História Between Dance And The Court - A winter heart

Era inverno e seu coração estava frio

Ela tinha medo de que a qualquer toque

Ele se partiria, tinha medo de não receber

O calor que precisava

Para se aquecer.

Era uma manha fria, realmente o inverno tinha chegado, ela estava gostando daquele clima, daquela visão, acordou com cuidado para que o garoto que estava dormindo tranquilamente não despertasse então ela que estava só de langeri, pois na noite anterior teve preguiça de colocar uma roupa, só vestiu o casaco do mais velho que batiam quase em seus joelhos e pegando o Ipod foi para a varanda, enquanto ouvia alguma musica calma ela contemplava as arvores em um tom branco e satisfatório, tudo era realmente lindo no inverno, sentiu alguém a abraçar por trás, e quando se virou lá estava Chung-Ho com os cabelos despenteados e uma cara de quem estava semi- acordado.

- Por que está acordada agora?

-Queria ver o Sol nascer, é tudo tão maravilhoso aqui. Ela colocou os cotovelos no parapeito da varanda enquanto os primeiros raios de sol invadiam tudo.

- Acho que isso é meu. O mais velho olhava para ela com um sorriso malicioso apontando para o casaco.

- Não quis mexer nas coisas para que você dormisse mais, mas já que acordou, vou tomar um banho e me trocar.

Ela correu para o banheiro antes que o mais velho pudesse contê-la e resmungar que queria tomar banho primeiro, assim que os dois se arrumaram ela disse que prepararia o café da manha deles, ela poderia não ser a melhor cozinheira, mas seus dotes em fazer boas panquecas e torradas eram incríveis, depois alguns minutos a mesa estava posta, e eles aproveitavam o máximo possível o tempo juntos, parecia um sonho que nunca acabaria pelo menos eles não queriam que acabasse.

  Aconteceria naquela ilha um festival de inverno, e logo de manha iriam começar um concerto, para dar às boas vindas a nova estação, essa festa se estenderia até a noite, o casal saiu do chalé para assistirem as primeiras apresentações que aconteceriam na praça local, estavam felizes, aquele sentimento era novo para eles, mas enquanto mantivessem seus corações aquecidos tudo estaria bem, Chung-Ho ouvia o celular tocar às vezes, sabia quem estava ligado para ele, mas ignorou totalmente, pois não queria que Mi-Hi soubesse do que iria acontecer, ele não queria envolvê-la no caos que era a família Lee.

 Chegando à praça a garota olhava para todos os lados, tentava gravar na memória todas as coisas bonitas que via, enquanto usava sua Polaroid para registrar todos os momentos possíveis, Chung-Ho fazia poses e caretas para as fotos, por algum tempo aquele olhar de angustia tinha ido embora, o sorriso brilhante dele e os cabelos ao vento era a melhor lembrança que a menina queria ter, foram à cafeteria tomar algo, os dois batiam o queixo de frio, eram frágeis como bebês então eles pediram suas bebidas quentes e voltaram pra praça, enquanto observavam as pessoas rirem e as crianças dançarem, enquanto a orquestra tocava algo alegre.

Mi-Hi era uma garota esplêndida, que não perdia uma oportunidade de fazer alguém feliz, então cochichou sua idéia no ouvido do mais velho, que fazia uma careta, ela olhou para ele com um beicinho, que foi o suficiente para ele se render as peripécias da namorada, ela o arrastou para falar com o pianista, pedindo que ele deixasse o rapaz tocar algo, enquanto ela dançaria para as pessoas, e ao aceitar ela deu alguns pulinhos de alegria e puxou o garoto para o banco do piano.

Ele disse algo inaudível para os outros músicos que compreenderam o recado, respirou fundo e deixou que seus dedos corressem pelas teclas, e seu corpo entrar em harmonia com a canção, quando a sinfonia começou a garota se posicionou no meio, enquanto as pessoas formavam um circulo ao seu redor, a leveza de seus passos eram como se ela flutuasse, ela podia sentir a melodia, sentir seu corpo ser dopado pelas notas, e não sentia nenhuma dor, aquilo era um alivio, já que sentia freqüentemente, mas não ousava dizer nada ao garoto para que ele não se preocupasse.

Sentiu alguém a puxar pelo braço e embalá-la ao ritmo, era Chung-Ho que a conduzia, seus corações novamente estavam conectados, eles eram ótimos bailarinos, o garoto realmente entendia que tudo aquilo fazia parte do seu verdadeiro eu, e ele não poderia abandonar seu sonho pelas obrigações do tio, mesmo que ele perdesse tudo, e fosse deserdado ele não se importava se estivesse ao lado de Park Mi-Hi tudo estaria completo, mas seu coração doía, pois sabia que a garota se culparia pelo que ele faria tudo era confuso dentro da mente de Lee Chung- Ho, mas hoje era um dia de comemoração, e nada atrapalharia pelo menos ele esperava isso.

 Já passava do meio dia, então resolveram que só voltariam para a casa à noite, foram a um restaurante, mesmo que parecesse pequeno, a garota não poderia comprar nada ali se não vendesse um rim ou até mesmo o coração. Ela estava boquiaberta com tanto luxo, o namorado ria da sua expressão, prometendo que ela teria aquilo e muito mais, pois não faria o mesmo que o pai dela fazia com a mãe, ele seria o melhor marido do mundo, ao terminar essas palavras ele puxou uma caixinha do bolso, e limpando a garganta começou um singelo discurso:

- Park Mi-Hi, eu sei que não sou o mesmo de oito atrás, eu te atropelei, esmaguei seus sonhos, fui rude, quase me casei e parti seu coração, mesmo assim você não me abandonou e cuidou de mim, por isso te devo minha vida, e te dou meu coração, você quer se casar comigo?

A garota estava tão vermelha quanto o casaco que vestia, ela respondeu com um grande sim, enquanto estendia a mão e o mais velho colocava o anel em seu dedo, eles terminaram o almoço e começaram a andar pelas ruas da ilha, até verem que perto de um lago, no parapeito havia vários cadeados presos, depois de algumas tentativas de persuasão que a garota usava e abusava, eles resolveram fazer um também, trancando de vez o passado horrível que tiveram, desejando-se um novo recomeço, sentaram-se em baixo de uma cerejeira, e observavam que as poucas pétalas que estavam no chão estavam quase todas secas, e conversavam sobre como o amor unilateral era como essas flores, que apesar da sua beleza elas foram consumidas pelo frio, eles não queriam viver esse tipo de amor, prometeram um ao outro que se cuidariam, e que de agora em diante tudo seria novo.

Assim que começou a escurecer eles caminhavam de volta para o chalé, até que Chung-Ho resolveu atender, dizendo para a garota ir na frente, que ele não demoraria, ela estava com uma leve desconfiança, mas confiava no garoto mais do que na própria mãe, então ela seguiu em frente, mas conseguia ouvir algumas falas do rapaz.

-Você disse que me avisaria antes se ela viesse.

- Ela chega hoje à noite? O que? Me buscar para a reunião de família?

 - Ela é realmente doida.

Correu para alcançar a mais nova, pegando-a no colo e subindo para o quarto, a colocou na cama, e começou a beijar o corpo da garota, alegando que era para esquentar o frio que eles sentiam, colaram as bocas por alguns instantes até ouvirem o bip na porta, ele bufou e revirou os olhos, dizendo que precisaria resolver algo, e para que ela não saísse do quarto, pois ainda estava pesando em um jeito de contar aos tios, ele correu para atender a porta, e ao ouvir a mesma se fechando, correu até a varanda e se escondendo lá observava o que estava acontecendo.

Ela sentiu um nó na garganta ao ver que Yang-Mi descia de um carro, Chung-Ho parecia feliz em vê-la, pois a puxou pela cintura a beijando lentamente enquanto entravam no mesmo carro e saiam, lágrimas escorriam de seus olhos, ela não queria acreditar no que estava vendo, era demais para ela, sentiu o celular vibrar e ao ler a mensagem seu estomago se revirou.

Tenho que encontrar meu tio, ele está aqui na ilha

 Meu motorista veio me buscar, não se preocupe

Durma bem, chegarei tarde.

As únicas coisas que a garota poderia pensar nesse momento era como Lee Chung-Ho era repulsivo, um maldito mentiroso que só estava brincando com ela, em um acesso de raiva ela gritava e chorava no quarto, espancando o travesseiro até se cansar, resolveu que não poderia ficar ali nem mais um minuto, então saiu da casa batendo a porta, ela queria somente achar um lugar calmo e tentar se acalmar, quando as suas emoções parassem de clamar por socorro ela arrumaria suas coisas e partiria dali.

Estava um frio excruciante, a mais nova batia o queixo enquanto tentava manter os olhos na rua, tudo era neve e mais neve, ela chorava, mas parecia que suas lágrimas congelariam a qualquer instante, ela estava caminhando por entre o bosque, que parecia tenebroso à noite, ela estava cansada de tanto chorar e andar sentou-se em um dos bancos enquanto agarrava a corrente do pescoço e pensava se a jogaria direto no lago ou não, ela não teve coragem suficiente para isso, nem forças, pois acabou desmaiando pelo frio, dentro de alguns minutos ela morreria se um milagre não acontecesse.

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Yang-Mi tagarelava sobre o casamento ser marcado para a próxima semana, o que fez com que o garoto engasgasse com o cappuccino que tomava, ele explicou que estava ali de férias, e queria passar um tempo sozinho, a garota não acreditava, mas resolveu não começar uma discussão, ela disse que descobriu que ele estava na ilha então resolveu ir visitá-lo, mas não queria que ele ficasse tenso no casamento, então se despediu dele e foi embora, Chung-Ho que já estava sem paciência pegou um taxi para ir para casa, ao chegar gritou algumas vezes o nome de Mi-Hi, não tendo sinal dela, se agasalhou melhor e correu para encontrá-la, depois de alguns minutos, lá estava ela em um banco frio, seus lábios já estavam arroxeados, e ela segurava a corrente.

O garoto entrou em desespero, a pegou no colo e correndo para dentro a colocou na cama, ela estava com hipotermia, ele sabia que precisava fazer aquilo antes que ela congelasse, então tirou as roupas da garota a deixando somente de roupa intima, e se deitou ao lado dela, puxando dois cobertores para cobri-los sentiu que a temperatura dela aos poucos subia, então acabou adormecendo.