História Between Lines

Sinopse:
A música tocando faz com que meu corpo não pare de se mexer na pista, várias mãos pelo meu corpo, o dinheiro entrando na minha conta, pessoas me olhando e o copo de vodka na minha mão me fazem sentir no topo, tudo que eu poderia pedir eu já tinha com apenas 18 anos, e eu não podia querer mais. Jhon me olhava da área VIP e eu fingia que não via, afinal não tínhamos nada. Um par de braços segurou minha cintura e pude ver algumas tatuagens nele, gostando do conteúdo, assim como de seu perfume. Ele me virou para ele e agarrou meu pescoço não ezitando em me beijar, em poucos minutos estávamos em um dos quartos da boate mais falada da Califórnia e eu amava aquilo.
     Três meses depois eu já não sabia se de fato tinha amado aquela noite, quer dizer, o sexo tinha sido realmente bom mas, eu mal me lembrava do cara e não sabia o seu nome, enquanto ele estava na mesma posição. E agora eu estou aqui grávida dele.
Jhon gritava comigo e tentava vir pra cima mas os seguranças/ amigos não deixavam que ele o fizesse.
   -É isso que você quer Jhon? Porque se for eu saio por aquela porta e você nunca mais me vê, mas se eu fizer isso vai ser pra sempre.
   Eu o olhava no fundo de seus olhos azuis. Jhon era loiro, olhos azuis e corpo de atleta, não era tão malhado mas digamos que era gostoso. Tínhamos meio que um rolo, transavamos quando queríamos e ele não tinha aceitado o fato de eu estar grávida, e não ser dele. Eu trabalhava pra ele, transportava drogas em experimento e as vezes poucas quantidades, ate mesmo ia para os lugares como porta voz dele, afinal quem desconfiaria que a filha do prefeito de 18 anos fazia coisas desse tipo, quando ate seu pai estava na merda cheio de contratos e suborno. Estava naquele acordo desde os meus 15 anos e ninguém nunca havia desconfiado. Morava na casa de Jhon onde toda a nossa equipe estava conosco, todos éramos amigos além de colegas de trabalho. E eu tinha dinheiro o suficiente para ir e vir.
   - Você vai ficar, não quero que va atras do pai dessa criança, e pra quem perguntar ele não tem pai, você fez com o dedo entendeu? Vai continuar trabalhando ate quando der e quando nascer vai trabalhar mais ainda. Não quero mais comentários sobre isso.
  Jhon fala enquanto se afasta de mim e me encara já na porta do meu quarto enquanto eu tenho um sorriso cínico no rosto. Se ele acha que manda em mim esta bem enganado, mas deixa ele pensar que eu vou obedecer, eu vou ganhar com isso.
  Sete meses depois eu tinha meu filho em meus braços, seus olhos eram verdes iguais aos meus mas o resto, tudo era do pai, os traços, a boca e ate a cor dos cabelos. Eu não tinha mais o visto na área o que me fez imaginar que ele não era daqui e desisti de ir atras dele, afinal ele com certeza não ia assumir o bebê de uma garota que mal sabe o nome dos caras com quem transa, geralmente eles usam camisinha só pra constar.
   Mais três meses e eu já estava viajando pra Milão com meu filho no bebê conforto e tabletes de maconha embaixo das almofadas que acomodavam o meu filho.