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História Between Coffees and Roses - Cerco Fechando.


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


OiOiOi
Olha quem é a filha da puta que esta de volta??? EEEUUUU \o/
OASKAOSKAOSKAOSKOASK
Ok, ja vou pedindo perdão pela demora em atualizar. Tava olhando as datas de postagem e se não me falhou as vistas, esse foi o maior período sem cap novo de toda BCR (SHAME ON YOU, ASH, SHAME ON YOU!)
Mas caras... Tentem entender o lado dessa OnlyArmy sofrega em meio ao comeback dos meninos... Ta dificil respirar até agora, mas sigo firme!
Ainda tem Save me pela frente e depois de la não sei como farei para seguir adiante, mas vou tentando.
Enfim, quero pedir desculpas tbm a quem comentou o cap passado por não ter respondido.
A razão é a mesma viu, to sem nem visitar o SS direito nesses dias de tantos tiros fortes no twitter, mas saibam que eu irei lhes responder agorinha então se acalmem! OKASOAKSOAKS
PS: Se por acaso vcs comentaram alguma coisa em caps passados e eu não respondi, respondam la no comentario que foi esquecido com um "Aqui", algo no sentido, pra eu receber as notificações novamente e poder responder. Minha conta bugou tudo e eu perdi as notificações e to com a impressão que posso ter deixado alguem sem a devida atenção. Me perdoem por isso tbm, e lembrem-se que a tia Ash ama vcs <3
Mas let's stop the mimimi tour e bora pro cap o/
Vejo vcs la embaixo *-*
KissKiss
~~Ashmedhai

Capítulo 25 - Cerco Fechando.


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - Cerco Fechando.

Cerco Fechando.

 

- Então quer dizer que o palpite que o Hoseok pediu pra mim, era sobre a historia do Jimin com o Jungkook... – Disse SeokJin pensativo, apertando o queixo com uma das mãos. – E saber que se eu tivesse errado meu palpite ele estaria surtando agora, achando que o assassino era o coitado do barista! – Concluiu rindo e YoonGi se ajeitou melhor em sua cadeira, lhe encarando com um ar divertido.

- Pelo menos você não é tão burro quanto parece, né? – Gargalhou e logo tomou um tapa forte do mais velho, recobrando assim a seriedade que o dialogo pedia. – Enfim, agora você sabe porque não lhe contamos nada. Isso tudo envolve demais tanto a minha vida pessoal como a de Hoseok, fora que apesar de tudo indicar que é ele o assassino, e eu tenho certeza disso, não podemos acusar esse desgraçado sem provas.

- Quanto a sua vida pessoal, eu entendia que havia algum envolvimento no caso desde o exame da garrafa, mas Hoseok? – Questionou juntando as sobrancelhas. – Não sei YoonGi... Jimin é só um caso dele, Não? Um cara que ele ta saindo e tal... Porque ele se sentiria envolvido no caso?

- Pelo simples fato de que Jimin não é só um caso pra ele. Olha, eu tenho pra mim que Hoseok tem interesse no Park desde quando o conheceu, e depois que eles ficaram juntos no bar e nosso amado caçula de equipe soube da historia do ruivo, ele tem andado muito diferente, e isso você tem que concordar! Eu acho que ele ta apaixonado de verdade pelo cara. Quer um exemplo? Olha o jeito que ele ficou hoje quando soube que o Jimin havia se perdido. – E assim, viu o mais velho assentindo em concordância.

- Isso é verdade. – Como se lembrasse de algo, SeokJin sentou-se novamente e se inclinou na direção do acobreado. – Falando nesse caso. Pelo que eu percebi, o Hoseok saiu daqui achando que o Jimin tava sendo perseguido pelo Jungkook, certo?

- Ao que tudo indica, aquele filho da puta tava atrás do Park sim, provavelmente perseguindo ele na rua, eu também não entendi muito bem. Hoseok ficou de ligar assim que  o achasse ou se precisasse de ajuda.

- Mas YoonGi, a hora que eu fui levar a HunBee até a rua pra ela ir pra casa, o Jungkook havia vindo encontrar ela. Da hora que o Jung recebeu a ligação até a hora de ela ir embora, não teria dado tempo pro Jeon aprontar algo e depois vir até aqui...

E antes que SeokJin concluísse sua linha de raciocínio, o telefone começou a tocar, interrompendo a conversa de ambos os policiais que se encararam relativamente receosos e curiosos sobre quem poderia estar ligando para o numero do escritório deles, fora do horário de expediente.

- Alô... 

“- YoonGi? Sou eu, Hoseok.” – Disse quem ligava, e o legista logo se apoiou no encosto da cadeira e sinalizou quem era para SeokJin.

- E então? Conseguiu achar o Jimin? – Questionou sentindo-se levemente preocupado com o rapaz.

“- Achei sim, ele está bem agora. To ligando só pra avisar isso mesmo. Pode ficar tranquilo que ele está seguro aqui comigo.” – Respondeu o moreno e um suspiro de alivio escapou dos lábios do Min.

- E quanto a Jungkook? Era ele mesmo que estava perseguindo-o? – YoonGi perguntou novamente, curioso sobre o que havia acontecido de fato e ouviu Hoseok pigarreando do outro lado.

“- Digamos que não. Mas tenho a impressão que temos uma novidade sobre ele.” – Disse dando um riso leve e isso atiçou ainda mais a curiosidade do acobreado que logo foi calada. – “Mas pode ir pra casa e dormir tranquilo. Amanhã eu te ponho a par da situação” – E com uma bufada frustrada, o Legista respondeu.

- Ok, Ok! Amanhã também terei algumas coisas pra te contar... – Disse tentando provocar para ver se arrancava mais alguma informação do colega, mas a única coisa que ouviu foi um “Aham, Até!” totalmente desinteressado e logo a chamada se encerrou.

- E então? -  Questionou o mais velho encarando o acobreado com ansiedade. – O que ele disse sobre Jungkook?

- Nada. Ele disse que amanhã quer conversar comigo. Como ele não sabe sobre você ter ciência de tudo, provavelmente tenha algo a me contar sobre o criminoso. Mas é fato de que Hoseok não o pegou, então ainda temos o problema sobre como conseguir pôr as mãos em Jeon Jungkook... – suspirou reapoiando-se no encosto da cadeira.

Já se sentindo cansado pelo dia exaustivo, apesar de excitante por poder finalmente solucionar aquele caso, SeokJin foi até a sala de NamJoon para em seguida irem para casa, enquanto YoonGi realmente queria se deitar em seu leito e dormir pelas próximas cinco gerações – como ele mesmo dizia. No entanto, ao passar por um determinado bar no caminho para casa e vê-lo funcionando, foi impossível engolir a curiosidade sobre o mais novo e resolveu que lhe faria a costumeira visita para seu drink de fim de tarde/começo de noite apesar do horário já ser demasiado avançado.

Como sempre fazia quando ia até o bar, entrou com o cigarro em mãos e dirigiu-se diretamente ao balcão, mas para sua surpresa, naquela noite Jungkook não estava sozinho. HunBee estava sentada em uma banqueta alta do lado de dentro do balcão, segurava um copo de whisky com uma mão e também sustentava um cigarro na outra com um semblante serio e olhares perdidos enquanto o filho dela se ocupava em limpar e organizar adequadamente as mesas do bar próximas ao palco.

Não foi surpresa nenhuma para YoonGi vê-lo fingir que não o havia percebido, e antes que pudesse se pronunciar, sentiu a mão da mulher tocando a sua sobre a bancada, lhe chamando a atenção com uma pequena beliscada, e assim que a psicóloga teve-o atento a si, sussurrou baixinho sobre manter sigilo quanto ao seu trabalho para o filho.

Em um primeiro momento, o legista se sentiu confuso quanto ao pedido da senhora, mas ao observar o Jeon trabalhando tranquilamente, como sem não tivesse acontecido nada naqueles dias passados, logo entendeu que talvez nem a própria mulher confiava suficientemente no próprio filho.

Não demorou muito depois do curto pedido, para o garçom reassumir seu posto atrás do balcão,  logo servindo ao policial uma farta dose de curaçau  e após isso, voltou a organizar o salão deixando YoonGi e a madrasta sozinhos e assim, o Min percebeu que a mulher não estava exatamente com o olhar perdido. O que ela fazia era ler uma espécie de jornal e sendo tomado pela curiosidade, o acobreado questionou sobre o que se tratava tal leitura e prontamente HunBee lhe respondeu ser um classificado. Afirmou que estava procurando uma casa para alugar e ao ser questionada sobre quando ela se mudaria, respondeu que seria antes do fim do mês, justificando que com a liberdade do ex-marido se aproximando, ela e Jungkook teriam que se apressar em deixar o apartamento.

Para YoonGi, aquele assunto lhe soava deveras interessante. Algo lhe dizia que a prisão do Senhor Jeon tinha alguma coisa diretamente ligada ao filho e já havia perdido algumas horas imaginando o que poderia ter levado o velho para a cadeia e vendo-a tocando na ferida, decidiu que a cutucaria um pouco mais.

- Triste isso não é? Ter que mudar toda a vida e os hábitos e tudo o mais só por causa do retorno de alguém... – Comentou fingindo casualidade e ouviu-a concordando em um murmúrio enquanto bebericava seu whisky. – Mas por que isso, HunBee? Com ele ganhando a liberdade, não seria mais fácil pro Jungkook se reaproximar do pai se continuasse morando aqui? – E com tal fala percebeu-a se engasgando com a bebida e quase cuspindo tudo que estava na boca pelo balcão. O Legista se apressou em ajuda-la dando tapinhas leves em suas costas e assim que ela recobrou os sentidos, esbravejou consigo.

- Você ta louco, YoonGi?! Tu realmente acha que eu vou querer aquele monstro perto do meu filho depois de ter quase matado o menino? – Questionava alterada, sussurrando com a mandíbula cerrada, com olhos esbugalhados e quase espumando de raiva. Era visível que tal exagero era oriundo do álcool, mas mesmo assim o Min sabia que nada do que saída da boca daquela mulher era mentira naquela hora. – YoonGi, ele estuprou o Jungkook só por causa de um vídeo dele com um garoto, E olha que no vídeo ele era o ativo, heim! Imagina se ele sai da cadeia, chega aqui e vê vocês dois juntos? Se ele SONHAR a vida que meu filho leva hoje, com certeza o mataria! – disse de forma torpe por conta da bebida.

As palavras da psicóloga o fizeram pensar sobre varias coisas. A primeira delas foi sobre sua relação com o garçom. Imediatamente após ouvi-la, se questionou se estava tão na cara assim o caso que os dois tinham e a forma como “funcionavam” ou se alguém havia colocado-a a par da situação deles e chegou a se irritar pensando que talvez SeokJin tivesse “dado com a língua nos dentes” mas por fim, não deu importância, afinal aquele era seu objetivo de qualquer forma. Sua intenção era que realmente aparentasse que ele e o mais novo tivessem algum envolvimento e isso passou a lhe deixar contente. A segunda constatação lhe deixou mais curioso que contente. Com as falas da mulher, soube indiretamente quais eram os crimes que o progenitor do moreno havia cometido e teve que engolir em seco imaginando tudo que o rapaz havia passado. Em um surto de empatia, YoonGi se colocou no lugar de Jungkook e imaginou-se dentro do que ele havia vivido. Sabia que ele havia se envolvido com um cara, transado com ele e de alguma forma um vídeo disso havia parado nas mãos do pai que o estuprou e espancou e depois disso foi preso. Nesse breve momento, enquanto observava o rapaz trabalhando pelo seu estabelecimento, totalmente alheio ao seu dialogo com a madrasta, o policial deixou minimamente de lado todo o nojo e asco que sentia por tudo que o Jeon estava fazendo. Tentou ignorar o fato de saber que ele era manipulador, assassino e perturbado e olhá-lo como o menino que havia se entregado a alguém e quase morrido por isso, e dentro de todos esses devaneios, por alguns segundos entendeu perfeitamente bem a mente de Jungkook.

Já entrando no campo das suposições, passou a pensar em tal hipótese envolvendo Jimin. Sabia que o Garçom e o barista haviam ficado juntos, haviam transado e o ato havia sido registrado em vídeo – afinal, foram espalhadas fotos pela escola, conforme o que soube. – E sabia que a ira do pai do Jeon fora provocada por um vídeo também – conforme HunBee havia acabado de lhe contar por alto – E com isso ligou “A” com “B”.

Supôs que o video que o ex-boxeador havia visto provavelmente era de Jimin e Jungkook juntos. YoonGi sabia tudo de ruim que o mais novo havia feito para o ruivo e realmente achou bem plausível que o Park fosse o remetente do tal filme, fazendo a entrega ao pai com o intuito de talvez se vingar, e como se uma bomba explodisse em sua cabeça, percebeu que aquela era a ultima peça que faltava para encaixar tudo. O Jeon matava gordinhos de óculos ou que lembravam Jimin, e tinha raiva do rapaz porque tudo que havia sofrido com relação ao que seu pai havia feito, era causado pelo ato do Park de entregar tal vídeo, e perceber a historia toda se encaixando quase que como uma serie de engrenagens por pouco não arrancou uma gargalhada alta do legista que àquela altura do campeonato já se sentia completamente satisfeito com a visita e assim, se despediu brevemente da senhora, beijou o garçom com mais fervor do que costumava nos últimos tempos – totalmente movido pela euforia da sua descoberta – e finalmente foi para casa.

Já HunBee, apesar de tentar muito se concentrar na sua busca por uma nova moradia, ainda não conseguia tirar da cabeça as coisas que haviam acontecido naquele dia de trabalho. Já não tinha a conta de quantas doses de whisky havia ingerido e sentia a língua ficando dormente a cada novo gole e realmente queria muito estar errada sobre todas as conclusões que sua mente lhe mostrava.

A Psicóloga sabia perfeitamente que o que ouvira era apenas uma fagulha de uma conversa que parecia ter sido longa e importante, cheia de desespero e medo por parte do colega, mas ouvir o nome do enteado em meio as falas – que poderiam até parecer desconexas para outras pessoas – a fez tremer em cada milímetro do corpo e ter a impressão de que não conhecia mais o menino que havia criado desde a primeira infância.

“...Jimin entre a pilha de cadáveres que Jungkook está criando? Você por um acaso imagina a dor que o medo de perder alguém trás?”

 Seu primeiro choque dentro da delegacia, naquele fim de expediente, foi justamente ouvir aquele nome.

“Jimin”

Por diversas vezes se perguntou se era só uma coincidência, se era só outra pessoa com o mesmo nome e que por acaso do destino era importante para o colega de trabalho, mas logo todas as duvidas foram sanadas quando percebeu a ligação direta daquele Jimin com alguém chamado Jungkook e no mesmo momento percebeu que não teria como uma simples coincidência atingir tamanhas proporções e ligando duas pessoas com o mesmo nome assim como o próprio filho era ligado àquele outro, e entendendo parcialmente todos aqueles gritos oriundos do banheiro, sua cabeça pareceu estar sendo esmagada por uma morsa* gigante.

Pelo que percebera, o temor de Hoseok se consistia em ver o tal Jimin morto “em meio a uma pilha de cadáveres” que era obra de um tal Jungkook e era obvio para si que ali entre o legista e o investigador, não havia segredo ou receio sobre tal informação. Imediatamente lembrou-se dos casos que havia estudado pela manhã, lembrou-se das fotos das vitimas – tanto na cena dos crimes como as cedidas pelas famílias – e a memória do garoto gordinho que havia sido colega de seu filho e arauto da sua ruína, lhe veio vividamente.

O Click que ouviu no seu cérebro era dolorido demais para ela, enquanto mãe, aceitar. Ela não era a única que havia visto a possível relação entre seu rebento e os tais assassinatos e aquilo lhe afligia de tantas formas e por tantos motivos que não conseguia sequer expressar a tormenta que vivia em suas ideias. Mas ainda havia seu lado profissional. Ela não era considerada uma das psicólogas criminais mais competentes do mundo a toa. E a Ética era justamente uma das qualidades que mais lhe engrandeciam e era notada em seu currículo construído há muito suor, lagrimas e dedicação e ali se viu em um grande impasse.

HunBee sabia perfeitamente – e não recentemente – que o menino Jeon tinha serias tendências violentas. Apesar do garoto ter se negado a subir aos ringues como o pai, Jungkook não era pacifico em nada desde criança – sempre se envolvendo em brigas na vizinhança e na escola - e talvez a convivência com um progenitor bruto e incapaz de demonstrar o mínimo de afeto e empatia pelo próximo, o tenha deixado ainda mais frio e indiferente a sentimentos humanos alheios, e juntando tudo isso às vivencias que o garoto teve no fim da sua vida escolar e inicio da vida adulta, podia claramente ver sim, uma personalidade capaz de todas as atrocidades que aquelas fotografias do arquivo da delegacia guardavam.

Para a psicóloga, chegava ser ridículo a obviedade das situações. Jungkook havia mesmo se apaixonado por Jimin. Por algum motivo que nem ela entendia direito, supôs que o filho havia sido obrigado de alguma forma a maltratar o Park e isso por si só já poderia ser um trauma, mas esse trauma e o amor pelo gordinho se converteram em ódio quando a vingança veio.

Não era surpresa para si e nem algo que lhe deixasse boquiaberta ou duvidasse que Jungkook tentou não agir, tentou não exteriorizar, e HunBee até teve piedade do filho, imaginando como havia sido dormir e acordar todos os dias com aquelas memórias lhe perturbando e mesmo sabendo que nada daquilo justificava seus atos, ainda achou que o filho demorou muito para agir. Conhecendo a cria como conhecia, imaginava desde o começo que uma hora ou outra ele faria alguma merda e justamente por isso que demorou quase um ano para partir. Porque queria se certificar de que o Jeon estava pelo menos minimamente “curado” dos seus traumas e só assim ficar sozinho, mas estava enganada.

Já para Jungkook, a visita do policial lhe foi bem mais desconfortável do que para a madrasta.

Durante a tarde, quando aguardava sua mãe terminar seu horário de trabalho, surpreendeu-se  ao ver Hoseok saindo do prédio da delegacia, esbaforido pela pequena corrida até a calçada, notoriamente nervoso e tremulo, sustentando um quê de pânico no rosto e logo entrando no próprio carro e cantando pneus pela avenida, e tal cena o deixou muito curioso.

Se pôs a pensar sobre o que significava a alteração do comportamento do investigador, ponderar se havia algum outro caso – que sabia não ser de sua autoria – mas que talvez precisasse de uma averiguação de algum profissional envolvido nos demais, mas ao perceber que Hoseok partiu sozinho, descartou tal hipótese e novamente olhando a fachada da cafeteria, se lembrou do beijo que o policial e o barista haviam trocado no seu bar e isso o fez pensar que talvez o Jung estivesse indo ao encontro do Park mas novamente se viu confuso sobre o motivo de tal busca. No entanto, não teve tempo para se questionar internamente com mais afinco sobre tais coisas, já que não demorara mais que alguns minutos para ver sua madrasta caminhando elegantemente ao seu encontro para irem diretamente para casa, não sem antes notar que era seguida por SeokJin e o olhar que o investigador lhe lançou causou-lhe arrepios.

Quando chegaram ao apartamento, Jungkook se apressou em se trocar e descer para abrir o bar e ao ver HunBee lhe seguindo, sorriu contente por ter companhia. No entanto vê-la bebendo – coisa que não era de seu feitio -, observando-lhe de soslaio e com um ar pesado na face, novamente o fez arrepiar e questionar-se sobre o que poderia estar acontecendo naquele dia. Lembrou-se da mulher lhe contando que trabalhava na área de saúde mental a serviço dos detentos da delegacia, mas ela saiu do prédio acompanhada do investigador de ombros largos e sentiu seu âmago doloridamente intrigado sobre como haviam se conhecido e um temor imenso lhe cobriu por completo. E se ela tivesse mentido? E se HunBee estivesse mesmo trabalhando de alguma forma na solução dos crimes que YoonGi e SeokJin investigavam? Tinha ciência de que a psicóloga sabia de toda sua historia e havia a possibilidade de liga-lo aos crimes, e em meio àquele leque de duvidas imenso sentiu pela primeira vez, medo de ser descoberto.

De qualquer forma, ainda tinha que agir como se não tivesse reparado nada. Estava no bar, sua madrasta estava a poucos metros de si e não podia deixar que ela notasse seu nervosismo então inventou uma arrumação de mesas desnecessária apenas pra se manter longe o suficiente da mulher que apreciava um de seus whiskys olhando o jornal, já com a intenção previamente expressa de achar outro lugar para morarem, informação esta, tratada com uma boa dose de indiferença já que planejava fugir da cidade em breve.

As coisas já estavam suficientemente estranhas aquele dia e o Jeon tentava a todo custo não pensar no pior. Não pensar no que faria se fosse descoberto e se a autoria dos homicídios viessem a tona e um tremor seguido de uma sequencia de arrepios lhe sucedeu quando viu de canto de olho quando a porta do bar se abriu e revelou um legista adentrando o recinto com um cigarro em mãos e um ar despreocupado no rosto. Virou-se de costas para onde o acobreado havia se acomodado mas apurou a audição para tentar ouvir o que a madrasta e YoonGi conversavam baixinho, não obtendo sucesso e assim, decidiu que era uma boa hora para ir até onde eles estavam e tentar sondar o assunto do dialogo.

Usou como pretexto pra aproximação o ato de servir o Min mas ao terminar, bufou frustrado por não ter ouvido nada de importante. Ao que tudo indicava, apenas falavam de assuntos do dia a dia e aquilo o irritou. Se YoonGi ou HunBee desconfiavam dele, precisava de alguma pista pra saber se precisaria agir ou não e por fim jogou tudo pelos ares. Decidiu que estava perdendo tempo demais e correndo muitos riscos adiando seu reencontro com o Park. Teria que ser logo, de imediato, ainda antes do fim de semana e já com tal ideia passou a repensar sobre os passos práticos dos seus planos.

Em primeiro lugar, teria que ir até o banco sacar todas as suas fartas reservas e encerrar a conta. A partir dali não poderia trabalhar com vínculos a nenhuma instituição que pudesse ser investigada e aquela era a primeira a riscar da lista. Fez a nota mental de reprocurar um  antigo cliente que mexia com falsificação de documentos para criar novas cédulas para si e, quem sabe, já providenciar identificações novas para o Park, porque caso ele aceitasse começar uma vida nova consigo, precisaria apagar todos os rastros da sua vida atual Também.  E em meio aqueles pensamentos uma pequena frustração lhe veio.

A ultima vez que havia tido contato com Bambam, ele estava sendo procurado pela policia e depois soube que o rapaz havia sido preso e tal memória o irritou pelo fato de não conhecer mais ninguém que pudesse lhe ajudar em tal necessidade mas no fim, teria que tentar e acabou por decidir que mais tarde ligaria para o numero que tinha salvo e rezar para ser atendido.

Voltando a pensar na parte pratica do seu plano, ainda tinha que achar um jeito de provar para Jimin que havia sido obrigado e maltrata-lo mas não lhe vinha ideia nenhuma sobre como faria isso. Decidiu que na manhã seguinte iria até a casa de maquinas do parque para preparar o cativeiro que chamou carinhosamente de “Confessionário” para si mesmo, e ao lembrar desse detalhe, lembrou que precisava de um plano “B” também. Por mais que lhe soasse remota tal possibilidade, não podia descartar que talvez Jimin não quisesse lhe ouvir, que o ruivo se negasse a acreditar nele e não aceitasse fugir consigo, então teria que mata-lo mesmo, por tanto, o “confessionário” precisava estar preparado para esse tal plano “B” e se precisasse recorrer a ele, com certeza o faria valer a pena justamente porque seria sua ultima noite de diversão em meio a entranhas e os tão amados gritos de dor e terror.

Ainda estava perdido em meio à gama de imaginações de possíveis cenas para o desfecho daquilo tudo quando ouviu o legista lhe chamando para se despedir e se assustou em demasia com o fervor sentido no beijo do mais velho. Foi impossível não pensar sobre o que significava aquela euforia toda e ao vê-lo saindo quase que saltitante do seu bar e notando sua madrasta lhe observando mais que o normal, deduziu que talvez o dialogo banal entre os dois lhe ligava de alguma forma boa, já que o Min não mostrara sinal algum de incomodo quanto a si, e tais percepções aliviaram sutilmente seu peito, fazendo-o imaginar que era obvio que YoonGi não desconfiava de si pois se o fizesse, com certeza, não o teria beijado daquela forma e assim, com a mente mais abrandada, concluiu sua noite a serviço dos clientes que já chegavam àquela hora.

 

~~

 

Quando o som do radio-relógio reverberou pelo quarto indicando que era hora de começar o dia, tanto Hoseok como Jimin soltaram um resmungo de reprovação e logo se abraçaram, ambos sentindo o coração aquecido pela felicidade de despertar ao lado um do outro. Logo os lábios se encontraram, as mãos apertavam a carne mutuamente, com certa força e não demorou muito para o Jung acomodar o ruivo contra o colchão e subir em seu corpo, atos totalmente dentro do instintivo que seu organismo respondia, sem nem notar que talvez estivesse avançando algumas casas dentro das intenções que sempre mantivera apenas em sua mente por único e exclusivo respeito a fragilidade do Park.

No entanto, a surpresa veio quando em meio ao beijo forte, sentiu Jimin lhe puxando para mais perto, lhe apertando com mais força e embrenhando uma das mãos em seus cabelos enquanto movimentava seus lábios com fome contra a boca do investigador que em um movimento oriundo da necessidade de se acomodar melhor, acabou por encostar onde não devia e assim, arrancou um suspiro sôfrego do menor e tal som – que em qualquer outra circunstancia, o excitaria ao Maximo -, naquele momento o fez perceber que estavam indo longe demais naquele inicio de manhã, e antes que se arrependesse do que poderia acontecer, se afastou do beijo depositando selinhos singelos pelo rosto do anfitrião e logo se levantou, deixando um Jimin relativamente frustrado lhe encarando.

Hoseok preferiu ignorar o cenho franzido do mais novo e se direcionou ao banheiro para pegar as suas roupas usadas no dia anterior e se preparar minimamente para ir até em casa e se arrumar para voltar a delegacia. Instantes depois de ver o investigador lhe deixando, com uma sensação estranha resultante de um misto entre excitação e decepção, Jimin também abandonou os cobertores e rumou ao chuveiro para tirar o sono do corpo e começar de fato seu dia, já se sentindo ansioso quanto a viagem, planejando mentalmente tudo o que precisaria para os dias que ficaria fora e imaginando como se passariam suas “férias”.

Assim que terminou de tomar seu amado americano preparado pelo seu barista preferido, Hoseok foi até seu apartamento e antes de qualquer coisa, procurou pela casa seu caderninho com os telefones de familiares mais distantes e sorriu largo ao ver o numero do seu tio anotado ali, e com o peito coberto de ansiedade e antecipação, discou à ele sendo atendido rapidamente.

A conversa fora leve, contou por alto sobre como andava sua vida na capital, sobre sua profissão e ouviu o tio falando sobre como o ano estava sendo difícil por conta da demora que o inverno havia tido para se estabelecer na região, prejudicando assim sua safra de trigo e falando sobre banalidades familiares até que após alguns minutos o velho se viu curioso a cerca do que tratava tal contato e mesmo sentindo-se desconfortável por aparentar ser interesseiro aos seus olhos o fato de procurar a família apenas quando precisava de algo, Hoseok falou ao irmão de seu pai sobre ter conhecido uma pessoa especial e sobre querer ter uns dias de paz e tranquilidade ao lado dessa pessoa, longe dos problemas e da turbulência da cidade grande e com isso, pediu se não teria como passar um tempo em sua casa.

“- Olha Hoseok, meu filho... Eu realmente gostaria de lhe ajudar quanto a isso. Você sabe o quanto sentimos sua falta aqui, mas seus primos estão passando essa temporada de inverno aqui em casa e eu realmente queria receber-lhe e conhecer essa pessoa tão especial que esta te tirando de dentro daquela delegacia fedorenta por uns dias, mas sinto muito... Não poderei ajudar-lhe já que estamos com a casa cheia.”

 Um muxoxo frustrado escapou dos lábios do investigador ao ouvir a resposta do tio e ainda sem encerrar a chamada já pensava sobre a que alternativa poderia recorrer quando ouviu-o lhe chamando novamente.

“-Só um momento... Hoseok, você por um acaso precisa ficar perto do centro urbano? Digo, não teria problema se vocês se hospedassem afastado da cidade?” – Questionou e ouviu um resmungo do Jung mais novo lhe dizendo que não haveria problema. “- Então por que vocês não ficam na casa de campo das colinas do vovô? Eu sei que é bem no meio do mato e longe de tudo, mas se vocês vierem de carro será tranquilo ficarem ali... Pode até ser melhor já que vocês terão mais privacidade la.” – E com tal lembrança da casa de pedras na cabeça, a vontade de Hoseok foi de beijar o tio pela ideia brilhante e logo contatou os avós a fim de lhes pedir a chave da tal casa, pedido esse prontamente aceito, fazendo-o se sentir feliz sobre já ter maioria dos detalhes – pelo menos o mais importante – acertado.

Rapidamente, o moreno se trocou, trajando roupas casuais e saiu do apartamento rumo a delegacia. Assim que chegou, encontrou YoonGi com uma cara sonolenta, mas sorridente e indicou que o seguisse, tendo em mente a intenção de conversarem em sua sala mas sendo barrado pelo Min.

- Nada disso! Ainda temos mais uma pessoa para esperar se o assunto a tratar for Jungkook.

As sobrancelhas de Hoseok se juntaram e ao ver o acobreado acenando para Jin que descia do próprio carro do outro lado da rua, sua vontade foi de soca-lo.

- YoonGi, se formos falar de Jungkook, não acha melhor conversarmos só nós dois? – Questionou pensando que o colega de trabalho talvez fosse interpreta-los mal, mas viu o legista rindo soprado.

- É exatamente porque vamos falar de Jungkook que SeokJin tem que estar presente. – Respondeu jogando a bituca de cigarro que sustentava entre os dedos no chão, pisou encima e baforou a fumaça da ultima tragada no ar. – Essa é uma parte do que eu tinha pra te contar hoje. – Falou sorrindo debochadamente e já se encaminhando em direção ao namorado do delegado.

Era muito difícil para Hoseok não se sentir nervoso no meio daquela situação. Não sabia se ficava feliz ou se matava YoonGi ali mesmo porque pelo que havia entendido, SeokJin já estava ciente do caso até algum ponto e pela tranquilidade do cientista, supôs que fora ele que revelara a verdade para o colega e com tais pensamentos passou a observar as expressões do mais velho e ficou surpreso a não ver sinal algum de desagrado.

Assim que se acomodaram em suas cadeiras na sala de Hoseok, todos munidos de copos fumegantes do café da recepção da delegacia – Já que a cafeteria não estava aberta – SeokJin se apressou em pronunciar-se.

- E então Hoseok, Como Jimin está? – Questionou e viu o Jung trocando olhares com o legista que fez um sinal com a cabeça indicando que o mais novo lhe respondesse mas SeokJin interrompeu-o quando fez menção a responder,  com um adendo. – A propósito! Eu sei que ele estava sendo perseguido pelo Jungkook ontem. Alias, com a gritaria que vocês fizeram no banheiro, acho que a delegacia toda já deve saber. – E com tais palavras, o moreno teve ciência da sua alteração no dia anterior e ali já imaginou que talvez o mais velho tivesse ouvido-o no banheiro e assim questionado YoonGi sobre o significado das suas palavras e com isso bateu na própria testa, reprovando seu descontrole, mas logo se recompôs.

- Ok... Já entendi como você esta sabendo das coisas... – respondeu em uma suspirada pesada e levantou o olhar para encarar os colegas. – Realmente Jimin ACHAVA que estava sendo perseguido por Jungkook.

- “Achava”? – Indagou o acobreado, notando o ênfase dado a tal verbete.   

- Achava. Quando eu sai da delegacia para ir procura-lo, o garçom estava ali na frente e assim deduzi que, por não ter tido tempo suficiente, não era Jungkook que o perseguia. –  Observou o cenho de ambos se franzindo apesar de concordarem com a mesma linha de raciocínio do Jung.

- A gente também imaginou isso. O Jeon havia vindo aqui buscar HunBee. – Falou SeokJin esfregando o queixo de forma pensativa. – Mas se não foi Jungkook que perseguiu ele, então quem foi? – Perguntou e viu Hoseok suspirando novamente.

- Ok, momento historia longa e chata: O Jimin foi visitar o professor Mark no hospital e encontrou o Jungkook la. – Os olhos de YoonGi se arregalaram e Hoseok percebeu ali que não sabia até que ponto SeokJin conhecia os fatos e assim, indagou ao acobreado. – Alias, até que ponto da historia do Jimin com o Jungkook você contou pra ele? – Disse apontando para o mais velho.

- Tudo. Contei tudo que eu sei, tudo que você sabe e tudo que a gente conversou la em casa. – respondeu diretamente e com isso Hoseok passou a imitar o ato de alisar o queixo, habito do colega.

-Enfim, eles conversaram la, e pelo que eu entendi, o Jimin foi ameaçado pelo Jeon. Ele tava totalmente perturbado quando o encontrei. Não parecia ter certeza do que era real e do que era só paranoia criada pela cabeça dele, mas ele disse ter certeza que Jungkook falou que iria se vingar. Eu só não sei do que ele pode querer se vingar. Pra mim, a vitima na história toda é o Jimin, realmente não sei que motivos poderiam existir pro “seu namoradinho” querer ferrar com o Park... – Debochou fazendo aspas com os dedos e viu um sorriso vitorioso, quase megalomaníaco surgindo no rosto do legista.

- Essa é a outra parte do que EU tenho pra lhe contar... – Disse e logo percebeu o olhar curioso dos colegas sobre si. – Ontem depois que eu sai daqui, dei uma passada no bar... – Observou o olhar dos dois ganhando um tom sugestivo e percebendo que poderia ser mal interpretado, se apressou em prosseguir. – Podem parar de pensar besteira! Eu tenho que me manter perto dele pra sonda-lo! Se não fosse por isso já teria mandado-o a merda há muito tempo! – Esbravejou e logo teve outra provocação como resposta.

- Claro! Não é segredo pra ninguém sua pressa em se embrenhar no meio de uns sorrisos quadrados e tudo o mais... – Disse SeokJin debochadamente, fazendo menção ao episodio em que o legista havia beijado Taehyung bêbado e foi inevitável para YoonGi suspirar pensando um “E você diz isso sem nem saber da missa, o terço...” Mas logo recobrou a seriedade.

- Calem a boca vocês dois! – Viu ambos erguendo as mãos em sinal de redenção e assim prosseguiu. – Eu fui no bar ontem para ver se notava algo com relação a esse surto do Jimin, mas fui surpreendido por uma psicóloga charmosona bebendo no balcão... – Outra vez afiou o olhar e viu a curiosidade estampada na face dos outros presentes. – Ela tava procurando uma casa pra alugar e quando perguntei porque, disse que era porque o pai do Jungkook está pra sair da cadeia e com isso eles tem que deixar o apartamento... – Observou o olhar confuso de Hoseok e aguardou calmamente que o mesmo se pronunciasse.

- Ta, e o que isso tem a ver com o caso ou com a raiva do Jungkook?

- O Quê da questão está na prisão do velho. Pelo que eu entendi, ele foi preso por ter estuprado e agredido o filho. E a causa da violência parece estar diretamente ligada ao “SEU namoradinho”. – Disse provocativamente e logo continuou. – Ao que tudo indica, alguém entregou um belo pornô gay protagonizado pelo Jeon para o pai dele e isso deixou o cara fulo da vida. O que liga isso ao Jimin, pelo que eu suponho, é que esse vídeo é o mesmo que gerou todo o bulling do Park no colégio. Pra mim, Jimin conseguiu de alguma forma uma copia dos filmes e entregou pro Senhor Jeon como uma forma de retaliar tudo que o garçom fez contra ele, e pelo jeito deu certo, porque isso fez o Jungkook se foder bonito! -E aquelas palavras todas do Min, fizeram os olhos de ambos os investigadores brilharem como se tivessem descoberto a América.

- Agora sabemos a historia toda, se tudo isso for verdade! – Disse Seokjin empolgadíssimo. – Agora a gente só precisa de provas concretas para colocar Jeon Jungkook apodrecendo na cadeia! – concluiu e viu o Min se ajeitando melhor na cadeira.

- Mas por enquanto, não podemos fazer nada alem de seguir seus passos de perto. Ele logo cometerá mais algum crime e precisamos estar cientes de seus passos para pegá-lo em cheio! – Falou esfregando uma mão a outra.

- Mas tem um detalhe... – SeokJin tomou a palavra com o olhar perdido em direção a janela e apontando pra cafeteria. – Se ele faz toda essa merda por conta do Jimin, a gente tem que considerar a possibilidade do Park ser uma próxima vitima. – Virou-se para Jung e tentando escolher as palavras para não lhe assustar, continuou. – Seu namoradinho ta correndo risco de vida a cada minuto que passa Hoseok... – Um sorriso surgiu no rosto do colega deixando os dois mais velhos da sala completamente confusos quanto a sua expressão.

- Eu sei disso e essa é a segunda parte do que EU tenho pra lhes comunicar hoje. O Jimin vai sair da cidade por um tempo. – Um suspiro aliviado abandonou os pulmões de YoonGi e SeokJin e logo continuou. – Eu vou leva-lo para a minha cidade natal e ficaremos la até percebermos que está seguro por aqui. – E assim, uma infindável sessão de reclamações, protestos e afirmações do tipo “Não, Você não pode partir agora” encheu a sala até conseguir interromper o falatório dos outros. – Não existe a possibilidade de isso não acontecer, eu já decidi! Vou tirar minha licença premio e o levarei para o interior por um tempo. - Respondeu calmamente, ignorando os animos alterados dos dois.

- Mas e quanto ao caso Hoseok? Tu não pode largar a gente assim! – Protestou o moreno que ganhou um dar de ombros como resposta.

- Se vocês resolverem antes de eu voltar, o mérito fica todo pra vocês e nem precisarão colocar meu nome na papelada. Se eu voltar antes do Jungkook estar atrás das grades, lhes ajudarei até conseguirmos. O fato é que minha prioridade no momento é a saúde mental e segurança do Jimin e não adianta chiarem e me encherem de piadinhas! – Um suspiro pesado lhe escapou quando as lembranças do fim de tarde anterior lhe preencheu e por pouco não marejou antes de falar. – Tudo o que aconteceu ontem, o medo que eu senti de perder ele, me fez ver o quanto eu amo aquele cara, e serio mesmo, não vou deixar ele aqui correndo risco de ir parar nas garras desse filho da puta. -  E com tais palavras, ambos os colegas concordaram por fim, dando o assunto como encerrado.

- Ok, mas ainda não saímos dessa corrida contra nosso próprio rabo que é como faremos para pegar Jungkook. – Falou o Kim respirando fundo e com isso, YoonGi se levantou com os olhos brilhando.

- Eu já sei! A gente tem que vigiar ele de perto o suficiente para perceber suas ações mas sem sermos percebidos, certo? – Questionou e viu os colegas assentindo. – CÂMERAS! – berrou entusiasmado e percebeu que nenhum deles havia se tocado da sua ideia e com um revirar de olhos, prosseguiu. – Vamos instalar câmeras no apartamento e no bar dele sem ele saber! Assim poderemos vigia-lo em tempo real, 24h por dia, sete dias por semana, até ele fazer alguma cagada. – As sobrancelhas de Hoseok e SeokJin permaneceram franzidas até o mais novo se pronunciar.

- SIM! BELA IDEIA! Pena que é bem impossível fazer isso sem ele notar e sem a papelada toda necessária para uma quebra de sigilo desse nível... – Retrucou já com um ar frustrado e tal expressão fez novamente o legista revirar os olhos.

- Ué, ontem também era impossível rastrear o celular do Jimin sem permissão do Juiz, certo? -  Como se já estivesse entendendo parcialmente o plano, Hoseok o encarou de canto de olho. – Vou conversar com Jackson hoje a tarde e ele fará esse favor pra mim. Tenho certeza disso!

E por fim, todos concordaram que aquele era realmente um plano bom e já sem paciência para ficar ali naquela sala, Hoseok se levantou e se despediu dos colegas rumando diretamente a sala de Namjoon.

A conversa com o chefe fora bem mais amigável do que imaginou que seria e com isso supôs que talvez SeokJin tivesse colocado-o a par da situação toda que envolvia Jimin e Jungkook e sorriu feliz da vida enquanto escutava-o lhe orientando sobre como poderia agir quanto a viagem e a licença e ficou mais feliz ainda quando ouviu-o lhe desejando um bom descanso e cuidado na estrada e ali se despediu, deixando a delegacia mais saltitante que o normal, já rumando para casa com a cabeça coberta pelas expectativas a respeito do que aconteceria nos próximos dias.

“Pode parecer só uma fuga pra todo mundo, mas pra mim, é a oportunidade de te provar que eu posso cuidar de você, Jimin. Te provar que eu posso te curar e nós poderemos ficar bem juntos, sem fantasma nenhum pra te assombrar. Esses serão os primeiros dias em que te farei feliz a cada segundo.”


Notas Finais


*Morsa: http://www.martinsperes.com.br/loja/produto/Morsa_industrial_N_10___METALSUL.jpg
É uma ferramenta, geralmente presa a mesa que serve para apertar/segurar algo durante o manuseio.

Ok Ok!
Cap meio sem graça se vc olhar por cima, mas ele contem alguns detalhesinhos importantes e que me faz dar-lhes a dica de prestar atenção em tudo aqui.
Eu sei que havia prometido trazer a overdose de JiHope ja nesse cap, mas senti a necessidade de fazer essa "intro" para a viagem ja que aconteceu do Jin saber de tudo e talz.
Bom gente, por hoje é só mesmo, não vou ficar enchendo o saco aqui nas notas não OAKSOAKSOASKOA
O próximo cap sim vai ter JiHope amorzinho mas eu não sei quando será postado por razões de Vida corrida!
Quero mais uma vez dizer MUITO OBRIGADA por todo o amor e carinho que vocês dedicam a mim e a fic e dizer que quero colocar-lhes um por um dentro de potinhos e amar a vida toda pq vcs são preciosíssimos pra mim <3 <3
Tia Ash ama vcs de verdade! <3
Tenham um otimo restinho de semana e até a proxima o/
Não esqueçam de seguir a autora mais mimizenta do SS tbm o/
https://twitter.com/Ashmedhai
KissKiss
~~Ashmedhai


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