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História Between flowers and paperwork - Capítulo Cinco (running low)


Escrita por: luabays

Capítulo 6 - Capítulo Cinco (running low)


Fanfic / Fanfiction Between flowers and paperwork - Capítulo Cinco (running low)

Acordei sentindo um tremendo enjoo. Sofia havia feito com que eu a acompanhasse em um jantar na casa do novo namorado, as conversas foram realmente desagradáveis e eu tinha afogado aquilo no vinho chique servido pelo mordomo da família. Espichei meu corpo e peguei o celular, observando o número de Rafael e uma foto de begônias rosas e amarelas que havia usado para identificá-lo. Queria ligar para ele, mas simplesmente mandei uma menssagem. Levantei, passei um café e sentei-me na varanda decorada com diversas flores, lendo um livro de poesias.

Rafael havia acordado muito animado, pensar em ver Jade o fazia sorrir instantaneamente. Ian tentava fazer as mesmas coisas inconsequentes de sempre, rapidamente tomando café enquanto checava o celular por e-mails de clientes. Uma mensagem em específico chamou sua atenção, Jade informando que não iriam plantar as flores naquele dia. Um suspiro escapou de seus lábios antes de ir para o banheiro e tomar um banho.

Lavei a louça e desci para a floricultura, montando alguns arranjos novos para exibir na vitrine. Estava esperando que meu telefone tocasse mais cedo ou mais tarde, a voz de Rafael me perguntando como eu estava de forma preocupada, mas concentrei no trabalho, ambos tinhamos que fazer isso. Rezava silenciozamente para que ele não estivesse magoado comigo.

Rafael sentou-se ao sofá junto de Ian, que gentilmente bateu em seu ombro. "Ele vai voltar."

"Do que está falando?" O mais velo suspira e relaxa o corpo .

"Sobre Jade! Poderia ligar para saber como ele esta, pelo menos isso."

"Não quero parecer intrometido."

"Você por acaso é burro, Rafael? Está só com medo dele enjoar de você." Rafael ergueu uma sobrancelha, desde quando Ian lhe dava lições de moral. "Se realmente gosta dele tem que ir atrás, mostrar que se importa e se preocupa com ele."

"Mas..."

"Ah, dane-se." O mais novo levantou e caminhou em direção a porta.

"Ian! Onde pensa que vai?"

"Não te interessa."

Não era inteligente sair correndo quando não podia enxergar nada, mas Ian conhecia a maioria das ruas próximas ao prédio. Podia ouvir os passos de Rafael atrás de si, por isso começou a correr, rezando para não ser atropelado. Logo sentiu uma mão o segurando pelo braço e uma voz masculina que não a de seu irmão chamou seu nome.

(POV CHANGE -> JADE)

"Ian, o que esta fazendo correndo como se houvesse um animal selvagem te perseguindo? Isso é perigoso!" Eu estava muito preocupado, mas mesmo assim soltei o braço de Ian com medo de assustá-lo ou machucá-lo.

"Jade! Estava te procurando." Ele sorriu.

"Ian! Droga, por que resolveu sair correndo daquele jeito, suicida?" Suspirei aliviado ao ver Rafael e logo ouvi Ian rir.

"Eu vim ver se ele estava bem já que você é um covarde, lerdo e inseguro. Jade, como está se sentindo? Rafa e eu ficamos preocupados que não foi hoje de manhã, ah, e desculpe meu irmão por ser tapado."

"Eu só estava um pouco enjoado, está tudo bem." Sorrio.

"Ian, esta na hora de irmos para casa, vamos ter uma conversa séria quando chegarmos." Rafael tinha um tom um tanto ameaçador. "Jade, obrigado por impedir que meu irmão se matasse e desculpe atrapalhar seu trabalho."

"Eu gostaria que jantassem comigo." Falo rapidamente e sem pensar direito no que estava fazendo.

"Não precisa." Rafael exibia um olhar hesitante.

"Adorariamos!" Ian diz de imediato após Rafael terminar sua frase e eu não pude reprimir uma leve risada.

"Considere uma compensassão por hoje de manhã."

(POV CHANGE -> IAN)

O apartamento era silencioso e pequeno, cheirava a uma mistura de flores e café, sendo o último mais forte. O sofá era macio e possuia uma textura aveludada, o chão era aparentemente de madeira pelo barulho que meus passos faziam. Rafa começou a me contar com detalhes sobre meus arredores: construção, disposição da mobília, decoração, entre outros. "Você parece conhecer bem a casa do Jade..."

"O trouxe aqui quamdo ele estava de porre." Jade diz em tom provocativo de algum lugar mais afastado.

"Jade, você precisa de ajuda?" Rafa pergunta.

"Não confio em você perto de óleo quente, você tem cara daquelas pessoas que usam a tampa da panela de escudo nessas horas." Ri diante da afirmação ao ponto de meu estômago doer.

"Jade, você não se sente triste vivendo sozinho?" Perguntei. Um imenso silêncio seguiu a pergunta, logo senti um leve tapa em meu braço, desferido por Rafa, o que sugeriu ao meu bom senso que aquela pergunta havia sido estúpida e desnecessária. "Desculpe." Mordo o lábio, arrependido.

"Tudo bem, estou acostumado." A risada de Jade agora era tristonha.

(POV CHANGE -> RAFAEL)

"Desculpe, Ian não costuma ser intrometido assim." Digo com um suspiro. "Está tudo bem? Ele não perguntou por mal..." Eu devia parecer extremamente preocupado agora e tropeçava em algumas desculpas. Apoiei levemente a mão sobre seu ombro e o virei para mim, desligando o fogão.

"Rafa, está tudo bem... Eu vivo sozinho faz tempo, Sofia me visita vez que outra e ajuda na loja desde que se divorciou, minha mãe morreu recentemente e meu pai viaja muito a trabalho." Ele conta enquanto me perco em seus olhos violetas. "Ian é um garoto ótimo, sei que nunca faria algo assim por mal."

"Mesmo assim, sinto muito." Foi nesse momento que percebi não saber nada sobre Jade e o quanto era ridiculo afirmar que estava apaixonado sem nem mesmo nos conhecermos. Ele estava certo, eu havia sido extremamente imaturo. "Eu realmente entendo sua dor Jade."

"Eu vi fotos de sua avó e de sua mãe quando fui jantar com você."

"Nossa mãe morreu no parto do Ian, nosso pai foi embora logo em seguida e nossa avó nos criou." Comecei a contar sem nem mesmo perceber que estava segurando a mão de Jade. "Cinco anos atrás nossa avó morreu e eu fiquei com a guarda do Ian... Ele é minha única família e o amo muito." Senti os braços de Jade me envolverem num abraço apertado que retribui com um sorriso.

"Obrigado, por confiar em mim e me contar algo tão íntimo." Jade sorriu e me olhou nos olhos. "Vamos comer, esse clima triste me da fome." Ele disse se afastando e batendo as mãos uma vez, logo indo buscar Ian na sala de estar e o guiando com cuidado até a mesa, onde o sentou ao meu lado, colocando-se a minha frente.

O restante da noite decorreu tranquilamente. Ian acabou por dormir no sofá ao passo que eu e Jade sentamos na varanda bebendo vinho enquanto ele lia algumas poesias em voz alta. Pego meu celular e fotografo o céu, a noite estava muito bonita e cheia de estrelas, Erika adoraria a visão. "Quando é seu aniversário?"

"Vinte de março, final de semana passado." Engasgo com o vinho.

"Aquele dia no bar era seu aniverssário?"

"Sim." Ele ri, virando em minha direção. "Você foi um belo presente."

"Desculpe, devo ter estragado sua noite."

"Eu gostei, inclusive do fato de ter podido te levar para o meu apartamento." Ele toma mais um gole de vinho,aprobeitando para desviar o olhar enquanto executa a ação. "E seu aniversário?"

"Seis de julho."

Passamos mais um tempo conversando sobre assuntos diversos quando decido finalmente olhar as horas. Estava tarde e eu precisava voltar para casa e terminar de analisar um caso, portanto, despeço-me de Jade que insiste para que eu deixe Ian alí. Aceito, pois confiava em Jade o suficiente para cuidar de meu irmão e nos despedimos.


Notas Finais


Significado de begônias rosas e amarelas -> "uma amizade que começa"


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