História Between Dance And The Court - You're in my heart

Um amor puro, e de muitos anos,

Escondido embaixo do tapete

Quando seria à hora de tirá-lo de lá?

Limpa-lo e cuidar dele?

Nem eles sabiam.

Novamente Mi-Hi se pegava observando a casa do rapaz, ela pode ver os dois entrando para a casa, e já sabia que eles não iam só tomar um café, seu coração pesava, sentia as lagrimas descerem, ela realmente estava apaixonada por aquele garoto, mesmo tentando lutar por seus sentimentos não conseguia deixar de pensar nele, aquilo tudo era demais para ela, ela colocou os fones e afundou o rosto no travesseiro enquanto a música a acalentava.

Já era de manhã, então ela correu para não se atrasar para a faculdade, ela estava decidida a fazer algo que não sabia se realmente daria certo, mas ela precisava fazer, ela queria se sentir viva novamente, chegando lá não havia sinal do mais velho e ela suspirou aliviada, agüentou todas as aulas chatas, ela não odiava medicina, até achava legal, cuidar das pessoas, salvar vidas, mas aquilo não era para ela, ela estava ficando louca, o dia já tinha começado mal, quando ouviu algumas meninas comentando sobre o “relacionamento” de Chung-Ho e a colega dele, as coisas que elas diziam a fazia revirar o estomago, pensou no que ele havia dito, de ser tudo mentira, mas sendo ou não ela não queria saber, ela só queria que o ano passasse logo, e ela se formasse, mas isso estava meio difícil, pois suas notas haviam caído muito.

Assim que o sinal soou, ela correu para fora e foi direto para a aula de balé, que saudade ela sentia daquele lugar, era tão agradável, ela estava sentindo falta das colegas, da professora, de tudo, sabia que não podia se esforçar muito, mas ela queria ser a melhor, então mesmo com tanta dor, ensaiava arduamente para a audiência que viria, mas não deixaria os pais saberem, pois iria levar uma grande bronca e uma boa surra, e era o que ela menos queria naquele momento.

Mi-Hi sentiu sua perna fraquejar, e ela cair no chão, às meninas tentaram ajudá-la levantar, mas ela se afastou e disse que conseguia sozinha, assim que a aula acabou como de costume ela ficou mais tempo ali, ensaiando mesmo que tivesse que parar por alguns minutos e refazer a coreografia, ela não se importava se estava se cobrando demais, só queria que tudo desse certo, como ela havia planejado antes do incidente, ela sentou no chão, sentindo como se estivessem fatiando sua perna com uma faca de açougueiro, ela ria da própria desgraça.

- Mi-Hi, me ajuda aqui, isso é muito difícil.

- Você não aprende mesmo essa parte?

Começa assim, ai você gira, faz assim e termina

É tão fácil.

- Mi-Hi é minha melhor amiga, parceira de dança e professora.

Todas essas memórias preenchiam sua mente, ela se sentia sufocada com os próprios pensamentos, não sabia o que fazer, não conseguia mais relutar contra seus próprios sentimentos, sentou-se corar ao lembrar-se de deitar ao lado do mais velho, e depois de alguns minutos ele se virar e agarrar sua cintura a puxando contra seu corpo, ele tinha a respiração de quem realmente estava dormindo, e essa respiração era seu fim, era leve e calma, e esquentava seu pescoço e seu coração.

Antes que se derramasse em lagrimas pegou suas coisas, trancou a sala e foi embora, enquanto ouvia Vivald e mexia as mãos freneticamente como se fosse o próprio maestro, não se a estavam olhando e fazendo caretas, ela se sentia parte da música, ela amava tudo aquilo.

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Chung-Ho terminava de arrumar a gravata e dar mais uma olhada no cabelo, comprovando se estava tudo certo e se não tinha esquecido nada, trancou a casa e soltou um suspiro profundo e um – Francamente; seu tio o havia obrigado a ir a um encontro com a filha do Sócio que estava tentando um acordo, como seu tio havia dito sua família não era muito boa com relacionamentos, a maioria teve que renegar o amor verdadeiro para se casar com pessoas que trouxesse algum benefício financeiro para a empresa, o garoto apesar de ser rude, tinha um coração grande, mas era impossível ver essa parte dele, uma parte que somente Park Mi-Hi conhecia.

 No caminho comprou um buque de flores para a menina, ele escolheu rosas amarelas, pois eram suas preferidas, mal estava ligando se a garota gostaria ou não, ele tremia e suava frio, era o seu segundo “encontro” e ele estava tão apavorado quanto uma criança no escuro, passou a mão nos cabelos, suspirou e entrou no restaurante onde a garota já estava o esperando, ao ver quem estava lá arregalou os olhos assustado, e a garota pediu que ele sentasse antes que desmaiasse.

- Mas por que você está aqui? Disse ele encarando-a, era a garota que estudava e corria atrás dele, ele simplesmente não suportava nem respirar perto dela.

- Bom, vamos do começo, você não viu que eu e minha irmã somos bem parecidas? Ela tirou uma foto do bolso e mostrou para ele; - Sou Kim Yang-Min e ela Kim Mi-Cha, eu não pude comparecer ao almoço, mas seu tio me conheceu uns dias depois, e como sou mais velha, mais bonita que minha irmãzinha curso advocacia com você e somos “amigos” ele resolveu fazer uma “troca”. Enquanto fazia as aspas com os dedos ela piscou para ele, o fazendo revirar os olhos por ela ser tão oferecida.

Ele entregou as flores para ela, enquanto ela fazia uma careta, ele já havia estudado o gosto da garota, sabia que ela odiava amarelo, e amava rosa, mas ele não se importava, alias ria da insatisfação dela, ela tentava conversar sobre assuntos aleatórios, sobre como queria que fosse o casamento, sobre vestido de noiva, e ele fingia que ouvia enquanto seus pensamentos iam longe, até que o pedido deles chegou, ele não entendia como ela ainda não havia morrido, por ser tão magra, tomar tantos remédios, sim ele havia descoberto isso também, e comer tão pouco.

- Por que naquele dia na sua casa, você praticamente me jogou pra fora?

- Eu me lembrei de algo que me fez perceber que tava fazendo burrice.

- Algo ou alguém? Se for aquela garota, eu esfrego essas flores na sua cara, como você pode ver algo nela? Ela pode ser bem cobiçada pelos garotos da escola, mas o reinado dela acabou no dia que esse passarinho quebrou a perna, me sinto bem por ela não poder mais voar.

- Fique sabendo que eu e ela somos amigos a mais de oito anos, ela foi meu primeiro amor e sempre será, mesmo namorando ou não, eu a atropelei e acabei com todos os sonhos dela, mesmo eu não merecendo nada eu sou apaixonado por ela, e se nós nos casarmos saiba que eu só terei olhos para Park Mi-Hi.

Ele se levantou e jogou o dinheiro do jantar em cima da mesa, enquanto saia marchando e acelerando o carro partindo em alta velocidade, ele estava farto das pessoas serem tão cruéis e pensarem somente em dinheiro e poder, ele cumpriria sim as exigências do tio, mas em seu coração sempre existiria só uma pessoa, a bailarina dos cabelos cor de galáxia e o sorriso da lua.

Ele parou na frente da casa e se deitou no chão observando as estrelas, fazia isso desde pequeno, amava ver como elas brilhavam , pareciam dizer “olá”, ele se lembrava de deitar no gramado de casa com Mi-Hi ao seu lado e ficar olhando as estrelas até ficarem com sono e irem dormir, agora ele observava sozinho, até que viu que a garota fazia a mesma coisa, deitada no gramado da sua casa, ele deu um sorriso de lado e suspirou, queria estar ali com ela, afagando seus cabelos e dizendo que nunca a deixaria mais, mas isso parecia ser impossível de acontecer.