinei a cabeça para o lado. O loiro bufou, eu havia ganhado. Dei meu melhor sorriso convencido, me virei para Piper e disse.

— Então pergunta a ele com quem ele fica.

Voltei a tomar o sorvete que tinha gosto de vitória agora.

— Você quer ir comigo?- perguntou Piper. Olhei de lado para eles, ela já estava novamente agarrada ao braço dele.

— Sabe o que é Piper… Vou embora hoje, quero passar o dia com a Ally, um cinema faria o tempo passar mais rápido.- Ele me olhou e sorriu — Eu não quero que o tempo passe rápido.

Retribui o sorriso e estiquei a mão para ele, não eramos namorados, nem muito menos ele gostava de mim, mas tínhamos intimidade suficiente para tal gesto. Austin agarrou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Senti seu polegar acariciar minha pele e não deixei de corar.

— Que seja.- A voz de Piper soou irritada.

Ela levantou e puxou Austin consigo. Se aproximou dele e deixou um selinho em seus finos lábios. Mas o quê...? Nojenta. Piranha. Odiava essa garota. Ela sussurrou algo no ouvido dele, que o fez corar. Retirei a vista quando Piper sorriu cínica para mim.

(…)

— Nojenta.- resmunguei quando saímos da sorveteira. — Perdi nossas preciosas horas olhando para ela e a descarada ainda te beija.

Austin tinha o braço em meu ombro e brincava com as pontas do meu cabelo.

— Foi só um selinho.- respondeu debochado.

Eu acabei bufando.

— Você adorou , seu estúpido.

— Bom… Talvez, mas não se compara com o beijo que ela me deu mês passado.- dei uma cotovelada em sua costela e ele se contorceu ainda sorrindo.

— Arg… vocês são ridículos. Ela não combina com você. Não gosto dela.

— Ela é linda.

— Chata demais.- rebati.

Entramos em um táxi que estava passando e fomos em direção ao Central Park. Quando chegamos, pagamos o táxi e corremos para a beira do lago e nos jogamos na grama.

Observei as nuvens e suas formas engraçadas. Austin e eu gostávamos de ver as formas e apostar quem ver mais.

— Bem ali.- ele apontou freneticamente —  É uma mãe com um bebê.

— Céus, é isso mesmo.- dei um sorriso. — Ali, você está vendo? Um casal abraçado.

— Estou vendo sim, somos nós hoje à noite.

 Eu olhei para ele e o vi chorar, rolei na grama e coloquei a cabeça em seu peito.

— Isso é uma droga.- eu disse lamentando.

— Eu... Eu não queria ir embora.- disse Austin soluçando um pouco.

— Ei, não fica assim. Seus pais prometeram voltar, nós vamos nos ver ainda.

— Queria poder te levar para dar uma volta em meu carro, falta menos de um ano para eu ter idade para tirar a carta de habilitação.

— Eu sei, mas quando você voltar quero dar uma volta no seu carro, qual será seu carro?

— Um que ande, papai disse que eu terei que comprar meu próprio carro. Vou ter que me virar e tirar notas boas, mamãe prometeu me ajudar.

— Amo sua mãe.- passei a mão em seu rosto e sequei as lágrimas.

— Eu também, vou juntar dinheiro e comprar um carro aqui.

— É? Mas como irá fazer a prova prática?

— Com o carro do papai.

— Gostei da ideia.

— Gostou?! Então vai amar essa, você vai comigo escolher o carro e a primeira a andar nele também será você. Amou?

— Muito, amei muito. - eu continuava a observar o céu.— Olha ali, uma meia lua, você está vendo?

— Sim, eu estou vendo e acabei de ter uma ideia louca.

(...)

— Mas que merda! Por que eu tive essa ideia?

Resmungou Austin. Eu não conseguia parar de rir, ele estava se comportando como uma menininha assustada com uma agulha. Austin resmungou mais, o que só me fez sorrir mais.

— Seu covarde.- disse o tio do amigo do Austin.

— Terminou?- perguntou ignorando a gracinha.

— Sim.

Austin levantou e arrumou o cabelo com calma.

 

— Obrigado, Tony, ficaremos calados, não é Ally?  

— Com certeza.- respondi.

Pegamos outro táxi e fomos para o nosso prédio. Lá eu preferi ir para o apartamento dele, não queria encarar meus pais depois de fazer uma tatuagem, eu não sabia mentir muito bem.

Agora estávamos no quarto do Austin e ele dedilhava notas em seu violão. Eu estava sentada em sua cama e ele estava no chão. Mentalizei a tatuagem que havíamos feito, eu tinha uma lua e ele um sol, ambas atrás da orelha. Agora estamos mais do que unidos pelo momento, estávamos marcados para sempre.

— Canta para mim.- pediu me tirando dos devaneios. Eu raramente cantava. — Por favor.

— Tudo bem.- sorri e ele veio até a cama com seu violão.

Os acordes de Innocence também da Avril Lavigne começaram a surgir suavemente no violão do loiro. Ele sabia bem que eu amava as músicas dela. Fechei os olhos e cantei.  

This innocence is brilliant (It's so beautiful, it's so beautiful) 
I hope that it will stay 
This moment is perfect 
Please don't go away 
I need you now (It makes me want to cry) 
And I'll hold on to it 
Don't you let it pass you by?

Essa inocência é brilhante (é tão lindo, é tão lindo)

Espero que ele vai ficar.

Este momento é perfeito

Por favor, não vá embora

Eu preciso de você agora (me dá vontade de chorar)

E eu vou agarrá-la

Não deixa ele passar por você?

— Você não presta, seu idiota. Me fez chorar com essa droga de música-  disse brincando para fazer o clima ruim sumir.

— Eu vou voltar, Ally.- disse sem sorri. — Eu prometo.


 

 

(..) Horas depois...

— Ally, tá tudo ok com você ? – ele se aproximava de mim.

— Claro que não, né Austin? – falei com a voz um pouco embargada, eu sentia o choro iminente, mas  o controlava ao máximo, não aguentava mais chorar, estava a ponto de desmaiar por falta de água que perdi nesses últimos dias, ali  agora tão perto dele, estava a ponto de confessar naquele momento o fato de estar apaixonada pelo Austin. Mas não. Não seria o  certo a se fazer naquela hora, estando ele a minutos de viajar e nunca ter demonstrado o menor interesse por mim. Rejeição a essa altura, fora de cogitação. E em um local público como aquele, Deus me livre  – Meu melhor amigo vai para outro estado, Aus,  segunda feira quem é que vai implicar comigo no colégio ? Quem vai me levar para aqueles eventos barulhentos e cheios de gente chata? - ele rir um pouco da minha insistente opinião sobre frequentar locais agitados.

— Era para o seu bem. Te deixar de fora de qualquer ritual que devemos passar na nossa idade é totalmente imperdoável. Aliás, qual seria a graça de não ter minha pequena favorita comigo? – ele brinca .

— A gente passou o dia fazendo de tudo para esquecer da despedida, para aproveitar ao máximo da melhor maneira possível, mas não tem como não ficar triste agora, Aus. Estamos no aeroporto, daqui a pouco você entra no avião... – lágrimas são incontroláveis.

— Shi! Não fica assim, pequena !- limpa o meu rosto com delicadeza - Vem cá! – pega minha mão e nos sentamos em cadeiras mais afastadas da movimentação – Eu ia te dar só na hora que fosse entrar na sala de embarque, mas é melhor dar agora.  – eu fico sem entender, mas ele logo tira uma caixa do bolso do casaco.

— Aus...

— A tatuagem é pra sempre, mas isso também vai ter um significado especial.  Pelo menos vai poder usar toda hora e sem precisar esconder.

Ele abre a caixa e tira um par de pulseiras lá de dentro.

— Aus, é linda. – já a colocando no pulso.

Era duas pulseiras com três divisórias de tiras, a primeira com um símbolo do infinito, a do meio continha vários símbolos de notas musicais e a última com um pingente de guitarra pendurado. A diferença só estava na cor das tiras, a minha era rosa, enquanto a dele era marrom.

— Eu sabia que ia gostar. Eu tava procurando alguma coisa pra te dar e quando vi esses modelos em uma vitrine achei o presente ideal.

— Eu amei! Obrigada. – dou um abraço apertado nele e ele retribui.

— Mas eu quero que você me prometa uma coisa, pequena. – saindo do abraço e olhando atentamente para mim – Presta atenção, eu não vou tá aqui por um tempo e por isso não vou poder cuidar de você de perto como antes. Não sabe a falta que você vai me fazer. – ele suspira e pega na minha mão – Promete que vai se cuidar, que vai aproveitar o tempo livre e que vai sim em pelo menos um desses eventos com barulho e gente chata de vez em quando, apesar de implicar tanto com eles. – ambos sorrimos - Você é linda , Ally, muito tímida, mas linda.  Precisa dar uma chance para um garoto te conquistar, é lógico que eu vou ter que aprovar antes, não quero nenhum babaca a fazer você de boba, minha pequena merece o melhor, mas mesmo assim quero que tenha alguém.   Ele vai ser um cara de sorte.

Ele sempre foi cuidadoso e protetor comigo. Não deixava ninguém me deixar triste e sempre me incluía nos grupos de amigos e qualquer festa  que aparecia. Nunca  deixava a minha timidez atrapalhar , pois nunca me deixava de lado. E isso era uma coisa que amava tanto nele.

— Eu não preciso da sua autorização, seu ciumento. Não sou tão inocente assim, tá ? – eu falo o mais convincente e brincalhona possível.

— Promete pra mim que essa Ally que amo tanto vai ficar bem e não vai deixar de viver as melhores experiências e oportunidades que venham a surgir ?

— Como se minha vida fosse tão cheia  de aventuras assim .

—  Ally ?

— Ok, Ok. Eu prometo . E prometo também sobreviver sem você nesse tempo que vai estar fora e que não vai ser para sempre.

— Claro que não.  Preciso da minha compositora número um comigo. Ou esqueceu que suas canções são as melhores ? Ainda vai ficar famosa, Ally Dawson. Nós dois, só precisamos ser descobertos.

— Austin, querido ? – a senhora Moon vinha a nosso encontro – Está na hora de nos prepararmos para embarcar.  

— Tudo bem. Vem, Ally.

 

Fomos abraçados até o portão do embarque. Lá estavam os meus pais junto com o senhor Moon. Os nossos amigos já tinham se despedido ontem em uma reunião que fizemos em um restaurante perto de casa. Foi na volta para casa com o Austin que ele me contou sobre a Piper se convidar para nosso último dia juntos .  Ele prometeu que seria  por pouco tempo e que depois seríamos só nós dois, e eu apesar de tudo, aceitei. O Austin gosta da Piper, mas nunca tiveram um relacionamento mais sério. Austin até me contou que ponderou a pedi-la em namoro, mas desistiu quando soube da viagem. Eu senti um alívio com isso, imaginar o Austin justo com aquela garota era horrível. Não nos damos bem desde que nos conhecemos. Um caso forte de antipatia a primeira vista e não consigo entender, o que ele viu nela ? Bonita, sim, mas chata e abusada também. Olha que até tentei dar uma chance para ver suas qualidades e não ser injusta, mas não adiantou em nada.  Mentira, serviu para descobrir só uma coisa: ter certeza que definitivamente ela não serve para o Austin e nem para qualquer outra pessoa em sã consciência.

— Austin, meu querido , juízo nessa cidade nova, hein ? – meu pai se aproximava da gente  – Essa mocinha vai sentir muito falta sua. Mas eu também. – eles se abraçam.

— Eu vou sentir muita falta de vocês, tio Lester.

— Ally, meu anjo, um abraço antes de irmos ? – o pai do Austin me chamou. Ele era melhor amigo do meu desde do colégio, por isso, nossas famílias foram sempre unidas e cresci junto com o Austin desde pequena.

— Claro, tio Mike ! – me afastei para falar com ele e minha mãe foi fazer o mesmo com o Austin.

— Vou sentir sua falta, meu anjinho. – me abraça com carinho -  Sabe que você é a menininha que a Mimi sempre quis ter. E é como se fosse nossa filha.

— Eu os considero muito, tio Mike. Adoro vocês.

— Você sempre foi ajuizada, espero que o meu filho não apronte tanto sem você  em Portland, em Oregon.

—Ele vai se sair bem.

— Deus te ouça.

— Ally? Minha vez, querido.  – Mimi se pronunciou.

— Vou falar com seus pais, Ally.  Amo você.

— Ai, minha linda, você é tão especial para nós. Fiquei amiga dos seus pais por causa do Mike, ele era melhor amigo do Lester quando nos conhecemos, mas não demorou muito para que nós todos virássemos bons amigos.  Antes que eu comece a chorar aqui, só quero te dizer que eu gosto muito de você pela garota que é , por ser a melhor amiga do meu filho e um dia com muito gosto, minha futura nora.

— Eu não entendi ... – balbuciei confusa. Como ela sabia ?

— Ally, minha menina, eu noto os  seus olhares para meu filho e ele é um bobo por não perceber o que está a sua frente.

— Tia Mimi...

— Eu não vou contar nada para ele, meu amor, pode deixar. Agora deixa eu te liberar, sei que quer um último tempinho com o Austin. – ela me puxa para um abraço-  Tchau, minha  querida. Muita sorte em tudo que fizer.

— Obrigada, tia Mimi. Vou sentir muito a sua falta. – ela me dar um beijo na testa e sai.

— Acho que agora é a tão indesejada despedida. – a voz dele veio atrás de mim – Olha, já estou a usar a minha pulseira.

— Não vou tirar a minha pra nada.  

— Eu também não . Ficaremos conectados de todas as maneiras.

— Aposto que vai sentir falta da Piper também.

— Ally ? A Piper não é você.  Não tem nem  comparação.  Ciúme agora não, né pequena ?

— Vamos ser melhores amigos pra sempre ? Promete ?

— Prometo. Os melhores.

— Eu já posso chorar ? – digo  já sentindo meu rosto inundar  e me jogando nos braços deles para um abraço – Eu vou sentir muito sua falta, Aus.

— Sabe que pode me procurar a qualquer hora, não sabe ? Com fuso horário e tudo.  Ligação, vídeo chamada... Sempre que precisar. Faz de conta que ainda estou aqui e faça tudo que eu te diria para fazer.

— Não tem como esquecer e fingir que não estar aqui.

— Deixa de ser teimosa, pequena. – sorrimos e continuamos abraçados.

E depois de um abraço bem demorado, ouvimos o anúncio da última chamada do voo. Austin me dar um beijo na bochecha e um sorriso. E enfim caminha para a sala de embarque.

Minha última visão dele. Nossas vidas a partir de agora seriam diferentes de um jeito ou de outro.



 

Três anos depois ....

Manhattan, Nova York.

    POV Austin

 

Tudo parecia muito igual desde a minha chegada há poucas horas.  As várias ruas, prédios e esquinas  desde o caminho do aeroporto até a minha casa só me faziam ter uma nostalgia imensa. Nostalgia e falta de tudo , principalmente dela. Era notório que certos detalhes e lugares de Nova York haviam  mudado, o que me fazia perguntar se ela também era a mesma ? Minha pequena. Minha melhor amiga.

A primeira coisa que queria fazer era revê-la, o problema era que o número da Ally havia sido trocado e eu não tinha o novo contato. Mas a minha intenção era fazer uma surpresa e isso significava que não poderia ser por telefone , pois ela perceberia.

Mas parece que meus planos resolveram falhar. Por quê ? Não consigo encontrar ela o dia todo. Primeiro, fui a casa dela, já que não fazia ideia de outros lugares possíveis para achá-la, nesse tempo de viagem nos distanciamos um pouco, Ally parecia sempre  muito ocupada por um curso de Composição Criativa que ela entrou e com o tempo acabou a perder contato comigo. Esse é um assunto que no início achei estranho, nós sempre tivemos tempo um para o outro, seja qual fosse a série de compromissos, mas depois relevei . A distância parecia transformar tudo e eu não podia mudar esse fato.

A questão é que voltei e a nossa amizade de anos traria nossa proximidade junto com meu retorno. Era o que eu pretendia. Uma amizade como a nossa não vai embora por um motivo qualquer.

Depois da tentativa frustrada de não encontrá-la, de certificar se ela não teria se mudado e de desistir de esperar na portaria do prédio  quando se passou cerca de quase uma hora, decidi voltar para casa.

O meu lar provisório, que era o prédio dos meus padrinhos, estava uma bagunça por causa das malas da nossa volta. Guardei tudo que era meu e resolvi tomar um banho pelo cansaço do voo.

Acordei com minha mãe a me chamar.

— Austin. Austin, querido, acorda !

— Oi, mãe.

— Você não comeu nada desde que chegamos, meu filho.

— Não tava com fome antes. Que horas são ? Dormi demais ?

— Já são quase 19 horas. Dormiu a tarde toda .

— Uau !

— Foi o cansaço, amor, mas agora vamos...

— Eu tenho que sair, mãe.

— Austin ?

— Eu preciso respirar um pouco, mãe, por favor. Não volto tarde. Prometo.

— Essa pressa não tem nada haver em encontrar uma certa pessoa por acaso na cidade, tem ? Tudo bem. Leva o celular.

— Te amo, mãe.

Resolvi dar um passeio noturno para andar um pouco e aproveitar para rever alguns lugares de costume. Foi quando minha mente recordou que estávamos na temporada de inverno, o que significava que o ringue de patinação estava aberto no Central Park até o final da estação, peguei um táxi , pois o frio não ajudaria na minha  caminhada  até o local.

Cheguei e lá estava ela. A pista continuava a mesma.  Pelo horário estava menos movimentada, a saudade de estar ali junto aos patinadores era grande. Tirei um pouco da minha atenção dali ao ouvir um som ao longe.  Era um grupo de jovens que administrava uma bela apresentação de música natalina com um mix de rock. Os espetáculos e eventos artísticos eram  muito comuns nessa época do ano no Central Park. Pela distância, o som não estava tão alto, mas a música era clara: Jingle Bell  Rock. Um clássico, mas de fato o remix estava muito bom.

Voltei meu olhar para a pista e já estava a procurar  um local de aluguel de patins quando avistei uma cena bem impressionante. Uma figura diáfana e serena fazia algumas piruetas no  gelo entre um tempo e outro. Ao final de cada giro que dava ela abria os braços como se estivesse a voar. Era tudo muito simples, nada exagerado, mas era bonito de se ver. Ela se aproximava agora do canto onde eu me encontrava e enfim pude ver seu rosto. E não podia ser. Ally ?

Calça de couro preta,  camiseta branca com frases escritas, gorro vermelho nos cabelos longos e ondulados com luzes loiras em meio ao castanho claro, maquiagem bem feita com os olhos esfumaçados preto, batom escuro , o que só realçava o seu rosto delicado de porcelana. Um sobretudo marrom acima dos joelhos e usado aberto. A roupa era bem estilosa no estilo rock, mas bem diferente do que a minha antiga amiga costumava usar.

A Ally que eu conhecia nunca gostou de usar  muita maquiagem. As roupas eram as mais delicadas e florais possíveis. Amava cores mais quentes  para saias, vestidos, rodados e combinados com coletes  e cintos grossos nos tons de marrom. Mas nunca tão cinturados ou marcados. A minha pequena não ousava tanto nas combinações.

Ela se aproximava mais e pareceu também notar minha presença. Parou na minha frente e como eu permaneceu em silêncio pelo choque . Nenhuma palavra estava sendo dita, nossos olhares diziam tudo. Depois de anos, finalmente, nos encontramos. E agora ?



 


Notas Finais


Então? Gostaram? Esperamos que tenha sido aprovado.


Divisão do capítulo:
Primeira parte até o fim da cena da Ally a cantar Innocence: Little Girl
Começo de Auslly no aeroporto até o fim do capítulo: escrito por mim.

Gostaram das fotos? Links? Não deixem de conferir.

Links das fotos

pulseiras: http://www.polyvore.com/better_together_cap%C3%ADtulo_pulseiras/set?id=209232028
Ally look novo: http://www.polyvore.com/beter_together_cap%C3%ADtulo_look_ally/set?id=209231540



Enfim, é isso! Nos vemos nas reviews e esperamos muito a aprovação de vocês.
Até a próxima.
Mil beijos.


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