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História Between Coffees and Roses - Mudança de Sensações


Escrita por: Ashmedhai

Notas do Autor


EU SEEEEEEIII que prometi postar no sabado e, tecnicamente, ja é domingo, mas me perdoem!
Semana que vem vai ser aniversario da Jin Biased mais linda do mundo!
Mariana, minha sobrinha, fará 3 anos de idade e como a mão dela não achou legal fazer uma festa com tema do Bias (Serio gente, ela pediu toda fofa pra minha irmã fazer uma festa do Jin pra ela) O tema escolhido foi Branca de neve e os Sete anões.
OK ASH, O QUE A GENTE TEM A VER COM ISSO, TROUSHA!
Esse é o motivo do atraso.
Durante a semana eu achei que não teria nada pra fazer hoje, com isso poderia escrever altos e postar cedo, mas não foi bem assim
Minha irmã me sequestrou e enclausurou em sua casa desde cedo e ficamos o dia todo fazendo a decoração da festa e as lembrancinhas e essas coisas fofas de aniversario de criança. cheguei em casa quase 23h e desde então to aqui escrevendo e revisando e mudando e reescrevendo esse cap que, sinceramente, não ficou como eu havia imaginado, não ficou tão bom qnto merecia, mas eu até que gostei. Ele marca uma parte importante de transição de comportamento do Jimin e era realmente necessário para poder continuar a linha que havia traçado com a fic daqui pra frente.
Mas enfim, vamos parar o mimimi tour e ler esse cap que é bem especial pra mim.
Vejo vcs la embaixo
KissKiss
~~Ashmedhai

Capítulo 29 - Mudança de Sensações


Fanfic / Fanfiction Between Coffees and Roses - Mudança de Sensações

Mudança de Sensações

 

Após perceber que demoraria para o moreno se acalmar por completo, Jimin decidiu assumir a direção do veiculo e sob pequenas orientações de Hoseok juntamente as remotas lembranças do trajeto, dirigiu diretamente para a casa nas montanhas.

Jimin se sentia confuso, não conseguia juntar muita coisa para compreender o mais velho e realmente ficara assustado ao vê-lo totalmente descompensado e fora de si. Quando o Jung o deixou na edícula para ajudar a avó, estava completamente bem, sorridente e falante, visivelmente se divertindo, e quando voltou de dentro da casa, parecia outra pessoa. Uma pessoa que não conhecia e aquilo lhe amedrontava. Lembrou-se das palavras dele pedindo distancia do primo, lembrou-se de Jaebeom entrando na casa antes do seu surto e ligou tais fatos tendo como resposta, o pensamento de que o primo havia dito algo para deixar o investigador perturbado assim, mas vê-lo chorando, tremendo e com os punhos cerrados, sabia que não era a melhor hora para conversar sobre aquilo.

Quando chegaram à casa, Hoseok desceu do carro de imediato e ainda antes de tirar o cinto, Jimin viu-o abrindo a sua porta com certa pressa, pegando-lhe o pulso e o puxando para dentro da residência. Quando a porta se fechou atrás de si, sentiu-se imediatamente abraçado com força, uma onda de soluços fortes irromperam do moreno e aquela situação toda deixou o mais novo francamente desconfortável. Aquele desespero todo não era característico do Jung, era como se não fosse ele ali, e todas aquelas sensações o fizeram querer se afastar, mas recordou-se do mais velho reclamando sobre estar distante mais cedo, então optou por acalma-o antes e assim, passou a afagar-lhe as costas, e lhe beijar sutilmente o rosto e os cabelos até que finalmente pode vê-lo respirando com mais calma e naturalmente sendo solto.

Para Hoseok, tudo que conseguia sentir era raiva e medo. Raiva do desrespeito do primo, e seu lado babaca temia que Jaebeom conseguisse o que demonstrara querer. Ainda antes de Jimin assumir o volante, o policial deixou-se observa-lo e uma serie de constatações o deixou perturbadoramente triste. Insegurança lhe cobriu quando parou por alguns segundos para olhar rapidamente aquele corpo que trajava apenas a camisa social clara devidamente ajustada ao tórax do ruivo. Era possível ver que seu corpo era bonito, musculoso, forte. Pensou no quanto Jimin era belo demais para si, lhe lembrava aquelas esculturas de anjos nus do vaticano, tão bem trabalhado e perfeito que realmente se assemelhava a uma obra de arte. Lembrou-se do corpo do primo então, tão belo e exuberante quanto o do ruivo – se não mais – e ao olhar para si mesmo, magrelo e franzino, tão pouco atrativo, sentiu ainda mais medo.

Quer dizer, não que achasse que Jimin fosse escolher alguém única e exclusivamente pelo seu corpo, mas não podia deixar de se sentir inferior ao outro Park. Era fato que o barista levaria bem mais que músculos em consideração na hora de escolher alguém, mas ser desejável era algo que considerava importante e ali, naquele momento, não se sentia nada perto disso comparado ao parente de pele bronzeada e corpo esculpido pelo trabalho braçal. Ponderou que realmente, se Jaebeom resolvesse investir em Jimin, teria sim alguma chance, e notar que o mais novo não lhe procurava para carinhos mais íntimos, o fazia pensar que talvez o fosse por ser como era, ser magro e pouco atraente, não ser belo o suficiente e aquilo tudo reforçava seu medo de perder o menor para o primo e tudo isso lhe doía como o diabo.

Mas já dentro da casa, em meio aquele abraço que sabia ser forte demais apenas porque expressava todo seu medo de perder Jimin, Hoseok notou no toque sobre as suas costas e nos selares singelos que recebia em sua cabeça e no seu rosto que o ruivo era bem mais que corpo. Os carinhos calmantes que acatava, lhe diziam de forma muda que o barista o queria também, talvez ainda não na mesma proporção ou intensidade, mas o queria, e decidiu por fim que o conquistaria de uma vez. Que lhe tomaria o peito com tanta força que seu corpo iria reagir sozinho a si e quiçá ignorar a existência de outros mais belos.

Quando o medo de perder o mais novo se abrandou, deixou automaticamente seus braços se soltarem do corpo do menor. Viu-o segurando o rosto com ambas as palmas e lhe olhar no fundo dos olhos enquanto perguntava se estava tudo bem e Hoseok respondeu com um aceno afirmativo e em meio aquela pequena pergunta, ambos perceberam-se trêmulos pelo frio causado por enfrentarem a estrada sem seus casacos que haviam ficado na casa da avó.

Mais que depressa, Jimin disse que iria tomar um banho para fazer a temperatura do seu corpo se normalizar com a água quente e para a surpresa de Hoseok – que havia dito que iria a cozinha preparar algo para comerem – viu o ruivo protestando e pedindo companhia para o banho, escondendo do investigador, a intenção de se mostrar mais próximo, ainda acometido pela afirmação do moreno quanto a estar distante de si.

O Jung quase voltou a chorar quando notou o quão imbecil havia sido por julgar o Park daquela forma tão fútil a cerca de músculos. Enquanto a água quente descia do chuveiro para os corpos abraçados sob ele, o policial sentia-se quase em estado de torpor enquanto as mãos do ruivo passeavam pelas suas costas fazendo o cheiro do sabonete se espalhar no ar e a espuma lhe cobrir a derme. Os beijos que Jimin lhe empregava demonstravam desejo sim, a forma como lhe encarava dizia que o queria sim, e aquele olhar do ruivo o fazia crer que estava errado antes. Que ele não lhe trocaria por um abdômen desenhado ou por braços grossos. Percebeu no olhar do barista que era desejado, que era capaz de excita-lo mesmo sabendo dos efeitos do remédio que ele usava, soube ali que a falta da procura do mais novo por si não era por ele não querer nada, era por insegurança também, era por não entender direito as reações que ele lhe causava e talvez por ainda não se sentir pronto. Outra vez se sentiu um perfeito idiota por ter pensado que seria trocado por Jaebeom mesmo sabendo a historia do menor a sua frente e foi com essa serie de ciências que resolveu mais uma vez se frear.

Era obvio que o desejava na mesma proporção – se não ainda mais – Mas Hoseok preferiu engolir o seu calor, deixar de lado a sua excitação apenas por estar nu em contato com o corpo também nu do ruivo, para apenas aprecia-lo. Claro que sua vontade era de o tomar para si, marcar seu corpo, fazê-lo gemer, ofegar, gozar por sua causa, mas não o faria ali. Não o faria sem que ele o procurasse. Talvez pudesse parecer orgulho ou qualquer coisa no sentido, mas para si, sabia que não era. Sabia que se não havia sido procurado era porque Jimin talvez não se sentisse pronto para ser tocado intimamente por alguém e com isso decidiu que o respeitaria. Não tentaria tomar sua carne e se focaria em lhe tomar a alma, mal sabendo que já era sua.

Após o banho, ambos se secaram, se vestiram e finalmente rumaram a cozinha. Como haviam abandonado o evento antes da refeição, estavam tontos de fome e agradeceram mentalmente por terem comprado comida congelada a mais na noite anterior. Comeram com voracidade, como se não o fizesse ha dias, e o clima aliviou-se bastante enquanto um zombava a falta de modos do outro, causados pela pressa em se satisfazer gastricamente.

Para aquele primeiro dia, Hoseok não havia planejado nada, já que desde que decidira ir para as colinas, sabia que teria que apresentar o Park para a família, e em sua mente, tinha deixado aquele dia reservado para isso. Com o fim da refeição se pegou pensativo sobre o que poderiam fazer para ocupar o tempo, e ao lembrar-se da namoradeira de madeira que ficava aos fundos da casa, decidiu que um pouquinho de “clichê” não faria mal algum e então subiu ao quarto, pegou um cobertor e um livro qualquer, desceu a sala encontrando um Jimin preguiçoso estirado no sofá, sonolento até – provavelmente pela refeição pesada e pelo clima ameno do dia -  e o convidou para lhe acompanhar.

Sem entender muita coisa do que o Jung queria, Jimin o seguiu passando pela porta dos fundos e logo vendo um jardim adorável a frente com uma namoradeira branca bem ao meio. Ambos poderiam dizer que talvez o vento incomodasse um pouco, mas a luz fraca do sol lhes aquecia naquela tarde de inverno, juntamente ao cobertor e ao contato das costas de Jimin ao peito de Hoseok.

O Ruivo não era a pessoa mais chegada a literatura do mundo, conhecia muito pouco sobre livros que não fossem os acadêmicos que lera em função da faculdade, mas o policial sempre tivera um grande apresso por fantasia e jogos de computador. Aquele livro em especifico era um livro que contava uma parte da estória de um jogo. Na estória, uma grande maga era responsável por uma pequena ilha e seu povo vivia em constante conflito com outro. No entanto mesmo em meio a guerra, a maga era amiga do líder daquele povo inimigo e quando esse líder precisou deixar seu posto, o que tomou seu lugar não se mostrou nada amistoso e decidiu lhe atacar deliberadamente usando um artefato mágico roubado de uma revoada dragônica. E o Ato daquele inimigo fez a maga se aproximar do dragão líder da revoada e se apaixonarem. No começo, Jimin não fazia ideia, mas tinha uma certa semelhança naquela historia com a sua, de Hoseok e de Jungkook e o Jung notara isso. Era como se Jimin fosse a maga, Como se Hoseok fosse o Dragão e Jungkook o novo líder do mal, mas aquela leitura boba de fim de tarde ainda meio confusa para o ruivo, tocou-o de alguma forma.

“-Você... Precisou de cura? – Perguntara Jaina.

-Todos precisamos, quer percebamos isso ou não, - Retrucara Go’el. – Apenas por estarmos vivos, temos feridas. Mesmo que não tenhamos uma cicatriz física qualquer. Ter um companheiro que nos veja por quem somos, verdadeira e completamente... Ah, isso é uma dádiva, Jaina Proudmore... Qualquer que seja a jornada, qualquer que seja a estrada por onde pisará, descobri que a caminhada é muito mais doce ao lado de uma companheira.”***

Para Jimin, aquilo foi mais do que um dialogo entre a maga que tinha medo de se render ao amor do dragão e o ex-lider que fora traído, mas mesmo assim seguiu de cabeça erguida. Aquelas palavras lhe falavam sobre o quanto deveria parar de relutar em aceitar seu amor ao seu dragão, ao seu Hoseok que só ali, pode perceber o quanto havia feito por si, havia lhe protegido e demonstrado mais com atos do que palavras o quanto lhe gostava. Era como se o tal Go’el falasse para si mesmo que sim, poderia ser curado e ter uma caminhada doce dali pra frente se ele tivesse o Dragão Hoseok ao seu lado, tornando tudo mais belo do que já era.

O Jung, no entanto, se via mais preso a imagem concentrada do baixinho, do que na leitura em si. Já havia lido aquele livro algumas vezes, sabia como terminava e a graça daquilo tudo estava mais nas perguntas do ruivo do que na estória. Sabia que para quem não conhecesse aquele universo do jogo – e do livro – Ler sobre Orcs, dragões e magia, era deveras confuso, mas também sabia que existia uma mensagem maior que aquilo tudo naquelas folhas e ao ver Jimin lhe encarando após ler o pequeno dialogo da maga com o Orc, sabia que ele havia visto também a semelhança entre suas historias e a estória daquele trio e achou graça de tal percepção.

- Eu serei o seu Kalecgos e lhe protegerei de Garrosh Hellscream, Minha adorável Jaina Proudmore!  - Disse Hoseok zombeteiro, já fechando o livro, e Jimin chegou se encolher de vergonha ao ouvi-lo.

Tentando esconder seu constrangimento quanto ao ser notado dentro das comparações que fazia em sua mente, o Park se pôs a soca-lo fraco, fingindo irritação. Alegava que não era uma garota indecisa, que não havia um Garrosh malvado atras de si para precisar de proteção – mesmo sabendo que havia sim – e logo as gargalhadas tomaram todo o local. Os socos e tapas aos poucos viraram cócegas, Hoseok deixou de ficar quieto e passou a revida-lo, e logo ambos foram ao chão, com o barista deitado na grama e o moreno sobre seu corpo. As risadas deram lugar ao silencio cortado apenas pelas respirações ofegantes por conta da brincadeira, os olhares se encontraram com uma intensidade indescritível e foi como se um visse nas orbes do outro, todo um universo paralelo perfeito sendo criado. Viram amor ali e os dois sentiram que não, não era um universo paralelo, era um possível futuro onde ficariam sempre juntos como estavam naquele momento, um futuro onde poderiam dormir e acordar um ao lado do outro, um tempo onde ririam juntos, sorririam, talvez até chorassem, mas não importava o que acontecesse, poderia acontecer com eles juntos, um ao lado do outro, um dando suporte ao outro, amando o outro.

Foi instintivo de ambas as partes o chocar de lábios, tão forte e intenso quanto o beijo trocado na sacada naquela manhã. As línguas ganharam vida por si só, os maxilares se abriam e fechavam sozinhos, um sugando os lábios do outro, mordiscando-os vez ou outra, saboreando-se mutuamente, sentindo na fricção de lábios, línguas e dentes, a expressão física de todo o sentimento metafísico que lhes tomava, tão belo, forte, enlouquecedor, e logo a movimentação deles deixou de ser exclusivamente facial.

Assim como o beijo, o ato do investigador de colar seu corpo ao de Jimin também foi instintivo, automático. Logo a nuca de Hoseok foi agarrada pelos dedos do ruivo que em meio a toda aquela insanidade, apertava os cabelos do policial e os puxava. Logo o Jung se apoiava em um antebraço só para poder ter a outra mão livre para passear pelo corpo do barista que também deixou uma única mão na nuca do moreno para com a outra, apertar-lhe os ombros, os braços e logo depois a cintura, puxando-o mais para si. Também não demorou a acontecerem os primeiros atritos de um quadril com o outro, assim como logo o ar faltou e Hoseok se viu obrigado a abandonar a boca de Jimin, mas não a sua pele. Passou a beijar-lhe o pescoço, lamber-lhe o lóbulo, prender a pele levemente bronzeada do mais novo entre os dentes e tudo isso arrancava arfadas e gemidinhos sôfregos do menor que se contorcia sob o corpo do mais velho, suplicante por mais contato.

Mas foi quando a palma fria do Jung invadiu a camisa do barista que ele teve noção do que estava de fato acontecendo. Foi como se um click se fizesse em seu cérebro, trazendo-o novamente para a realidade alem do seu sonho Metafísico e Jimin percebeu que algumas casas haviam sido avançadas, e um arrepio que não era de excitação lhe percorreu o corpo. O medo e insegurança voltou a lhe cobrir, e quando sentiu o indicador fino do investigador passeando pelo cós da sua calça, teve certeza ali de que ainda não estava pronto, ainda temia demais o que estava por vir e em um sobressalto, tirou a mão do moreno de si, com mais força do que era necessário para que ele entendesse, logo empurrando-o e se sentando no gramado.

- Desculpa... Desculpa! – Falou o Jung se sentando no chão ao lado de Jimin e passando as mãos sutilmente tremulas pela face, completamente vermelha e com o olhar baixo pela vergonha de ter cedido aos seus desejos. – Me perdoa, não queria ter sido invasivo assim... – A imagem envergonhada do policial fez Jimin entender que Hoseok, assim como a si próprio, havia agido no instinto mesmo. Não havia medido ou parado pra pensar onde as caricias iriam parar e tais percepções quanto ao mais velho, fez o ruivo suspirar aliviado por tê-lo freado antes de ele mesmo perder o controle.

- Não tem que se desculpar... A gente só... – Procurou a palavra certa, pensativo, usando a única que lhe veio a cabeça. – Extrapolou um pouco... – Viu o maior assentindo,ainda tímido pelo seu comportamento e a expressão encabulada do maior o fez achar até fofo. – Não precisa se culpar. – Disse levando a mão ao rosto do policial em um pedido mudo para que lhe olhasse, tentando se certificar de que ele estava bem e isso fez um sorriso tímido aparecer naquela face.

- Não vai se repetir. Prometo! – Disse ainda sorrindo fraco e se levantou procurando alguma forma de se distraírem, já andando para dentro de casa e sendo seguido de imediato pelo mais novo que carregava consigo o cobertor, o livro e um sorriso imenso no rosto, causado pela timidez do moreno.

Hoseok rumou direto a cozinha. Sua fome até não era tanta, mas precisava focar em algo que não fosse a sensação que recém havia tido do corpo do menor. Foi a geladeira, pegou a jarra de água e já estava se servindo quando foi empurrado para o lado. O ruivo logo depois de fechar a geladeira se pôs a abrir todos os armários. Tudo o que achava eram louças e utensílios diversos e assim suspirou forte se escorando no balcão.

- Acho que teremos que ir ao supermercado. Não to a fim de comer comida pronta durante todos os dias que ficaremos aqui. – Disse logo mordendo uma maçã que haviam comprado na noite anterior e suas palavras fizeram o moreno olhar para seu relógio de pulso.

- Ainda não são nem sete horas. Vamos rápido que ainda conseguimos pegar o mercado do centro da cidade aberto. – Disse já puxando o ruivo pela mão.

No entanto, ao subir para o quarto para pegarem seus pertences, perceberam que seus celulares haviam ficado nos bolsos dos casacos que haviam sido abandonados na casa da avó do mais velho. Agradeceram por terem ambos o habito de manterem as carteiras nos bolsos das calças e assim não estarem completamente sem dinheiro, e já fazendo a observação de irem pegar os objetos no dia seguinte, saíram de casa rumo ao centro urbano novamente.

Daquela vez, o Jung insistiu para que Jimin dirigisse para aprender de fato o caminho da casa até o centro urbano. Assim que se acomodaram dentro do veiculo, o moreno fez questão de ligar o radio, preenchendo o ambiente com musicas alegres, e o Park sorria como um idiota vendo pelo canto do olho quando Hoseok começava a cantar alguma canção e ria da falta de jeito do rapaz para aquilo. Ambos se sentiam bem, felizes, finalmente sentindo em volta de si, a atmosfera que queriam ter criado e mantido desde que deixaram a cafeteria no fim da manhã do dia anterior. E o ar se manteve o mesmo durante todo o tempo que ficaram no mercado. Descobriram mais uma serie de semelhanças entre os hábitos alimentares e gostos gastronômicos e o policial não podia deixar de admirar a simplicidade de Jimin – um gastrônomo – até naquilo. Sempre achou que o ruivo fosse dado a gostos requintados, “frescuras” por assim dizer, e vê-lo insistindo no simples arroz com carne como cardápio principal o arrancou mais um – dos milhares – de suspiros.

Quando voltaram para as montanhas, com o porta-malas abarrotado, estavam exaustos e já passava das 22 horas. Haviam comido no restaurante do supermercado, então Jimin insistiu em fazer seu café noturno e Hoseok protestou dizendo que ficariam sem sono e viu o ruivo rindo de si alegando que isso não acontecia consigo. Sentaram-se no sofá da sala, o Jung com a perna direita esticada sobre o móvel, as costas apoiadas no canto e Jimin a sua frente com o dorso apoiado em seu torax e os braços envolta da cintura do menor. A televisão servia mais como iluminador do que como entretenimento para ambos, que estavam mais perdidos em pensamentos do que atentos ao que passava na tela e o moreno sentia que poderia morrer ali. Era como se tivesse vivido todas as felicidades que o mundo poderia proporcionar a alguém só por ter posto o baixinho de cabelos vermelhos em sua vida.

Já Jimin, não conseguia parar de pensar na tarde perfeitamente simples que havia passado com o policial. Sentia seu peito se agitar toda vez que lembrava dos risinhos do moreno quando perguntava sobre o livro, o calor dos braços dele – exatamente como estava naquele momento também – lhe envolvendo a cintura e o mantendo grudado ao seu peito. Todos os carinhos amenos que recebera, os milhares de selares ganhados na cabeça, nas bochechas, no pescoço. E ao lembrar desses últimos, lembrou-se do tombo que tomaram da namoradeira, do olhar do policial sobre si, dos seus corpos se atritando de uma forma tão deliciosa que não se lembrava de ter sentido semelhante preteritamente. Foi impossível não sentir um certo calor lhe tomando ao lembrar da textura da pele do mais velho, da musculatura firme dos seus ombros, da sua palma gelada contra o próprio abdômen e daquele dedo intrometido.

Ao contrario do que imaginara, o barista não se sentia tenso com tais lembranças e o único incomodo que lhe sondava a mente quanto aquilo tudo foi justamente de ter freado Hoseok, e o arrependimento foi ainda maior quando sentiu as mãos do maior apertando firmemente sua cintura e por pouco não soltou um gemido. Ao olhar para cima, viu pelos olhos arregalados do policial que o apertão foi oriundo do medo. Olhou para a TV e percebeu que se passava um filme de terror e chegou achar graça na ironia de um investigador, diretamente envolvido em carnificinas, temer tal tipo de programa.

Pensando em evitar que o Jung tivesse pesadelos, levantou-se do seu colo e desligou a televisão com o controle remoto, ouvindo uma serie de protestos vindos do moreno que permanecia no sofá com um ar nada contente no rosto.

- A gente precisa tomar um banho e dormir. – Falou justificando-se e já rumando escada acima. – Ou você pretende ficar acordado até amanhã de manhã e depois desperdiçar o dia todo dormindo enquanto poderia estar me mostrando a cidade? – Provocou o menor e logo Hoseok se deu por vencido, levantando do sofá e lhe seguindo.

Algo estava começando a mudar dentro de Jimin. Enquanto pensava em seu arrependimento por ter freado Hoseok, lembrou-se dele dizendo que aquilo não se repetiria e um lado – bem grande, por sinal – seu, ficava até triste com aquela afirmação. Já no quarto, o Jung disse que iria primeiro ao chuveiro, o mais novo assentiu, e quando a porta do banheiro se fechou, uma curiosidade que nunca antes lhe havia ocorrido, lhe pegou com força. Já havia tomado banho com Hoseok outras vezes, já havia visto seu corpo, mas nunca havia se permitido observa-lo, analisa-lo de verdade e cedendo a desejos que nem sabia se já havia sentido antes, caminhou a passos lentos e silenciosos até aquela porta, suspirou por um momento ao notar que estava destrancada e abriu-a cuidadosamente, apenas uma fresta para que tivesse visão do seu interior, e através dela, pode ver o Jung de costas para si, esfregando os cabelos.

Seu olhar percorreu minuciosamente cada pedacinho do dorso do mais velho. Cada desenho dos músculos e da pele molhada, cada parte do seu corpo era lindo e Jimin teve que fazer um esforço enorme para continuar respirando. Percebeu-o aos poucos se virando e tateando o nicho na parede até capturar um frasco que julgou ser o condicionador – ainda de olhos fechados – e ao espalhar o produto pelo couro cabeludo com uma mão e tentar devolver o frasco ao seu local de origem, Hoseok acabou voltando o corpo por completo de frente para a porta. O Park teve a impressão que vira mais do que aguentaria sem toca-lo. Se havia apreciado a visão das costas do policial, a frente do seu corpo era ainda mais atrativo. As clavículas bem marcadas, a pele branquinha, o desenho do tórax e seu abdômen, tudo era tão bonito que o barista acabou por suspirar com tal imagem e o som emitido por si, por mais que fosse bem baixo, ainda foi ouvido pelo moreno que abriu um dos olhos e o encarou diretamente, fazendo o menor ter noção de que fora flagrado, cobrindo-o de vergonha.

- Jimin? – Falou passando as mãos nos olhos para tirar o excesso de água e espuma e tal fala fez o ruivo se obrigar em pensar rápido para explicar sua intromissão.  

- Eu... Eu... Meus remédios! – Soltou ao ver um dos potinhos de suas drágeas sobre a bancada. – Eu vim tomar meus remédios! – Disse afobado, já dando dois passos em direção a mobília, capturando o vidro e logo saindo, fechando a porta atrás de si.

Ainda na sala, quando Hoseok ouviu a menção de um banho por parte do barista, sentiu medo verdadeiramente. Cada vez que tocava Jimin, mais difícil era se fazer parar, mais sôfrego era se afastar e mais dolorido e coberto de vontades, ficava. Fez questão de frisar que tomaria banho primeiro, não chama-lo para lhe seguir, porque tinha perfeita ciência que não conseguiria se travar por muito tempo. O Park lhe excitava só ao lhe chamar com um tom um pouco mais manhoso, ficar nu consigo novamente em um espaço tão diminuto como o daquele Box, obviamente lhe testaria a sanidade acima do que estava disposto ou achava ser possível controlar, e como havia prometido – mais a si mesmo do que a Jimin – que o respeitaria e esperaria até que fosse procurado, optou por afasta-lo minimamente, pelo menos fisicamente e justificava aquilo tudo pensando que era pro próprio bem do ruivo que agia assim.

Quando estava lavando os cabelos, tentando puxar da memória as piores coisas que já havia visto apenas pra não se sentir excitado pensando no mais novo, sentiu uma fraca corrente de ar gélido contra sua pele molhada, ouviu um pequeno suspiro e ao abrir os olhos, se deparou com o menor escorado no batente da porta, foi impossível não estranhar.

Ouviu Jimin gaguejando, depois se justificando, usando a medicação como desculpa, mas para si, aquilo não foi nada convincente. Não depois de ter visto claramente o lábio inferior preso entre os dentes do ruivo, o desejo também borbulhando em sua face. Hoseok percebeu que poderia até ser que o Park fora ao banheiro somente com a intenção de pegar as capsulas, mas que tinha gostado do que havia visto, isso, não podia negar.

“Ótimo Hoseok! Agora você tem que se segurar tendo em mente a imagem desse mini-demônio mordendo os lábios. Ta difícil, Hoseok! Ta difícil!” – Ria o policial da própria desgraça.

Do lado de fora do banheiro, Jimin escorregou pela porta e sento-se no chão, sentindo o rosto incendiar de vergonha e rezava a todos os anjos e santos para que Hoseok engolisse a historia dos remédios. Mas mesmo em meio a vergonha, sua mente não parava de reproduzir a visão quase pornográfica do moreno se banhando. Era como se estivesse assistindo dentro de sua cabeça, em câmera lenta, cada um dos movimentos do rapaz. A forma calma com que movimentava os braços e mãos contra o couro cabeludo, alternando o peso do corpo entre uma perna e outra, a boca entreaberta para conseguir respirar sem se afogar, até as pequenas arfadinhas oriundas dos mínimos intervalos prendendo a respiração enquanto esfregava o rosto. Era bonito, era hipnotizante, excitante de se ver e foi com tais imagens se repetindo constantemente na cabeça, que Jimin se viu com um belo e dolorido problema dentro das calças.

Perceber-se ereto, fez Jimin se questionar quando fora a ultima vez que aquilo havia acontecido naturalmente, sem efeito químico algum agindo sobre si e percebeu que nem lembrava mais. Se questionou o que Hoseok tinha para lhe despertar um lado seu que jurava ter adormecido e que nunca mais acordaria. O Jung estava, pela primeira vez em cinco anos, lhe despertando desejos e vontades que já não faziam parte do seu cotidiano, o fazendo querer ser tocado e toca-lo também e tudo isso era muito novo para si. Já não reconhecia mais as reações do seu corpo, já não sabia mais como seu sistema biológico reagiria a qualquer ação do policial e tais coisas o fez lembrar de Taehyung lhe dizendo que sexo estava sim incluso naquele roteiro de férias, mesmo não estando nitidamente planejado, e por incrível que parecesse, pela primeira vez não se sentiu incomodado com aquilo. A visão do corpo de Hoseok se repetindo em um loop infinito dentro da sua mente o deixava com tanta vontade de lhe tocar que suas inseguranças não lhe incomodavam mais ali, e por alguns segundos chegou a cogitar a possibilidade de invadir o banheiro novamente, empurrar o moreno contra a parede e lhe beijar com toda a força que precisasse para fazê-lo perceber o que queria, mas quando ouviu o chuveiro sendo desligado e os sons oriundos de Hoseok se secando e se vestindo, novamente a vergonha lhe cobriu.

Apressadamente, Jimin rumou ao armário, pegou a primeira toalha que viu a frente, e saiu em disparada para o banheiro social que havia no meio do corredor. Fechou a porta atrás de si e tratou de se despir rápido. Tudo o que pensava era que precisava de um banho frio e alguns minutos sozinho, sem a presença do investigador, para poder voltar ao normal. A parte do banho frio, abandonou completamente quando sentiu a água gelada lhe tocar a pele. Amaldiçoou o inverno por isso, e logo mudou a temperatura para o quente novamente e só aí relaxou sob o fluxo de água intenso.

A cada segundo dentro daquele cômodo, pior se sentia. Parecia que a temperatura da água não o ajudava em nada quanto a esquecer do corpo nu de Hoseok, o calor aumentava ainda mais quando sua mente recriava as apalpadas que tomou na sacada da casa da avó, lembrava dos beijos no quintal, das mordiscadas em seu pescoço e tudo parecia ainda mais difícil ao olhar para baixo e ver seu pênis tão necessitado de atenção. Por fim, desistiu de voltar ao normal sozinho. Fazia tanto tempo que não se tocava, que não se proporcionava prazer, que realmente não viu um problema maior em fazê-lo ali, onde ninguém o via e ainda mais no chuveiro, onde não precisaria se preocupar com sons e em limpar nada quando acabasse, e com tais pensamentos, deslizou sua mão pelo abdômen até alcançar seu membro, enlaçou-o com a palma, puxando o prepúcio para baixo e observou por um curto tempo sua glande arroxeada, inchada, pedindo para que começasse a se movimentar de uma vez. Jimin escorou sua nuca na parede atrás de si e o contato com azulejo frio lhe causou uma onda de arrepios. Logo a imagem de Hoseok novamente lhe cobriu a mente e mais do que memórias, o ruivo deixou que sua cabeça criasse imagens que não haviam acontecido mesmo. Enquanto movimentava o pulso para cima e para baixo, imaginou a mão de dedos finos do Jung no lugar da sua, imaginou-se sentado em seu colo ganhando mais beijos contra seu pescoço e peito e logo que lembrou-se da face do policial, imaginou os lábios dele envolta de si, engolindo-o, sugando-o como havia feito com suas clavículas e as imagens criadas na sua imaginação eram tão vividas que parecia mesmo que estava sendo tocado pelo moreno, e todo aquele frisson fez os movimentos da sua palma contra seu membro se intensificarem ainda mais. Tudo passou a ser mais forte, mais intenso e a respiração já falhava muito. Era cada vez mais difícil segurar os gemidos, arfava a cada segundo e quando finalmente atingiu seu ápice, quase caiu no chão e dessa vez o ultimo gemido irrompeu pra fora da sua garganta, audível o suficiente pra lhe trazer de volta a realidade e naquele momento só rezava para não ter sido ouvido.

Terminou de lavar com calma, se secou quase que tentando adiar o reencontro com o Jung, temeroso sobre o que sentiria ao encara-lo, e só ali se amaldiçoou por não ter lembrado de trazer roupas consigo, e assim se enrolou na toalha e caminhou a passos medidos até o quarto, rezando para o mais velho ainda estar dentro do banheiro ou ja estar dormindo. Quando abriu a porta, Jimin quase voltou para trás. Hoseok ainda trajava apenas a cueca, secava os cabelos com a toalha em um ar despreocupado, e tentando diminuir seu desconforto por ainda ter demais do corpo do moreno às vistas, andou com pressa até o armário, pegou o pijama dele e lhe entregou. Hoseok segurou as peças e o ruivo pode notar o quanto era observado em demasia pelo policial. Se sentiu devorado com aquele olhar tão fixo em si e ao se ver no reflexo do espelho, notou-se despido também. Viu a água escorrendo pelo seu tórax e abdômen, morrendo na toalha presa a cintura e ainda pelo reflexo, percebeu o Jung se aproximando lentamente, o olhar dele praticamente imprimia luxuria e mais uma vez sentiu um misto de vergonha e medo, fazendo-o voltar ao armário, pegar uma calça de moletom qualquer, uma cueca e uma camiseta e praticamente correr para o banheiro.

Quando Hoseok deixou o banheiro, pisando no frasco de remédios logo que passou pelo batente, olhou em volta e não viu Jimin ali. O Armário estava aberto, a pilha de toalhas bagunçadas e isso o fez crer que o ruivo preferiu não esperar para poder tomar banho ali mesmo, e sentindo a curiosidade lhe cobrir, caminhou silenciosamente pelo corredor, já ouvindo o som do chuveiro do banheiro social, ligado.

A vontade do Jung foi de imitar o ato de Jimin de invadir o cômodo, sua mão praticamente parou sozinha na maçaneta da porta e já estava criando coragem para girar o trinco quando percebeu outros sons alem do da água no interior daquele espaço. O moreno grudou o ouvido na madeira, tentando distinguir o que se passava la e foi com um sorriso imenso no rosto que ouviu seu nome sendo gemido alto pela voz – agora rouca – do barista. Apesar de uma pequena parte sua lhe lembrar da rejeição que sofrera durante a tarde no quintal de casa e fazer ele sentir uma pequena parcela de magoa pelo ruivo preferir se masturbar do que lhe deixar toca-lo, maior parte de si comemorava exultante aquele pequeno avanço. Não pode deixar de se sentir orgulhoso por estar despertando vontades no mais novo e tais pensamentos quase o fizeram salivar de vontade de toma-lo para si de uma vez. Cogitou que aquilo tudo significava que Jimin finalmente estivesse cedendo, e ponderou que poder toma-lo para si agora, era só questão de tempo.

Voltou ao quarto rapidamente, ainda antes do chuveiro ser desligado. Arrumou as toalhas no armário, fechou a porta e se pôs a pensar sobre como o provocaria e decidiu que não faria nada demais. Apenas esperaria ele voltar pro cômodo exatamente como estava, trajando unicamente a cueca. Sua fome de Jimin era imensa, mas ainda não poderia invadir o espaço pessoal do ruivo então optou por provoca-lo e fazê-lo ele mesmo vir até si. Começou a passar a toalha pelos cabelos, segurava a irritação pela demora do outro e respirava fundo, sentindo uma ansiedade que desconhecia lhe tomando o peito.

No entanto, quando a porta se abriu e revelou Jimin, enrolado apenas numa toalha, o corpo molhado e as bochechas coradas, Hoseok achou que teria que ser amarrado para não avançar contra o corpo musculoso do dono da cafeteria. Era quase uma pintura renascentista de tão belo, perfeito, desejável. Suas pernas praticamente se moviam sozinhas em direção ao ruivo e sua cabeça já previa-o agarrando o garoto pela cintura e o arremessando contra a cama, mas uma bufada fraca, frustrada, lhe fugiu quando Jimin foi até o armário e depois correu para o banheiro.

Ao se ver sozinho naquele espaço, uma bola de autoconsciência lhe acertou no meio da cara. O que estava fazendo? Não havia prometido respeitar a vontade dele e aguardar até que o próprio Jimin o procurasse? Onde estava com a cabeça quando praticamente o engoliu com os olhos? Hoseok sentiu vergonha de si mesmo e por fim, decidiu que era melhor se vestir de uma vez e se deitar pra dormir. Ficar acordado ao lado do Park sem toca-lo parecia uma missão mais perto do impossível a cada segundo, e afasta-lo de si por medo de acabar lhe desrespeitando não era uma opção que julgava plausível.

Ao trancar-se no banheiro, Jimin conseguiu por fim respirar aliviado. Era como se ao ficar longe do policial, se sentisse seguro. Não que temia Hoseok em si, temia o que lhe causava, temia o que estava sentindo e apesar do tesão imenso que o moreno vinha lhe despertando, ainda não sabia exatamente como agir, ainda tinha medo de como seria ser tocado por ele, como seria estar em seus braços, por mais que quisesse. Ele queria sim ter Hoseok dentro de si, ouvi-lo gemer seu nome, poder apertar sua cintura com as coxas enquanto o Jung se movimentasse rápido, entorpecido pelo prazer, mas ainda tinha medo do que viria depois, de como o olharia depois de ceder, de como tudo ficaria entre eles. Mais uma vez rodou, rodou e rodou em seus pensamentos pra acabar com a mesma conclusão. Queria, havia até avançado algumas casas na sua luta contra sua apatia sexual de sempre, mas ainda não se sentia pronto o suficiente, e após concluir seu monologo interno, já pensando no que faria caso o Jung tentasse algo novamente, voltou ao quarto e chegou a se surpreender por vê-lo dormindo.

Pé ante pé, Jimin caminhou até o interruptor, desligou a luz e andou até a cama. Puxou o cobertor com cuidado para não descobrir o moreno e sentou-se com cautela para não acordá-lo, até que se sentiu seguro o suficiente quanto ao sono do maior, e com isso pode repousar a cabeça no travesseiro, suspirando por, finalmente, aquele dia tão cheio de situações inusitadas, estar chegando ao fim, mas foi em sobressalto que sentiu o Jung lhe abraçando a cintura e puxando-o para se aninhar em seu corpo.

Logo sentiu o braço esquerdo do investigador passando pelo seu pescoço, ficando como se fosse uma espécie de travesseiro, sentiu a respiração dele contra sua nuca, calma, lenta, tranquila como havia visto poucas vezes naquele dia e ao observa-lo por cima do ombro, viu que de fato ele dormia ainda.

Jimin se deixou relaxar. Pensou que Hoseok dormindo, não poderia lhe atentar em nada e isso o dava a sensação de paz – juntamente ao conforto do enlace dele, obvio - E por fim, fechou os olhos também, suspirando com um sorriso imenso no rosto porque, por mais conturbado que havia sido aquele dia, havia sido seu primeiro dia inteiro ao lado do Jung e apesar dos contratempos, fora um dia tão belo, tão único, que com certeza se lembraria por anos e quando achava que poderia finalmente rumar para o mundo de Morpheus, um sussurro, quase que um ressono lhe atingiu os ouvidos em cheio, lhe aquecendo o coração como nunca havia sentido antes.

“- Acho que eu amo você, Jiminie...”         


Notas Finais


*** Trecho do livro "Mares da Guerra" de Christie Golden que conta um parte da Historia do jogo "World of Warcraft" entre as expansões Cataclysm e Mists of Pandaria.
Recomendo o jogo e os livros pq PQP A HISTORIA TODA É MUITO FODA!!!!
(Alias dia 2 de junho - eu acho - O filme do jogo estreará nos cinemas tendo Travis Fimmel como um dos protagonistas sob titulo de "Warcraft")


VAMOS AO CAP
Eu sei que foi bem fraco em termos de conteudo em si, mal passou uma tarde, mas como eu disse nas notas iniciais, essa transição de ideias do Jimin é EXTREMAMENTE necessaria.
Todo mundo sabe que, alem dos remedios, Jimin é bem traumatizado sexualmente por conta do estupro e por causa do JungKook então não, não tem como rolar poutaria JiHope com o Jimin tendo a cabeça como ele tem.
Dessa vez não é cudocisse dele, é realmente uma dificuldade para alguem que ja foi violentado simplesmente se deixar tocar por outra pessoa, por isso considero esse capitulo - apesar de fraco - importante pra fic.
Vou por as cartas na mesa:
Vai rolar lemon tia ash?
Vai sim
Quando?
Não sei
Por que?
Porque não faz sentido algum o Hoseok curar o Jimin de tudo e não curar ele nesse âmbito.
Mas ja vou adiantando que eu não sou boa em escrever sobre esses assuntos então não esperem nada digno daquelas OneShots e PWPs delicias que a gente acha pelo site. Vai ser algo mais perto do sentimental do que do físico, mas ainda assim, vai ter as poutarias.
Mas vou frisar de novo:
EU AINDA NÃO SEI QUANDO.
Ok, depois desse balde-de-agua-fria-tour (desculpa por isso) Quero lhes lembrar que o proximo cap é novamente com o outro núcleo da estoria.
Novamente não prometerei data pra esse capitulo, mas sai meio de semana mesmo por conta do feriadão. (ALELUIA!)
Gente, quero mais uma vez pedir desculpa a todos os amorzinhos maravilhosos que cometam a fic e eu acabo demorando MUITO pra responder. Tento diminuir minha culpa respondendo os mais curtinhos e simples assim que recebo a notificação, mas prometo por todas as respostas em dia entre hoje e amanhã.
Muito obrigada mesmo pelo amor e carinho de vcs e quero frisar que obviamente BCR não teria vindo tão longe se não fosse pelo apoio de cada um. Eu realmente sou grata até o fim dos meus dias por cada um dos 299 comentários, 378 favoritos e 12669 views que essa fic ganhou até esse exato momento e de coração, sintam-se amados por mim como se vcs fossem da minha família pq serio, eles demonstrarem carinho por mim tendo um laço sanguíneo que nos une é quase obrigação deles, mas vcs não, vcs só vem aqui e me dizem coisas boas sem obrigação nenhuma e isso faz realmente eu me sentir amada e amar vcs de volta, então MUITO OBRIGADA POR TUDO!
Vou tentar melhorar cada vez mais pra vcs continuarem querendo ler, vou tentar melhorar meu tratamento com vcs e lhes respondendo como merecem mesmo e tentarei ser uma autora mais amorzinho ainda pra vcs sentirem que vale a pena ler essa joça que eu escrevo aqui!
Eu quero que todos vcs tenham uma semana linda e um feriadão deliciouso
Sigam a tia Ash no twt praqueles spoilers marotos
https://twitter.com/Ashmedhai
E até logo pessoal <3 <3 <3
Tia Ash ama vcs o/
KissKiss
~~Ashmedhai


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