História Between Angels - Karla part.2

Lauren's point of view

O calor estava dominando o meu corpo enquanto eu chupava loucamente, de um lado para o outro fazendo movimentos circulares. Estava tão melado que às vezes escorria pelos cantos da minha boca. Eu tentava ao máximo não desperdiçar nem uma gota sequer.

-Hmmmm, tão gostoso.-Karla gemia. Sua boca estava levemente aberta enquanto soltava alguns gemidos de satisfação.

-Porra! Se eu soubesse que era tão gostoso eu teria chupado mais cedo. - Minha voz era abafada pelos movimentos repetitivos da minha língua.

Definitivamente aquele era o melhor sorvete que eu já tinha chupado.

Estávamos em uma sorveteria no centro da cidade, o clima é agradável, o sol já estava se pondo.

Fazia quase 2 semanas desde que eu conheci Karla, 2 fodidas semanas de puro sexo e provocações.

Não que eu reclamasse, e claro.

Eu passava quase 24 horas do meu dia com ela, sempre aprendendo algo novo, sempre sendo submetida a algo.

Karla era uma mulher incrível, mas com o passado duvidoso; durante todo esse tempo eu perguntei para as pessoas que trabalhavam na Boate, e ninguém sabia nada relevante sobre ela.

Tudo que consegui descobrir foi que ela tinha 25 anos, fazia 8 anos que ela possuía o Verbis Diablo, não possuía família nem amigos íntimos.

E isso era tudo.

Sempre eu a sondava sobre seu passado era arrumava um jeito de mudar o foco.

Porém ela era criativa, inteligente, com uma forma diferente de ver o mundo e fodia incrivelmente bem.

Todo dia ela dizia que eu estava aprendendo rápido, que ela já estava descobrindo quem eu sou, do que eu preciso.

-Venha, eu quero te levar a um lugar. - Ela disse se levando e deixando uma nota de 20 dólares em cima da mesa.

-Aonde vamos?- perguntei a segundo em direção ao carro.

- Eu estava pensando, você já está pronta, vou lhe ensinar mais uma coisa nova. - Senti minha palpitação aumentando.

-O que seria?- Ela apenas deu um sorriso de canto como resposta.

A viagem foi silenciosa, enquanto dirigia Karla passava sua mão pelo meu corpo, começava pelo joelho e ia subindo, apertando e acariciando cada pedaço me lançando olhares furtivos de minuto em minuto.

O Verbis Diablo estava vazio, mas mesmo assim o cheiro de bebidas e sexo prevalecia o ligar. Karla andou até um sofá de couro, se sentando com as pernas cruzadas e com as mãos debaixo do queixo.

-Sabe Lauren. Vendo você assim; me comendo com os olhos a cada passo que eu dou, sua pele branca fazendo o contraste com seus olhos tão escuros de luxúria, enquanto se esforça para não esfregar as pernas uma na outra. Você parece mais tentadora que o próprio demônio. - Ela soltou um risinho enquanto suas mãos fazia um caminho até suas coxas, seu vestido subia suavemente enquanto ela afastava suas pernas uma da outra, devagar e lento. Seu olhar era feroz, e não deixava o meu um segundo sequer.

-Seu corpo clama pelo meu. Aposto que sua boceta está molhada, não está? Eu até posso sentir o gosto dela em minha boca.- Karla passou a língua entre os lábios lentamente.

Minhas mãos se fecharam em punhos, eu apertava tão forte que sentia a unha querer perfurar a pele. Soltei um rosnado animalesco enquanto caminhava em sua direção.

-Pelo o que me disseram, o demônio não é algo muito tentador.- disse enquanto ajoelhava, em sua frente, passando as mãos por suas coxas.

-Pessoas equivocas e ignorantes. - Ela gemeu enquanto eu distribuía mordidas e chupões.

Suas mãos foram até meus cabelos apertando e puxando me fazendo a olhar, ela se inclinou em minha direção, roçando sua boca na minha. Ainda de joelhos passei meus braços por detrás de sua costas a puxando para perto, me levantando em um movimento rápido a trazendo junto comigo, enquanto me virava e sentava no sofá.

Agora ela estava em cima de mim, deliciosamente ofegante.

-Então me diga, Como o demônio deve ser?- perguntei enquanto colocava uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

-O mal, acima de tudo e sedutor. Quando o demônio bate em sua porta ele não tem cascos fedidos. Ele é lindo, e oferece sussurrante tudo que o seu coração secretamente deseja, o atraindo para sua perdição.- Sua boca quase se encostava na minha, eu podia sentir sua respiração em cada palavra que ela sussurrava.

Arrastei a minha boca por toda extensão de sua clavícula, até chegar em seu ouvido.

- O que acontece depois que abrimos a porta?- Sussurrei, deixando um pequeno beijo em sua orelha, vendo sua pele se arrepiar. Sua pele suada mantinha um contato delicioso sobre minhas coxas, me peguei olhando para a parte inferior do seu corpo e lá estava suas grossas e vermelhas coxas, não me segurei em passar minhas mãos por elas fui arrastando minhas unhas até chegar em sua bunda e apertar com vontade.

-Você salva a sua alma, ou a entrega.- Sua voz não passava de um gemido enquanto se mexia em meu colo, se arrastando para frente é para trás, simultaneamente, causando um atrito gostoso como havia feito antes.

-Mas assim, não estaremos condenados?- Ela se afastou fazendo seu olhar se encontrar com o meu, seu lindo castanho estava em um tom mais vermelho.

-Sim, mas não estaremos sozinhos. - Sua mão foi até a minha, a segurando e logo em seguida a arrastando por todo o seu corpo, como se quisesse provar que estava bem ali, comigo.- E por isso não vale a pena ser condenada, Lauren?-

Sim, definitivamente aquilo valia a pena.

Seus movimentos em meu colo aumentaram, enquanto ela colava sua boca na minha em um beijo urgente, desesperado, eu estava cada vez mais extasiada, ter aquela mulher em cima de mim de certa forma era assustador e ao mesmo tempo delicioso.

- Sabe Lauren, quero te ensinar como dominar uma mulher, como aproveitar o que ela pode te oferecer, e tê-la ao seus pés para logo depois..- Chegou bem próxima ao meu ouvido. - Se alimentar dela.- Assobiou baixinho apenas para que eu escutasse.

-Me alimentar?-

-Costumo a dizer que não existe pecado maior que a luxúria. Ela submete as pessoas de uma forma fodidamente gostosa. Até mesmo a alma mais intocável e pura consegue ser persuadida com um pequeno toque de luxúria. -Ela me encarou por um tempo, olhando no fundo dos meus olhos. - Você tem a arma mais poderosa do universo consigo, vou te ensinar como usá-la.-

Sua boca colou na minha de uma forma desesperada, o beijo era urgente e provocador. Então com um estralo ela afastou de repente.

-Primeira lição, nunca perca o controle. Você sempre tem que estar no comando, ditando o ritmo, impondo a sua vontade. - Confirmei rapidamente, enquanto voltava a colar sua boca na minha. Dessa vez impondo o ritmo enquanto segurava seus cabelos. Mas novamente ela se separou.

-Rápido demais. Você deve me beijar lentamente, aproveite dos meus lábios carnudos e macios, me faça querer me entregar, ansiar por mais e não ter, a menos se você quiser que eu tenha. Eu não vou fugir de você e nem você de mim. Ou vai?- Me deu um sorriso inocente. Deveria ser coisa da minha mente, mas poderia jurar que a vi corar.

- Nunca fugiria de você. -

Deixei minha mão direita em sua bochecha apreciando do aspecto aveludado que poderia ser da sua maquiagem, mas não me importava. Pegou minha mão e a levou até sua boca beijando a palma, as costas, e cada um dos dedos lentamente, quando chegou ao meu polegar o colocou em sua boca e passou sua língua por toda sua extensão.

PUTA MERDA.

Ela se assemelhava a um grande bebê, seus olhos brilhavam, e me fitava com uma vergonha falsa, mas que aos meus quatorze anos me parecia tão verdadeira.

- Me beija. - Pediu com as bochechas vermelhas e com o lábio inferior entre sua arcada dentária.

Acatei ao seu pedido e aproximei meu rosto do dela. Comecei apenas com um roçar de bocas, com minha tímida língua sobre seu lábio inferior; Karla gemeu em resposta, então me deixei levar pelo arrepio que percorria minha pele e conectei minha língua com a dela, mas dessa vez fui lenta e calma como havia me dito.

-Passe suas mãos pelo meu corpo, veja o quando ele quer você, me faça querer seu sua. - Ela gemeu, como um grande gatinho manhoso.

Porra, eu iria fazer essa foda inesquecível, uma forca cresceu dentro de mim, eu precisava fode-lá do jeito certo.

Passei a mão pelo seu corpo, começando uma leve carícia pelo seus rosto, contornando cada traço, sua boca macia e vermelha, seu nariz arrebitado, seu queijo que contém algumas marcas minhas,seu pescoço longo e pálido.

Afastei as mangas do seu vestido para o lado, enquanto distribuía beijos pelo seu ombro.

Ainda sentada no meu colo a fiz virar de costas para mim. Minhas mãos foram até o feixe na lateral do vestido, o fazendo abrir, logo em seguida o puxando para baixo, expondo suas costas, havia vários relevos vermelhos. Arranhões que eu havia feito nas noites anteriores. Levei minha boca em cada um deles, lambendo, chupando e deixando novas marcas.

Quando me dei por satisfeita, puxei seu corpo mais pra perto do meu, enquanto com uma mão segurava seu cabelo em um rabo de cavalo, deixando seu pescoço livre. -Porra! Você é tão gostosa, eu não consigo mais tirar a minha boca de você. - sussurrei enquanto trabalhava em marcar todo seu pescoço.

Karla estava sem sutiã o que facilitava meu trabalho, levei minha mão até o seu seio direito, apertando e maltratando enquanto continuava com os movimentos da minha boca em seu pescoço.

Ela gemia sempre que eu tocava em uma área sensível, ou mordia forte demais.

-Hmmm, Lauren mais forte.- Ela se esfregava em meu colo.

Soltei um risinho rouco em seu pescoço.

-Eu decido se vou fazer mais forte, tudo depende da minha vontade. Fique calada, sem reclamar. Entendeu?- Ela assentiu com os olhos fechados. - Aposto que você já está toda molhada, como uma boa cadela no cio. Olha como você se esfrega em mim.-

Puxei seus cabelos com força, virando seu rosto para mim, enquanto colava seus lábios nos meus. Levei minha mão ate sua calcinha, esfregando de cima para baixo, era possível sentir o quanto estava molhada mesmo pelo tecido.

-Porra, você está tão molhada para mim. - Enfiei minha mão por dentro de sua calcinha, fazendo movimentos circulares. Meus dedos escorregavam com facilidade.

Karla se contorcia quando eu levei meus dedos até minha boca os chupando e soltando um gemido logo em seguida.

-Você é tão fodidamente gostosa, prove. - Levei meus dedos ate a sua boca, a fazendo chupar até que eles estivessem limpos.

-Eu quero mais. - sussurrei enquanto a empurrava para frente, a fazendo deitar de bruços no sofá.

Imagine, Karla com suas coxas grossas com uma bunda redondinha e empinada, usando apenas com uma calcinha preta rendada e saltos. A expondo completamente para você, a sua disposição.

Porra! Era o paraíso.

Me ajoelhei ficando atrás dela, enquanto lentamente tirava sua calcinha, era como desembrulhar um presente que você estava querendo muito.

Levei a peça até meu nariz, seu cheiro doce e feminino me invadiu. Senti minha boca salivando.

-Sabe o que vai acontecer agora?- perguntei, enquanto a puxava a fazendo ficar de quatro.

-O que?- ela sussurrou.

-Primeiro eu vou te chupar tão gostoso, que você vai gemer deliciosamente enquanto goza em minha boca.- disse me abaixando e depositando um beijo em uma de suas nádegas, a fazendo mexer impaciente.-Depois, eu vou te foder tão duro e tão forte que você vai implorar por mais.- Acertei um tapa em sua bunda, esfregando o local logo em seguida.- E você vai gemer igual uma boa cadelinha, nao vai? Vai rebolar bem gostoso pra mim, enquanto eu te dou um bom trato?-

Ela penas gemeu, enquanto forçava seu corpo em direção ao meu tentando se esfregar a todo custo.

-Responde!- minha voz saiu grave e forte, enquanto eu distribuía outro tapa em sua bunda.

-Sim! Sim, eu vou eu gemer bem gostoso para você, só para você. Cuide bem de mim, Daddy.- Sua voz saiu meio manhosa.

Me abaixei começando a distribuir beijo por toda sua bunda, mordendo e chupando.

Levei minha mão ate sua boceta, estava tão molhada que começava a escorrer um pouco pelas suas coxas.

-Oh sim, Daddy vai cuidar bem de você. - Me deitei de costas fazendo sua intimidade ficar bem em cima da minha boca. Passei a língua por toda a sua extensão, provando, instigando.

Karla gemeu lindamente enquanto eu aumentava meus movimentos, me focando eu manter movimentos repetitivos em seu clitóris com a minha língua.

Minhas mãos percorriam por suas coxas, apertando.

Karla se esfregava ferozmente em meu rosto, rebolava sem algum tipo de pudor, e eu respondia todos seus movimentos com louvor.

Tudo que se ouvia era os sons de sucções e gemidos, enquanto eu distribuía tapas por toda a sua bunda.

Sua boceta estava tão molhada que às vezes era difícil de respirar, mas eu não importava, eu precisava sentir o seu gosto.

-Porra! Você chupa tão gostoso. - ela gritava.

Depois de algum tempo seus gemidos se tornaram maiores, respiração mais acelerada, então ela inclinou sua cabeça para trás e gozou, soltando um gemido longo e satisfeito.

Continuei a chupando até que último requisito de gozo estivesse sido limpo.

Ela ainda estava se recuperando quando novamente me posicionei atrás dela.

Puxei sua bunda em direção a minha intimidade, a fazendo se esfregar em mim.

-Sinta o quanto eu estou molhada, sinta o que você fez comigo.- soltei um gemido, enquanto ela aumentava seus movimentos.-Porra, Karla você tem sido uma garotinha má me fazendo perder o controle.-

-Tenho? Então, me fode bem duro até me ensinar como ser uma garotinha boa. - Soltei um rosnado e me ajeitei atrás dela enquanto levava meus dedos até sua entrada apertada.

-Eu vou te comer todinha. - Enfiei meus dedos de uma vez, fazendo seu corpo pular para frente e voltar ainda mais forte.

-Porra! Isso. Forte. - ela gemia palavras incoerentes, enquanto eu bombardeava meus dedos forte e fundo, sua boceta os apertava em pequenos espasmos.

Levei minha mão até seus cabelos os pegando em um rabo de cavalo, e puxando para mim a fazendo arquear as costas instintivamente, empinando mais sua bunda para mim, enquanto ainda ia para frente para trás com a força dos meus dedos em sua intimidade.

-E assim que a sua boceta queria ser fodida, hmm?- perguntei incoerente em meios aos meus movimentos.

-Sim, porra, sim, você fode ela tão bem, tão bem. - Ela praticamente gritou.

O som dos nossos corpos se chocando, o cheiro de sexo, gemidos e tapas marcavam o lugar.

Karla, já estava quase gozando quando eu parei meus movimentos.

-Eu quero tentar outra coisa. - disse saindo de dentro dela, ouvindo gemidos de reprovações em seguida.

Afastei-me o suficiente para observa-lá, porra tão submissa, tão exposta. Muito diferente da Karla que eu conhecia aquela áurea de superioridade e poder não existia mais, essa áurea era minha agora. É eu adorava essa sensação. Será que todas as pessoas eram assim? Tão superiores, tão intimidantes, mas com o jeito certo, se tornam cadelas submissas a sua vontade. Bem, eu estava disposta a descobrir.

Tirei cada peça da minha roupa lentamente, aproveitando cada momento. tínhamos a noite toda certo?

Me aproximei de Karla que já estava impaciente. Deitei-me por cima dela, fazendo minha intimidade roçar em sua bunda.

-Rebola para mim, eu quero gozar com a sua bunda se esfregando bem gostoso em minha boceta.- Disse enquanto deixava uma mordida em seu pescoço.

Ela gemeu enquanto começava seus movimentos.

-Puta que pariu. Já disse o quanto amo essa sua bunda? Se esfregando em mim então. -

Levei uma mão em seu seio, apertando e massageando enquanto a outra ia sem direção de sua intimidade, recomeçando meus movimentos.

Eu beijava todas as suas costas enquanto, ela aumentava o atrito entre sua bunda e meu sexo.

-Rebola, pra mim Karla, igual uma boa putinha. -

Nossos corpos estavam suados e ofegantes, eu podia ver seus braços tremendo por ficar na mesma posição por tanto tempo.

Minha boceta se esfregada tão gostoso nela que eu podia ver o rastro molhado que ela deixava após cada movimento.

-Lauren, eu vou gozar- Karla gemeu.

Passei a mão pelo seu corpo, deixando um tapa na sua bunda que já estava vermelha, e esse foi o estopim.

Seu corpo tremeu junto com o meu, pelo orgasmo arrebatador que estávamos tendo, Eu me sentia área, todos meus sentidos sumiram por um tempo, e tudo que eu sabia era aquela topor.

Esperei minha respiração se controlar para me afastar dela, toda sua bunda e coxas estava suja de gozo.

-Acho que precisamos de um banho.- ela disse em um suspiro.

{...}

Quase um mês tinha se passado. Um mês cercado de luxúria. Se o diabo realmente existisse ele estaria aplaudindo a minha conduta, extremamente satisfeito. Cada dia uma nova lição foi aprendida, uma nova forma de sedução e satisfação.

Karla estava deitada, lençóis brancos cobriam seu corpo. Uma mão em cima de sua barriga, a outra estava entre as minhas. Ela parecia tensa e distante, sua testa estava enrugada como se ela estivesse decidindo algo.

-Eu quero te contar algo que nunca contei a ninguém, mas você precisa ficar em silêncio, não me interrompa e não questione. Certo?- Sua expressão era séria, parecia ansiosa.

Balancei a cabeça rapidamente em concordância, a olhando com expectativa.

-Eu tinha 15 anos quando tudo aconteceu. - Ela sussurrou se acomodando melhor na cama, mas logo tratou de continuar. -Meus pais eram simples fazendeiros, vivíamos com o que tínhamos, é não era muito. Mas mesmo com pouco, éramos felizes. Minha mãe era uma mulher doce e gentil. Meu pai era amigável e trabalhador, e contava histórias como ninguém, eles eram extremamente satisfeito com que tinha. Mas eu não. Queria mais, bem mais. Eu sempre me achei superior, tinha planos e sonhos, queria ser amada, bajulada, exaltada. Eu merecia isso. - Ela deu uma pausa, sua mão foi em direção ao meu rosto acariciando lentamente.

-De segunda a sexta, eu trabalhava em uma cafeteria no centro da cidade, eles me pagavam uma mixaria, mas era isso ou nada.

E foi em uma bela quarta feira que o conheci.

Meu expediente já tinha terminado, era uma noite escura, e mesmo com uma placa escrito "Fechado" ele entrou na loja. E puta merda, era o homem mais lindo que meus olhos já se atreveram a ver.

Era alto, tinha a pele extremamente pálida, que combinava com a jaqueta de couro que ele usava, cabelo negro perfeitamente cortado, possuía um sorriso sacana nos lábios, mas o que me atraía por completo era os olhos. Grandes olhos verdes intensos, obscuros como a noite.

Ele queria uma xícara de café, E não demorou muito tempo para que eu me visse extremamente encantada,, ele me prometia o mundo, oportunidades, tudo que eu sempre sonhei, eu só teria que aceitar. E completamente cegada pelo meu próprio ego eu aceitei. Então, ele me possuiu, bem em cima da bancada, forte e bruto.

É aquela foi a minha primeira vez. - Karla respirou profundamente, lágrimas ameaçavam cair dos seus olhos.

-E o que aconteceu depois?- me vi perguntando.

-Depois de terminar ele simples saiu, e eu fui embora chorando extremamente fodida.- Ela deu uma risadinha- Literalmente.

No outro dia tudo foi diferente, meus pais acharam uma reserva enorme de petróleo no fundo da fazenda, o melhor colégio do país me mandou uma carta de aceitação, várias marcas famosas me mandaram um convite para ser garota propaganda. Tudo que eu sempre sonhei se tornou real de um dia para a noite.

Uma semana depois eu o vi de novo, ele apareceu no meu quarto, lindo como da última vez, mas extremamente seco e cruel. Ele me disse que como tudo na vida, essa mudança teria um preço. Dez anos era tudo que eu tinha para aproveitar, e então eu seria dele. Ele me fodeu novamente naquela noite.

Um mês depois meus pais morreram em um acidente de carro. E cada dia que passava depois disso eu me afundava cada vez mais, sempre procurando uma distração, principalmente drogas e sexo. Três anos depois eu criei o Verbis Diablo, cada ano me quebrando mais, me transformando em algo formado por retalhos da pessoa que eu costumava a ser. - Lágrimas escorriam pelo seu rosto, passei a mão suavemente pelas suas costas, a puxando para meu peito deixando que ela chorasse.

-Vai ficar tudo bem. - Eu sussurrava baixinho, a balançando para frente e para trás.

-Você não entende, Lauren. Amanhã vai fazer dez anos. - Sua voz estava um pouco desesperada.

Tudo que eu pude fazer foi segura-lá em meus braços o resto da noite.

{...}
A cama do meu lado estava vazia quando eu acordei, eu sentia a falta do seu corpo junto ao meu. Várias vozes eram ouvidas do corredor.

Me levantei curiosa, a medida que ia me aproximando da porta pude distinguir as vozes corretamente, era de Karla e uma outra pessoa, um homem.

-Ele me prometeu mais dias se eu a ensinasse. - Karla estava desesperada.

- Garota bobinha, até hoje não aprendeu? Ele nunca cumpre suas promessas. - O som de algo sendo cortado foi ouvido, junto com o grito estridente.

Abri a porta rapidamente e ainda pude ver seu corpo ensanguentado caindo no chão. Enquanto um homem, com os olhos completamente negros, cortava a sua garganta.

{...}

13 de fevereiro de 2016. Berna,Suíça.

Acordei com um sobressalto, meu coração batia descompassado, fazia tanto tempo que eu não se lembrava dela. Parecia uma pequena eternidade que tudo aconteceu. O quarto estava completamente escuro, o relógio da escrivaninha marcava 03:15 AM, foi quando senti um cheiro estranho, um cheiro de morte. Estava com uma sensação que estava sendo observada.

Rapidamente levei a mão ao abajur.

Havia três corpos pendurados pelo pescoço, presos no ventilador do teto. Completamente sem vida, não pude nem esboçar uma reação quando com um barulho terrível todas as três cordas arrebentaram de uma só vez, e os corpos caíram no chão, formando um triângulo prefeito.