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História Between love and blood - Capitulo 4


Escrita por: debnamvibes

Notas do Autor


Voltei antes do esperado por um milagre divino.

Capítulo 4 - Capitulo 4


P.O.V. Lexa

Ainda não acreditava que tinha acabado de ver Clarke Griffin conversando com minha mãe na sua sala, pior ainda, não acreditava que eu havia esbarrado naquela mulher fazendo-a derrubar todo seu café manchando seu casaco e depois ter encontrado falando com minha mãe. No momento só rezava para que minha mãe não perguntasse o que tinha acontecido com seu casaco e ela responder que a responsável pelo estrago fui eu, pois com certeza estaria ferrada. O peso na minha consciência estava me matando, eu poderia simplesmente ir embora e esquecer isso tudo, mas não sei o porquê tive uma ideia quando vi Jasper entrar no Hall da empresa carregando consigo dois copos que pareciam ser com café.

- Eii Jasper – fui em direção dele acenando.

- Olaa Lexaa – ele sorriu assim que me viu – Quanto tempo! Nem me lembro da última vez que te vi aqui na empresa.

Conheci Jasper quando meu pai ainda cuidava dessa empresa, crescemos juntos praticamente já que sua família era muito próxima da minha e quando Jasper começou a trabalhar aqui reforçamos ainda mais a amizade. Confesso que me orgulho muito dele por ter que aguentar trabalhar nesse tipo de ambiente ainda mais com minha mãe e minha irmã dando ordens.

- Pois é, muito tempo mesmo. – respondi e dei um beijo em sua bochecha cumprimentando-o – Vamos marcar algum dia ai para colocar o papo em dia. – sorri – Mas então, o que vai fazer com esse café? – apontei para os copos que ele segurava.

- Vamos marcar algo sim. – ele sorriu de volta – O café? Por que? Um é pra mim e o outro é para Maya.

- hmm pode me dar um? – fiz uma carinha de dó.

- Por que você quer ele? Ali na frente abriu um lugar que faz uns cafés ótimos – ele fez um gesto com a cabeça tentando indicar o local.

- Por favor Jasper – olhei para o café e depois para ele - Eu te pago, mas eu preciso do café.

- Não estou entendendo, Lexa. – ele fez uma cara de desconfiado – O que te impede de ir lá comprar um só pra você?

- O tempo. – olhei para trás em direção ao corredor. – O tempo me impede. – olhei para ele de novo.

- Lexa, o que está havendo? – ele olhou para o corredor onde eu havia olhado antes.

- Jasper.. – abri minha bolsa e peguei qualquer papel aleatório e uma caneta - ... lembra quando eu ajudei você a conquistar Maya? – falava enquanto escrevia – Você me agradeceu muito e depois disse que sempre que eu precisasse poderia contar com você. – olhei para ele entregando o papel que tinha acabado de escrever.

- Não era só o café que você queria? – ele olhou para mim revirando os olhos.

- Também. Quero que você entregue o café e esse papel aqui para uma mulher que sair daquele corredor ali. – apontei para trás.

- Tá tá. Como é essa mulher? Não tem nome? – ele tentou pegar o papel, mas como estava difícil já que segurava dois copos eu acabei ajudando-o e peguei um dos copos. – Ei você disse só um café.

- Ela é loira, mais ou menos da minha altura, está vestindo uma calça preta social com uma blusa branca de seda e segura um casaco. – mordi meu lábio inferior involuntariamente – o nome dela é Clarke Griffin... e quando for entregar não diga que fui eu que pedi, acho que ela saberá quem é... – peguei a única nota de dinheiro que tinha e entreguei para ele – aqui pelo favor e pelos cafés. – dei um sorrisinho e antes que ele começasse a fazer mais perguntas vire-me e fui embora.

[...]

P.O.V. Clarke

Senti alguém me puxando para trás e fiquei ainda mais confusa quando vi um garoto que não fazia ideia de quem era.

- Oii.. – o garoto disse – Você é Clarke Griffin?

- Sim, sou eu. – não fazia ideia do que estava acontecendo ali.

- Uma pessoa pediu para entregar isso para você. – ele entregou um copo de café e um papel meio amaçado.

- Que pessoa? – peguei o copo junto com o papel.

- Ela disse que você saberia quem é. – ele respondeu dando um sorriso de lado. – Bem ,a entrega está feita. Tenha um bom dia. – virou-se e foi embora antes mesmo que eu dissesse um obrigada.

Tomei um gole do café que realmente estava muito bom e desdobrei aquele pedaço de papel.

“Desculpa pelo acidente hoje mais cedo.

Espero que o café esteja bom e recompense o estrago.

Beijos.”

Soltei uma risadinha depois que terminei de ler. A menina das flores, Lexa. Ela deve ter se sentido tão culpada do acidente que se preocupou em me dar um outro café.  Talvez quando ela me viu conversando com sua mãe deve ter pensando que eu estava falando dela, mas com base em seus conhecimentos ela não deve fazer ideia que eu sei que aquela empresa pertence a sua família.

Enquanto estava perdida em meus pensamentos saboreando aquele café percebi que aquele papel era na verdade um panfleto e muito interessante por sinal. Era um anuncio da abertura de uma galeria de arte que acontecerá amanhã e após ver isso bateu uma saudade da época quando dedicava meu tempo pintando e desenhando. Seria uma boa eu relaxar um pouco e ir nessa galeria, quem sabe até Finn não concorde em ir junto e largue um pouco as obrigações do trabalho e vá aproveitar a vida comigo. Lexa só não me deu um ótimo café, mas também uma ótima programação para fazer amanhã.

[...]

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Lexa aproveitando que Lincoln tinha a liberado para ajudar sua mãe na empresa, e já que terminou sua obrigação antes do esperado, utilizou seu tempo livre para correr um pouco na orla da praia de sua cidade natal. O ar fresco que rondava aquele lugar a fazia lembrar da sua infância onde seus pais a trazia junto com  Anya e Lincoln para brincar. Bons tempos, tempos ingênuos e alegres, tempos sem preocupação. Lexa parou um pouco para descansar sentando-se em um banco e pegou seu celular para ligar para Octavia.

- Lexa? – Octavia atendeu.

- Olaa O. – Lexa respondeu – Tá ocupada?

- Hmm por que? – Octavia soou com uma voz de desconfiada.

- Ah Lincoln me liberou hoje para ajudar minha mãe na empresa, mas acabei terminando o serviço mais cedo do que eu esperava. – Lexa suspirou – Vamos fazer algo?

- Puts Lexa. Eu to meio enrolada hoje... – Octavia respondeu meio desanimada – Achei que iriamos nos encontrar só amanhã.

- Sim, sim, amanhã claro. É que hoje fiquei livre também e... enfim. A gente se vê amanhã. – Lexa disse e encerrou a chamada depois que Octavia se despediu.

Segunda-feira nunca era um bom dia para Lexa, isso ela tinha certeza, as coisas só davam errado. Por fim ela decidiu terminar seu caminho para casa a pé, desfrutando daquela paisagem da luz do sol refletindo nas águas da praia que a fazia sentir viva toda vez que olhava e pensando o que faria para passar aquele dia sozinha, mas por sua surpresa sentiu uma pontada de preocupação se Jasper conseguiu entregar o café para Clarke.

[...]

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- Finn, você viu se os documentos que fui buscar ontem naquela empresa eram o que você havia me pedido para buscar? – Clarke perguntou entrando no maior escritório que aquela advocacia possuía e que pertencia a Finn.

- Oi amor. – ele respondeu desviando seus olhos da tela do computador para ela – Vi sim, estão todos certos. Obrigado.

- Que bom... – Clarke disse passando seus dedos pelos livros que estavam espalhados em uma estante – Você realmente acha seguro envolver-se nesse caso?

- Qual caso? – Finn perguntou apoiando suas costas no encosto da cadeira.

- Esse caso. – ela olhou para ele – do Bellamy.

- Por que? Não acha seguro? Eu sou advogado assim como você e minha função é defender meus clientes, você sabe disso. – ele respondeu e arqueou as sobrancelhas.

- Eu sei, eu sei. – Clarke apoiou-se na estante e cruzou os braços – é que não é a primeira vez que ele vem recorrer a você...  e ele sempre está envolvido em problemas...

- Clarke, não estou entendendo. – Finn disse sem tirar os olhos dela – eu faço o possível para meus clientes e além disso ele é um amigo meu e...

- Isso também não é muito bom. – Clarke falou interrompendo Finn.

- Ser amigo dele não é bom?

- Não exatamente. Como você sendo amigo dele sabe muito bem sobre os rolos que ele sempre se envolve, muitas vezes ilegais e quando as coisas pioram ele aparece pra buscar sua ajuda. – Clarke disse e olhou para baixo.

- Ele é meu amigo e ajudo como posso e sendo um profissional tento cumprir com minha obrigação. – Finn se levantou e foi em direção a Clarke -  Temos que cumprir com nosso papel mesmo concordando ou não. -  ele pegou as mãos dela – Espero que você esteja ao meu lado como sempre estive para você.

-  Sim amor. – Clarke respondeu e olhou para Finn – Mudando de assunto... – tirou suas mãos que ele segurava e pegou um papel do bolso. – Que tal sairmos hoje?

- Sair? Para onde? Hoje? – Finn fez uma cara de confuso.

- É, ir a uma galeria de arte que irá abrir hoje à noite. – Clarke pegou o papel amaçado mostrando para Finn. – O que acha?

- Mas hoje é terça, tem muito trabalho para fazer ainda.... Onde é que arrumou isso? – Ele tentou pegar o panfleto da mão de Clarke, mas ela desviou sua mão a tempo para que ele não conseguisse pegar.

- Idai que é terça? A gente quase não faz nada nunca. – Clarke falou num tom de voz mais serio – Achei por ai – olhou para o panfleto em sua mão, ela mentiu.

- Não pode ser no final de semana?

- A abertura é amanhã. – Clarke bufou – Deixa pra lá, vou falar com a Raven para ir comigo.

- Clarke, você sabe que não entendo muito dessas coisas... – Finn tentava consertar a situação – Que tal em vez de irmos nessa galeria ir jantar em algum lugar diferente?

- Eu queria ir à galeria.. – Clarke falou manhosa.

- Se eu conseguir resolver minhas pendencias nós iremos à galeria.

- Okay então. – Clarke deu um sorriso de lado e saiu.

P.O.V. Clarke

Eu sabia que Finn não iria à galeria comigo. Sinto falta de quando ele se preocupava mais com os detalhes da nossa relação, no inicio parecia tudo tão perfeito e com o tempo a distancia foi tomando conta de nós. Talvez seja por isso que ele me pediu em casamento, na tentativa das coisas voltarem como eram antes, mas se ele não se esforçar as coisas não aconteceram sozinhas. Não irei culpa-lo por tudo também, pois muitas das vezes eu coloquei meu trabalho acima desse tipo de coisa, eu posso ter aprendido com ele ou sempre fui assim, mas a verdade agora é que queria me distrair um pouco e irei com ou sem ele nessa galeria.

Voltei para minha sala e disquei o número de Raven rezando para que ela não tivesse nenhum compromisso hoje.

- Hey Clarke, tudo bem?

- Oii Ray, tudo sim e com você? – respondi – Vai fazer algo hoje à noite?

- Levando a vida na medida do possível – ela deu uma risadinha – Vou não, por quê?

- Hmm que bom, vamos a uma galeria de arte hoje. Te pego ai às 20h.

Raven riu e concordou com o horário desligando em seguida.

[...]

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P.O.V. Lexa

O dia passou mais rápido do que eu imaginava. Ficar trabalhando na floricultura de Lincoln realmente me fazia esquecer de todo o resto do mundo, às vezes eu nem considerava aquilo como trabalho e sim mais para hobbie, cuidar das flores, fazer buquês ou arranjos para festas e casamentos, nossa como eu amava aquilo. Se não fosse Lincoln me avisando que já estava na hora de fechar a loja com certeza eu passaria a noite lá.

Cheguei em casa e vi que nem minha mãe ou minha irmã haviam voltado da empresa então fui direto ao meu quarto me arrumar antes que Octavia aparecesse.

[...]

- Lex, também não está aqui. – Octavia dizia mexendo em uns papeis que estavam na minha escrivaninha.

- Que droga, procura na minha bolsa então. – eu respondi enquanto procurava algo para me vestir.

- Nossa que desorganização – Octavia disse assim que abriu minha bolsa – Vejamos.. – começou a tirar as coisas que havia ali dentro - ... bilhete de cinema antigo, vale do Starbucks, papel de bala.. hmmm – ela olhou para mim – O que estamos procurando mesmo?

- Octaviaa – disse me virando para ela com umas roupas na mão – O panfleto da galeria para sabermos o endereço certinho. – revirei os olhos – achou?

- Lexa, pode ter certeza que no meio dessa bagunça toda da sua bolsa não está. – ela respondeu mostrando a bolsa aberta para mim.

- Aaah nãoo – falei levando minha mão até a cabeça – droga droga...

- O que aconteceu? O papel tá aqui e eu não vi? – ela voltou a olhar para dentro da bolsa mesmo não tendo mais nada dentro já que jogou todas as coisas na cama.

- Não O. – andei até a beirada da cama jogando as roupas que estavam na minha mão e fiquei olhando para as coisas da minha bolsa que Octavia colocou na cama. – Eu dei para outra pessoa – olhei para ela – como sou estúpida..

- Que?? Para quem? Vou ter que concordar com você, muita burrice da sua parte...

- Para Clarke Griffin... – respondi num tom baixo

- Quem? Clarke Griffin? Pera, esse nome... – Octavia olhou para mim – AQUELA CLARKE GRIFFIN?? A STRA. GRIFFIN???  LEXA O QUE VOCÊ FEZ??

- Calmaaa O. – sentei na cama ao lado dela – Não foi de proposito, eu nem tinha percebido que era o papel da galeria...

- Clarke – ela pegou minhas mãos e me fez olhar para ela – O que exatamente você fez?

[...]

Depois de contar tudo o que tinha ocorrido ontem e responder as incontáveis perguntas que Octavia fez, por fim o assunto parecia ter sido esclarecido.

- Mas então... – Octavia dizia enquanto eu terminava de me arrumar – Já que a merda está feita, como iremos saber o endereço?

- Primeiramente não há merda alguma aqui – olhei pra ela colocando umas pulseiras – eu apenas usei o panfleto de rascunho para escrever a mensagem de desculpas e que provavelmente agora ele está no lixo. – fui até ela pegando as coisas que estavam na minha bolsa e guardando de volta – e segundo que internet serve para isso caso você não saiba, dá para pesquisar o endereço. – dei um sorriso sarcástico.

- Não precisa ser grossa também – Octavia pegou seu celular e começou a pesquisar.

- Desculpa lindinha – disse indo até a porta – Vamos então.

[...]

O lugar era lindo como eu imaginava ser. Com muitas cores do chão até o teto, pinturas e desenhos ocupavam as paredes da galeria, a iluminação incidia nas obras fazendo-as destacar cada vez mais. Já fazia um tempinho que eu e Octavia estávamos lá e o número de pessoas chegando só aumentava e percebi que ela já se mostrava entediada.

- Não gostou daqui O.? – perguntei olhando pra ela

- Gostei sim, no inicio quando chegamos e vimos as coisas pela primeira vez. – ela olhou de volta para mim – agora já está tudo igual sem nenhuma novidade.

- Entendo – soltei uma risadinha – que tal você ir lá pegar algo para nós bebermos e depois decidir o que fazer? – apontei para o canto da galeria onde havia um barman.

- hmm parece uma ótima ideia – ela respondeu – não saia daqui sem mim – ela disse e foi buscar as bebidas.

Continuei olhando as pinturas que estavam expostas ali, realmente era algo que eu poderia passar um bom tempo fazendo sem me preocupar com o tempo e era uma pena Octavia, por mais que compreensiva, não ter essa animação toda que eu sentia.

[...]

Já fazia uns dez minutos pelas minhas contas que Octavia tinha falado que iria buscar as bebidas e até agora não voltou, comecei a me preocupar achando que ela deve ter se entediado tanto que decidiu ir embora sem me avisar, mas sei que no fundo ela não faria isso.

Andei até uma outra seção da galeria e uma das pessoas que estavam observando as obras me chamou atenção. Tentei chegar mais perto, pois achei que já estava alucinando, mas cada vez que chegava mais perto mais eu tinha certeza de quem era. Clarke Griffin. O que ela estava fazendo aqui? Será que ela viu o verso do meu papel de pedido de desculpas e decidiu vir pra cá? Ela gosta de artes? É uma onda de mistérios que a circunda e não consigo decifrar se quer algum.

Eu não sabia o que fazer, olhei para trás e Octavia ainda estava sumida, eu poderia muito bem voltar para onde estava e ir procurar minha amiga. Por que toda vez que eu encontro essa mulher eu fico sem saber o que fazer? Eu sempre fui uma pessoa decidida e firme, por que nessas horas pareço que fico fora de mim? Com todos esses pensamentos à tona na minha cabeça virei-me de volta para olhar Clarke e decidir o que fazer, mas me dei conta que eu não tinha mais escolha, ela não estava mais analisando as obras na parede, ela estava olhando para mim.   


Notas Finais


Espero de coração que vocês estejam gostando mesmo...
beijos de luz.


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