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História Better Together - O começo... O que nós temos?


Escrita por: Princesa_Fefeh e Littlegirl19

Notas do Autor


Hey, capítulo novo para vocês. Como prometido desde o anterior, postando simultaneamente aqui como no nyah.
Vamos conferir?
Muito Auslly, muita emoção...
Boa leitura para vocês.

Capítulo 10 - O começo... O que nós temos?


Pov Austin

Era manhã de sábado e eu não tinha conseguido dormir direito. Minha mãe só faltou conferir minha temperatura com um termômetro para atestar se não estava, de fato, doente, porque só assim para eu estar fora da cama antes das sete e em uma euforia toda.

Sair sem tomar café e fui para o meu destino certo, o motivo da minha crise de ansiedade. Bati na porta da minha pequena.

— Austin ? – o senhor Dawson atendeu. 
— Oi, tio Lester. Bom dia! 
— Bom dia! Entra. Acordado tão cedo? A Ally ainda está dormindo. 
— Eu acho que cheguei cedo mesmo. Mas eu espero... Se não se incomodar é claro, tio Lester. 
— Não, lógico que não . Vem, toma café comigo. – fomos andando até a cozinha —Eu cheguei agora de viagem, mas já tenho que sair de novo. Soube da nevasca inesperada de ontem à noite. Fiquei preocupado com minha filhota ,foi um alívio a ver dormindo bem. 
— Eu estava com ela, tio Lester, chegamos bem em casa. 
— Fico mais tranquilo sabendo que a Ally estava com você. Esses dias andava tão tristinha , desanimada. Vocês brigaram sério, não foi? Ela não quis tocar no assunto, mas eu conheço minha filha .
— A gente se desentendeu sim, tio Lester, mas estamos bem de novo. Não consigo ficar afastado da Ally e sabe disso. 
— E ela não vive sem você. – ele dar um gole no seu café — Não vai querer nada? 
— Eu não estou com muita fome agora, obrigado. Mas, tio Lester...
— Pode falar, Austin. – ele deixa a xícara na mesa e me encara. 
— Eu queria te perguntar uma coisa.... É tão estranho , mas acho que só o senhor pode me ajudar. 
— O que eu puder ser útil. 
— A Ally, ela não tinha me contado até aquele dia sobre a separação de você com a tia Penny, ela quis evitar o assunto depois e eu respeitei, mas ontem à noite, ela me pareceu bem sensível em relação a mãe, como se tia Penny a tivesse abandonado. 
— Ela voltou a chorar ? – voltou a chorar? Como assim, voltou? Tinha que saber e não demorei a questionar. 
— A Ally chorava, tio Lester? Por quê? A separação foi... 
— Calma, Austin. A Ally sofreu muito com a nossa separação, mas tudo aconteceu sem grandes confusões ou escândalos. O nosso casamento se desgastou, tivemos muitos anos felizes e ainda tínhamos respeito e carinho um pelo outro, mas Penélope e eu não tínhamos mais como existir como um casal, entende? O divórcio foi a melhor solução. 
— Mas a Ally não entendeu muito bem. 
— Exatamente. Ela e a Penny eram bem próximas como sabe. Com a mudança para outro país por conta do trabalho, isso só fez com que as coisas se complicassem. 
— Eu não sabia. Eu imagino como minha pequena deve ter sofrido. 
— Ela gosta muito de você, Austin, quem sabe não se abra mais com você agora que está de volta . Eu só te peço para não forçar nada, é um assunto delicado para ela, apesar da minha filha já ter superado muito .
— Claro, não precisa nem pedir, tio Lester. Eu só precisava entender melhor essa história .
— Eu preciso ir. Fique a vontade, meu filho. Não faça cerimônias. 
— Pode deixar. Bom trabalho, tio Lester. 
— Obrigado. Cuidado, vocês dois. 
(...)

Vou ao quarto da Ally e entro devagar. Ela dormia tão serena e tranquila como na noite passada. A diferença é que algo havia mudado entre nós e eu estava louco para tê- la em meus braços novamente.

Sento na cama ao seu lado e não deixo de sorrir ao sentir seu aroma delicado e notar como ela fica fofa ao dormir. Um leve biquinho nos lábios, desenhados por perfeição, frienta como sempre agarrada aos cobertores, e seu velho hábito de dormir com uma almofada de joaninha continua o mesmo...

Me aproximo um pouco mais e me inclinando sobre ela, começo a dar diversos selinhos em seu rosto, mas precisamente, na sua bochecha. Quando sinto que estar despertando, desço para sua boca, a enchendo de pequenos beijos.


— Eu estou sonhando? Se estiver, eu não quero sair dele nunca mais. – fala sorrindo sem abrir os olhos ainda e virando de frente— Eu não lembro de termos dormido juntos. 
— Gostou da surpresa? - roço nossos narizes e a dou mais um selinho molhado o mais calmamente possível — Já estava sentindo sua falta. 
— Promete que sempre quando vinher a me acordar vai ser sempre assim? 
— Prometo. Mas para de me torturar e abre esses olhos que tanto gosto. Você tem que levantar para que eu possa aproveitar bem o dia com você. 
— Então ... – ela abre finalmente os olhos e me encara divertida — Eu até abro, mas porque tenho que levantar? Tá tão bom aqui. – cruza os braços e me lança um beicinho adorável. 
— Ally ,deixa de manha. – achava graça da sua atitude infantil .
— Não é manha, é preguiça com lógica aplicada . 
— Ah, é? – erguendo a sobrancelha na tentativa de entender sua explicação. 
— Olha só e vê se não tenho razão? Lá fora tá um iceberg só , não vamos conseguir nem andar direito. Aqui temos aquecedor, conforto e toda privacidade que precisamos. Viu ? Eu estou certa. Agora deita aqui comigo e esquece essa história. 
— Sem chance, pequena. Quando foi que ficou tão dengosa desse jeito? 
— Quando foi que gostou de acordar cedo? – ela me imita com o mesmo tom. 
— Você não vai levantar mesmo? 
— Não. – responde firmemente e puxa a coberta mais para si, se acomodando melhor. 
— Ah, é? Então a senhorita está sob ameaças gravíssimas .
— Você não teria coragem. Eu sou sua pequena !
— Isto é um desafio? Você vai ver como não estou brincando.

Eu a pego nos braços, estilo noiva, com o cobertor mesmo e a levo para fora do quarto, apesar do grito de susto e todos os protestos que deu.


— Austin, me põe no chão. – pedia com a voz manhosa e não parando quieta ao balançar as pernas — Eu não sou mais criança. 
— Mas estava se comportando como uma . 
— Por favooor! Isso é ridículo. Eu tenho que ter direito dentro da minha própria casa. – eu paro no meio da sala. 
— Tem razão. Eu vou te deixar uma condição bem boazinha só por isso. 
— Sério? - ela sorri. 
— Lembra do parque? 
— Ah não. Eu não repito aquilo nem morta. E você disse que ia ser uma opção fácil. 
— Ok, não precisa fazer nada. – eu a coloco no chão — Aliás, bela camisola. – eu sorrio travesso ao ver minha camisa xadrez preta e branca na minha pequena que até então também não havia percebido que usava. O grosso cobertor que tinha sobre si, impedia a visão. A proporção do tamanho e das mangas compridas nela eram enormes, a deixando bem folgada. Embora levemente curta acima dos joelhos.

— Eu... Eu não lembrava. V-você esqueceu naquela noite do sorvete. – balbuciava nervosa e envergonhada. Andava para trás, tentando fugir daquela situação. 
— Ficou bem melhor em você , pode ficar. 
— Muito engraçado... 
— Quem disse que estou zoando? ... A propósito, eu já disse que você está maravilhosamente mais linda vestida assim? - a puxo pela cintura com posse e a olho de cima a baixo , deixando minha pequena envergonhada sem sombra de dúvida , mas isso já não é novidade. 
— Para, Aus. – a empurrava involuntariamente para trás .
— É verdade. E eu não consigo parar de te elogiar, então, se acostume. Mas tem outra coisa que não consigo evitar agora também... – a beijo de imediato. Era o primeiro beijo de verdade do dia. E a sensação de dá-lo era como uma explosão de frescor, fazendo cada parte do seu corpo despertar em um choque de puro prazer. 
— Você não queria aproveitar o dia em outro canto? - ela me provoca, afastando nossos lábios. Era nítido seu sorriso vitorioso estampado.

Eu só retribuo com outro um pouco mais malicioso e capturo com urgência sua boca outra vez.
(...)

Já era início da noite e já havia voltado para meu apartamento. Ally estava comigo.

Havíamos passado o dia todo juntos: preparamos panquecas para o café, o que ocasionou uma Ally coberta de farinha. Tocamos violão por horas, após a limpeza da cozinha . Reassistimos quase todas as temporadas de Friends e paramos depois para lanchar, por termos perdido a hora do almoço. E nem preciso mencionar que trocamos muitos beijos no meio de tudo isso, não é?

Estava agora com uma Ally pensativa sentada na bancada da cozinha enquanto eu preparava pipoca para nossa maratona de filmes. O pessoal todo vinha para cá.


— Não tem nada que um pouco de chocolate não cure. Só não conta para ninguém que você recebeu o privilégio de ser a primeira. – a entrego um bombom dos vários doces que iríamos comer — Você é minha preferida! - sussurro sorrindo e tentando provocar o mesmo nela, que até funciona, apesar de esboçar um leve e tímido sorriso nos lábios— Agora, sério, o que foi? 
— Nada. Só pensando. 
— Então pensar virou sinônimo de um problema que não quer dividir comigo? Eu te conheço, pequena, você ficou quieta de repente. 
— Ok. É que... A gente... 
— A gente...? – a incentivando a continuar.
— Exatamente isso, Aus... Quando foi que viramos “ a gente “ ? Eu sempre fui apaixonada pelo meu melhor amigo , mas e você? Porque nunca me contou. 
— Vem cá. – a ajudo a descer e a puxo para mim — Lembra aquela festa à fantasia do colégio quando tínhamos uns 11 anos? Quando você abriu a porta da sua casa e se demonstrou a fadinha mais linda de todas com aquele vestido cintilante cor de rosa e os cabelos presos em uma trança lateral repleta de flores, eu me senti o Zorro mais feliz do mundo, Ally. Eu sorri feito um bobo e me esforcei muito para parecer natural diante de você, mas acredite, não foi nada fácil. Antes eu já te via de forma diferente, mas foi ali que eu tive a certeza que não era só carinho de melhor amigo que sentia, você não era só minha menininha e sim a primeira garota que gostei de verdade. 
— Mas depois dessa festa você... Você começou a sair com várias garotas, até conheceu a Piper. Se você já gostava de mim... 
— Eu achei que não fosse certo, Ally. Você sempre teve a mim como escudo protetor. Sabíamos de tudo um do outro e eu não queria arriscar nossa amizade. Até porque era tudo novo e podia ser só uma confusão por te ver tão bonita aquela noite. Magia do momento. Eu resolvi seguir minha vida normal a partir daí, fiquei com várias meninas sim, tinha essa fama de bom conquistador, mas no fundo, no fundo, eu só faltei morrer quando soube que ia ficar tão longe de você .

Ela abre um sorriso verdadeiramente sincero e me abraça.


— Obrigada por me contar. Eu não sei o que nós temos, mas eu sei que estou louca pra descobrir e já gosto muito do que está acontecendo.

Como assim o que nós temos? Eu já ia perguntar, mas a campainha toca.


— Eles chegaram. Vou lá atender, tá? - ela me dar um beijinho na bochecha e sai.

Quando chego na sala , Ally conversava com as meninas e pareciam estar discutindo sobre os filmes.


— Hey, Austin, obrigado por me chamar, irmão. 
— Não tem de quê, Trent. É só não magoar a Trish. 
— Eu digo o mesmo. – Dez fala e já rouba um pouco de pipoca de um dos potes que eu trouxe — Você e a Ally... 
— Se eu não tivesse louco pela minha esquentadinha ...
—Olha que eu te expulso daqui, viu? Olha o respeito, Trent. 
— Foi mal! 
— Estamos indo com calma, não que eu não queira, mas... É complicado de explicar. 
— Relaxa, Austin , a docinho é romântica e tá na cara que vocês foram feitos um pro outro. Vai dar tudo certo. Agora vamos andar logo com isso, meninas . – Dez se dirige a elas — Eu não tenho todo tempo do mundo... Trish, para de enrolar . Eu sei que a culpa é toda sua.

Não demoramos a colocar o primeiro filme da vez, Uma noite no museu 2 foi escolhido por unanimidade para ser o pioneiro da noite. O sofá era gigante cabia a todos e ainda sobrava espaço, mas decidimos dividir os grupos para termos mais privacidade entre casais. Trish e Trent no chão com as diversas almofadas que colocamos espalhadas nele. Piper e Dez em um canto do sofá e minha pequena e eu na extremidade oposta.

Ela me abraçava forte e repousava a cabeça no meu peito.. A sensação era tão boa que mal me lembrava da presença das outras pessoas que existiam ali na sala.

(...)

Quando acordei não havia amanhecido, a luz da sala ainda estava ligada. Olhei para o lado e vi Dez e Piper dormindo enrolados, no chão Trish estava do mesmo jeito.

No meu peito, Ally dormia tão serena, parecia até um anjo. Beijei sua testa e a apertei mais. Ela resmungou baixo até que abriu os olhos.


—O filme acabou?- perguntou sussurrando. 
—Sim, acabamos dormindo. Os outros também. 
—Então vamos voltar a dormir.- disse se encaixando ainda mais no meu braço. 
—Não aqui, vamos para o meu quarto. 
—No seu quarto? 
—Sim.- respondi beijando seu pescoço.
—Não acho uma boa ideia.- ela se afastou um pouco. 
Sorri da mente suja da pequena.
—Não, amor, vamos só dormir. Eu juro.
—Amor é? 
—Sim, amor, você é meu amor, não é? 
—Acho que sim.- ela levantou sem fazer barulho e estendeu a mão.- Anda, vamos para o seu quarto.

Levantei e segurei sua mão. Quando passamos pelo interruptor apagamos a luz. Ao chegar ao meu quarto, Ally tirou o tênis, ficando só de meias e se jogou na cama. Sorri e apaguei a luz de lá também.

Me juntei a ela, que deitou de costas para mim e eu a abracei. 
(...)
—Austin? Ei, seu preguiçoso, acorda.- chamou Ally.
—Me deixa dormir.- pedi subindo as cobertas que ela havia puxado. 
—Não, senhor, você precisa acordar. O tempo está ótimo...
—Cheio de neve.
—Mas está ótimo mesmo assim. Vamos seu loiro oxigenado, acorde.
—Tá bom.- bufei e sentei- Você lembra como te acordei ontem? Eu fui carinhoso, sua ogra. 
—“Sua ogra”- disse com a voz fina me imitando.- Tudo bem.- ela se aproximou e beijou meus lábios de leve.- Bom dia, Aus.
—Bom dia, amor.- disse pegando em sua bochecha, mas ela se afasta.- Qual é o problema?
—Você me chamou de amor ontem eu achei fofo, mas agora me lembrei... Você chamava Alana de amor, não quero ter o mesmo apelido dela. 
—Correção, mocinha.- levantei e ela levantou junto. Fiquei de frente para ela e a puxei.- Eu a chamava de meu anjo...
—Melhorou muito.- reclamou me interrompendo.
—Ei.- puxei seu queixo e a fiz olhar para mim.- Você é o meu amor sim. E minha princesa, minha menina preciosa... Minha pequena.

Puxei sua cintura e colei nossos lábios da forma mais calma possível, era difícil, minha vontade era de apertá-la sempre, mas ela merecia amor demais e carinho ainda mais.


—Tudo bem, talvez você seja meu amor também. – ela me largou.
—Você não disse isso.
—Ah, eu disse.- disse indo em direção a porta 
—Você vai pagar por isso, você sabe não é?
— Talvez eu pague mesmo, mas só se você me pegar.

Ela abriu a porta e saiu correndo. Quando chegamos no andar de baixo, eu a alcancei e a agarrei pela cintura. Colei seus lábios em um beijo urgente. Ela retribuiu, eu estava amando isso. Amando nosso momento.


—Então, agora sou seu amor?- perguntei quando paramos de nos beijar. 
—Não sei...
—Ah, não sabe?- fui andando para frente até que ela encontra o sofá.- Diga que sou seu amor.
—Não.- ela sorriu.

Eu a empurrei no sofá e fiz as famosas cócegas. Ela se contorcia e gargalhava alto.


—E agora?
—Sim, você é.- respondeu respirando fundo.
—Sou apaixonado por você desde pequeno.- eu larguei meu peso em seu corpo.
—Você disse isso ontem. 
—É só para você não esquecer. Você é a coisa mais linda que já me aconteceu.- falei olhando em seus olhos.- Você é minha preciosa.

Ela suspirou e eu beijei seus lábios. Era tão perfeito como íamos para um mundo só nosso a cada beijo. Ally levou sua mão até minha nuca e me apertou.

Ouvimos o tilintar das chaves na porta, mas não deu tempo de levantarmos e meus pais acabaram nos vendo.
—Atrapalhamos algo?- perguntou meu pai debochado e acabou levando um belo tapa da minha mãe. 
—Nós vamos subir e nos trocar. Vamos sair novamente para um festa, gostariam de nos acompanhar?
—Nesse gelo do lado de fora? Não, prefiro ficar em casa.- falei e abracei Ally por trás. 
—Vocês estão finalmente namorando?- perguntou meu pai.
—Mike, por favor!- e ele levou outro tapa.- Vamos subir.

Olhamos meus pais subirem a escada. Virei a morena para mim e a olhei sorrindo. Ela estava corada. 
—Você quer ir para a festa com meus pais? Porque se quiser nós...
—Eu gosto da ideia de ficar aqui. 
—Eu também.- sorri para ela e a abracei.- Onde está todo mundo? 
—Dez foi para a casa da Piper, ele pediu ela em namoro assim que acordaram, então ele levou ela para dar uma volta e Trish brigou com o Trent, parece que ele está com outra menina, segundo uma mensagem que ela viu no celular dele. 
—Nossa! Que tenso.
—Nunca fui com a cara do Trent, mas tudo bem. Eu fui em casa e troquei de roupa, acho que você deveria fazer a mesma coisa. 
—É, eu vou. Me espera?
—Vou fazer um café da manhã caprichado.

A beijei a última vez antes de subir correndo para o meu quarto.
(...)

Estávamos jogados no sofá. Ela estava com as pernas no meu colo, quase sentada no mesmo. Nossas mãos estavam unidas e eu a acariciava. Ouvimos meus pais descerem a escada, ela tentou levantar, mas eu a segurei. 
—Agora é serio, vocês estão juntos?- perguntou minha mãe.

Ally corou e escondeu o rosto no meu pescoço. Beijei sua testa e olhei para minha mãe. 
—Sim, mãe. 
—Nossa, finalmente.- disse minha mãe. Meu pai e eu acabamos gargalhando.- Vamos indo, vocês conseguem se virar com o almoço? 
—Sim, tia Mimi.- respondeu Ally com a voz abafada por ainda está se escondendo.
—Ótimo.

Eles se viraram para ir embora. Puxei o rosto da Ally rápido e ataquei sua boca. Não estava sendo nem um pouco delicado, muito menos a Ally. Ela me apertava e eu agora apertava sua cintura. Era intenso e provocador. Ouvimos a porta bater, mas nem ligamos.
—Você até que foi rápida, hein?
Ally me largou e levantou tão rápido que eu quase não vi. Lá estava Alana. 
—Mas o que você está fazendo aqui?- perguntei ficando atrás da Ally.
—Você realmente escolheu ela, não é? 
—Eu te disse que você nunca seria minha escolha. 
—Mas eu já fui sua escolha.- ela começou a chorar.

Olhei para Ally. A morena tinha uma cara assustada e ao mesmo tempo estava com raiva. 
—Alana, eu estou com a Ally agora. Vai embora. 
—Eu... estou grávida.- disse se jogando no chão. 
—Você o quê?- gritou Ally.
—Grávida e eu só tive um homem minha vida inteira. 
—Austin...- disse Ally virando para mim.
—Céus , Alana, para. Tivemos relação poucas vezes e quando sai de Portland você estava naqueles dias, então pare por favor.

Ally me olhou aliviada, esticou a sua mão até a minha e entrelaçou nossos dedos.


—Você é louca, só pode.- disse Ally olhando para Alana agora.- Não sei como Austin te aguentou, você ainda é pior do que a antiga Piper. Ele está comigo agora, garota.

Alana parou de chorar e levantou. Andou até Ally e deu um soco bem no nariz da morena. Me desesperei quando vi o sangue.


—Fora daqui, Alana, agora!- gritei irritado. 
— Eu não...

Alana não conseguiu completar, pois Ally foi para cima dela, a derrubando. Ficando em cima dela socou o rosto da ruiva diversas vezes. Confesso que deixei, apenas assisti como ela defendia sua honra.

Puxei Ally de cima da Alana. A morena se debateu e ainda conseguiu chutar Alana algumas vezes.


—Me larga, Austin, me deixa acabar com ela.
— Não.- respondi e olhei para a Alana.- Vai embora.
—Sua idiota. Eu amo o Austin, tudo só acaba quando eu quero. 
—Austin ,me solta, me deixa acabar com esse nariz empinado dela.- gritou Ally.
—Calma, você já fez.

Alana vira e vai embora. Estava abismado como ela havia virado outra pessoa morando aqui em Manhattan.


—Doente, idiota.- resmungou.

Olhei para Ally e vi que o sangue já não saia mais do seu nariz. 
—Será que quebrou?- perguntei assustado.
—Não.- Ally passou o braço no nariz e limpou o sangue.- Apenas cortou. 
—Você deu uma bela surra nela.
—Ela está aqui há um tempo, vocês... Merda, você fez algo com ela? 
—Não, eu juro que não. Não toco nela nesse sentido há um bom tempo. 
—Nossa, como eu odeio essa menina.- disse já começando a chorar. 
—Ei, não chora.- puxei a pequena e a abracei.
—É que eu gosto tanto de você e saber que um dia você a tocou...
—Shii... Esquece, tudo bem? Esquece.- beijei sua testa.

Ela passou os braços ao redor da minha cintura e me apertou. Passei a mão em suas costas fazendo um vai e vem, alisando. De repente ,Ally me larga e me olha. 
—Me toque.
—O quê?
—Aus, me toca como você a tocou. Me toque melhor. 
—Ally...
—Por favor, amor.

Ela não precisou pedir duas vezes. Eu gostava dela o suficiente para isso. Beijei seus lábios com velocidade, nossas línguas se encontravam. Era bom. Era gostoso. Era surreal.

Ally me jogou no sofá e sentou em meu colo, deixando uma perna de cada lado do meu corpo e atacou minha boca, passando a língua em meus lábios. Era bom. Era gostoso.

Seus toques em meu pescoço eram quentes. Ela me apertava, dançando em meu colo. Levei minhas mãos até seu casaco e o abri, lento, observando seu olhar de prazer. Era bom.

Ela me ajudou com o casaco e jogou longe. Sorri ao ver que novamente ela vestia minha camisa, ela sorriu ficando corada, mas não deixei ela ficar envergonhada por muito tempo. Beijei sua boca, mordendo seu lábio inferior e abri alguns botões.

Seu celular começa a tocar, antes que ela tentasse levantar para atender a joguei no sofá. Subi em cima dela e a beijei. Já estava intenso demais. O celular voltou a tocar ,eu tentei segurá-la novamente, mas ela sorriu e levantou.


—Alô?- disse assim que atendeu. Eu continuei provocando e dando beijos em seu pescoço.- Amiga, ca-calma...- ela gaguejou assim que chupei seu pescoço.- Eu vou, calma, já estou descendo... Isso mesmo, estou na casa do Austin. Ei, está tudo bem. Até...
—Você precisa ir?- perguntei manhoso. 
—Trish e Trent terminaram, ela precisa de mim.
—Tudo bem.- Beijei sua boca mais uma vez.- Você vai voltar? 
—Claro, posso dormir com você de novo hoje? 
—Quando quiser.
—Certo.- ela sorriu tímida e deu um beijo em minha bochecha.
(...) 
Pov Ally 
—Vai sair?- perguntou meu pai enquanto estava sentado em frente a tv, em um de seus, raros, dias de descanso.
—Vou dormir no Austin, posso?
—O que exatamente você e o Austin tem?- perguntou, pegando minha mão e me puxando para seu lado.
—Ah pai, eu não sei. Nós... E-eu não sei.- disse nervosa, eu não sabia o que tínhamos. 
—Estão ficando?- perguntou.
—Pai!
—Ahh filha, finalmente. 
—É...
—Você vai para a cobertura? 
—Vou, acho que vou ficar lá. Posso?
—Não sei...
—Eu prometo me comportar.
—Vocês não são mais amigos como antes...
—Pai, nós vamos nos comportar. E Austin e eu ainda somos amigos. 
—Eu... Eu... Tudo bem.

Nesse momento alguém bate na porta, levanto em um pulo para atender e vejo Austin parado e sorrindo. 
—O que está fazendo aqui?
—Vim buscar você. 
—Viu pai, ele veio me buscar.- falei sorrindo. 
(...)

Estávamos abraçados na varanda olhando para as ruas refletidas pelos postes de luz, junto com a neve era lindo de se ver. 
—Quer subir?- perguntou Austin, beijando meu pescoço. 
—Mas lá está cheio de neve, você mesmo disse. 
—A cama estava coberta o tempo todo e estamos bem protegidos do frio com essas roupas. Vamos? 
Sorri e beijei seus lábios de leve.
—Claro, mas depois quero tomar chocolate quente. 
—Sim, senhora. Mas você pode fazer assim, vai lá na cozinha e prepara dois e leva lá para cima, eu te espero lá. Pode ser? 
—Ótimo.- sorri e lhe dei mais um selinho.

 

Andei até a cozinha e preparei tudo em alguns minutos, peguei dois copos térmicos e despejei aquela delícia quente.

Quando voltei para a varanda quase que meu coração para, na escada estava cheia de pétalas, fazendo um percurso até em cima. Deixei os copos em qualquer canto e subi devagar, observando tudo maravilhada.

Ao chegar lá encontro Austin sorrindo para mim com o violão na mão. Em sua frente havia um coração formado por pétalas de rosas. Me senti arrepiar e o coração bater mais forte. Ele começou a dedilhar notas, mas parou e começou a cantar.

 

Ooh, ooh, yeah

Okay, maybe I’m shy
But usually I speak my mind
By your side, I’m tongue tied

 

Ooh, ooh, sim

Ok, talvez eu seja tímido
Mas normalmente eu falo com minha mente
Do seu lado, eu enrolo a língua


Sweaty palms, I turn red
You think I have no confidence
But I do, just not with you

 

Palmas das mãos suadas, eu fico vermelho
Você acha que eu não tenho nenhuma confiança
Mas eu tenho, só que não com você


Now, I’m singing all the words
I’m scared to say
Yeah

 

Agora, eu estou cantando todas as palavras
Que eu estou com medo de dizer
Yeah


So forgive me if I’m doing this all wrong
I’m trying my best in this song
To tell you, what can I do?
I’m stuck on you

 

Então me perdoe se eu estou fazendo tudo errado
Estou tentando o meu melhor nesta canção
Para dizer, o que eu posso fazer?
Eu estou preso em você


I’m hoping, you feel what I do
'Cause I told mom about you
I told her, what can I do?
I’m stuck on you


Eu estou esperando, que você sinta o que eu sinto
Porque eu disse a mãe sobre você
Eu disse a ela, o que eu posso fazer?
Eu estou preso em você


And like the night sticks to the moon
Girl, I’m stuck on you

E igual a noite colada com a lua
Garota, eu estou preso em você


Durante a música Austin andou, andou e quando terminou, estava atrás de mim. Eu olhava para o coração aos meus pés. 
— Austin...- tentei falar, mas ele me interrompe.
—Shiii... Eu preciso falar.- ele já havia largado o violão, pegou em meus ombros, me virou para ele e olhou em meus olhos.- Quando éramos pequenos eu sempre gostei de olhar seus olhos enormes e redondos, pensei ser apenas porque achava eles tão lindos, mas então crescemos e eu vi mais. Você sempre foi linda e fofa quando usava aqueles óculos. Eu amava como seus cabelos caíam em seus ombros e como você os mordia quando estava nervosa. Quando te deixei aqui sozinha, chorei por dias, meu coração estava partido ao meio, e uma parte tinha ficado com você. Eu não sei em qual momento, Ally, mas eu comecei a gostar de você, a gostar muito. Há três anos atrás, eu diria que gostava de você, mas agora eu não posso, porque eu te amo, Ally. 
—Você...- tentei falar, mas um soluço escapou. Ele estava se declarando para mim e eu não consegui esconder minha felicidade .
—Eu amo você, minha princesa. Minha pequena.- ele se aproximou e roçou os lábios nos meus.- Meu amor.- sussurrou.- Namora comigo?


Notas Finais


Reli, reli e não canso de reler essa declaração.
Mega fofa, perfeita.
Divisão do capítulo :
Primeira parte até o pessoal começar a sessão de filme, euzinha.
Do Austin acordando durante a noite na sala até o fim, Little.
Nem qual foi minha parte do capítulo que mais gostei... Mentira! O momento do pedido ganha! Kkk. Se bem que... Gostei de tantas, de tudo...
E vocês? Qual ou quais mais gostaram?

Obrigada pelo carinho.
Até a próxima.


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