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História Between Madness and Love - Shades Of Cool


Escrita por: LittlePrior

Notas do Autor


Oi gente.
Capítulo novo saindo - muitooo atrasado, admito - e logo logo, talvez amanhã mesmo, vou postar outro.
Espero que gostem/amem.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Shades Of Cool


Fanfic / Fanfiction Between Madness and Love - Shades Of Cool

 

"Mas você é inconsertável

Não posso entrar em seu mundo

Porque você vive em tons frios

Seu coração é inquebrável."

Lana Del Rey - Shades Of Cool

....

Quatro meses depois...

 

Eu não poderia nem imaginar que minha vida mudaria assim, tão bruscamente. Foi como em um piscar de olhos, tipo quando tudo está normal, e vem uma notícia que te apavora e vira sua vida de ponta cabeça.Não poderia imaginar que minha mãe estava tão desesperada pra arrumar um companheiro, e muito menos que estivesse tão triste e sozinha. 

Eu sabia que a ausência do meu pai a machucava, mas ela não pode fazer nada, quando ele arrumou as malas e foi embora pra outro lugar bem longe dali, assim que ela me deu a luz. Não me choca o fato de ele ter sido covarde o suficiente, e a deixado fraca naquela cama de hospital na maternidade. Não me admira ele não ter se acostumado com a movimentação lenta e o clima bipolar de Mystic Falls. Até eu que havia nascido ali, não tinha me acostumado...

Mas isso com certeza não oculta ou desfaz a minha raiva por ele ter feito o que fez!!!

Sim, eu conhecia minha mãe,sabia como era sensível, mas na maioria das vezes, ela se empenhava pra ser a mais forte e independente da casa. Queria ser um exemplo pra mim, sua única filha e razão de viver... Pelo menos no passado.

Já não bastasse se envolver com nosso próprio vizinho, tinha que considerar aquele menino como seu mais novo filho mais velho.

Damon, do qual eu apelidei "carinhosamente" de Demônio, estava se pagando de bom moço pra enganar minha mãe. Mas era claro que ele faria isso, já que seu objetivo de vida principal era infenizar a minha. Eu ainda não sabia a razão real por ele me odiar. Desde de meus doze anos - na mesma época em que ele e Alaric se mudaram pra casa ao lado - ele fazia de tudo pra fazer dos meus dias um inferno.

Mas tudo bem. Revidando ou não, eu sempre seria melhor que ele.

Quatro meses se passaram desde que fiquei sabendo que minha mãe estava saindo com nosso vizinho, e muita coisa mudou. Eles intensificaram o relacionamento,e começaram a namorar, depois o noivado surgiu, e agora o casamento. Alaric e o seu filho Demônio passavam mais tempo na nossa casa do que na deles. Tive que instalar uma super tranca na porta do meu quarto, porque tinha medo que o Demônio mexesse em algo. Eu e minha mãe mal nos falávamos, porque quando ela não estava trabalhando super duro, estava colada ao lado de Alaric, ou resolvendo os últimos preparativos do casamento. Eu passava a maior parte do tempo fora de casa, saindo com meus amigos e dormindo na casa da minha melhor amiga, Caroline.

Eu não sei o que acontecerá daqui uma semana, três dias, ou até mesmo daqui a 5 minutos, mas de uma coisa eu tinha certeza: eu quero minha vida de volta.

Ela passou pela porta da igreja. Seu vestido era um tipo mais clássico, indo do branco para o dourado. Colado ao corpo até os joelhos, e solto até os pés, no estilo sereia. As mangas longas eram de uma renda bem feita, e suas sandálias eram simples,de tirinhas e no mesmo tom do vestido. Seu cabelo estava preso em presilhas de um lado, e do outro solto, formando cachos bem feitos. Ela não usava vel. Seu buquê era de perfeitas rosas branquíssimas.

Sorri, e senti meus olhos brilharem. Ela estava simplesmente perfeita!!

Olhei para o lado, na direção de Ric. Ele tinha o mesmo sorriso admirado, e não pude deixar de perceber o rastro molhado em sua bochecha, por onde devia ter passado um lágrima, segundos atrás. Ele usava um smoking, tirado a medidas, que o deixava mais bonito do que já era, e logo pensei que, apesar dos pesares, minha mãe não podia ter escolhido ninguém melhor para se unir.

Senti uma cutucada no braço esquerdo, e me virei na mesma direção, sem desgrudar os olhos da minha mãe, que agora havia chegado ao altar.

_Eu tô com fome. - Damon diz, parecendo um pouco impaciente. Revirei os olhos, pensando no qual inapropriado seu comentário havia sido naquele momento.

_Vai ter que esperar até a festa. - Disse, com a voz dura e forte. Ele soltou um grunhido.

_É sério, Elena. Não comi quase nada hoje... - Ele passou a mão sobre o estômago, fazendo careta. 

_Ta falando sério? Você comeu dois lanches completos quando fomos ao Grill, e duas garrafas de cerveja!! - Respondi, incrédula. Chegamos atrasados a igreja porque ele fez Ric passar no Mystic Grill, que era quase perto. Comemos tanto, que pensei que não sobraria nada pra comida da festa.

_Você sabe que lanches não me sustentam. 

O padre pediu silêncio,e todos se sentaram, deixando que o mesmo começasse a oração. Fui obrigada a cochichar.

_Então eu acho que não era pra você estar mais vivo, porque você só se alimenta de porcarias!! 

_Mas agora eu tenho uma "mamãe" pra fazer comida pra mim. - Provocou, me fazendo revirar os olhos novamente.

_Quantos anos você tem? Cinco?

Ele riu, mas não falou mais nada. A cerimônia, admito, foi chata e demorada. Enquanto o padre dizia suas falas, eu tentava não soltar gargalhadas nem chamar a atenção enquanto Damon fazia cócegas no meu lombar.

Até em momentos importantes como aquele, Damon me fazia passar vergonha. Teria que me acostumar a ter um irmão mais velho, chato e irritante.

Não, não é não!!! Ele não é meu irmão!!

Mamãe e Ric disseram seus votos, e depois do sim e do beijo, todos se levantaram para aplaudir. Andei até eles, com Damon ao meu alcance. Abraçei primeiro minha mãe.

_Estou orgulhosa de você. - Sussurrei em seu ouvido, e ouvi ela suspirar.

_Apesar de tudo? Não está triste? Chateada? - Pressionou, desconfiada.

_Não hoje. - Respondi, me afastando um pouco, pra poder vê-la melhor. Ela sorriu, orgulhosa. - Mas não pense que tudo ficará bem. Ainda tenho que me acostumar com tudo isso.

_Por mais engraçado que seja, eu também. Agora que tenho um marido novo, e mais um filho pra cuidar, me sinto muito mais que completa.

_Ele não é seu filho mãe. - A interrompi, muito mais que incomodada. Ela ia responder, mas Ric me puxou pra um abraço, enquanto Damon fazia o mesmo com ela. - Cuida dela, Ric. 

_Eu vou, pode deixar, Elena. 

_É melhor você a fazer MUITO feliz. - Aquilo não foi um pedido, e sim um aviso. Não deixaria ninguém machucar minha mãe!!

Ele riu, e concordou.Por mais que eu e ele nos déssemos bem, não tínhamos muito mais o que falar um pro outro. Era estranho o fato de que o cara que te levava as cartas entregadas no endereço errado, se tornar seu padrasto. E mais estranho ainda, era seu pior inimigo, virar entiado da sua mãe. 

Minha vida era uma série de desastres...

Tiramos fotos antes de todos irem os parabenizar. Ric abraçando minha mãe, e Damon ao meu lado, com aquele sorriso que só ele sabia dar, mais falso que nota de 6 Dólares. Eu tinha total consciência de que minha expressão não passava de incomoda e nervosa.

Vários minutos se passaram, e logo todos os convidados tomavam caminho até o local da festa, que seria na nossa casa.

"Nossa casa". Teria que me acostumar com o fato que não chegaria mais do colégio, e encontraria apenas minha mãe sentada ao sofá,ou a mesa, lendo seus milhares de papéis e contas, ou até mesmo a casa vazia. Agora teria cuecas jogadas pelo chão, pelo de barba na pia do banheiro, e toalhas molhadas jogadas em lugares que não deviam estar.

Teria que aguentar o Demônio.

Todos se divertiram muito na festa. Fiquei feliz com o fato de que estava tudo muito bem organizado e animado, e Caroline também estava.

Caroline fazia estágio na empresa de Preparativos e Enfeites de festas, e minha mãe não poderia ter escolhido pessoa mais competente pra organizar tudo, apesar de todo o trabalho ter deixado minha amiga mais estressada e biruta do que costumava ser.

_Acabei de gritar com Matt. Acredita que ele enfiou o dedo no bolo? Argh!! - Falou, parando a minha frente. Eu ri.

_Acredito sim. Não sei quem é pior, se é ele ou o Damon. - Reviramos os olhos ao mesmo tempo, rindo depois.

_Eai? Está pronta pra ganhar um irmão? Vou logo te adiantar de que não é fácil. - pergunta, soltando um suspiro cansado. Caroline tinha uma irmã mais nova, chamada Hayley.

_Ele não é meu irmão!! Quantas vezes terei que repetir isso? - Respondi, mais dura do que queria ser. Caroline me olhou debochada.

_Só você pensa isso. Até o Damon, que é mais teimoso e chato que você, já aceitou esse fato.

_Problema é dele. Não tenho que aceitar nada se eu não quiser. - Cruzei os braços, desviando os olhos dos dela.

_Cabeça dura. - Disse baixinho, atraindo minha atenção novamente.

_O que disse? - Interroguei, desafiadora, e arqueei uma sobrancelha. Ela segurou o riso.

_Eu disse que tá na hora de cortar o bolo. - Ela jogou os cabelos sobre o ombro, e procurou minha mãe com os olhos. Quando a achou, saiu correndo em sua direção.

Aquela havia sido a parte mais engraçada da noite. Eles cortaram o bolo, e depois de muitas fotos, Ric jogou um prato cheio na cara de mamãe, a pegando de surpresa. Quando ela se deu conta do que havia acontecido, pegou um outro prato e o encheu de chantilly, enquanto Ric corria pro meio da multidão, e acabou se escondendo atrás de Damon. Em uma tentativa de acerta-lo de longe, acabou jogando chantilly na cara de Damon.

Eu fui a primeira a soltar uma gargalhada alta, contagiando o resto das pessoas. Damon se virou em minha direção, e me encarou mortalmente,mas não fez nada. E mesmo eu ficando desconfiada, continuei rindo enquanto mamãe enchia Ric de chantilly.

Depois que pratos cheios de bolo foram entregues as pessoas, mamãe e Ric subiram pro andar de cima para se limpar. Eu fiquei perto de alguns conhecidos, enquanto eles elogiavam a divertida festa, e me parabenizavam pelos novos integrantes da família. Dizia um "muito obrigada", mesmo não estando realmente feliz por aquilo.

_Vovô!!! - Falei,chegando perto do mesmo, que tentava comer bolo só com uma faca de plástico. - Ninguém te deu um garfo?

Vovô Harry tinha 75 anos, e estava no primeiro estágio do Alzheimer. Ele costumava ser uma pessoa boa e muito inteligente, mas a doença ia tirando,aos poucos, tudo o que ele tinha de bom. Ele tinha dificuldade em conversação, e em esforço físico, e apesar de ter uma cuidadora, muitas vezes tive que ajuda-lo a fazer algo.

Lembrava de quando ele me buscava na escola, e me levava pra tomar sorvete, enquanto mamãe trabalhava. Depois íamos para casa, e ele me ajudava a fazer a lição de casa, e quando eu me ia bem, assistíamos desenho até eu pegar no sono.

Descobrimos o Alzheimer à um ano atrás, quando recebemos uma ligação da polícia dizendo que ele tinha invadido uma residência, e dado a explicação de que morava lá, sendo que era apenas parecida com a sua antiga. E desde então, ele mora conosco, em um quarto criado especialmente pra ele, no sótão.

_Eu não estava conseguindo comer com o garfo. - Se explicou, me fazendo ficar confusa.

_Como assim, vovô? É fácil!! - Peguei o garfo que ele tinha deixado em cima da mesa, e o mostrei como se usava. Seu rosto se iluminou, como se tivesse acabado de aprender que a Terra era redonda. Ele estendeu uma mão para colocar uma mecha de meu cabelo atrás da orelha, e depois se concentrou no bolo novamente. Fiquei ali por mais um tempinho, me certificando de que ele não se esqueceria de mais nada, e então continuei andando pela multidão e conversando com mais conhecidos.

 

(...)

 

A noite passou bem rápida, para falar a verdade. Os convidados demoraram a se sentirem cansados, mas assim que aconteceu, logo foram embora. As pessoas que trabalhavam no bufê limpavam tudo, e mamãe e Ric deviam estar no andar de cima terminando de arrumar as malas para a viagem de lua de mel.

Eu estava deitada no chão gelado do quintal atrás da minha casa, ao lado da piscina. Meus sapatos deviam estar jogados perto da porta dos fundos, meu vestido já estava um pouco sujo, e minha maquiagem borrada, pelo suor que a noite quente tinha me proporcionado. Mas já que a festa já havia acabado, pouco me importava tudo aquilo.

Senti uma movimentação, e depois alguém se deitando ao meu lado oposto, nossas cabeças quase se tocando. Suspirei.

_O que você quer, Damon? 

_Nao posso mais me deitar no chão, e refletir sobre a vida? - Respondeu, irônico como sempre. 

_No momento não, porque é isto que eu estou fazendo. 

_Mas agora somos irmãos, e irmãos dividem coisas.

_Nós não somos irmãos, Demônio. - Cuspi, me divertindo um pouco, admito.

_Verdade. Somos meio-irmãos. - Revirei os olhos, enquanto ele brincava com uma mecha de meu cabelo.

_Por que insiste nisso? Pensei que você me odiasse... - Perguntei, e logo que as palavras saíram pela minha boca, senti um peso enorme sair de minhas costas. Fazia tempo que queria saber aquilo.

_Nao te odeio, só... não gosto de você. - Respondeu, me fazendo bufar.

_Eu não vou nem perguntar o porquê.

_Eu não ia te contar mesmo.

_Ótimo.

_Ótimo.

Ficamos em silêncio por bons minutos, apenas ouvindo a movimentação dentro da casa, que aos poucos diminuía. De repente, ele se levanta e se afasta, e eu respiro fundo, pensando que estava sozinha novamente.

Engano meu.

Segundos depois,ele volta com um spray de chantilly e um prato de bolo. Respirei fundo, meio irritada por ele não fazer isso em outro lugar.

_Nao tem outra pessoa pra você encher o saco, não? - Falei,irritada, quando ele começou a encher o bolo de chantilly, fazendo barulho.

_Caroline está gritando com os funcionários do bufê, e eu não sou louco de provoca-la. Meu pai está mostrando uma prévia da lua de mel pra sua mãe. - Estremeci com o comentário. Então é por isso que eles estavam demorando tanto lá em cima? - Então, só me resta você. E além do mais, eu estou te devendo um prato de bolo na cara.

_O quê? - Perguntei alarmada, me sentando.

_Eu levei chantilly na cara, e você fez todos rirem de mim. Você merece o troco!! - Ele se levantou, andando até minha direção. Tive que fazer o mesmo, e correr pra longe dele, perto da piscina.

_Mas não fui eu quem jogou na sua cara. - Eu disse, não recebendo resposta. Ele caminhou mais rápido, enquanto eu corria para longe novamente. - Damon, se você sequer chegar perto de mim, eu vou te matar!!

_Pra me matar vai ter que chegar perto, então. - Ele sorriu malicioso. Com o dedo indicador, pegou um pouco do bolo e levou a boca. - Está bem doce, garanto que você vai adorar...

Quando me dei conta, ele já estava correndo atrás de mim com o prato de bolo. Soltei um grito, tentando fugir dele, mas ele era muito mais rápido que eu. Agarrou meu braço, e a próxima coisa que senti foi o bolo se espremer contra meu rosto.

Eu não sei o que havia acontecido. Talvez eu o tenha empurrado, e ele se desequilibrado, ou ele simplesmente fez de propósito, mas fomos parar dentro da piscina, indo até o fundo dela. Assim que submergimos, cuspi água na cara dele.

_Damon Salvatore, não acredito que fez isso!! - Berrei, completamente raivosa. Ele gargalhou, até eu jogar mais água na cara dele e ele ter que parar pra passar a mãos sobre os olhos.

_Qual é, é só água...

_NÃO!! A questão é que você não consegue passar um dia sequer sem transformar a minha vida em um inferno. - Ele realmente não sabia como era, e não esperava que soubesse. Seria assim pra sempre? Teria que aguenta-lo me tirar a paciência a todo momento? 

Se já era assim quando morávamos lado a lado, imagina quando dormisse na mesma casa?! Fala sério.

Saí da piscina,escorregando um pouco por conta da água, e tremendo por causa do frio repentino. Peguei meus sapatos ao lado da porta dos fundos, e entrei, deixando Damon boiando na água da piscina.

 


Notas Finais


Queria agradecer a quem favorito a fanfic logo no primeiro capítulo, e queria dizer que não vou marcar um dia específico para postar, então pode ser a qualquer momento.
Comentem, favoritem se gostaram do capítulo.
Beijo, boa noite.


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