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História Between Dance And The Court - Pieces of my heart


Escrita por: OhMiNa

Notas do Autor


Relevem os erros ♥

Capítulo 5 - Pieces of my heart


Fanfic / Fanfiction Between Dance And The Court - Pieces of my heart

Parece que o universo olhava para eles, e tramava algo,

Eram dois idiotas apaixonados

Que não davam o braço a torcer pelo grande ego que possuíam.

 

A reabilitação estava realmente difícil para a garota, mesmo já sem as muletas, ainda sentia a perna vacilar, e dores horríveis a faziam gemer e querer gritar, não lembrava quantas vezes chorava trancada no banheiro do próprio centro de reabilitação, por não conseguir suportar a dor, e isso lhe ocasionava grandes tombos, ela estava farta disso, se xingava mentalmente e xingava mais ainda Chung-Ho, ela queria  odiá-lo, maldito fosse o dia em que ele voltara, tudo aquilo a torturava, mas ela devia se controlar dar a volta por cima, mostrar para todos e principalmente para o mais velho que ela havia conseguido, e não precisava dele, mas ela mentia para si mesma.

O medico pediu para que ela fizesse algumas caminhadas para que sua perna se recuperasse logo, ela realmente odiava caminhar, mas já que o fim de semana se aproximava ela poderia fazer aquilo bem cedo e voltar a dormir o dia de sábado amanheceu tranqüilo e calmo, com uma melodia de Chopin ela rodopiava pela casa, ouvindo os xingamentos da mãe que diziam que ela não podia se esforçar tanto, mas acabava sendo ignorada, ate que a garota sentiu que suas forças haviam sido sugadas, e ela caiu no chão, sua mãe correu para ela, levantando-a e secando as lagrimas que caiam, ela se lembrava da ultima dança que tivera com o garoto, enquanto forçava alguns passos várias cenas como em um filme antigo ecoavam em sua mente.

 

-Faça direito, e pare de brincar,

É a quinta vez que ensaiamos essa coreografia Chun!

Ela gritava e ele só olhava para ela, rindo de suas caretas

Sentindo seu rosto corar e abaixando a cabeça

Caminhou até ela a abraçando forte,

Pedindo desculpas e dizendo que faria tudo certo.

Ele tinha 12 anos recém completos, ela faria um ano depois, mas eles eram como gêmeos, inseparáveis, mas tudo desmoronou quando ele partiu, deixando nenhuma explicação, uma pequena caixa em cima da cama da menina e um grande vazio em seu peito, ela por longos oito anos escondeu a caixa no fundo da gaveta, pois nem queria saber do que se tratava.

- Promete que mesmo se você se casar

Não vai me esquecer? Ele dizia olhando fixo em seus olhos

Por favor, não me esqueça.

- Eu prometo se você me prometer,

Então ele concordou com a cabeça

E entrelaçou seu dedo mindinho no dela

A fazendo corar.

 

Eram tantas lembranças, isso tudo a doía se pegou sendo consolada pela mãe, então levantou e foi tomar banho, era muito cedo, mas ela precisava relaxar e sair para caminhar, sentiu a água quente fazer sua pele se avermelhar, ela era realmente muito branca, com os cabelos em um tom arroxeado que se igualava a uma galáxia a deixavam quase pálida, mas era um pálido vivo, como se uma luz branca refletisse de todos os lados da garota, se enrolou na toalha e colocou a roupa mais quente possível, apesar de não ser inverno ainda, ela era muito frágil e odiava sentir o mínimo resquício de vento em seu corpo magro, então enrolou o cachecol no pescoço e saiu para caminhar e tentar organizar as idéias na cabeça.

E ali estava Chung-Ho, deitado na cama olhando para o teto, preso em seu mundo de pensamentos, já não era tão estranho observar sempre o garoto murmurando algo sem que nada saísse de sua boca, enquanto ele visava o horizonte, era muito cedo, e ele havia acordado há essa hora não se sabe por que, mas sempre fazia isso, acordava atrasado para as aulas ou alguma reunião, mas quando não teria nada para fazer no dia, acordava junto com o sol, ele realmente odiava isso, ele estava morrendo de fome, então se levantou e foi ao banheiro cambaleando por que parecia que seu corpo tinha acordado, mas não seu cérebro, jogou um pouco de água fria da torneira no rosto, que o fez tremer e bater o queixo.

 Ele podia não ser o melhor cozinheiro, mas desde que chegara ali se virava bem, às vezes ligava para seu motorista, que era quase um pai para ele, choramingando para que ele viesse preparar algo para que ele comesse antes que morresse de fome, antes de ser motorista era um grande chefe, mas o restaurante faliu e ele teve que sair do ramo, o garoto dizia que o faria crescer novamente, e sempre que pudesse iria ajudá-lo a cozinhar para as pessoas, já que havia tido um ótimo professor de culinária, fazia isso cutucando o motorista que batia nele com uma colher de pau, em meio a tantas coisas estressantes essas pequenas lembranças brotavam em sua mente enquanto ele deixava um sorriso franco se formar no rosto, enquanto pegava alguns ingredientes para fazer umas panquecas, e se esforçava ao máximo para lembrar a receita, depois de algumas tentativas finalmente conseguiu, assim que terminou de comer foi até o quarto pegou o casaco uma touca escrito dope e um cachecol resolveu sair para caminhar, pois não agüentava mais ficar dentro de casa.

    Ao sair sentiu seu corpo se arrepiar com a brisa, ele gostava de sentir isso, se sentia vivo, gostava do jeito que o vento bagunçava seus fios, que agora estavam quase abaixo do pescoço, quando perguntavam o motivo de deixar o cabelo crescer, ele só dizia que se fosse ser um advogado, teria algo diferente, nem que fosse um corte de cabelo chamativo, ou algo do tipo, odiava seguir o padrão, mas ele ficava mais bonito assim, o tom do seu cabelo oscilava entre um castanho escuro com algumas mechas claras o que fazia todas as meninas da faculdade sentirem que iam desmaiar quando ele aparecia e mexia nos cabelos, e as luzes do sol fazia sua cabeça brilhar, ele ria disso ele realmente fazia sucesso com as garotas.

Ele sem rumo somente rodava o quarteirão, quando escutou um “Ai” e umas risadas perto dali, ele era um otário de coração mole e reconheceu de cara que as risadas eram de Mi-Hi, então como bom espião se escondeu atrás de uma parede que dava para ver de onde vinham as risadas, ele sentiu suas pernas bambearem e o coração disparar quando viu a garota rindo e caminhando com o namorado, na verdade ela parecia que sentia dores na perna, então ele a ajudava a andar, até que ele a puxou e colocou-a em cima dele enquanto ele segurava suas coxas e eles riam e se divertiam falando bobagens aleatórias, ele saiu dali o mais rápido possível, sem que o casal percebesse, seus olhos marejavam, e ele não controlava os pensamentos.

- Se ele não fosse um idiota ciumento e abusivo, talvez eu desistiria dela, se ela realmente estivesse feliz com ele, mas eu o conheço, já vi muitos assim e sei que verei mais, e eu prometo que vou prender cada um deles. Ele estava pensando alto demais e viu que varias pessoas o observavam na rua, o fazendo revirar os olhos e suspirar abaixando a cabeça.

Chegou em casa mas nem teve tempo de se trocar e se jogar na cama, o motorista o estava esperando para um almoço que aconteceria em uma casa que seu tio havia comprado em Seul, e vários familiares dele viriam, ele começou a reclamar do por que ele não ter avisado antes, a resposta do homem foi que assim ele não tinha como fugir do compromisso, isso fez o rapaz   dar uma risada e bufar de quão irritado ele estava, não queria ver mais ninguém depois daquela cena que estava rodando em sua mente, ao olhar para suas roupas e ver que estavam informais demais para um almoço com sua família, que era rica e vaidosa até demais, o motorista apontou para o banco da frente onde havia um terno e um sapato preto, e é claro, a gravata vermelha, o homem disse que ele poderia se trocar antes do almoço fazendo o mais novo dar uma risada anasalada e pender a cabeça para trás.

Ao chegarem lá ele foi logo se trocar e pensou no que eles falariam do seu cabelo, já que era vamos dizer “fora dos padrões de um advogado”, mas ele não se importou e foi para o grande jardim onde seria realizado o almoço.

 Encontrou os tios e sem temer que eles estranhassem o contato físico abraçou os dois dizendo que estava com saudades, eles pediram para que ele tivesse modos, então uma banda começou a tocar, e por destino ou azar mesmo, a primeira música era Für Elise de Beethoven, ele sabia que a menina amava essa sinfonia, se lembrava que cantarolava para ela sempre que ela estava triste enquanto ele acariciava seus cabelos. Seu coração havia se partido, e quando tentava juntar os cacos eles o cortavam mais e isso era horrível, não queria perde-lá, mas também não poderia e nem teria coragem de se reaproximar da menina. Seu tio se levantou e pediu silencio a todos enquanto dava um pequeno discurso.

- Estou muito feliz de estarmos todos reunidos aqui e blá blá blá,

- Nossas empresas estão entrando em acordo e blá blá blá

- E quem sabe podemos ser uma família um dia? Ela é realmente bonita não é sobrinho?

Chung-Ho não ouviu quase nada do que o tio havia dito, seus pensamentos estavam muito longe, mas ele se pegou sendo observado pela filha de um dos sócios que estava entrando em algum acordo com a empresa de seu pai ela intercalava o olhar entre ele e o chão enquanto ria pelo canto da boca, ele ficou meio confuso mais concordou com a cabeça fazendo todos rir de sua expressão confusa.

Agora ele realmente estava mais perdido do que nunca.

 

 

 


Notas Finais


Olha a treta surgindo hahaha ♥


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