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História Better Together - Reaproximação


Escrita por: Princesa_Fefeh e Littlegirl19

Notas do Autor


Hey, guys ! Voltei. Voltamos.
Amores, vocês são incríveis! Começamos com o pé direito e espero continuar com nossa interatividade sempre ativa.
Segue o segundo capítulo.

Capítulo 2 - Reaproximação


POV Austin

O silêncio continuava entre nós, eram poucos segundos, talvez minutos, mas para mim parecia uma eternidade. Tudo em volta parecia ter paralisado, ainda não acreditava no que via, que era ela ali parada na minha frente. Mas o que importava? Seja lá qual fosse o estilo, a mudança, era a Ally. Minha melhor amiga. Minha confidente. Resolvi quebrar de vez essa agonia entre nós.

— Não vai dar um abraço no seu melhor amigo, pequena ? – digo depois de ter aberto um sorriso singelo.

Ela parece ter se recuperado do choque e da surpresa. Se aproxima mais de mim sem desviar o olhar, mas ainda sim sinto sua respiração um pouco acelerada. 


— Quando você ... Por que você ...– tentava, nervosa, formular uma frase, mas sem êxito. 

— Eu queria... – eu não termino de falar, pois ela se joga no meu pescoço e me abraça forte. Não tardo para retribuir, me abaixo um pouco pela diferença de nossas alturas, apesar dela usar patins, as rodas que serviam como pequenos saltos para ela, ainda a deixavam com a estatura inferior a minha.  

Aperto sua cintura com força, apoiando minha cabeça na sua nuca. Seu abraço continuava o mesmo. — Que falta que eu estava disso. Não sabe o quanto. – a abraço com mais intensidade.


 — Eu também. Do abraço, de tudo. De você. – ela se separa – Isso é real ?

— Yah! Claro que sim, Ally. Eu voltei, pequena. 

— Mas como ? Você não avisou, eu não soube de nenhuma mudança lá no prédio.

— Eu queria te fazer uma surpresa. Mas acabou que me surpreendi junto. Não esperava te encontrar aqui agora. Ainda mais... assim. Você tá diferente, pequena.
     — Isso foi um elogio ou uma repreensão ?

— Você tá linda, Ally! – ela sorri .Um sorriso aberto e luminoso como antes. - Continua com o mesmo sorriso. É bom saber que esse detalhe não mudou.

— Não se pode mudar tudo.


— Eu queria muito conversar com você, Ally, será que a gente pode ir para outro lugar?

— Claro! Eu só vou tirar os patins. – eu a acompanho para a parte coberta do ringue de patinação, onde ficava os armários, área para assistir aos patinadores e também o acesso de entrada e saída do local. Apesar do parque ser aberto ao público, o espaço da pista não é gratuito.


— Quando foi que ficou tão boa nos patins ? – falo enquanto ela tirava os patins e os trocava por botas.


— Eu já patinava, não lembra ?


— Não, eu lembro de você se equilibrar – ergo a sobrancelha para enfatizar a última palavra - nos patins e saber as noções básicas. Arriscar qualquer salto simples, mesmo sendo um Flip como estava a fazer  agora nunca fazia sozinha por medo de cair. Você só fazia...


—... com você. Eu sei. Mas digamos que me aperfeiçoei com um tempo. 


— Ficou bem feito os flips de qualquer forma.


— Valeu! Vamos ? Eu tô morrendo de fome e louca por um chocolate quente.


— Yah. Vamos sim.

(...)

Andávamos pelas calçadas sem um destino certo. Desde que saímos do parque nenhum dos dois proferiu uma mínima palavra. Aquilo era esquisito, sem assunto com a pessoa que mais costumava ter intimidade no mundo ? 


— Então... – resolvi puxar uma conversa - pra onde vamos ? Que tal a nossa sorveteria preferida ? Eu sei que é inverno, mas sempre fui daquelas pessoas que gosta de tomar sorvete , apesar do tempo frio. Você implicava, mas no final sempre tomava também. 


Ally me olhava como se lamentasse alguma coisa. Como se lembrasse de alguma coisa.


— Eu adoraria, mas... ela fechou. 


— A New Ice fechou ? 


— Um pouco depois da sua viagem. Dando lugar para “ Food & Music Pub “. Eu não devia tá dizendo isso, mas o lugar é incrível, faz o maior sucesso, principalmente nas noites de sextas.


— O que tem nas noites de sextas ?


— Apresentações ao vivo. Tem um palco pequeno destinado para isso no centro do bar, então é sempre uma nova descoberta. Show de calouros, novos talentos, shows... de horrores. – ela sorri de lado nessa última parte, dando ênfase. 


— Você já se apresentou ?- questiono, curioso. Ela teria mudado tanto a ponto de ter superado a vergonha do público? 


— Não. Eu prefiro assistir ao show bem longe do palco. A plateia é muito mais aconchegante e segura.


— Isso significa que... 


— Yah! Eu ainda tenho medo, Austin.


Ela ficou sem graça e incomodada pelo meu questionamento. Droga, Austin ! Era pra quebrar o gelo, não acabar com a possibilidade de qualquer outro assunto. 


— Ally, eu não queria... 


— Tudo bem. Vamos para o Food & Music ? Hoje não tem show, mas vai gostar de conhecer.

O Pub era bem charmoso e descontraído. O local era grande, possuía mesas com sofás acolchoados aos invés de bancos, exceto pelo balcão, onde ficava o bar. Tinha paredes com tijolos a vista como decoração, uma jukebox na lateral e o palco um pouco afastado como Ally havia mencionado logo no centro.


— Você vem muito aqui ? Parece familiarizada. – sentando com ela em uma das mesas.


— No começo, não. Aqui ainda era o bar que substituiu minha sorveteria preferida. Mas depois com muita insistência por parte da Trish, acabei não tendo escolha. 


— Trish ? – pergunto confuso.


— Ah ! Foi mal. Trish e a família dela que se mudaram para o seu antigo apartamento. Ficamos muito amigas desde que viajou.


— Bom saber que teve novas amizades. 


— Você já decidiu ? – ela desvia o olhar entre mim e o cardápio – A comida aqui é muito boa. 


Percebo que ela olhava as opções de chocolate quente.


— Então a regra continua ? – ela olha pra mim confusa como se esperasse uma explicação da minha parte – Sua paixão por chocolate quente, Ally. – explico - Chocolate bem cremoso, muito caramelo e ...


— ...uma porção extra de chantilly ! – falamos em um uníssono, não segurando risada em seguida.


— Você ainda se lembra ! Eu não acredito.


Como um passe de mágica, o clima bom entre a gente pareceu voltar do nada. Como se tudo fosse como antes.


— Claro que sim, né Ally ? Sempre foi o seu preferido. Lembra da noite que eu corri pela cidade atrás de uma loja aberta que vendesse chantilly só para fazer a bebida perfeita? Você tinha acabado de perder a vaga para entrar em um curso de piano de um professor super renomado que estava de passagem na cidade com um projeto de música .


— Você fez de tudo para me alegrar naquela noite. Eu lembro bem, depois que voltou com o chantilly fomos para a sua casa, você preparou um balde gigante de pipoca, trouxe cookies e ficamos assistindo filme no seu quarto até dormirmos. 


— Eu não podia ter ver triste daquele jeito. Você merecia aquela vaga, Ally. E como te falei naquele dia: O azar foi todo deles por perderem a maior musicista que o mundo já viu.


Sorri para ela e ela pareceu ficar sem graça. 


— Com licença, já escolheram o que vão pedir ? 


— Uma quiche da casa e o chocolate com caramelo e chantilly. Pequeno, por favor. 


—Com porção extra de chantilly,senhorita ? 


Eu sorrio discreto pela pergunta. Ally devia vim bastante aqui a ponto dos garçons já conhecerem sua preferência. Ela percebe a minha reação e finge ignorar minha atitude. 


— Sim, por favor , Alan.


— E para o senhor ?


— O mesmo que o dela, mas você acrescenta uma porção de donuts de chocolate. 


— Ok, licença. Já trago os pedidos.


— Sério?


— Eu não comi desde que cheguei, tá ? E a culpa é sua.


— Minha ?


— Te procurei desde que cheguei hoje à tarde. Dormir a tarde toda depois que não te achei e só acordei a poucos minutos. Mas não vamos falar de mim. Eu quero saber de você, pequena. 


— O que quer saber primeiro ?


— Motivo pra mudança de visual? Desculpa, pequena, mas não tem como não reparar. Você tá diferente. A Ally que eu deixei aqui estaria com várias meias calças por debaixo, toda agasalhada, mas ainda sim, estaria usando um vestido no meio de tanta roupa. Uma calça de couro, jamais.


Ela rir brincalhona. 
—Engraçadinho! Eu resolvi mudar um pouco, ué ! As férias de verão estavam acabando, as aulas voltariam na segunda, pensei que mudando o visual seria mais fácil começar o colegial sem você. 


— E funcionou ?


— Yah! Conheci a Trish e o Dez no colégio, eles são irmãos, você vai gostar de conhecê-los. Uma implicância entre eles que não acaba mais.


— Tipo a gente ? – relembro nossa relação.


— Não. A gente tinha nossos momentos de implicância, mas era sempre divertido, por brincadeira. Nossa união era sempre mais forte e visível para qualquer um. – ela sorri como resposta – Trish e Dez , não. São amigos, mas vivem a discutir muito um com o outro.


— Uau. Acho que entendi. Eu só discordo de uma coisa. A gente era unido ? Não somos mais ?


— Austin, você entendeu. Três anos e...


— E eu voltei, Ally. Eu estou disposto a ter minha melhor amiga de volta. Eu achei que nossa amizade fosse pra sempre ?


— E é pra sempre. Eu só tenho que me convencer que você voltou. Me acostumar.


— Não vai ser tão difícil, eu sei que não. – pego na sua mão e ela sorri.


Os pedidos chegaram e começamos a lanchar conversando.


(...)


Depois de uma hora naquele bar que confesso que era de fato incrível , principalmente pela música ambiente que podia se ouvir na jukebox, Ally quis saber de todos os lugares que mais gostei em Portland, em Oregon. Contei sobre o jardim japonês mais surreal que existe fora do Japão e que se localiza em pleno Estados Unidos; citei os inúmeros sabores exóticos e inovadores, porém gostosos de rosquinhas que experimentei , incluindo opções com bacon, frutas e biscoitos. Todos eles na famosa loja de rosquinhas da Voodoo Doughnut.

Mas o assunto que mais fez a minha pequena sorrir foi relatar a minha visita ao Museu de Ciência e Indústria de Oregon, confessei a ela que não esperava me diverti com nada, que só fui porque seria um dos locais que ela com certeza me arrastaria para entrar caso estivesse comigo. Mas os vários salões com interação científica ao vivo, ter acesso a um planetário de primeira linha e entrar em um submarino de verdade, simplesmente me fizeram mudar de opinião.

Ela só me olhava com uma expressão de “Eu te disse !” a cada detalhe que explicava , me fazendo prometer mostrá-la todas as fotos da viagem depois.
(...)


Já na entrada do prédio da Ally, já que o caminho para casa de táxi foi em silêncio, mas agradável, ela volta a me olhar sorridente.


— Eu acho que essa foi a melhor coisa do meu dia sem a menor dúvida. A melhor e a mais surpreendente.


— Se você diz... – ela revira os olhos e bate no meu peito – Ouch! Você continua forte, pequena.


— E você convencido.


— E você não ? – quando subo meu braço para massagear o ponto que fui “ agredido” a manga do meu casaco sobe, mostrando a minha antiga pulseira. Ela também repara e muda a expressão para uma mais séria e concentrada -Eu prometi não tirar, lembra ?


— ... – ela levanta a manga do seu sobretudo e mostra que continuava com o meu presente. 


— Eu pensei que não lembrasse mais, que não usaria mais. Você parece ter mudado tanto ...


— A pulseira era uma das únicas coisas que me ligava a você, Aus. – ela mantinha a atenção na sua pulseira e a segurava com nostalgia no olhar – Ela me ajudou quando tudo aconteceu.


— Quando tudo aconteceu ?- ela estava com um semblante estranho.


— Quando você foi embora. – ela parece voltar dos seus devaneios.
— Ally ? 


— Sim ? 


— Você sabe o quê. Eu te conheço.


— Eu só me lembrei da falta que senti quando viajou, foi só isso. Não gosto de lembrar disso, mas nem preciso, porque você tá aqui .


— Ok. – não adiantava insistir agora — Acho que só foi impressão minha.


— Exatamente! – mentira. Ela estava fugindo do assunto.


— Mas então é melhor você entrar. Eu queria dar um oi para seu pais, mas eu deixo para amanhã. Te pego às nove ?


— Estarei pronta na porta. – sorri de leve. — Não vai escapar da pista amanhã. 


— Amanhã verá o que é patinar de verdade, mocinha.

Ela cruza os braços emburrada.


— Austin, você ainda não me disse onde tá morando. Se não voltou para seu antigo apartamento, tá morando onde ?


— Provisoriamente, no apartamento dos meus padrinhos, você sabe onde fica. Mas eu vou tá mais perto do que você pensa, pequena.


— Pena que não é aqui. É estranho te ter de volta e ao mesmo tempo não ser mais meu vizinho de corredor.


— Do mesmo corredor não, mas já na cobertura.


— Você tá falando sério ? – ela me encara surpresa .


Assinto com a cabeça e ela me abraça contente eu a giro no ar.


— Quando tava pretendendo me contar, seu chato ?


— Eu queria ver esse seu sorriso fofo. Mas ia te contar amanhã. Os negócios dos meus pais deram super certo nesses anos, as vendas superam mais que o esperado e a venda do meu antigo apartamento também ajudou. Me mudo ainda nesses dias.


— Me avisa o dia, eu quero te ajudar.


— Aviso sim. 


— Até amanhã, então. Não vejo a hora. 


— Boa noite, pequena.


— Boa noite.


A vejo entrar na portaria e saiu. Amanhã seria um longo dia.

 

 


(...)

Subi as escadas correndo, não por falta de elevador, mas pelo simples fato de estar atrasado. Quando cheguei ao terceiro andar estava ofegante, levei minhas mãos ao joelho e abaixei a cabeça, tentando recuperar o ar. 
Fui para a frente da porta dela, arrumei a roupa e o cabelo, então ergui a mão para bater, tinha campainha, mas bater na porta era a minha marca. Antes que meus dedos encostassem, a voz dela ecoa em meus ouvidos.


Me virei e lá estava ela, com suas novas roupas estilosas, mas com uma touca que eu conhecia bem..


Flashback On

—Eu não uso isso.- reclamou abrindo o embrulho. 
—Deixa de ser chata, oh coisa. No inverno você usa. 


Peguei a touca cor de vinho e empurrei na cabeça dela. Ally me encarou e cruzou os braços, a puxei pela mão até o enorme espelho que tinha em seu quarto.


—Viu, nem combina comigo.
—Se você usasse uma calça ou um casaco de couro...
—Sem chance.


Flashback Off


Voltando ao presente, prestei atenção agora em sua roupa. Calça jeans, uma camiseta xadrez vermelha e um casaco de couro, nos pés tinha uma bota. Agora sim, a touca combinava bem.


—Hey, tudo bem com você?- perguntou Ally vindo em minha direção.


Recebi um abraço apertado, quase tão apertado do que o da noite passada. Inspirei seu cheiro e aquilo parecia familiar, estava começando a me sentir em casa novamente.


—Estou, só estava olhando sua roupa. Acho que ainda não estou acostumado, mas a touca que te dei está linda em você, sempre soube que combinava. 


Nos largamos e vi que ela estava corada. Não deixei de sorrir, era engraçado como ela corava. Olhei para nossa plateia, uma garota baixa e gordinha, ao lado tinha um ruivo e alto. 


—Aus, esses são Dez e Trish, eles são irmãos.


Estiquei a mão e apertei a mão de cada um. Eram diferentes, como assim são irmãos?


—Trish, ele está fazendo aquela cara.- disse Dez com ar divertido. 


Não entendi nada, que cara eu estava fazendo? A baixinha revirou os olhos e me encarou. Quase fiquei com medo, ela parecia estar chateada comigo. Ela revirou os olhos novamente e balançou a cabeça.


—Nós somos irmãos sim...- começou Trish.
—Não estou duvidando disso.- falei um pouco rápido demais, não queria deixar clara minha confusão.
—É claro- disse Trish com sarcasmo- Dez e eu somos irmãos adotivos, nossos pais não podem ter filhos. Fomos a única opção dela.
—Não é bem assim, papai deixou claro que ele me quis assim que me viu no orfanato.
—Claro.- disse Trish.


Vi a morena passar por mim quando o ruivo retomou a falar. Olhei para Ally e ela sorriu, acho que eu estava de olhos arregalados, na verdade, eu tinha certeza que estava. 


—Eles sempre fazem isso, brigam a cada minuto. Vai aguentar isso? 
—Talvez, você aguenta?
—Às vezes eu apenas os deixo brigando só, ontem à noite eu fiz isso. Eles estavam comigo, mas eles começaram a brigar.


Já havíamos começado a andar até o elevador. Dez apertava o botão freneticamente e Trish agora tinha um dedo esticado para o rosto dele.


—Me chama disso de novo e eu arranco suas sardas. 
—Me deixa em paz.
—Me chama de grossa de novo e você vai ver.- avisou de novo.


Olhei para Ally e sorri. Levei meu braço até o ombro dela. Ela me olhou e depois para o pulso, segui seu olhar e vi que ela usava a pulseira novamente. Sorri e beijei sua testa. Entramos no elevador e Ally apertou o botão da garagem.


—Quem tem um carro?- perguntei pelo simples fato de estarmos indo para a garagem.
—Dez e Ally, mas hoje vamos no carro dela. 
—Você tem um carro?- sussurrei no ouvido dela- Achei que você tinha medo.
—Papai me ensinou. Você tirou a sua?
—Sim.
—Eu deixo você dirigir meu carro.- disse sorrindo. 
—Obrigado.


(...) 


Quando chegamos ao Central Park já não aguentava mais Dez e Trish, eles brigavam sem parar. 
—Dá para vocês pararem?- reclamou Ally tirando o cinto de segurança. 
—Tudo bem, eu paro.- disse Trish.


Caminhamos até o centro de patinação. Não demorou muito até que todos estávamos patinando. Ally sorria enquanto fugia de mim, Dez e Trish vinham logo atrás. Eu havia gostado dos novos amigos dela. 
Paramos em uma rodinha, ao meu lado Ally sorriu e apontou para um garoto, não demorou muito até Trish sorrir e corar. Não entendi bem até Dez abrir a boca.


—Trent sabe que você gosta dele? Eu digo se você quiser.- disse Dez.
—Eu não gosto dele.- retrucou Trish.
—É claro que gosta.- ele já havia começado a correr, eles iriam começar a brigar novamente.
—Seu idiota, volta aqui.


Ally gargalhava enquanto olhava os dois arrodearem a pista de patinação. Peguei a mão dela e a puxei para mim. Com facilidade nos separamos e fomos deslizar, logo eu estava atrás dela a empurrando e a segurando pela cintura enquanto ela abria os braços igual havia feito na noite passada.


—Quer ir da uma volta?- perguntei. 
—Pode ser. 
(...)


Tínhamos copos cheios de chocolate quente na mão, era contra nossas regras comer algo tão perto do horário de almoço, mas estava muito frio.


—Me conta como foi lá em Portland.
—Achei que já havia contado.- soprei e tomei um pouco do chocolate quente.
—Eu sei, mas não me contou se fez amigos ou se teve uma namorada.
—Ah, Brad e Bob foram meus melhores amigos, eles eram gêmeos. Eu tive, na verdade, ainda tenho uma namorada, o nome dela é Alana. 
—Nome bonito.- respondeu, quase ouvi uma pontada de ciúmes em sua voz. 
—Ela é bonita. Ruiva, de olhos verdes e do meu tamanho. 
—Você que flertou com ela?- perguntou e deu um gole em seu chocolate. 
—Brad flertou com ela...
—Como assim Brad flertou com ela?
—É, ele quem gostava dela, mas ela gostava de mim. Foi uma drama de novela, mais acabou que ele arrumou a Stacy e esqueceu Alana.
—Que dramático.
—E a Piper?
—Acredite se quiser, somos amigas agora, tudo bem que ainda temos nossas diferenças, mas agora nos suportamos.


Ally avistou um banco e foi até ele. Nos sentamos próximos e voltamos a conversar.


—E sua namorada sabe que existo? 
—Sim, eu tenho uma tatuagem, você esqueceu? Ela perguntou o significado do sol.


Ally corou e pegou no meu queixo. Virou meu rosto e se aproximou. A outra mão tirou meu cabelo do caminho e alisou minha tatuagem.


—Linda. Papai quando viu a minha enlouqueceu. Gritou comigo por um par de horas. Foi engraçado depois de dois dias.- disse sorrindo.
—Eu posso ver a sua? 


Ela abriu um sorriso e se virou. Levei minha mão até seus longos cabelos e os tirei do caminho. A lua estava lá, agora tinha duas estrela pequenas. 


—Quando você fez as estrelas? 
—Duas semanas depois, ele me fez prometer que não contaria a ninguém novamente.


Sorrimos, eu levei os dedos a tatuagem. Era linda. Lembrava bem aquele dia. Eu amava está ligado a ela assim, me fazia bem. 


—Mas o que... Que droga está acontecendo aqui?

 


Notas Finais


E aí , segundo capítulo aprovado ? Quem será essa pessoa misteriosa ?
Momentos Auslly aprovados ? A reproximação deles está retornando, a gente tá amando escrever, muitas surpresas a caminho.

Primeira parte até o momento de despedida na portaria do prédio da Ally,escrito por yo.

Segunda parte, a Little.


Flip, salto da Ally : https://youtu.be/LnOM1rqWvgc


Até mais! Beijos!


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